O general fechou o quarteirão com chapas de zinco, e construiu dois prédios até ao terceiro andar. Queria aumentar mais andares, mas há alguns meses que as obras pararam. Acho que alguém se opôs. Como o local é bem escondido, quase que ninguém sabe o que ele lá faz. Asfaltou a rua que dá acesso ao seu palácio, dizem, por cem mil dólares. Construiu uma piscina o que faz com que a agua diminua, desapareça nas nossas torneiras. Tem muitos ares condicionados. No tempo do calor a luz não vai aguentar. Mas não o afecta porque tem um potente gerador. Agora está a cimentar as paredes com tijolo na parte externa do outro prédio. Retirou uma das cortinas verdes e está a pôr tábuas de madeira nas escadas. Uma vez ameaçou-nos que nós temos os dias contados. Como é que ele consegue dinheiro para isto tudo? Ele trabalha na Logística Real... é por isso.
O filho com trinta anos de idade passou novamente dois dias na bebedeira. Chegou e desculpou-se que lhe puseram qualquer coisa nas duas cervejas que bebeu.
Eles e elas passam a vida nestas coisas. Não sabem fazer mais nada. Estão perdidos sem futuro. Completamente frustrados. Se trabalham dois dias, ou quando apanham algum dinheiro, vai tudo para a bebedeira. Os dias restantes ficam a aguardar que ela passe. Não sabem o que é trabalhar. Sempre com a cabeça no ar, que parece uma máquina de partir pedra. Não sei daqui a quantas gerações é que este reino se vai levantar.
Olha-se para a rua e só se vê mulheres com coisas na cabeça para venderem. E carregam mais coisas nas costas, os seus filhos. Que triste destino e escravidão para estas mulheres no reino mais rico do mundo.
A vizinha de cima mandou uma criança pedir um fósforo para acender o fogão.
Tudo isto faz lembrar as aves de rapina que surgiram.
O vizinho das traseiras do prédio tem uma vivenda com cerca de vinte casais de pombos. Costumam circular à volta dos prédios, numa formação que lembra uma esquadrilha de pequenos aviões bombardeiros. Vi duas aves de rapina, que tentaram capturar um deles. Então os pombos diminuíram os seus passeios. No prédio da rua principal com doze andares de altura, numa das varandas, alguns pombos costumavam lá poisar.
Agora juntou-se mais uma… são três aves de rapina que os perseguem. Ficam no terraço bem escondidas à espera.
Há pouco ouvi os sons que elas fazem, quando caçam. Rápido fui observar. Os pombos fugiram aterrorizados. Agora estão no pombal cheios de medo. Evitam sair. As aves de rapina esperam pacientemente um descuido. É para isso que funcionam. São como tubarões com asas que esperam a comida. Mas acho que qualquer coisa não funciona bem. Acabo de contar seis aves de rapina na varanda das traseiras. É a primeira vez que vejo isto. Voam baixo sem medo, parecendo que me vão atacar. Será um desastre ecológico que aconteceu nas redondezas de Jingola? Não me surpreende, pois estão a destruir a vegetação para construírem tudo de errado que lhes vem à cabeça (?).
O filho com trinta anos de idade passou novamente dois dias na bebedeira. Chegou e desculpou-se que lhe puseram qualquer coisa nas duas cervejas que bebeu.
Eles e elas passam a vida nestas coisas. Não sabem fazer mais nada. Estão perdidos sem futuro. Completamente frustrados. Se trabalham dois dias, ou quando apanham algum dinheiro, vai tudo para a bebedeira. Os dias restantes ficam a aguardar que ela passe. Não sabem o que é trabalhar. Sempre com a cabeça no ar, que parece uma máquina de partir pedra. Não sei daqui a quantas gerações é que este reino se vai levantar.
Olha-se para a rua e só se vê mulheres com coisas na cabeça para venderem. E carregam mais coisas nas costas, os seus filhos. Que triste destino e escravidão para estas mulheres no reino mais rico do mundo.
A vizinha de cima mandou uma criança pedir um fósforo para acender o fogão.
Tudo isto faz lembrar as aves de rapina que surgiram.
O vizinho das traseiras do prédio tem uma vivenda com cerca de vinte casais de pombos. Costumam circular à volta dos prédios, numa formação que lembra uma esquadrilha de pequenos aviões bombardeiros. Vi duas aves de rapina, que tentaram capturar um deles. Então os pombos diminuíram os seus passeios. No prédio da rua principal com doze andares de altura, numa das varandas, alguns pombos costumavam lá poisar.
Agora juntou-se mais uma… são três aves de rapina que os perseguem. Ficam no terraço bem escondidas à espera.
Há pouco ouvi os sons que elas fazem, quando caçam. Rápido fui observar. Os pombos fugiram aterrorizados. Agora estão no pombal cheios de medo. Evitam sair. As aves de rapina esperam pacientemente um descuido. É para isso que funcionam. São como tubarões com asas que esperam a comida. Mas acho que qualquer coisa não funciona bem. Acabo de contar seis aves de rapina na varanda das traseiras. É a primeira vez que vejo isto. Voam baixo sem medo, parecendo que me vão atacar. Será um desastre ecológico que aconteceu nas redondezas de Jingola? Não me surpreende, pois estão a destruir a vegetação para construírem tudo de errado que lhes vem à cabeça (?).
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