quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Igreja Católica alemã põe à venda a sua editora… pornográfica!


Nick Jardine
A editora é a Weltbild e é 100% propriedade da Igreja Católica alemã e a sua grande fonte de lucro são publicações “eróticas”… Depois de, no mês passado, a informação ter sido revelada, rebentou um enorme escândalo e, em consequência, a surgiu esta decisão de vender a galinha dos ovos porno, numa tentativa de estancar o escândalo e impedir que ele venha a atingir o ex-cardeal alemão Ratzinger, o actual Papa.
http://inteligenciaeconomica.com.pt/?p=10281&mid=540440

Violência sexual contra crianças dispara em área das obras de Belo Monte


Da Redação
Além do impacto sobre as populações indígenas, as obras da usina de Belo Monte podem estar trazendo consequências trágicas para crianças e adolescentes de Altamira e região. Segundo o Conselho Tutelar do município, apenas no primeiro trimeste deste ano já foram registrados 32 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. O número, além de aproximar-se dos registros de todo o ano de 2010 (42 casos), projeta um número superior a 100 casos até o fim do ano, um possível aumento de 138%.
Leia mais:
- Justiça decide na segunda sobre consulta a índios em Belo Monte
Os dados refletem o registrado em outros empreendimentos do tipo, como as usinas de Jirau e Santo Antonio, em Rondônia. Entre 2008 e 2010, os registros de estupro cresceram 76,5% na região, enquanto a exploração sexual aumentou em 18% e os homicídios dolosos cresceram 44%. Em entrevista ao site Xingu Vivo, a conselheira tutelar Lucenilda Lima diz que Altamira simplesmente não dispõe de estrutura para sustentar um “empreendimento monstruoso” como Belo Monte. “Esses são apenas os casos registrados. Sabemos que há muitos outros que acabam não sendo denunciados”.
De acordo com Assis Oliveira, professor da UFPA e especialista em direitos humanos, o aumento dos crimes, em especial os de caráter sexual, ocorre associado a um modelo de desenvolvimento que carrega em si uma série de violações de direitos. Os impactos negativos se dão, segundo o professor, pelo aumento da migração e pelo desalojamento de famílias, duas consequências comumente associadas com esse tipo de empreendimento.
“Está provado que o governo não está garantindo as políticas públicas necessárias para segurar a onda de migrações e o aumento populacional”, afirma a coordenadora do Movimento Xingu Vivo Para Sempre, Antonia Melo. “As creches, centros de internação, escolas e outros aparelhos que temos já não dão conta nem da nossa demanda. E obviamente não darão conta dos conflitos, sobretudo nos próximos cinco anos, quando a população tenderá a explodir, caso Belo Monte ainda não tenha sido barrada até lá”.
Com informações do Movimento Xingu Vivo e Ecopolítica
Imagem: ... Nacional de Abuso e Exploração Sexual Contra Crianças e Adolescentes, ...
rbrnoticia.com.br

Vítor Bento: Europa está à beira do precipício e corre o risco de desintegração


O conselheiro de Estado Vítor Bento alertou na terça-feira que a Europa está "à beira de um precipício" e que se a questão "for mal gerida" corre o risco de "depressão económica e eventualmente de desintegração".
O presidente da administração da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), Vítor Bento, discursava no jantar debate da APGEI, no Porto, tendo defendido que "vai ser muito complicado resolver esta situação sem criar condições de crescimento" para os países da periferia.

"Estamos à beira de um precipício onde, se as coisas forem mal geridas, a Europa pode entrar numa situação de crise bancária generalizada, de depressão económica e eventualmente de desintegração", alertou.

Segundo o conselheiro de Estado, "esta situação é muito parecida com a dos anos 30", acrescentando que "o Euro está a ser uma amarra muito forte para a qual não é fácil de arranjar uma solução".

Neste momento, acrescentou, "praticamente todos os países estão em situação de potencial insustentabilidade, portanto todas as dívidas estão praticamente em situação de insustentabilidade e esta é a razão que explica porque é que a crise da dívida se tornou a crise urgente, não sendo a origem do problema", justificou.

Advertindo que "se não se resolverem as condições de crescimento não se resolvem as condições da
dívida", Vítor Bento afirmou que "a partir do momento em que se criou esta espiral negativa em que as taxas de juro atingiram determinado patamar é difícil voltar para trás".

Para o economista, "tem que haver uma alteração de estrutura, para que a fé seja readquirida, e essa vai ter que passar ou por uma reforma de mutualização das dívidas ou por recorrer ao velho instrumento de emissão monetária no fundo para descomprimir a tensão que existe no mercado", considerou.

Para o responsável da SIBS, ainda que as autoridades decidam mutualizar as dívidas, isso "não resolve o problema do resto da economia", já que é preciso criar "condições de crescimento".

Vítor Bento relatou as questões históricas que trouxeram a Europa a esta profunda crise, tendo recordado que "o polícia em que toda a gente confiava e que era habitualmente austero" - os mercados - "embriagou-se e adormeceu", pelo que considerou que não fez o seu papel.

"Tudo assentava em que os mercados deviam ter sinalizado [os problemas] e à medida que os países se desviam da rota certa, os 'spreads' [diferença em relação a um referente] da sua dívida deviam ter subido", explicou.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=522821

Europa envia forças para África



Polícias e “peritos em segurança” vão ser enviados para países africanos, noticiou a Voz da América
Pretória (Canalmoz) – A União Europeia planeia enviar agentes da polícia e peritos em questões de segurança para a faixa sul do deserto do Sahara para ajudar os governos locais a combaterem a crescente ameaça da Al Qaida, noticou ontem a Voz da América.
A Al Qaida no Maghreb Islamico, conhecida pelas siglas AQIM, teve as suas origens na Argélia mas expandiu-se para o Mali, Niger e Mauritânia, lembra a VOA.
Ao anunciar o envio daqueles agentes e peritos, o ministro dos Negócios Estangeiros Britânico William Hague, segundo a emissora amerciana, disse que a instabilidade que poderá ocorrer na região do Sahel poderá ter efeitos destabilizadores nos países do norte de África e na região do Golfo da Guiné constituindo o “uma ameaça” á segurança do seu país.
Na última Sexta-feira a Al Qaida no Maghreb Islâmico raptou um grupo de estrangeiros na cidade de Timbuktu no Mali incluindo sul-africanos, suecos e holandeses.
A Grã Bretanha disse estar a trabalhar com a França e outros estados europeus para desenvolver uma política efectiva de segurança e desenvolvimento no Sahel.
Começaram já a ser efectuados planos para uma missão da União e Europeia no Sahel que vai estar centrada em questões de policiamento, segurança, infra-estruturas e desenvolvimento, disse Hague, citado pela VOA.
A Grã Bretanha está a co-financiar uma base militar e da polícia na fronteira do Mali com a Argélia bem como treino de emergência no Mali e Níger. (VOA / Redacção)

Desmobilizados da Casa Militar. Governo integra desmobilizados de guerra na Polícia



“Os homens estão totalmente velhos e em mau estado de saúde. Não estão a aguentar com os treinos, não conseguem correr, por isso caiem muito”, disse-nos a nossa fonte, um oficial superior da PRM.
“Até temos uma senhora desmobilizada de 65 anos que não aguenta nada”, referiu a mesma fonte.

Maputo (Canalmoz) - Pelo menos 520 ex-militares desmobilizados da Casa Militar deram entrada na semana passada (dia 18 do corrente mês) na Escola de Formação Básica da Polícia da República de Moçambique (PRM) de Matalane, num exercício do Governo do presidente Armando Guebuza, interpretado como tentativa de conter as ameaças dos antigos militares e consequentemente dividi-los.
Os desmobilizados de guerra enquadrados pelos Fórum liderado por Hermínio dos Santos têm estado a exigir pensões de reforma do Governo, na ordem de doze mil e quinhentos meticais mensais. Estima-se que são cerca de 16 mil.
Há diversos grupos de desmobilizados mas a grande parte está aglutinada no Fórum liderado por Hermínio dos Santos.
Os desmobilizados que estão agora a receber treino na Polícia não se sabe a que grupo pertencem. Sabe-se apenas que são desmobilizados da “Casa Militar”. Estão albergados em 18 tendas montados exclusivamente para eles em Matalane, e segundo fontes policiais, estão a viver em regime “desumano de aquartelamento forçado”.
O Canalmoz apurou que os desmobilizados foram acompanhados ao Centro de Matalane pelo ministro do Interior, adjunto de comissário (general) Alberto Mondlane e pelo ministro dos combatentes, coronel Mateus Kida.
Os ex-militares estão acomodados num campo criado apenas para eles, adjacente à Escola de Formação Básica da PRM de Matalane.
Os homens que se encontram lá, estão a cumprir uma estratégia de dividir os próprios desmobilizados, na sua luta contra o Governo que visa o direito à pensão de reforma, comentou connosco uma fonte policial.

Velhos demais para uma actividade policial

“Os homens estão totalmente velhos e em mau estado de saúde. Não estão a aguentar com os treinos, não conseguem correr, por isso caiem muito”, disse-nos a nossa fonte, um oficial superior da PRM.
“Até temos uma senhora desmobilizada de 65 anos que não aguenta nada”, referiu a mesma fonte.

Aquartelamento confirmado

Contactado pela Reportagem do Canalmoz, o secretário-geral da Associação dos Desmobilizados de Guerra (AMODEG), Almeida Torres, um dos desmobilizados da Casa Militar da Presidência da República, descreveu o exercício do Governo como sendo “uma farsa, uma encenação”.
“Esta não é uma solução. É um problema que continuam a criar para não pagarem pensão aos desmobilizados”, disse Almeida Torres, argumentando que “se fosse algo real, eu também estaria lá”.
“É um treino de 30 dias. Não sei para onde vão levar aquela gente”, disse o secretário-geral da AMODEG, acrescentando que “os homens estão a ser preparados como cobaias para repelirem os outros desmobilizados, impedir manifestações da Renamo e dos próprios desmobilizados”. (Bernardo Álvaro)
Imagem: Pobreza nos idosos. captions | credits
jornalismofinanceiro-mocambique.blogspot.com

“A quem beneficiam os biliões de dólares doados pela comunidade internacional?”



