O petróleo infindável jorra cada vez com mais força, a facturação também, mas ninguém sabe para onde vão os baús, melhor dito, os contentores com os biliões de dólares. E a outra classe, a dos não beneficiados, os excluídos destas coisas, de tudo, declaram para os devidos e legais efeitos: «Declaro que nada recebi, nem nunca receberei, pelo que nada tenho a reclamar.» As amantes têm um peso no Orçamento Geral do Estado extraordinário, o petróleo serve-as e a avidez dos descamisados pela disputa nos contentores do lixo é a única sobrevivência assegurada. Sim senhor! Este petróleo enriquece-os, enquanto nós morremos porque não lhe temos acesso. Porque não somos da casa real, nunca seremos príncipes. Quem detém o poder do petróleo, também detém o poder de nos mandar executar. E eles julgam-se isentos, porque asseguram-se erradamente que ninguém os vai condenar.
Vejam a seguir as falhas da electricidade registadas cá na banda. Cada vez pior, sem solução. Há quase quarenta anos no poder e nunca nenhum chefe/líder foi preso, julgado ou condenado. Nunca o será?!
Energia eléctrica, apagões. Isto é, grande negociata de geradores
30Jun 18.14-04.00 29Jun 22.14-23.59 24Jun 10.16-12.22 23Jun 09.26-14.39, 19Jun 04.51-16-16.17 17Jun 14.01-1647,15Jun 19.34-04.00 do dia 16Jun, 14 Jun 12.20-14.21 13Jun das + ou - 01.00 até + ou – 03.00, 12.30-13.21 12Jun 16.39-18.07 11Jun 17.20-21.31 10Jun 05.50-06.35 09Jun 20.28-21.58 06Jun 13.33-15.12, 16.35-1750 05Jun 04.43-15.39, 16.36-18.12 02Jun 10.14-1135 01Jun
A propósito, leiam a seguir o texto alusivo à data, do Folha8
A voz da verdade é ela
A boa da Analtina Dias, que se debate actualmente com um profundíssimo dilema ontológico, no que toca ao possível, ou impossível convívio entre o programa de entretenimento de que ela é protagonista na rádio e o solene, rigorosamente formal e formalmente rigoroso Telejornal das vinte e trinta da TPA1, entrevistou na passada sexta-feira, dia 24 de Junho, a Senhora Ministra da Energia e Águas, Emanuela Vieira Lopes, e, francamente, gostámos muito do seu trabalho. Via-se que a governante estava pouco à vontade para responder, não obstante dar provas de conhecer bem o dossiê energia do seu pelouro. A razão desse aparente mal-estar dever-se-á a um certo número de factores não identificados, mas um deles nós vimos claramente que era por as questões levantadas pela Analtina serem excelentes pela sua pertinência. A um dado momento a jornalista perguntou por que razão continuava a haver tantos cortes de energia na cidade capital, ao que a ministra respondeu com os esbatidos argumentos do aumento de população urbana e a falta de giga watts disponíveis, e mais por esta e mais outra qualquer razão, mas que tudo estava previsto para esses problemas serem resolvidos. E vai a Analtina a sair-se com a boa pergunta, «Sim, mas quando?» … momento oco na entrevista, com a Senhora ministra a procurar uma resposta digna. O que, após alguns segundos de hesitação, ela acabou por encontrar. «Entre 2013 e 2016», disse ela, como se fosse uma certeza.
Vamos ficar à espera, mas se isso acontece, já viram as genuflexões que vamos ter de fazer a JES, agradecer?
E do nosso «Diário do Ruanda»
Cidade de Cabinda sem luz há três dias. ( E por toda a Angola, acrescentamos nós)
A cidade de Cabinda está completamente às escuras há três dias, devido a uma avaria registado no sistema de produção da central térmica de Malongo, apurou o Jornal de Angola junto do director provincial da Empresa Nacional de distribuição de Energia Eléctrica (ENE).
Arão Bamana considerou a situação grave, mas apela à população para se manter calma porquanto as autoridades locais estão a fazer tudo o que está ao seu alcance para resolver a situação.
“Estamos a trabalhar no sentido melhoramos a produção de energia, apesar das dificuldades que temos vindo a encontrar. É preciso reagirmos, mas para tal temos de ter os meios à nossa disposição”, referiu.
