quinta-feira, 22 de outubro de 2009

E a oposição (?)




Não é com duas ou três vozes dispersas que se faz oposição.

Por causa da energia eléctrica que oscila entre os 160 e 170 voltes, desde que a entregaram aos amigos chineses, que os passarinheiros da nomenclatura instalam geradores e gazeiam-nos noite e dia. Também de noite trabalham nos prédios deles com o dinheiro desviado do petróleo e não se consegue dormir, descansar. Inescrupuloso, este poder é terrível. Se não nos prende ou nos elimina nas prisões, os seus governantes e os seus amigos estrangeiros ancoraram aqui definitivamente e dispõem-se a acabarem connosco.

Há que fazer-lhes frente antes que nos exterminem.

E a oposição (?). Pretenderem mostrar os seus dotes pavoneando-se perante uma rádio, jornal ou televisão apenas para exibição não convence, cansa. É isso, estamos todos cansados de ouvir sempre os mesmos nas mesmas repetições. Até parece uma festa. Oposição não é só falar. É demover, arrastar, convencer as pessoas de que assim não dá. Por outras palavras: abandonar os discursos insípidos e alertar para a população lutar pelos seus direitos. Desafiar directamente o poder instituído.

Inicialmente vão acontecer problemas porque a FAMÍLIA vai tremer. Vai ripostar com a sua máquina de guerra. Não é por acaso que absorve grande parte do orçamento nacional.

E que fazer duma oposição que aceitou nas calmas, pacífica e cobardemente a monumental fraude delituosa. E aceitaram os resultados sabendo-se de antemão que foram uma grande cozinhada. Não reagiram ou fizeram-no muito à toa, receosos. Com tantas desculpas de fraqueza, de parvoíce. E lamentam-se como as preguiças penduradas, agarradas nas árvores. Que futuro para um país com oposição preguiça? Um desencanto, uma desgraça, um titubear de esperança perdida. Nem uma manifestação, nem uma greve conseguem fazer. Ao diabo que os carregue (?)

Nesta conjuntura é fácil conseguir emprego… de jornalista: ele não conseguia emprego porque não roubava, tinha a mania que era honesto, então resoluto enfrentou-se com o empregador MPLA. «Você é gatuno?» «Sou!» «Então o emprego é seu. Nós necessitamos é de bons gatunos. Já vamos legalizar mais este comité»

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