- questiona Graça Samo, presidente do Fórum Mulher

“O país continua sem boas estradas, sem hospitais suficientes e sem um plano de produção de comida para abastecer todos os moçambicanos, mas por detrás de tanta pobreza temos carros de luxo e mansões para um grupo de pessoas, o que significa que os fundos que são canalizados para o combate à pobreza são desviados”

Maputo (Canalmoz) - A presidente do Fórum Mulher, Graça Samo, afirmou ontem que apesar de o país receber biliões de dólares por ano a maioria dos moçambicanos continua a viver em extrema pobreza.
Em causa, segundo Graça Samo, está a falta de transparência na gestão dos fundos doados pelos parceiros de cooperação internacional para o combate à pobreza.
“O país continua sem boas estradas, sem hospitais suficientes e sem um plano de produção de comida para abastecer todos os moçambicanos, mas por detrás de tanta pobreza temos carros de luxo e mansões para um grupo de pessoas, o que significa que os fundos que são canalizados para o combate à pobreza são desviados”, sentenciou Graça Samo, comentando um Estudo das Nações sobre a ajuda em Moçambique. (Raimundo Moiane)
Imagem: Megaprojetos pouco colaboram para reduzir apobreza em Moçambique
clubofmozambique.com

terça-feira, 29 de novembro de 2011

China, cem milhões de pobres. China: Novo sistema de contagem quadruplica pobres



A população oficial chinesa que vive abaixo da linha da pobreza vai passar de 26,8 milhões para 100 milhões de pessoas, depois do governo chinês anunciar esta terça-feira que vai adoptar os padrões de linha da pobreza nacional, os mesmos usados pela ONU - indivíduos que vivem com menos de 1 dólar por dia.

DIARIODIGITAL

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, anunciou a mudança numa conferência sobre programas de alívio à pobreza esta terça-feira no Grande Palácio do Povo de Pequim, com a presença do presidente Hu Jintao, detalhou a agência oficial Xinhua.

Até ao momento, Pequim considerava pobre e, portanto, candidato a receber ajuda do Governo, aquele com receitas inferiores a 0,53 dólares, mas a partir de agora entrarão nesta classificação os que vivem com menos de 0,98 dólares.

A decisão foi tomada duas semanas depois de o Governo chinês revelar que nos últimos 10 anos o número de chineses a viver na extrema pobreza passou de 94,2 milhões de habitantes há uma década para os 26,8 milhões actuais. O novo número ultrapassa a primeira estimativa, chegando a 100 milhões de pessoas.

A alta no índice demonstra os esforços da China para se transformar numa sociedade acomodada na próxima década, destacaram os máximos lideres comunistas chineses.

«O nosso objectivo para 2020 é garantir que os pobres do país não tenham de se preocupar com alimentos e roupas. Também garantir o acesso à educação, serviços sanitários básicos e moradia», declarou o presidente Hu.

O regime comunista chinês garantiu que nos 30 anos de reforma e abertura económica saíram da pobreza entre 300 milhões e 400 milhões de pessoas no país.

Embora a China seja a segunda economia mundial em termos de produção total (PIB), a renda per capita chinesa ainda é muito baixa devido ao tamanho da sua população, o que a situa por volta do 100º posto no ranking de nações do planeta.
Imagem: bbc.co.uk

Engenheiro brasileiro assassinado em Maputo. Chefe da construtora da aerogare comercial de Nacala




Há já dois detidos, suspeitos de matar o executivo da construtora “Andrade Gutierrez”

O corpo de Marcelo Elísio Andrade estava ontem a ser velado, na Funerária House, no Bairro Funcionários, em Belo Horizonte, no Brasil

Maputo (Canalmoz) – Dois homens foram detidos em Maputo indiciados de terem assassinado um cidadão brasileiro Marcelo Elísio de Andrade, de 57 anos, que chefiava a representação do Grupo Andrade Gutierrez, do ramo de construção, envolvido em vários projectos de carvão, em Tete, e na cidade portuária de Nacala, na província de Nampula. A Polícia da República de Moçambique (PRM), confirmou, ontem a morte de Marcelo de Andrade, na última sexta-feira na cidade de Maputo, mas não revelou que já há detidos. Disse apenas que estes ainda estão a monte.
O porta-voz da polícia ao nível da cidade de Maputo, Orlando Madumane, disse ontem ao Canalmoz que “dois indivíduos não identificados dirigiram-se à residência do malogrado e espancaram-nos até à morte”.
O caso deu-se na residência do malogrado nas proximidades da Escola Portuguesa de Maputo, na Costa do Sol. Espancaram o malogrado até a morte, com um objecto contundente.
A empregada descobriu o corpo sem vida quando chegou no seu local de trabalho nas primeiras horas de sábado.
“O cidadão brasileiro foi morto por dois indivíduos ainda a monte. Suspeita-se que tenha havido envolvimento do segurança da empresa de segurança G4S que estava em serviço. Encontramos o chapéu do guarda ensanguentado. Está em curso um trabalho da Policia de Investigação Criminal”, disse o porta-voz da PRM na capital do país.
Um dos suspeitos é o agente da empresa de segurança G4S, que fazia a segurança pessoal do engenheiro. É ele o dono de um boné sujo de sangue encontrado ao lado do corpo da vítima. Foi preso no sábado (26) e terá confessado o crime, denunciando um comparsa, preso no domingo (27).
O corpo de Marcelo Elísio Andrade já está no Brasil. Chegou em voo fretado ao Aeroporto de Confins, na Região Metropolitina de Belo Horizonte, por volta do meio-dia de ontem, segunda-feira. De lá, foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) da Capital, onde está sendo autopsiado por uma equipe dirigida pelo médico André Luiz Roquette, chefe da Antropologia Forense. Assim que o relatório da morte do engenheiro ficar pronto, será encaminhado para a Delegacia de Crimes Contra a Vida. O cônsul de Moçambique, Deusdete Januário, e o director do IML, José Mauro de Morais, acompanham os trabalhos.
O corpo deve ser exposto para velório a partir de hoje, terça-feira (29), na Funerária House, na Avenida Afonso Pena, 2158, no Bairro Funcionários. O enterro está previsto que seja ainda hoje, no Cemitério Parque da Colina, no Bairro Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte.
O executivo da Andrade Gutierrez foi encontrado morto na manhã de sábado (26), na cozinha de sua casa, em Maputo. Ele estava há dois anos em Moçambique. Trabalhava nas obras de ampliação do Aeroporto de Nacala, no Norte de Moçambique.
A Polícia de Moçambique trabalha com a hipótese de assassinato, mas ainda não divulgou a motivação do crime. Marcelo Elísio Andrade chegou na sexta-feira à noite a sua casa acompanhado por dois homens. Na manhã de sábado, foi encontrado morto na cozinha. Um boné com manchas de sangue foi apreendido pela polícia. Posteriormente, foi confirmado que ele pertenceria ao segurança do condomínio onde o engenheiro morava.
Em nota, a esposa de Marcelo, Raquel Starling de Andrade afirmou no Brasil que “aguarda e confia na apuração dos factos, que irão revelar as circunstâncias da morte”. “As investigações em Maputo serão acompanhadas pela Andrade Gutierrez”, escreveu a viúva.
A empresa informou que o seu representante enviado a Moçambique para ajudar na remoção do corpo para o Brasil está repassando informações para a polícia. A empresa não informou detalhes das investigações.
Em Moçambique, o engenheiro dirigia a “Zagope”, empresa da Andrade Gutierrez que actua também na África do Sul em obras de infra-estruturas. A companhia trabalha neste mesmo ramo na Europa, Ásia e Oriente Médio.
Marcelo Elísio Andrade deixa a esposa e uma filha (de seu primeiro casamento, que mora em Belo Horizonte). (Redacção com Cláudio Saute)

Portugal. Freitas do Amaral considera que Europa vive sob ditadura franco-alemã


Pretória (Canalmoz) – O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros português, Diogo Freitas do Amaral, considerou que a União Europeia vive sob uma “ditadura” franco-alemã e que estes dois países lideram contra princípios democráticos e em “pura ilegalidade”.
Falando ontem numa conferência sobre os 25 anos da adesão de Portugal à União Europeia, o antigo governante e fundador do CDS teceu críticas aos dirigentes europeus e à sua actuação face à crise, mas foi especialmente duro relativamente à chanceler alemã, Angela Merkel, e ao presidente francês, Nicolas Sarkozy.
Freitas do Amaral condenou as “intervenções de Bruxelas” e de “um ser híbrido a que chamam ‘Merkozy’” nos orçamentos e na condução das políticas nacionais, afirmando que isso “não é federalismo, nem democrático”.
“Isso é uma pura ilegalidade geral na União Europeia, não se respeitam as competências nem do Conselho, nem da Comissão, nem do Parlamento Europeu”, disse Freitas do Amaral.
Na opinião de Freitas, fundador do CDS e ex-ministro de Sócrates, hoje há “um conjunto de países democráticos governados por uma ditadura de cima para baixo”.
“É capaz de ser imperialismo, hegemonia, colonialismo, protectorado, mas o que temos é uma ditadura de dois chefes de estado ou de governo a mandar em dezenas de países”, reforçou Diogo Freitas do Amaral. (Redacção / Público)


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Líder da Liga Juvenil do ANC quer passar a dedicar-se à criação de gado


África do Su. Julius Malema reconhece fim de carreira política

Pretória (Canalmoz) – Julius Malema, líder da Liga Juvenil do ANC, declarou em entrevista ao semanário sul-africano, «Sunday Times», que vai dedicar-se à criação de gado por considerar que a sua carreira política chegou ao fim.
Recentemente, o ANC decidiu suspender Malema por um período de cinco anos em face de afirmações controversas proferidas pelo líder da ANCYL (Liga Juvenil do ANC) e que puseram em cheque a linha política do partido no poder na África do Sul. Malema recorreu da decisão.
Julius Malema disse estar claro que os actuais dirigentes do ANC pretendem o seu afastamento, embora considere ter ainda muitos apoiantes no seio do partido, incluindo figuras como Tokyo Sexwale, Tony Yengeni, membro do Comité Executivo Nacional, e Fikile Mbalula, ministro dos Desportos.
Durante a entrevista, Julius Malema, mais conhecido por Juju, escusou-se a comentar os estreitos laços que mantém com influentes empresários sul-africanos e a origem dos fundos que lhe permitem manter uma vida de fausto. (Redacção)

Não vai faltar cerveja para a quadra festiva



CDM garante que vai disponibilizar mais de cinco milhões de caixas para o país

Nampula (Canalmoz) - A Cerveja de Moçambique, CDM, assegura que vai disponibilizar cerveja suficiente a todo o país, durante a quadra festiva que se avizinha. A informação foi avançada na cidade de Nampula pelo administrador da CDM, José Moreira.
Moreira assegura que estará disponível um lote de um milhão e setenta e cinco mil caixas e que a disponibilidade abrangerá os consumidores da região centro e norte do país, incluindo a província da Zambézia.
Moreira anunciou igualmente que a nível dos distribuidores, armazenistas, entre outros que asseguram a distribuição da cerveja, está tudo a postos para que o produto esteja a tempo à disposição dos consumidores.
Na conferência de Imprensa realizada na semana passada na fábrica de Nampula., o administrador da CDM fez ainda saber do relançamento da cerveja Redd’s Dry e da nova variante Redd’s Vodka & Lemon, assim como a renovação da imagem dos rótulos de Laurentina Preta e Laurentina Clara, num novo formato de garrafa de 550ml.

