Luanda - O julgamento do cidadão Joaquim Lucas,
acusado crime de homicídio voluntário do cidadão português Jorge Manuel
Conceição, em Julho de 2010, iniciou na terça-feira passada.
Fonte: Blogspot.com/l.Neto Club-k.net
O
réu é acusado de ter estado a conduzir embriagado quando a sua viatura embateu
contra a de Jorge Manuel Conceição, nos arredores do Largo do Patriota,
em Luanda causando-lhe morte imediata.
Por si só, o julgamento nada teria de extraordinário não fosse o facto de Jorge Manuel Conceição ser o terceiro sócio do português António Alambre Leote, que morre em circunstâncias pouco claras. Joaquim Lucas é motorista de um general de exército que mantém estreitas relações da amizade com António Alambre Leote. António Pinto da Fonseca bem como Aníbal Celestino de Vieira e Correia Mendes, este último também morto num acidente, são outros dois sócios que deixaram a vida em Angola em vésperas da realização de um bom negócio.
O malogrado estava em vias de selar o contrato de fiscalização do Porto da Barra do Dande, num negócio em que José Leote afirma aos quatro ventos ter, também, entre os sócios, o ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, e o vice-ministro das Telecomunicações, Aristides Safeca.
José Leote foi o primeiro indivíduo a surgir no local do acidente e a retirar os objectos pessoais do malogrado, incluindo o computador portátil e o móvel, tendo-se recusado a entregá-los à família. Todavia, passados 30 dias após a morte de Jorge Manuel Conceição, o seu compatriota José Leote entregou à família enlutada cópia de um testamento que, supostamente o malogrado lhe havia confiado e nomeado como “herdeiro” dos seus bens.
O Julgamento continua a 26 de Julho.
*Luis Neto
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