terça-feira, 19 de junho de 2012

Sociedade civil insurge-se contra entrada da Guiné Equatorial na CPLP


Maputo (Canalmoz) – “Guiné Equatorial na CPLP? Não Obrigado!”. Esta é o grande letreiro que surge no topo da página Web criada por organizações da civil de estados da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), que se opõem à entrada da Guiné Equatorial na organização inter-estatal.
O website denomina-se http://www.movimentocplp.org/ e tem como promotores organizações da sociedade civil brasileiras, portuguesas, da própria Guiné Equatorial, de Cabo Verde e de outros países. Nela se pode ler uma carta petição que quem quiser pode subscrever. A carta que será enviada aos governos dos países da CPLP opõe-se à entrada da Guiné Equatorial na organização, evocando a governação ditatorial do regime de Teodoro Obiang, naquele país. A Guiné Equatorial é um estado africano onde uma das línguas oficiais é o espanhol.
“Apelo a V. Exas que não permitam que a Dignidade Humana seja penhorada ao aceitarem a admissão da Guiné Equatorial como membro de pleno direito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Este país não reúne as condições para esse efeito. Trata-se de um país onde não há espaço para a democracia, para a liberdade, para a igualdade, para os direitos humanos, para a justiça social e onde a adopção da língua portuguesa como (terceira) língua oficial não resulta da história, da expressão cultural ou vontade do povo. A admissão deste país à CPLP, nas actuais condições e face aos princípios que esta Comunidade propugna, nomeadamente nos seus Estatutos, descredibilizará e manchará irremediavelmente a reputação e a respeitabilidade da CPLP na comunidade internacional”, assim começa por ler-se na carta que já conta com milhares de assinantes.
A mesma está disponível em três línguas: português, espanhol e inglês.
A aprovação ou rejeição da candidatura de Guiné Equatorial para membro da CPLP deverá ser tomada em Maputo, na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP que terá lugar a 20 de Julho de 2012. (Redacção)
Imagem: Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique.
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