Relativamente à falta de energia eléctrica que se regista frequentemente na cidade de Cabinda e bairros periféricos e que está afectar a produção de pequenas e médias empresas locais, cuja actividade depende essencialmente deste produto para o seu funcionamento, o responsável justificou que a mesma se deve à fraca distribuição e às constantes avarias que se registam na central de Malongo, principal fonte de energia actualmente explorada pela empresa Agreko.
A situação, além de provocar dificuldades à vida doméstica das populações, está a criar sérios constrangimentos laborais, pois várias empresas, sobretudo as consideradas fontes de rendimento primário de muitas famílias, como serralharias, marcenarias, padarias e alfaiatarias estão na eminência de fracassar.
O Jornal de Angola apurou junto dessas unidades de produção que, caso a situação se mantenha, muitas delas podem correr o risco de fechar. Os proprietários lamentam a crise vigente e dizem que ela já causou enormes prejuízos financeiros.
Sem saberem que fazer
Wilson Sassa Bumba, 44 anos, pai de seis filhos e responsável da alfaiataria “Filomão Malonda”, disse que há sete meses que não faz sequer uma única costura, por falta de energia eléctrica, pois as quatro máquinas de costura disponíveis naquele local de trabalho funcionam a electricidade. Acrescentou que, desde o dia em que teve de parar até agora as dificuldades sociais aumentaram, uma vez que a sua profissão é a sua principal fonte de rendimento e de sustento da sua família.
A alfaiataria “Filomão Malonda” tem seis funcionários e dedica-se exclusivamente a confeccionar trajes de estilo africano para mulheres.
Enquanto a situação prevalecer, Wilson Bumba diz que não tem maneira de pagar aos funcionários e muito menos de adquirir tecidos. Por isso pede aos responsáveis da Empresa Nacional de Electricidade (ENE) que solucionem o problema.
“Estou preocupado com a situação da falta constante de energia eléctrica na alfaiataria. Nós pagamos impostos e se continuar assim seremos forçados a fechar as portas.
Alguém tem de ser responsabilizado pelo que se está a passar.
Não é normal, pois até ao momento ninguém se pronuncia sobre o assunto” lamentou. A fábrica de oxigénio e acetileno também vive os mesmos problemas de falta de energia o que lhe tem criado sérios transtorno. O administrador da firma, Joel Bumba, revelou que a fábrica esteve um mês parada, o que provocou prejuízos incalculáveis.
A paralisação da fábrica não só afectou aquela unidade de produção, mas também outros sectores da vida socioeconómico da província, como por exemplo os hospitais, que necessitam dos seus produtos para socorrer doentes, explicou o responsável, que alerta quem de direito a rever a situação para que a empresa possa voltar ao seu funcionamento normal.
Negócio de geradores
Diariamente, a fábrica produz 200 garrafas de oxigénio, 60 de acetileno e 150 de nitrogénio. Com a paralisação da mesma, a empresa viu-se obrigado a comercializar os produtos em stock. Com a falta de energia que se verifica pela cidade e arredores, o negócio dos geradores tornou-se, nos últimos dias, rentável.
Nos mercados de Cabinda vêem-se todo o tipo de geradores a ser comercializados, variando os preços em função dos KVA. Muitos são os proprietários de lojas comerciais que os adquirem para manter o seu estabelecimento em funcionamento, já que não se sabe quando é que a situação volta à normalidade.
O mercado de São Pedro, por onde o Jornal de Angola passou, é aquele que regista mais movimentação de pessoas que pretendem adquirir geradores.
Vendedor, João Vueti esclareceu que os preços variam consoante a capacidade de cada grupo gerador e no caso do vulgo “Fofando”, ele está a ser vendido a 11mil kwanzas, enquanto os de maior capacidade custam entre 25 e 160 mil kwanzas.
jornaldeangola
Apagões da água
08Jun 05Jun 03Jun 02Jun
Internet
Informações que chegaram ao nosso conhecimento dizem que a Internet no interior de Angola é uma desgraça, finge que existe. Isto é mais um crime sem condenação, pois quem tira o direito à informação é criminoso. Apenas para que as populações sirvam de exército de votos de um único partido, pois que lá nunca chegarão vozes de outros partidos. Isto constitui fraude eleitoral. E onde está o tribunal? É só para quem rouba uma côdea de pão para sobreviver à fome?
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