terça-feira, 28 de junho de 2011

E em Luanda proibiram-se os passeios das ruas. São para uso exclusivo das construções anárquicas do nosso principado


E esta governação não sabe que a população necessita de unidades médicas para a sua saúde. O mais importante é a aposta numa população doente, mórbida, matadouros humanos locais, municipais.
Os velhos eleitos doentiamente agarrados ferreamente ao poder nele apodrecem e apodrecem-nos.
Uma cidade e um país têm regras de convivência. Nunca se viu, ou imaginou tanta apetência por destruição. Até as famílias destruíram.
Apenas uma coisa tem regras: a sofreguidão pelo manancial do ouro petrolífero que lhes cai nos bolsos exclusivos. E ousam, como resposta, exortarem-nos com uma nova vida no inferno, e ninguém lhes dá a tenaz da manifestação para acabar com a corrosão da corrupção. Quanto mais tempo ganharem, também os tumultos evoluirão até se descontrolarem. Tudo o que acontece, já não existem palavras para o definir, resta apenas uma: inqualificável.

Luanda é uma destilaria de gasóleo. Quem é que não lhe sente o cheiro?
Vejam a apreensão de Dedaldino Conceição no Facebook:
Cheira a gasóleo, cheira mal, cheira a Luanda. Não consigo entender como não se arranja uma solução para a luz no país. Tanta água, tantas barragens e hoje o anormal e não ter um gerador, como se vivêssemos todos no mato. Pelo ministério de tutela já passaram "n" ministros nenhum com um projecto a médio, longo prazo. Estamos a caminho dos 40 anos de independência e os problemas são sempre os mesmos. No fim-de-semana, descobriram as ligações clandestinas da água como se não soubessem, aliás como se tivessem encontrado ouro. Para mim sempre houve conivência com os administradores. Há tempos um episódio caricato na TV angolana. Durante anos a fio, água só de cisterna em pleno Alvalade, quando as casas adjacentes tinham-na da rede normal. Investigou-se, afinal os directores decidiram fechar os canos para permitir que os seus camiões cisternas abastecessem a empresa e pudessem ter lucros semanais. Autêntica roubalheira que acredito se estenda à energia que não temos. Muitos lucram com o negócio dos geradores.

O que necessitamos é de uma comissão eleitoral independente, se isso não acontecer, vai sim senhor o vulcão acender, estender.
Sem uma comissão eleitoral independente, sem uma rádio, por exemplo a Ecclesia em toda a Angola, sem liberdade de imprensa, sem liberdade de expressão, sem liberdade de manifestação, imposição do terror, prisões arbitrárias. Não dá para participar num acto eleitoral, mas sim numa grande palhaçada, em que já se sabe qual é o palhaço vencedor.
Angola necessita urgentemente de paisagistas.

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