À:
Sua Excelência Sr. Isaías Samakuva
Presidente da UNITA
Luanda
ASSUNTO: SOLICITAÇÃO DE AUDIENCIA.
Excelência.
Queira aceitar os nossos calorosos comprimentos.
Senhor Presidente,
O propósito desta carta, prende-se com as inquietações sobre as incertezas que nesta altura pairam a volta da realização ou não do Congresso do nosso Partido.
A nossa organização conquistou visibilidade democrática no decurso da sua existência.
Mesmo durante a luta de resistência à ocupação russa - cubana, a Direcção do nosso Partido tudo fez para que a carta magna fosse de cumprimento obrigatório. Acompanhamos com muita apreensão, intervenções que insinuam as dificuldades financeiras como causas da não realização do Congresso. Esta situação por um lado, descredibiliza o Partido como alternância política em Angola, e por outro retira a condição de alvorada na implementação dos princípios e de vanguarda democrática.
É bom que não se esqueça que a bandeira da democracia, é dos maiores estandartes que o Partido ostenta.
Senhor Presidente,
O nosso Estatuto não deixa dúvidas: os Congressos ordinários, órgãos supremos do Partido, realizam-se de 4 em 4 anos.
Nestes termos, ao não respeita-los, o Presidente do Partido aposta-se a pisotear o espírito democrático que é a marca da UNITA.
É perante os receios que se adensam no interior da nossa organização sobre a violação deste princípio que vimos solicitar um encontro, para que possamos ouvir a vossa posição, esperando que ausculte os nossos pontos de vista.
Sem quaisquer outros considerandos, por agora,
Aceite os protestos de melhores saudações.
Luanda, 7 de Julho de 2011
Os proponentes
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A (O) S:
Militantes da UNITA
Amantes da Democracia
Sociedade Civil
Angolanas e Angolanos
Comunidade Internacional
Luanda - Angola
ASSUNTO: MEMORANDO.
Queiram aceitar os nossos calorosos comprimentos.
O propósito deste Memorando é de manifestar inquietações sobre as incertezas que nesta altura pairam a volta da realização ou não do XIº Congresso da UNITA.
A nossa organização conquistou visibilidade democrática no decurso da sua existência e os princípios democráticos, por nós defendidos vincaram, em Angola, depois de duras batalhas militares, políticas e diplomáticas.
Mesmo durante a luta de resistência à ocupação russa - cubana, a Direcção do nosso Partido tudo fez para que a carta magna fosse de cumprimento obrigatório.
Acompanhamos com muita apreensão, intervenções do Presidente do Partido que insinuam as dificuldades financeiras como causas da não realização do Congresso em tempo estatutário. Esta situação descredibiliza o Partido e retira a condição de alvorada na implementação dos princípios e de vanguarda democrática.
A bandeira da democracia é dos maiores estandartes que o Partido ostenta. O nosso Estatuto, no seu artigo nº22 não deixa dúvidas: «O Congresso reúne, ordinariamente, de 4 em 4 anos, por convocação do Presidente do Partido ouvida a Comissão Política». Desde a tomada de posse do actual Presidente da UNITA, até o dia 22 de Julho do corrente ano, são decorridos 4 anos.
Nestes termos, ao não respeitar os Estatutos, o Presidente do Partido aposta-se a pisotear o espírito democrático que é a marca da UNITA.
É perante os receios que se adensam no interior da nossa organização sobre a violação dos Estatutos; atendendo o facto de ocorrerem actos de agressão verbal e física contra todos que defendem a realização do congresso e a prática democrática no interior do Partido; havendo indícios claros de perpetuar na Presidência da UNITA o Dr. Isaías Samakuva, mesmo sem ter a legitimidade estatutária, os militantes e quadros da UNITA espalhados em todo território nacional e residentes na diáspora unidos em torno do GRUPO DE REFLEXÃO, constataram o seguinte:
1- Existe um grupo de quadros seniores que se colocam contra Democracia e a alternância na liderança da UNITA, como por exemplo: General Chiluntila,
2- Há um número de dirigentes do Partido que defendem que, tal como no país, no Partido também o processo democrático não deve ser interrompido, pois, apoiam a realização do congresso, como por exemplo:
3- Reina no interior do Partido um clima de intolerância política conduzido pela Direcção do Dr. Isaías Samakuva contra os defensores da realização do congresso. A agressão ao Dr. Icuma Muafuma, na reunião do Comité Permanente, perante olhar sereno do Dr. Isaías Samakuva é exemplo disso;
4- Esta campanha de destruição da UNITA, por via da subversão dos princípios que a tornam na força política alternativa ao principal adversário, ocorre aos olhos dos dirigentes que defendem a democracia, sem entanto moverem uma palha;
5- A existência de uma estratégia conduzida pelo Dr. Isaías Samakuva com propósito de anunciar-se, aos quatro cantos do globo, uma falsa moção de ápio para a sua continuação ilegítima à frente da Direcção da UNITA, recorrendo à instrumentalização, intimidações e aliciamentos dos militantes e quadros. Pois, a maioria esmagadora dos quadros e militantes da UNITA não apoiam teses antidemocráticas e longevidade de mandatos, que caracterizam os ditadores.
Perante esta dura realidade que pode adiar as aspirações legítimas dos militantes da UNITA e do povo angolano de promover a mudança de regime em Angola, endereçamos uma carta, no dia 12 de Julho de 2011, ao Dr. Isaías Samakuva, solicitando um encontro para abordar os problemas supracitados. Porém, não merecemos nenhuma resposta até a data.