Cerveja de mandioca

Muito recentemente, a região de Namigonha, no distrito de Ribáuè, província de Nampula, acolheu o lançamento da nova cerveja Impala, produzida à base de mandioca.
Do balanço feito, a procura tem sido cada vez maior, segundo disse o administrador da CDM. Disse que até ao momento já foram produzidas cem mil caixas.
José Moreira sublinhou que actualmente a Impala está à venda nos distritos e a sua introdução é uma medida para combater o consumo de bebidas com elevado teor alcoólico que têm trazido como consequência efeitos desastrosas. (Aunício da Silv
Imagem: A Empresa Cervejas de Moçambique, uma empresa “Made in Mozambique”, ...
macua.blogs.com

China, o falso desenvolvimento económico de um país.


(Não será melhor repensar a construção das tais cinco barragens em Angola pela Odebrecht? E Belo Monte no Brasil?)
China: hidrelétrica pode gerar catástrofe ecológica
A construção da maior hidroelétrica do mundo, a de Três Gargantas, na China, pode resultar numa "catástrofe ecológica" sem precedentes se nada for feito para impedir os danos ambientais causados pela obra, alertaram autoridades do país.
Em uma conferência na cidade de Wuhan (centro-leste da China), envolvidos no projeto relataram casos de deslizamentos de terra, erosão do solo e poluição da água nas regiões próximas à Três Gargantas, em funcionamento desde 2006.
O diretor do Comitê do Conselho de Estado do Projeto, Wang Xiaofeng, reconheceu que já não é mais possível ignorar os "problemas de segurança ecológica e ambiental trazidos pelo projeto". Segundo ele, o "desenvolvimento irracional" da China é a principal razão por trás do desequilíbrio ecológico no país.
A margem da represa já desabou em 91 pontos e uma área equivalente a 36 km foi engolida pelo reservatório, revelou Tan Qiwei, vice-prefeito da cidade de Chongqing, uma metrópole nas cercanias da usina.
Quando a terra cede em um lado da costa levanta ondas de quase 50 metros que se propagam até a margem oposta e causam desgaste do solo, resultando em um novo desabamento, explicaram os especialistas.
Os deslizamentos de terra têm freqüentemente ameaçado os moradores das áreas vizinhas da barragem e o governo já investiu mais de 12 bilhões de yuans (cerca de R$ 2,9 bilhões) para aliviar o problema.
A poluição causada pela sedimentação decorrente da obra também comprometeu a qualidade da água potável que abasteceria 50 mil pessoas e causou a proliferação de algas em vários rios adjacentes, reconhecem as autoridades.
Alem disso, a escassez de terrenos férteis e água potável têm agravado os conflitos por posse de terra na região.
"Nós absolutamente não podemos sacrificar nosso ambiente em troca de prosperidade econômica provisória", reforçou Wang.
O governo da China optou por construir a megausina no começo dos anos 90 sob o argumento de que a obra geraria energia verde, reduzindo emissões de gás carbônico, bem como ajudaria a controlar as cheias do rio Yang-tsé.
De acordo com números oficiais, a hidroelétrica é capaz de reduzir em 100 milhões de toneladas ao ano as emissões de gás carbônico no país, o que ajuda a evitar o aquecimento global.
Por outro lado, críticos do projeto há tempos alertaram para os efeitos colaterais da obra. Além de causar os danos ecológicos agora reconhecidos pelas autoridades, a usina também contribui para a destruição do patrimônio histórico das cidades que foram inundadas, bem como causa a miséria das populações deslocadas pelo projeto, dizem os opositores.
O impacto da represa na vida selvagem da região é outra questão sensível apontada pelos críticos.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1941210-EI299,00.html

domingo, 27 de novembro de 2011

VIDAS DIFICEIS. AFRICANO INVISIVEL


VIDAS DIFÍCILES (II) | Los inmigrantes más desamparados
Africano, invisible
• Su viaje dura una media de tres años, durante los que cruzan desiertos y mares
• Si recalan en España, la mayor parte de las veces es por casualidad
• Cuando llegan, se ven abocados a la clandestinidad

Elena Mengual | Daniel Izeddin (Vídeo) | Madrid ELMUNDO.ES

Su viaje dura una media de tres años, durante los cuales atraviesan desiertos y mares, de país en país, de camión en camión, de barco en barco, para intentar llegar a Europa. No se sabe cuántos lo consiguen. Y menos cuántos se quedan en el camino.
Si recalan en España, la mayoría de las veces es por casualidad. Son los subsaharianos que deciden huir de la guerra, la hambruna, la violencia religiosa o étnica, la falta de libertad o simplemente de la pobreza. Buscan una vida mejor para los suyos, o sencillamente una vida que no se base en la pura supervivencia.
"No vienen porque aquí suceda algo, tipo que les den papeles o que haya riquezas. Vienen porque en sus países no pueden estar", explica Antonio Díaz de Freijo, director de la asociación Karibu de ayuda al pueblo africano. "No salen de sus casas para decir: 'Me voy a Europa'", continúa, "y menos: 'Me voy a Madrid', porque ni lo conocen. Salen de su pueblo para ir a un pueblo vecino, o a la capital, o a un país vecino, y el camino les va llevando a no encontrar soluciones, y les lleva hasta aquí, a terminar arriesgando su vida, cruzando el desierto o el mar en un cayuco".
"No vienen porque aquí suceda algo, tipo que les den papeles. Vienen porque en sus países no pueden estar"
Una vez llegan, el desamparo. Si empezar una vida nueva en un país desconocido es siempre complicado, en el caso de los subsaharianos se suma que vienen con lo puesto. Sin equipaje, sin destino, sin visado de turista y muchas veces sin documentos.
Quiénes son
A diferencia de la inmigración latinoamericana, caracterizada por venir la mujer a trabajar en el servicio doméstico, para después viajar su marido o pareja, en el caso de los africanos, suelen ser hombres.
Pero la violencia y la guerra obliga también a huir a las mujeres, muchas veces con sus hijos. El mismo día que visitamos las instalaciones de Karibu nos encontramos con un caso especialmente grave: una mujer con dos niños, de dos y tres años, recién llegada de Melilla. Están en la calle. Y aunque aún no han llegado los rigores del invierno madrileño, es urgente encontrales alojamiento. No sólo por el frío, sino porque, si da con ellos la policía, es muy probable que avise a protección de menores y los pequeños sean separados de su madre.
"No tengo donde meterla", explica Díaz de Freijo, "igual en un hostal, pero es un gasto suplementario". Y es que hay que controlar las cuentas al detalle.La crisis se ha cebado también con las ONG. "Vivimos un momento muy difícil. Los recursos de las asociaciones han disminuido radicalmente, de hecho muchas han cerrado. Los que aguantamos somos menos y por lo tanto hay menos plazas", añade el director de Karibu.
Cómo viven
Ese día es como cualquier otro en la asociación. Una sala de espera empapelada con carteles de instrucciones para recibir comida, ropa y otras ayudas, llena de personas que aguardan su turno con paciencia. Una se acicala y coloca la corbata, probablemente en busca de trabajo. Otro lee el periódico. Mientras, una voluntaria de unos 70 años intenta comunicarse con una mujer, chapurreando francés. En el portal, otros aguardan para recibir ropa y alimento.
Los subsaharianos vienen con lo puesto. Sin equipaje, sin destino, sin visado de turista y muchas veces sin documentos
Muchos se encuentran en situación irregular, con pocos visos de que esto cambie. Y es que, al llegar a Europa, se topan con una realidad con la que no cuentan, a la vez que paradójica: la ley, ésa que brilla por su ausencia en sus países de origen, y ésa que en el mundo civilizado debería protegerles,lo primero que les dice es que no pueden trabajar ni vivir entre nosotros.
"Ahí empieza la clandestinidad. Desde el momento de la llegada en cayuco o patera, sea a Canarias, a las costas del sur de Europa o a Ceuta y Melilla, se van a encontrar con una detención que les va a llevar no a una cárcel, pues no han cometido delito, pero sí a un centro de internamiento de extranjeros, que es una cárcel en definitiva".
La 'amenaza' de la ley'
Cuando salen, bien porque no los pueden devolver a sus países de origen porque no tienen documentación, bien porque en esos países su vida corre peligro, se encuentran con que tienen que sobrevivir en medio de la clandestinidad, "siempre amenazados por la ley, por las persecuciones policiales, por órdenes y dictámenes de jueces que dictan una orden de expulsión...", explica Díaz de Freijo. "Su fuerza moral es lo único que les permitirá salir adelante".
De hecho, en más de una ocasión se han practicado arrestos en las instalaciones de la asociación. La última, el pasado abril, cuando los africanos que acudían a clases de lengua española, alfabetización e informática fueron detenidos por la policía a las puertas del centro.
Cara y cruz de una misma moneda
Así, en un limbo jurídico y permanentemente amenazado vive Joel Woguia-Hodiep, un pigmeo que abandonó su Camerún natal hace 11 años para probar suerte en Francia. La fortuna no le sonrió, y un accidente laboral lo dejó incapacitado para realizar trabajos físicos, así como dolores permanentes. Al no estar asegurado, no percibe ningún tipo de pensión. "Para mí la vida es dura aquí y allí", admite, aunque cree que eso le hace más fuerte. "Como las hormigas: si no pueden llegar a un sitio, hacen un puente. Yo igual".
"Los niños de Mali o Guinea Conakry, en lugar de estudiar, sueñan con llegar a Europa"
Hace un año decidió instalarse en España, y desde entonces lucha por obtener trabajo y papeles. No quiere volver a Camerún. "Después de 11 años fuera, no tengo nada allí". Mientras espera ese giro que le cambie la vida, se vuelca con la música y la creación de instrumentos musicales tradicionales pigmeos.
Más suerte tuvo Christian Kachungunu. Hoy, con 19 años, tiene la nacionalidad española, tras huir de la violencia en la República Democrática del Congo, de la que recuerda poco, o tal vez prefiere no recordar. Sí cuenta que las calles estaban sembradas de cartuchos. Consiguió refugiarse en Kenia junto a su hermana, y desde allí pudo viajar a España, donde residía su madre, en virtud del reagrupamiento familiar que contempla la Ley de Extranjería.
Vive en uno de los centros de Karibu, mientras estudia Bachillerato y asiste a clases para sacarse el título de vigilante de seguridad. Y aunque su vida es difícil, "como para todos en estos tiempos", cree que la ayuda a los africanos tiene que ser sobre el terreno. "Yo aquí, en España, si no tengo comida, pido en un supermercado. Allí, no".
La información, fundamental
Michel-Yves Essissima también cree que la clave está en invertir en los países con dificultades, sobre todo en información. Este investigador de la UNED trabaja como voluntario responsable de acogida en Karibu. "Los niños de Mali o Guinea Conakry, en lugar de estudiar, sueñan con llegar a Europa".
"Existe falta de formación básica y de información, a lo que se suman unas condiciones de acogida que muchas veces traumatizan. Sólo entonces se dan cuenta de que son necesarios más esfuerzos de lo esperado, y si además no tienen residencia, la dificultad se triplica y la desilusión se instala.Al final, su vida se convierte en una pesadilla".
Imagem: Imigrante africano chega na praia nas Ilhas Canárias, Espanha., ...
depositomaia.blogspot.com


