O êxodo chinês em Angola é um facto. Para manutenção da ditadura local, dentro de poucos anos, se ninguém a frear, a actual ditadura estará completamente debaixo das ordens chinesas, e outro horrendo ciclo de escravatura pesará nos lombos dos angolanos. Os chineses já ocupam largas extensões de terras escravizando as suas populações, como já denunciado por exemplo, nos gambos pelo Padre, Pio Wakussamba. Ao ritmo actual dentro de um ano tudo será chinês. E sempre debaixo do manto do secretismo. O que interessa é a manutenção do poder a qualquer custo, mesmo sacrificando os mwangolés.
O Canalmoz mostra-nos a pilhagem que aí vem… outra vez, quantas mais vezes?
«China compra ou aluga terra em África para as suas necessidades agrícolas
Pretória (Canalmoz) – Os investimentos chineses são populares em países onde os direitos humanos não são uma prioridade. A China é criticada pelas violações desses direitos, nomeadamente execuções de prisioneiros a quem é negada defesa legal apropriada.
As ligações da China com regimes ditatoriais ou repressivos está a provocar crescentes críticas de organizações de direitos humanos.
Essas ligações são atribuídas às necessidades da crescente economia chinesa que precisa de matérias-primas e recursos energéticos para alimentar esse crescimento.
A China vai procurar e buscar esses recursos em muitas zonas em que países ocidentais têm relutância em investir.
Com efeito muitas vezes em zonas de instabilidade em redor do Mundo a China aparece dando apoio a governos acusados de direitos humanos e outras violações da lei internacional em troca de recursos e energia.
Em África a China tem por exemplo investido em países como o Sudão e o Zimbabwe nações criticadas pelo ocidente pelas suas violações de direitos humanos.
A China depende de África para cerca de um terço das suas importações e sem essas importações, dizem os analistas terá problemas graves em manter o seu crescimento económico.
Mas Peter Pham, director do centro africano no Conselho Atlântico, um centro de estudos baseado aqui nos Estados Unidos diz que é simplista pensar-se que a energia é a única coisa em que a China está interessada.
“A China leva também em conta a sua posição no mundo”, disse ele.
“A influência diplomática que África e os seus 53 países que em breve serão 54 (NR: Com a divisão do Sudão em dois países, um a note e outro a sul) têm em fóruns internacionais ajuda a criar um mundo mais multipolar que traz vantagens mais alargadas para os interesses nacionais da China,” acrescentou.
Em África a China tem relações estreitas com o Sudão e com o Zimbabwe dois países que são alvo de sanções internacionais e um foco de criticas por activistas de direitos humanos.
O presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe é um aliado de longa data de Pequim. Em troca do apoio chinês o Zimbabwe deu á China não só acesso a mais de 40 minerais mas também a terra para produtos agrícolas que podem depois serem reenviados para a China.
Peter Navarro professor de economia na Universidade da Califórnia disse á Voz da América que há agricultores chineses a trabalharem no Zimbabwe onde plantam produtos que são depois exportados para a China.
A China, disse por outro lado Peter Pham, é o maior comprador do Tabaco zimbabueano e a Companhia Internacional de Electricidade e Água da China alugou mais de 100 mil hectares no sul do Zimbabwe para plantar produtos e envia-los depois para a China.
“A China está a perder terra agrícola todos os anos devido ao aumento da poluição e urbanização e no Zimbabwe há vastas terras, incluindo propriedades que foram confiscadas pelo regime de Mugabe, que estão agora livres para serem alugadas a amigos do regime,” disse Pham.
Em troca disso a China fornece a Mugabe e ao seu partido apoio no Conselho de Segurança e no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
No que diz respeito ao Sudão a China tem tentado evitar ser acusada de cumplicidade no genocídio em Darfur e tem evitado também envolver-se no conflito norte/sul.
Quando criticas ao apoio de Beijing a Carthum, actual capital do Sudão, aumentaram antes e durante os jogos olímpicos de 2008, a China nomeou o seu primeiro representante especial para questões africanas e desde então enviou soldados para a força de paz da ONU e da União Africana em Darfur.
“A China tem também estado envolvida há vários anos com o sul do Sudão, abandonando a politica que seguia de só lidar com governos nacionais,” disse Pham.
“Claro está que isto se deve em parte ao seu interesse nacional já que é no sul do Sudão que estão as reservas de petróleo. Parte dessa política é também uma evolução que é resultado de uma maior interacção com os estados africanos e os povos africanos,” acrescentou. (Redacção / Voz da América)»
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