Posto isto, não nos resta outra alternativa senão recorrer aos princípios de Muangai que sempre inspiraram a liderança de Dr. Jonas Malheiro Savimbi e que culminou com a implantação da Democracia em Angola.
Tendo em conta que o Dr. Isaías Samakuva institucionalizou a violência política contra os que exprimem pontos de vistas diferentes em relação aos mesmos objectivos, atropela os Estatutos do Partido, subverte a democracia interna.
Nesta conformidade, nós mulheres e homens angolanos militantes da UNITA exigimos o seguinte:
1- A demissão do Dr. Isaías Samakuva da Presidência da UNITA, pois, a sua liderança atropela os documentos reitores da UNITA, está a dividir o Partido e perigando a vitória eleitoral da UNITA;
2- O Dr. Isaías Samakuva perdeu, doravante, a legitimidade e a confiança dos militantes, assim como a idoneidade moral de conduzir a organização do XIº Congresso do Partido;
3- A criação de uma Comissão Independente para a realização do XIº Congresso da UNITA. Esta comissão deve ter como coordenador Eng.º Ernesto Mulato, coordenador adjunto, o General Paulo Lukamba Gato, e Secretário o senhor Rafael Massanga Savimbi;
4- A referida comissão deve conduzir o Partido até a eleição e tomada de posse da nova Direcção da UNITA, capaz de defender os princípios de Muangai, garantir o cumprimento escrupuloso dos Estatutos e unir o Partido em Direcção à vitória eleitoral nas próximas eleições;
5- Apelamos à todos dirigentes, quadros, militantes, simpatizantes da UNITA, assim como as angolanas e angolanos que se batem contra a intolerância politica, social e económica; autoritarismo, nepotismo, a longividade de mandatos, etc. a juntarem-se à esta causa e acção, pois, nós acreditamos ser essencial para a vitória das forças democráticas e do bem em Angola;
6- Em defesa de conquistas que custaram muito suor e sangue à heróis como Mkipa Mvita, Mandume, Nginga Mbande, Holdem Roberto, Agostinho Neto, Jonas Savimbi, Salupeto Pena, Nfulumpinga Nlando Victor, Ricardo de Melo, Ngalangombe, etc., rogamo-nos no direito de realizar manifestações públicas para salvar a Angola. Pois, não há nações democráticas sem partidos verdadeiramente democráticos.
Luanda, 20 de Julho de 2011
Pelos proponentes
__________________
Do memorando constam assinaturas de nomes como de General Chiuale, Rubem Sikato, Lukamba Gato, Abel Chivukuvuku, e muitos outros que prometemos trazer em próximos de informação neste portal.
Lembro que um dos militantes em entrevista exclusiva este portal quando falava sobre a vida da UNITA, considerou débel a actuação de IS.
Leia na íntegra a intrevista de Ululi Sakaita “Savimbi”.
O militante do Galo Negro, Ululi Sakaita “Savimbi”, um dos filhos de Jonas Savimbi, líder fundador deste Partido apela a realização do congresso neste ano.Ele que falou em entrevista exclusiva a este portal pediu aos militantes e compatriotas do partido em que militam à terminarem com o samakuvismo.
UNITA de hoje e a UNITA de ontem, que apreciação fazes?
Ululi Sakaita “Savimbi” – A minha apreciação é a seguinte: para começar, eu vou voltar um pouco atrás. A UNITA é uma família acima de tudo com ideais fixas, a UNITA foi criada com o objectivo de que se revejam nele.
A salvação da raça negra e oprimida com os seus pontos de programa altamente diferentes do MPLA-PT, coisa que hoje não vemos nada, a UNITA tornou-se igual ao MPLA. Mas achamos que não para muito tempo.
Fala desta forma por ser da UNITA ou por ser filho do fundador da UNITA?
Ululi Sakaita “Savimbi” – Por ser angolano acima de tudo e ser da UNITA.
É o mesmo sentimento da família? Ou seja, teus irmãos, a sua mãe e a única irmã de Doutor Savimbi?
Ululi Sakaita “Savimbi” – Eu falo por mim e acho que eles não estão longe deste pensamento. Este é o meu ponto de vista.
Onde está o maior problema no vosso Partido? Ou seja, da UNITA?
Ululi Sakaita “Savimbi” – Nada mais nada menos na Direcção do Partido.
O que propõe como saída?
Ululi Sakaita Savimbi – A saída neste labirinto, nós e muitos outros, como seguidores do projecto Muangai, devemos dizer não ao samakuvismo e o seu próprio elenco. Precisamos de uma liderança congregadora.
Acha que o Congresso é importante para o sucesso da UNITA?
Ululi Sakaita “Savimbi” - Sim. Porque o Congresso faz com que agente tome um novo rumo para as próximas eleições 2012.
Um apelo a sociedade e aos militantes do vosso Partido.
Ululi Sakaita “Savimbi” – Caros militantes do nosso glorioso partido UNITA, não devemos baixar os braços porque afinal de conta a UNITA não é o Presidente Samakuva, mas sim, a UNITA somos todos nós. Por isso devemos defende-lo com as nossas vidas se for necessário. Porque o Galo Negro não vai tardar a cantar para um dia melhor, já viemos de longe, já passamos em dificuldades maiores, até vida dos nossos queridos irmãos ficaram, já não estamos longe. “Força e Coragem” é o nosso lema.
Angola24horas: Faça-nos lembrar, Ululipaga as quotas regularmente no partido?
Ululi Sakaita “Savimbi” – Sim e com muito orgulho
Ululi Sakaita “Savimbi” é filho da mãe Catarina como é carinhosamente chamada pelos mais próximos, esposa oficial de Jonas Savimbi.
C. M.
Angola24horas.com
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