Tachos e panelas sem cozinhas, e claro, sem cozinheiros… não há comida.


Mudam-se os tachos, mudam-se as verdades
O primeiro-ministro de Portugal afirmou hoje, em Coimbra, que o Orçamento de Estado para 2012 obedece a "critérios amplos e profundos de equidade na repartição dos sacrifícios".

Passos Coelho não disse, mas pensou certamente, que todos os que dizem o contrário são uma cambada de matumbos. E, se calhar, são mesmo. Isto porque ele é dono da verdade, e quando isso acontece todos os outros devem render-se.

Através do OE para 2012, "o governo pede sacrifícios aos portugueses, a todos os portugueses", sublinhou Pedro Passos Coelho. Pois. Até pode ser que ele peça a todos, mas o problema está em que uns têm força para não dar e outros, a grande maioria, nem força têm para manter a barriga com qualquer coisa dentro.

Segundo o sumo pontífice deste governo, tal como acontecia com o seu antecessor, o governo "teve a preocupação de proteger os mais vulneráveis", pedindo, por isso, "um esforço acrescido a quem mais pode" e, por outro lado, "ataca transversalmente a despesa supérflua das estruturas do próprio Estado, com a reestruturação dos seus organismo e dos seus procedimentos".

E quem são os mais vulneráveis? Não são com certeza os 800 mil desempregados, os 20 por cento de pobres e outros 20% que não dão uso aos pratos. Esses nem existem para o Governo.

Quando Passos Coelho se refere aos que mais podem, estará a pensar em quem? Não é certamente em Joaquim Pina Moura, Jorge Coelho, Armando Vara, Manuel Dias Loureiro, Fernando Faria de Oliveira, Fernando Gomes, António Vitorino, Luís Parreirão, José Penedos, Luís Mira Amaral, António Mexia, António Castro Guerra, Joaquim Ferreira do Amaral, Filipe Baptista, Ascenso Simões ou Duarte Lima.

Além disso, sustenta o “africanista de Massamá”, "as opções contidas no OE obedecem a critérios amplos e profundos de equidade na repartição dos sacrifícios".

Ou seja, todos vão ficar sem uma refeição por dia. Até nem está mal. Os que têm três ficam com duas, os que têm duas ficam com uma, os que tem uma ficam sem ela e os que já não têm nenhuma… não fazem falta.

Passos Coelho também disse (*): “Estas medidas põem o país a pão e água. Não se põe um país a pão e água por precaução. Estamos disponíveis para soluções positivas, não para penhorar futuro tapando com impostos o que não se corta na despesa. Aceitarei reduções nas deduções no dia em que o Governo anunciar que vai reduzir a carga fiscal às famílias”.

Passos Coelho também disse (*): “Sabemos hoje que o Governo fez de conta. Disse que ia cortar e não cortou. Nas despesas correntes do Estado, há 10% a 15% de despesas que podem ser reduzidas. O pior que pode acontecer a Portugal neste momento é que todas as situações financeiras não venham para cima da mesa. Aqueles que são responsáveis pelo resvalar da despesa têm de ser civil e criminalmente responsáveis pelos seus actos”.

Passos Coelho também disse (*): “Vamos ter de cortar em gorduras e de poupar. O Estado vai ter de fazer austeridade, basta de aplicá-la só aos cidadãos. Ninguém nos verá impor sacrifícios aos que mais precisam. Os que têm mais terão que ajudar os que têm menos.Queremos transferir parte dos sacrifícios que se exigem às famílias e às empresas para o Estado».

Passos Coelho também disse (*): “Já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal. O Governo está-se a refugiar em desculpas para não dizer como é que tenciona concretizar a baixa da TSU com que se comprometeu no memorando. Para salvaguardar a coesão social prefiro onerar escalões mais elevados de IRS de modo a desonerar a classe média e baixa”.

Passos Coelho também disse (*): “Se vier a ser necessário algum ajustamento fiscal, será canalizado para o consumo e não para o rendimento das pessoas. Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português. A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento”. pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos”.

Passos Coelho também disse (*): “Não aceitaremos chantagens de estabilidade, não aceitamos o clima emocional de que quem não está caladinho não é patriota. O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento”.

Passos Coelho também disse (*): “Já ouvi o primeiro-ministro dizer que o PSD quer acabar com o 13º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate. Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?”

(*) O Passos Coelho é o mesmo. O tacho é que é diferente. Na altura destas declarações era candidato a primeiro-ministro…


--
Orlando Castro
Jornalista (CP 925)
A força da razão acima da razão da força
http://www.altohama.blogspot.com
http://www.artoliterama.blogspot.com

sábado, 26 de novembro de 2011

Última hora. Despiste de avião no Huambo


Avião jacto Gulfstream II, ao serviço de uma companhia privada, quando se preparava para levantar voo, rebentou-lhe um pneu e despistou-se no aeroporto Albano Machado, no Huambo. Transportava o ministro dos desportos Gonçalves Muamduma.
Dos dez ocupantes, três tripulantes e sete passageiros, todos saíram ilesos.
RNA - Rádio Nacional de Angola
Imagem: ... Gulfstream II ...
ogarajets.com

Quantas mais centralidades, mais casas partidas/ arrasadas para dar emprego a esta gente?


Mota Engil estima mais 50 mil desempregados na construção em 2012
António Mota, chairman da Mota Engil, revelou que a estimativa para 2012 é que "haja mais 50 mil desempregados" na construção".
António Mota admitiu ainda que a empresa poderá não renovar contratos no final de algumas obras.
Económico com Lusa
Em declarações à Agência Lusa à margem de um debate promovido pela Fundação AEP, no Porto, António Mota disse que "a Mota Engil está a fazer a sua reestruturação deslocalizando muita gente" mas adiantou que "em termos das obras, quando estas acabarem, as pessoas que terminarem os seus contratos" não os vão ver renovados.
"A estimativa é que para o ano haja mais 50 mil desempregados no sector da construção. Vai ser indiscriminado, de alto a baixo, vai ser generalizado [o desemprego] no sector", alertou.
Segundo o chairman da Mota Engil "as empresas estão a fazer uma readaptação da sua estrutura à dimensão e por isso vai haver também desemprego a nível superior".
Sobre a concorrência na internacionalização das empresas portuguesas, o empresário disse ser "impensável que Portugal chegue ao nível das linhas de crédito do Brasil ou da China", dando o exemplo da linha de crédito com Angola "que não está totalmente utilizada".
"Era bom que essa linha de crédito pudesse ser financiada através da banca internacional e não só da banca nacional porque neste momento é só a banca portuguesa que tem acesso a essa linha de crédito", explicou, dando o exemplo do mercado chinês que tem seis mil milhões de linha de crédito contra os 500 milhões nacionais.
António Mota manifestou ainda preocupação relativamente à fixação de quadros, recordando que antigamente "as empresas quando se internacionalizavam tinham uma dimensão nacional que permitia fazer a rotação dos quadros que iam para a internacionalização".
"Essa rotação vai deixar de ser possível fazer e por isso é preciso pensar em dar alguns incentivos a que os quadros vão para o estrangeiro trabalhar com as empresas portuguesas numa perspectiva de mais tempo do que aquilo que seria habitual", sugeriu.
O empresário disse ainda recear que, aquando a internacionalização das empresas, se estas "não tiverem hipótese de levar quadros portugueses", começam a levar de outras nacionalidades, correndo o risco de se descaracterizarem.

SuperDivertido , | 26/11/11 13:00
@Soromenho
As megalomanias continuam...


fala barato , | 26/11/11 12:57
estaotao preocupados com os desempregados

SuperDivertido , | 26/11/11 12:56
@Ricardo
O estado tem que parar de desperdiçar. O estado não investe, queima notas de 500 euros à velocidade da luz.

SuperDivertido , | 26/11/11 12:53
@«Sebastião Lima»
Não espere milagres. Não costumam acontecer. O estado só deve 70.000 MILHÕES à banca portuguesa, mais duas dezenas de milhar de milhões através das PPPs.

Sebastião Lima , | 26/11/11 12:48
OS PPP MAIS CEDO OU MAIS TARDE VÃO SER RENEGOCIADOS..E A MAMA VAI SER OUTRA.

NÃO HÁ DINHEIRO PARA SUSTENTAR ESTE TIPO DE ESQUEMAS.

Sebastião Lima , | 26/11/11 12:46
A CONSTRUÇÃO EM ESPANHA ESTÁ DE RASTOS, MAS A FOMENTO-DRAGADOS OPERA EM TODO O MUNDO.

NÃO DEPENDE DO MERCADO ESPANHOL.


SuperDivertido , | 26/11/11 12:45
@«Sebastião Lima»
Os créditos que têm a receber nas PPPs garantem a existencia durante décadas.

Sebastião Lima , | 26/11/11 12:45
MOTA-ENGIL, SOMAGUE, SOARES DA COSTA E OUTRAS, FIZERAM UM ROMBO NAS FINANÇAS PUBLICAS DE TAL ORDEM, QUE SE NÃO EXISTISSEM, ESTAVAMOS BEM MELHOR.

PORTANTO NÃO FAZEM CÁ FALTA NENHUMA. PODEM DESAPARECER, QUE O POVO ATÉ AGRADECE.

SuperDivertido , | 26/11/11 12:45
@«Sebastião Lima»
Realmente a construção em Espanha está em grande.


SuperDivertido , | 26/11/11 12:44
@José
Pare de querer andar para trás sr dr. Nem o caranguejo anda para trás, anda para o lado. Se Salazar em vez de ter acumulado ouro, tivesse construido a autoestrada porto lisboa, e a barragem do alqueva, provavelmente o 25 de abril nunca teria surgido. Salazar foi solução até ao fim da 2ª guerra mundial, depois tornou-se um problema.

Sebastião Lima , | 26/11/11 12:42
A CONSTRUÇÃO TEM SIDO AO LONGO DOS ANOS, O PIOR MAL DE PORTUGAL. TUDO PORQUE É A MÁFIA DAS MÁFIAS. A POLITICA DO BETÃO, ACABOU. A MÁFIA EM DESESPERO TENTA AGARRAR-SE AOS BANCOS, MAS NÃO VAI VALER DE NADA. SÓ O MAIOR GRUPO DE CONSTRUÇÃO DE ESPANHA, METE NA GAVETA TODAS AS EMPRESAS PORTUGUESAS.

SuperDivertido , | 26/11/11 12:40
Crucificam aqui a Mota-Engil por situações como as facturas falsas as PPPs do Coelhone: tudo pregos legitimos e justos. Não se esqueçam é de acrescentar o da manutenção do Metro do Porto (através de consórcio), e de retirar o da construção inicial do mesmo. A adjudicação da construção do metro do porto foi a maior nódoa da democracia portuguesa.

SuperDivertido , | 26/11/11 12:37
Espero que tenham percebido o porquê da saida do CEO da Soares da Costa. E o porquê de estar agora a negociar com os bancos, e em nome das grandes construtoras a transformação das dividas à banca em capital. Nada acontece por acaso, nem cai do céu.

Com mais estes milhões que a Sonangol deitou para o “lixo”, e os desterrados da Tchavola tão abandonados.


Teixeira Duarte tem prejuízo de 116 milhões com acções do BCP
A construtora chegou a Setembro com prejuízos de 129 milhões de euros. A posição no BCP gerou perdas de 116 milhões.
A Teixeira Duarte informou hoje o mercado que registou prejuízos de 129 milhões de euros entre Janeiro e Setembro. Este desempenho compara com o lucro de 56 milhões de euros obtidos em igual período do ano passado, segundo o documento hoje publicado na CMVM, o regulador do mercado português. O EBITDA ficou estável nos 118 milhões.

DIÁRIO ECONÓMICO Pedro Latoeiro

A desvalorização da posição de 5,68% que a empresa detém no BCP foi a grande responsável pelos prejuízos da construtora, tendo um impacto negativo nos resultados de 116 milhões de euros. Nos primeiros nove meses do ano, os títulos do BCP emagreceram 64% em bolsa.

Os números dos três primeiros trimestres incorporam ainda perdas de 2,2 milhões de euros com acções do banco espanhol BBVA, imparidades de 11 milhões por causa da alienação de metade da ARENOR, uma menos-valia de 3,6 milhões relativa aos activos da participada Limited Liability Company CEMENT e ainda uma perda de dois milhões devido à evolução dos mercados cambiais. A desequilibrar a comparação com 2010 está ainda o facto de os números do ano passado contabilizarem a mais-valia de 70 milhões gerada pela venda da posição na Cimpor.

Entre Janeiro e Setembro, o volume de negócios emagreceu 10% para 915 milhões de euros, destacando-se a descida de 12% no mercado português. Em Angola, o segundo mercado da construtora, o volume de negócios aumentou 2,2%, mas no Brasil, o terceiro, caiu 20%.

Os resultados mostram ainda um agravamento em 101 milhões da dívida líquida do grupo, que se situava a 30 de Setembro nos 1,17 mil milhões de euros e, ao mesmo tempo, um decréscimo de 32% nos capitais próprios.

As acções da Teixeira Duarte encerraram a sessão de hoje inalteradas nos 0,20 euros, cotação que avalia a companhia em 84 milhões de euros.
SuperDivertido , | 26/11/11 13:05
Nada que preocupe. As dividas serão transformadas em capital com preço muito acima do mercado. Fica tudo em familia.

Joaquim Mendes , Lisboa | 26/11/11 12:24
É o que dá quando construtoras se metem em negócios para que não estão naturalmente vocacionadas e que não estão no seu core business. Sempre foi uma tentação em Portrugal ser banqueiro, qual miragem do ouro. Empresas que nem capital têm para o seu negócio de construção, procuram dedicar-se à actividade financeira provavelmente com capital de empréstimo das próprias empresas financeiras onde participam. Também quem tinha o direito de avaliar a qualidade dos accionistas qualificados da entiodade financeira poderá não ter cumprido o seu papel. No fim poderá ir para a rua o menino com a água do banho.


atento , lisboa | 26/11/11 11:39
só perde quem tem... e quanto ja gnhou este senhor com o estado....


Se o BCP lhe tira o tapete..... , | 26/11/11 08:30
Vai o cimento todo pelo ar.....Cuidado com as afirmações ! "Nunca cuspas na mão a quem te salvou a vida!"

Se não fosse o BCP.... , | 26/11/11 08:21
A Teixeira Duarte já não existia....! Ou estes senhores quando metem dinheiro num Banco não querem conta.-partidas? Eo que é que um Banco pode oferecer? ACERTOU é isso mesmo!!!!

Ze , | 26/11/11 00:12
Prejuízo ??? Mas a Teixeira Duarte vendeu alguma coisa ??? Só teria prejuízo se vendesse, como não vendeu ainda é possuidora das acções, quanto muito apenas desvalorizou (as acções) a posição que tem no banco.

SARALHO DO CARILHO , construtoras de treta | 26/11/11 00:11
Agora que a mama acabou....ficam as dividas!

OSCAR ALHO , F0DECEIXE | 25/11/11 23:48
Vão PR0 RAI0 QUE 0S PARTA. Prejuízo? Não há mais contratos milionários da mama, claro. Muito prejuízo? Não há mesmo dinheiro, e pronto. Parem de andar em carros de alta cilindrada e alta gama (como qualquer construtor civil que se preze), que já vão dar um contributo às contas. Mas é preferível despedir pessoal, claro.

J.SOUSA , | 25/11/11 23:37
IRÁ O DIOGO INFANTE ESTUDAR PARA PARIS? AGORA JÁ NÃO É DIRECTOR DO TEATRO! TACHO QUE O OUTRO LHE ARRANJOU!.

grupo lena , | 25/11/11 23:31
teixeira duarte pede ajuda ao grupo lena para falsificarem os resultados....o joaquim paulo, é muito bom nisso, sabe as manhas todas.Conseguiu rebentar com a abrantina. A unica empresa do grupo lena com rumo e caminho, graças à anterior administração liderada pelo eng. ribeiro dos santos. O grupo lena tambem devia desaparecer do mapa

jg , | 25/11/11 23:14
Esta mpresa está nas lonas......

voi...vod , | 25/11/11 22:07
Foi hoje anunciado k 2 dos detidos de ontem frente à Assembleia da Republica eram estrangeiros. Será k as centrais sindicais pagaram a mercenários da confusão para ........ ?

mm , mm | 25/11/11 22:03
Afinal de contas ainda há justiça em portugal é reconfertante ver esses criminosos das empresas de construção civil irem ao fundo agarrados aos bancos criminosos e falidos.
Que arrebentem de vez o mais rapido possivel para assim tambem arrebentar com este regime podre de partidos politicos traidores e criminosos que levaram o,pais há falência e há perda da sua soberania.
Imagem: BPI-BCP Millennium: quem papa quem? Publicada por Carlos Sêco em 16:29 0 ...
humorasecocartoons.blogspot.com

Suite Hotel Maianga e as contas mal feitas da Sonangol. Rafael Marques de Morais



A principal empresa do Estado, a petrolífera Sonangol, tem sido referida, a nível internacional, como um oásis de competência e boas práticas de gestão em Angola. Regularmente, a Sonangol também tem sido acusada, além fronteiras, de ser o principal veículo para o saque e o desaparecimento de biliões de dólares das receitas de petróleo.
No entanto, a Sonangol, como principal responsável por cerca de metade dos fundos que constituem anualmente o Orçamento Geral do Estado, requer um escrutínio mais atento dos cidadãos sobre a sua gestão corrente.
O presente texto apresenta o primeiro de uma série de estudos de caso sobre as práticas internas de contabilidade da Sonangol.
Em 2010, para um total de nove dias de estadia e despesas no Suite Hotel Maianga, em Luanda, a Sonangol procedeu à liquidação de facturas no valor de US $1,346,022.5, pagas através do Banco Africano de Investimentos (BAI). A Sonangol é a principal accionista do referido banco, com 18.5 por cento do capital.
O hotel, de três estrelas, dispõe de 54 quartos, incluindo duas suites executivas, e tem estado aberto ao público desde a sua inauguração, em 2009. Por sua vez, a Sonangol é a proprietária do hotel, segundo a agência noticiosa estatal Angop.
Mesmo que, de forma hipotética, a Sonangol tivesse ocupado todos os quartos por nove dias, e pagasse o preço máximo da acomodação mais cara (US $450) por todos os quartos, o valor total seria de US $218,700, incluindo o pequeno-almoço. O Suite Hotel Maianga tem um pequeno e modesto restaurante e os seus preços razoáveis, para o mercado de Luanda, dispensam cálculos matemáticos.
Para onde a Sonangol canalizou os adicionais US$1.1 milhões?
A Sonangol deve explicar as razões pelas quais, depois de ter financiado a formação de milhares de cidadãos nacionais em várias universidades do ocidente e em outras paragens internacionais, não consegue explicar simples contas de adição e multiplicação de fundos públicos à sua guarda.
Várias chamadas ao Gabinete de Comunicação e Imagem da Sonangol, para prestar esclarecimentos, deram origem à mesma resposta: “o director está reunido.”
Dia / 2010 Fatura(s) Custo (Dólares EUA) Total
2 de Junho 1332/SHM/2010 150,731.60
2 de Agosto 1187/SHM/2010 a 1236/SHM/2010 255,370.00
4 de Agosto 1245/SHM/2010 33,000.00
5, 6, 13 de Agosto 1270/SHM/2010, et al. 219,073.00
17 de Agosto 1331/SHM/2010 a
1331/SHM/2010 294,730.00
19 de Setembro 1472/SHM/2010 a
1525/SHM/2010
255,820.00
21 de Setembro 1529/SHM/2010
137,297.90
1,346,022.50
Para mais informações sobre o hotel consulte:
http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/turismo/Sonangol-apresenta-unidade-hoteleira-tres-estrelas,ae2c6660-4847-4362-98c6-4bdab951bc28.html

Os operários da subestação eram preguiçosos demais, teve um dia que morreu um parente de um deles, e metade faltou para ir no velório.


EUROPA: Por acaso alguém já teve experiência de trabalhar com informática em Angola? A coisa é feia mesmo ficar por lá? Os salários valem a pena?
A um tempo atrás recusei uma oportunidade mas estou repensando.
E eis que se seguem alguma das opinioes dos seus compatriotas brasileiros:

"ferA": Africa é foda.. tirando africa do sul, egito e marrocos eu não encararia nada.
Papaleu Paes: Angola é um país carente de mão de obra qualificada sentado numa montanha de petróleo. Existem dezenas de multis operando lá e são obrigadas a importar mão de obra porque localmente não existe oferta suficiente.
Para responder a sua pergunta só sabendo quanto você vai receber e os benefícios que vão te oferecer. Tem empresa que além do salário oferece lugar para morar (o que é importante, já que você precisa morar num condomínio fechado com segurança) e além disso transporte do local de trabalho até em casa com segurança.
Tem muitos gringos fazendo fortunas por lá.

davesax: cara eu acho que é uma boa, pq nesses países da áfrica os pcs devem pegar muito vírus...
Filipp0: Amigos meus já trabalharam lá. Falaram que ganha-se bem, mas o custo de vida é RIDICULAMENTE alto, tipo almoço custa USD80, aluguel custa USD5K/mês etc. e Luanda é uma merda.
BozoLoko: Bom, tenho um amigo que trabalhou lá... Ele trabalha em um Multinacional que mexe com equipamentos para subestações de energia. Ele ficou bem no interiorzão.
Angola é uma mistura dos Prédios de Ciudad del Este, o transito da India e o, polemizando, o povo da Bahia.
Os prédios do centro, são todos zuados, como no PY, ar condicionado pendurado, vários gatos, o resto é como uma grande favela, meu amigo mandou uma foto de quando ele estava pousando, parecia uma enorme favela. Até o aéroporto é zuado... A compania area é de dar Medo, é uma que tem um Bode (ou outro caprino de chifre) no logo.antes era boa, os portugueses davam manutenção, agora virou bosta... Se não me engano eles nem podem voar na Europa.
O Transito não há mão, contramão parece um monte de carro de bate bate, tudo sem sentido, como na India.
Os operários da subestação eram preguiçosos demais, teve um dia que morreu um parente de um deles, e metade faltou para ir no velório.
Lá a multinacional estabelecia os valores da hora, algo como, se no BR ele ganha R$80 a hora, lá ele ganha 80USD a hora... A grande vantagem é que ele acumula um monte de horas extras lá.
Despesa quase nenhuma, ficava no alojamento da empresa. Só gastava com Coca Cola, que não podia colocar na geladeira por que os "negos" roubam, então a solução era deixar a lata no ar condicionado. Tem malária e mais um monte de doença lá. Mas vc nem pisa no avião se não estiver vacinado. O calor, pelo menos na época que ele foi, era algo normal. Nada escaldante como pensei.
Na verdade ele ninguém queria ir para lá. Acabou sobrando para ele pois ele era um dos poucos funcionários da empresa que não fala Inglês, então acabou sobrando isso.

fmenah: Tenho um colega que foi para lá trabalhar com construção civil, o esquema é ir com tudo pago pela empresa e o ganho ser livre de tudo pois funciona o seguinte, tem duas economias lá, uma para estrangeiros e outra para locais, os locais vivem na merda, ganham mixaria e vão se virando como podem, estilão Haiti, já o estrangeiro é economicamente explorado de todas as formas se for querer manter um padrão de vida normal nosso, TUDO é importado e caríssimo, serviços idem, tem cara que gasta mais para viver em Luanda do que gastaria para viver bem em Tokio ou Moscou fácil.

Se você for branco não vou dizer que será baleado no primeiro dia, mas que é alvo para assaltos ou sequestros isso é, então não pode dar bobeira e andar sozinho em áreas que não são para estrangeiros.
O negócio ali é rachar de ganhar dinheiro, se não for para fazer em 1 mês o que faz em 1 ano aqui nem perca tempo pensando na possibilidade.

ZNP: (....) Sim, o governo é 100% corrupto. Não estou generalizando. Disse apenas que o governo especificamente de Angola e todos aqueles ligados à política angolana são corruptos. O presidente é o ditador há maior tempo no timão de um país do continente africano. E a filha dele, a Isabel dos Santos, é descaradamente corrupta. Postei muito sobre isso no tópico citado acima.

E ainda é para esse tipo de pessoas que muitos perdem o seu lugar no mercado de trabalho angolano.
In Nós Denunciamos. Facebook


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Para o efeito, o Dr. Teta criou uma série de empresas privadas, para enriquecimento pessoal, através dos projectos públicos sob seu pelouro.


Teta Financeira: A Tecnologia do Desfalque.
O vice-ministro da Ciência e Tecnologia, Dr. Pedro Sebastião Teta, tem demonstrado extraordinária dinâmica na apresentação de projectos de modernização da infra-estrutura de tecnologias de informação no país, sobretudo para o seu melhor uso por instituições públicas.
Rafael Marques de Morais
Para o efeito, o Dr. Teta criou uma série de empresas privadas, para enriquecimento pessoal, através dos projectos públicos sob seu pelouro.
A 17 de Dezembro de 2007, em parceria com a sua esposa, Mirela Virgínia Teta, e a Protic, do luso-angolano Eurico Alves Gomes, o vice-ministro criou a empresa privada Torque IT. O casal Teta detém 80% do capital, cabendo o restante ao outro sócio. Mas cerca de um mês antes, a 13 de Novembro de 2007, o Dr. Pedro Teta, enquanto vice-ministro, homologou o certificado de registo formal da Torque-IT junto da Comissão Nacional de Tecnologias de Informação (CNTI), por si coordenada. Ou seja, a empresa já estava credenciada pelo estado angolano, para realizar negócios com este, um mês antes de ter existência legal.
Segundo documento da própria Torque-IT, esta apenas iniciou as suas actividades em Março de 2009 (http://www.torque-it.com/sch_angola.html). Apesar disso, a 20 de Agosto de 2008, a Torque efectuou a cobrança de US $150,000 à CNTI (factura nº 001), por 500 cursos de uso intermediário de Microsoft Office Outlook, que afirma ter ministrado a instituições do Estado. Estes cursos destinavam-se a ensinar funcionários públicos a usar as caixas de correio electrónico.
No entanto, sem atenção ao detalhe, a 20 de Outubro de 2008, a Torque-IT emitiu outra factura nº 001, cobrando de US $150,000 à CNTI, por 500 cursos de uso intermediário de Microsoft Office Excel. A factura nº 002, com a mesma data, cobrou mais US $150,000 por igual número de cursos de uso intermediário de Microsoft Office Excel. Já a factura nº 003, de 18 de Dezembro de 2008, solicitou o pagamento de US $150,000 para 500 cursos de Microsoft Office Word. A empresa não realizou os cursos porque apenas começou a operar, de acordo com a sua própria informação, em Março de 2009.
A direcção da CNTI era assegurada por Filomena Teta, irmã do vice-ministro, que a nomeou para o referido cargo.
Antes de a Torque IT ter iniciado as suas actividades, a empresa do vice-ministro obteve pagamentos no total de US $600,000 com o processamento de facturas fantasma pelo treinamento de 500 pessoas no uso intermédio de Excel, Outlook e Word.
Até receber os primeiros fundos da CNTI, a conta em dólares da Torque IT – 4062839731001 – apresentava um saldo de zero. Várias demonstrações contabilísticas demonstram que as receitas da Torque IT provinham quase exclusivamente de uma fonte, a CNTI.
Todavia, a Torque IT desmente-se a si própria sobre o valor real dos custos dos cursos ministrados e em relação ao número de participantes. A factura nº 6, de 17 de Julho de 2009, cobra um valor total de US $109,606.63, à CNTI, por quatro cursos de nível intermédio (Excel, Powerpoint, Outlook e Word), com duração de duas semanas, para 50 pessoas.
No decorrer de 2009, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José de Carvalho da Rocha, exonerou a irmã do seu adjunto, Dr. Pedro Sebastião Teta, do cargo de directora da CNTI, tendo nomeado para o seu lugar um funcionário da sua confiança, João Leão. Este, investido pelo ministro, segundo correspondência a que esta investigação teve acesso, havia embargado o pagamento de duas facturas (nº 6 e nº 11) submetidas pela Torque IT, no valor total de US $132,788.76, por suspeita de fraude sobre a realização dos cursos.
Agravada, a 11 de Junho de 2010, a Torque IT queixou-se ao ministro José de Carvalho da Rocha. A carta, endereçada à CNTI (N/ref. 02/2010), com cópia ao ministro, lamentava que a Torque IT tivesse “incorrido em elevados custos, designadamente com manuais, viagens, alojamentos dos formadores, alimentação diária para os formados, etc., encontrando-se então a suportar em acréscimo custos anteriores e também os custos financeiros inerentes a esta dívida”.
Uma observação mais atenta às transacções financeiras da Torque IT revela outra realidade. Do total de US $606,427.25 recebidos da CNTI, em 2008, a Torque IT transferiu directamente, a 3 e 5 de Fevereiro de 2009, um total de US $400,000 para as contas do casal Teta. O sócio luso-angolano Eurico Alves Gomes, que exerce as funções de director-geral da empresa, ordenou, a 5 de Fevereiro de 2009, a transferência de US $100,000 para a sua conta particular.
A 8 de Abril de 2009, a CNTI procedeu à transferência de mais US $450,000 para a conta da Torque IT. Deste valor, a empresa beneficiária transferiu um total de US $126,000 para as contas pessoais do casal Teta e de Eurico Alves Gomes, em partes iguais. A Torque IT transferiu também mais de US $100,000 para as outras empresas privadas do casal Teta e à Protic, do seu director-geral. Assim, mais de metade do segundo pagamento foi para benefício exclusivo das contas particulares do vice-ministro, esposa e sócio.
Sobre os custos dos cursos, há uma fatura de US $27,980.29, datada de 16 de Outubro de 2009, que a Torque IT pagou à Torque IT South Africa, relacionado com os referidos cursos e outros gastos marginais. A empresa do Dr. Teta tem acordo de representação da Torque IT sul-africana que, por sua vez, pertence ao Kelly Group, o maior provedor de serviços na área de emprego na África do Sul.
À luz da legislação em vigor, o vice-ministro Pedro Sebastião Teta comete um acto de enriquecimento ilícito (Art. 25º, 1, j da Lei da Probidade Pública) por ter integrado no seu património privado verbas pertencentes à instituição pública que dirige.
Ironicamente, o Presidente da República e o Procurador-Geral da República têm-se lamentado publicamente sobre a falta de provas relativas a alegados actos de corrupção envolvendo altos dirigentes. Assim, os cidadãos têm de dar os parabéns ao Dr. Teta, renomado perito de informática, pela forma básica como assalta os cofres do Estado e pela cumplicidade, por omissão, do seu superior, o chefe do Executivo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A corrupção é o bem mais precioso da Nação. “Kopelipa” tenta corromper líderes da oposição


Luanda - O ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, General Kopelipa, encontrou-se em separado, no dia 22 de Novembro, com os líderes das bancadas parlamentares da oposição.

Fonte: Club-k.net

Por instruções do Presidente José Eduardo dos Santos, o General Kopelipa foi à Assembleia Nacional e chamou Sapalo António (PRS), Ngola Kabango (FNLA) e Gabriel Samy (UNITA) para transmitir-lhes a posição de que os seus partidos têm de regressar à discussão do pacote eleitoral para garantir a legitimidade do processo. Em contrapartida, o General manifestou a disposição em compensar os líderes parlamentares e partidários com benefícios materiais e outros que reforcem os seus poderes políticos internos.

Dados os altos níveis de corrupção demonstrados pelo presidente do PRS, Eduardo Kuangana, figuras do MPLA acreditam que este ganhe coragem para obrigar o seu partido a um compromisso com a política de José Eduardo dos Santos, como o fez na aprovação da nova constituição. Kuangana é presidente do PRS há 21 anos e tem enfrentado grande rebelião interna por parte dos seus correligionários que contestam os seus acordos pessoais com o Palácio Presidencial, a sua falta de visão política e a forma errática como dirige o partido.

No caso da FNLA, parte dos incentivos para Ngola Kabango, cuja liderança partidária foi ilegitimada pelo Tribunal Constitucional, é a disposição da presidência em limitar ou retirar o seu apoio material e político ao seu rival Lucas Ngonda. Incentivos financeiros também servem para contentar Ngola Kabango.

Já a UNITA de Samakuva é mais maleável com a promessa de negociações para o retorno das suas propriedades e o incremento das ofertas aos seus deputados que sempre prestaram serviços de informação ao regime.

Com este quadro, o MPLA pensa estarem criadas as condições para se ultrapassar a rebeldia momentânea da oposição que, assim, criou um facto político de grande embaraço para os desígnios eleitoralistas do presidente José Eduardo dos Santos. Resta saber qual será a resposta definitiva dos líderes da oposição.

Fontes do MPLA lamentam, no entanto, que estas negociações não estejam a ser conduzidas pelo ministro para os Assuntos Parlamentares, Norberto dos Santos, que durante muitos anos foi membro da bancada parlamentar do MPLA e conhece bem os cantos da casa. A presença de Kopelipa na Assembleia Nacional é, para as fontes do MPLA, mais um sinal de interferência da presidência em assuntos estritamente parlamentares e um atestado de incompetência ao presidente da Assembleia Nacional, Paulo Kassoma.

*Moisés Ngola

Os queimados da civilização do pneu. Populares queimam gatuno com pneu


Luanda - “Colar ardente”. Uma retrospectiva dos casos de justiça por mãos próprias que grassam por Luanda, nas últimas semanas apontam para o crescimento deste fenómeno, que, volta e meia, polariza as atenções dos cidadãos, da Polícia e de vários segmentos de conhecimento da vida nacional. A verdade é que, o caso que ficou conhecido como ‘colar ardente’ voltou a franquear-nos a porta e já faz contas de somar, tendo em conta o número contabilizados

Fonte: A Capital
Num intervalo de poucas semanas, o fenómeno ‘colar ardente’, consubstanciado na queima de que pessoas vivas, por suposta prática delituosa, voltou a entrar para o léxico dos populares e, senão tanto, também dos relatórios policiais, pela já preocupante frequência com que as mesmas têm estado a ocorrer.

Os bairros Palanca, Imbondeiro, Combustíveis, Viana e Paraíso são até ao momento, numa ordem aleatória, os mais ‘endémicos’ no que a esta prática diz respeito. A grande preocupação manifestada pelas autoridades é que a moda venha a pegar e estender-se aos demais bairros de Luanda.

E pelo andar da carruagem, a ‘praga’ pode atingir o país, se medidas profilácticas, como defendeu o sociólogo Lukombo Nzatuzola (ler entrevista), não forem tomadas em tempo julgado oportuno.

Num dos casos reportados por este jornal, ocorrido no mês de Fevereiro, dois supostos meliantes foram surpreendidos no bairro Palanca, em actividade delituosa. Sem que se alertasse a Polícia, foram, pura e simplesmente, submetidos a uma impiedosa sessão de espancamento pelos populares, antes que estes decidissem por queimá-los vivos até à morte.

Os promotores de tão mórbida decisão, até agora desconhecidos, ignoraram todo o tipo de pedido de perdão pronunciado pelas vítimas e resolveram, por sua conta e risco, fazer justiça por mãos próprias de uma forma tão cruel, quanto se pode imaginar.

O local para execução, inclusive, foi escolhido a dedo: defronte ao triângulo existente a escassos metros da administração comunal do bairro Palanca, onde, por incrível que pareça, está localizada uma recauchutagem. De tal forma que tiveram o trabalho facilitado, pois tinham a mão de semear pneus de sobra, para servir de ‘colar’ para a hedionda operação.

Os munícipes partiram da presunção de que os elementos ‘carbonizados’ seriam meliantes, uma vez que bem ao lado dos corpos foi encontrada uma aparelhagem de som, que, presumivelmente, os meliantes terão furtado. Ademais, segundo afirmaram, a onda de assaltos é o ‘pão de todos dias’ naquelas paragens, onde se assiste o fraco patrulhamento por parte da Polícia local. Daí à decisão de fazer justiça por mãos, a fronteira é curta.

Naquela altura, o administrador comunal do Palanca, José Praia Tondela, terá dito que a atitude tomada por alguns moradores era a todos os níveis condenável. “É crime nos termos da nossa Constituição, de tal forma que já saímos à rua, para sensibilizar as pessoas a conduzir os possíveis marginais às esquadras em situação desta natureza, para que estas tomem a medida necessária”, referiu.

Este crime parece ter morrido no esquecimento, dado que os seus autores, por força de uma rigorosa investigação, continuam a monte e até mesmo a passearem impunes pelo bairro.

Histórias arrepiantes

Já no bairro Imbondeiro, ao Cazenga, as informações recolhidas de populares apontam que o indivíduo queimado em plena luz do dia era mesmo um conhecido meliante. Era alguém que no fatídico dia foi visto em fuga, transportado numa moto do tipo rápida, depois de, supostamente, ter assaltado um cambista de rua, na companhia de um amigo.

Para o seu azar, na altura em que encetava a fuga, caiu da motorizada e viu-se, em fracção de segundos, alcançado pelos seus perseguidores, que, de imediato, o espancaram sem apelo, nem gravo. Pouco depois, uma voz se fez ouvir entre a multidão: ‘queimem’, mesmo com a 14„ Esquadra do Hoji-ya-Henda a poucos metros do local dos acontecimentos.

Fartos da sevícia aplicada ao rapaz, o pneu a arder atravessado ao pescoço acabou por cumprir com a tarefa de casa. O homem foi quase reduzido a cinza, pela acção das altas labaredas que o consumiram por completo. Não teve oportunidade para defender-se.

No bairro Combustíveis, na rua do Alfa 5, o “modus operandi” foi praticamente o mesmo. Um autêntico papel químico do que acontece noutros pontos de Luanda, onde a prática é recorrente. Neste facto, os moradores alegaram que o suposto meliante teria, na companhia de um amigo, tentado assaltar uma farmácia, algo que não chegou a acontecer dada a pronta intervenção dos moradores que neutralizaram os presumíveis assaltantes.

Como nos casos já relatados, o suposto meliante foi, inicialmente, espancado por uma turba de gente revoltada, que não mediam esforços para alcançar o corpo do mesmo, com uma infinidade de objectos contundentes (afinal, pedra não se compra), sempre que este tentasse escapar das ‘garras’ dos seus algozes.

E no final, lá surgiu, uma vez mais, a macabra ideia: alguém, sem pejo, muniu-se de gasolina e fósforos, para, de forma malévola, tirar a vida ao cidadão que, bem pensado, poderia ser presente às autoridades policiais.

Merecia, de facto, uma segunda oportunidade para redimir-se. Mas, não lhe foi dada esta hipótese: atravessaram-lhe a engenhosa e mortífera criação da periferia: o ‘colar ardente’. Morreu carbonizado.

Já no bairro Paraíso, um outro jovem viveu um inferno, antes de perder a vida nas mesmas circunstâncias, depois de acusado de tentativa de assalto a uma residência.

Em todos os casos relatados, infelizmente, a Polícia Nacional apenas apareceu no local dos acontecimentos para remover os cadáveres das vítimas, sem se dar ao trabalho de, ao menos, realizar um profundo trabalho de investigação, para localizar ou identificar os autores de tais atrocidades e conduzi-los à barra do tribunal.
‘Olho por olho, dente por dente, não resolve o problema’
A visão sociológica de Lukombo Nzatuzola, para quem é preciso agir quanto antes, para contrapôr a tendência de crescimento em espiral deste macabro e inquietante fenómeno

Reforçar a educação moral e cívica junto das organizações, das administrações, da comunidade, das igrejas, das escolas, onde as pessoas encontrem espaço para dialogar, faz parte da solução, segundo o sociólogo.

O que dizer do reaparecimento de casos de queima de supostos meliantes?
Isto de resolver situações de delinquência ou de roubo entre os membros da sociedade, sem passar nas mãos dos agentes da ordem, do tribunal ou outras instituições, que devem decidir sobre a matéria, deve ser objecto de séria reflexão. É um fenómeno que se registava no passado e que, podemos dizer, já tinha abrandado. Mas, ultimamente, estes casos voltaram a aparecer, o que, para já, deve constituir uma grande inquietação para a sociedade em geral, para o cidadão comum, para as instâncias judiciais e os agentes da ordem, que deveriam fazer com que a aplicação da lei prevalecesse. Isso revela que, a nossa sociedade está em crise. Denota que, alguma coisa tem estado a falhar, quanto às medidas que devem ser cumpridas e na forma como devem ser aplicadas. Em outras palavras, neste caso, recorre-se à antiga lei `olho por olho, dente por dente', que não é a melhor forma de encontrarmos soluções, para este tipo de situações. Isto são consequências das fragilidades e incumprimentos das instâncias policiais e judiciais.

Que bases sociológicas podem sustentar esta prática?

Sociologicamente, observamos que esta situação afecta determinados grupos de marginais que são de uma determinada faixa etária. Não posso dizer, taxativamente, se acontecem mais na periferia ou no centro da cidade, como também não posso, igualmente, dizer se o alvo é ou não a sociedade considerada da elite. Isto porque os marginais, muitos deles, têm origem em família sem meios de subsistência, que não conseguiu garantir uma formação que garantisse a esses jovens uma ocupação. As razões são várias: dificuldades sociais, a guerra, o meio onde se insere ou teve a sua socialização, a zona onde actua, se é ou não na periferia, se o alvo dos assaltos é uma população considerada opulenta ou carenciada. São elementos que devem ser levados em consideração para, ao nível sociológico, falar-se com maior propriedade.

Será que a população perdeu confiança na Polícia?
A partir do momento em que a pessoa agarra um gatuno e não quer mais encontrar soluções, junto do posto policial ou esquadra no seu bairro, é a prova mais que evidente, de que as pessoas acham que não vale a pena confiar na Polícia. Isto porque se entregar o gatuno à Polícia, poderão fingir que está preso ou detido e, num determinado tempo, curto ou médio prazo, voltar a aparecer no bairro, repetir as mesmas acções e até a desafiar as pessoas que, anteriormente, os levaram à Polícia. Entretanto, podemos concluir que esta falta de confiança é que leva as pessoas, a fazer justiça por mãos próprias.

Que solução?
Reforçar a educação moral e cívica junto das organizações, das administrações, da comunidade, das igrejas, das escolas, onde as pessoas encontram espaço para dialogar. Estas acções devem ser levadas a cabo ao nível dos quartéis e esquadras policiais, no sentido de educar os agentes de que a aplicação da lei tem de ser um facto. Não vale a pena insistir na cultura da gasosa, porque isso retira a confiança das pessoas de falta de cumprimento das suas tarefas por parte dos agentes da Polícia. Os polícias alegam que auferem um salário irrisório, como argumento para o recurso à práticas pouco ortodoxas para satisfazer as suas necessidades. Quer dizer que deve fazer-se, um trabalho integrado, com todos os intervenientes deste processo, que permitam uma satisfação condigna, para não haver culpa a recair apenas para um dos lados. Quer seja a Polícia, o cidadão, os juízes, o provedor de justiça ou o meliante, que não tem emprego e, por isso, envereda pela forma mais fácil de ganhar a vida. Deve-se criar oportunidades, para que ninguém enverede por caminhos nocivos.

Diz-se que, casos do género acontecem em zonas habitadas, maioritariamente, por cidadãos congoleses democráticos. Isso diz-lhe alguma coisa?
Isso não deixa de chamar atenção, pelo que nos devemos questionar o seguinte: por que é que estas acções, só estão a acontecer em zonas, maioritariamente habitadas por pessoas oriundas do Congo Democrático? Será que o próprio meliante é também do Congo Democrático? Se não for, por que razão ele ataca em zonas onde essas pessoas vivem? Será que ele acha que os congoleses democratas é que têm dinheiro? O que os leva a atacar apenas pessoas do Congo Democrático. Por que o grupo alvo dos meliantes reage desta forma? A partir das respostas que encontrarmos, poderemos encontrar as possíveis soluções para este fenómeno. Será que, as pessoas originárias da RDC têm mais dinheiro e, por isso, os meliantes os atacam? Será que este povo reage assim, porque perdeu a confiança nas nossas instituições policiais e judiciais? Estas respostas é que vão nos permitir saber, onde reside o mal. Entretanto, a partir dessas respostas poderemos encontrar as soluções mais adequadas.

Que outros subsídios deixa para compreender o fenómeno?
Deve-se saber, efectivamente, em que circunstâncias esses actos foram realizados, uma vez que quando se queimam os supostos bandidos, há pessoas a presenciar. Não são queimadas às escondidas: Os seus restos mortais são encontrados em local público. Quando a acção estava a ser perpetrada nesses locais, vieram pessoas assistir a cena. Por isso, a Polícia deveria ter pistas, para obter as informações complementares para responsabilizar os autores. É necessário um trabalho investigativo mais abrangente. Mas, como tal não foi feito, ninguém ainda veio a público, dizer que já foram identificados os autores desses crimes.

Polícia só sabe de três casos
Subinspector Nestor Goubel. A revelação feita pelo porta-voz interino do Comando Provincial de Luanda encerra alguma preocupação: dos cinco casos que este jornal registou este ano, apenas três chegaram ao conhecimento daquele comando policial e igual número de pessoas (três) estão já a contas com a justiça, acusados de praticarem justiça por mãos próprias. Ou seja, atearam fogo sobre o corpo dos três homens, por suposta acção marginal. Eis algumas ocorrências só ao nível da cidade de Luanda:

CASO Nº 1

O primeiro caso registado pela corporação data do dia 28 de Fevereiro, quando, à calada da noite, algures no bairro Palanca, município do Kilamba Kiaxi, populares frustraram um assalto protagonizado por três supostos marginais, que procuravam entrar numa residência. Até aqui nada de anormal. Mas, o pior estava para acontecer: sem ao menos comunicarem à Polícia sobre o sucedido, colocaram dois dos três marginais entre pneus, despejaram petróleo e... fogo com os mesmos.

CASO Nº 2

Três meses depois, isto é, a 29 de Maio, a história repetiu-se. Desta vez no município de Viana, onde um suposto marginal que tentava assaltar, em plena via pública, a carteira e o telefone de um transeunte, servindo-se de uma faca que trazia em riste, conheceu um fim inimaginável, após ter sido neutralizado. Quando se esperava que fosse encaminhado para uma esquadra mais próxima, -sabe-se lá por que carga de água! - estes decidiram resolver a situação com aquilo que melhor sabem fazer: reuniram os pneus, colocaram o suposto meliante no meio, deitaram petróleo e mesmo com o meliante aos gritos, a suplicar por clemência, atearam fogo sobre ‘o colar’ que, de modo ardente, carbonizou-o minutos depois.

CASO Nº 3

E o ‘fenómeno’ não parou: no dia 25 de Outubro, novamente em Viana, desta vez no bairro da Fofoca, foi a vez de outros três assaltantes conhecerem a fúria dos populares. Após terem assaltado várias residências, semanas antes, julgaram que tinham o domínio do bairro e da vida dos seus moradores. Ledo engano. Compreenderam que, afinal, o sol não brilha todos os dias. Surpreendidos, os três comparsas acabaram cercados e imobilizados pelos agastados populares. Foram queimados sem dó, nem piedade. Para os autores daquele acto, o mal foi cortado pela raiz, mesmo acabando por incorrer num outro crime, bem mais hediondo.

APELO
Nestor Goubel exorta à sociedade, no sentido de abdicar da prática de justiça por mãos próprias, porque existem órgãos próprios para o fazer. “Justiça por mãos próprias é um mal maior e não se justifica”, afirmou. Dos três casos relatados, apenas o ocorrido no município do Kilamba Kiaxi é que resultou na detenção dos autores de tais práticas. Já nos demais casos, apesar de localizados, os seus autores, até agora, desapareceram do mapa.