sexta-feira, 1 de julho de 2011

Europeus vendem-se à China. A sempiterna hipocrisia. Não é por acaso que a Europa também está assolada por tempestades democráticas


Já não sei quantos modelos de democracias existem. Parece-me que cada país escolhe um estilo de democracia. É curioso que nunca se espoliou tanto em nome da democracia. Mais uma máscara grotesca do que resta da ética humana? É que todos estamos cansados de os aturar, porque governam apenas para nos lograr.
Vejam o que nos diz acerca disto o Canalmoz

«Europeus vendem “princípios” à China
Por dinheiro “fecham os olhos” a abusos dos Direitos Humanos

Por causa da crise da divida na Europa, há relutância em criticar abertamente a China, revela a Voz da América
Pretória (Canalmoz) – O primeiro ministro chinês Wen Jiabao concluiu uma digressão pela Europa tendo assinado vários acordos comerciais no valor de biliões de dólares, refere a Voz da América num despacho assinado pelo jornalista Paulo Oliveira.
As nações europeias estão cada vez mais a procurar o investimento chinês para revitalizar as suas delapidadas economias. No entanto, “os críticos sustentam que a Europa não deve apressar-se a enveredar pelas trocas comerciais com uma nação que é acusada de violações dos direitos humanos”.
Nas capitais europeias, cerimónias faustosas acolheram Wen Jiabao.
Em Londres, o primeiro-ministro chinês passou revista a uma guarda de honra. Em Berlim – a chanceler Angela Merkel ofereceu-lhe um jantar numa mansão à beira de um lago.
As calorosas recepções europeias foram salientadas nos comentários feitos por Jiabao numa conferência de imprensa.
“Acreditamos na economia europeia e no Euro,” sublinhou Wen, “e vamos comprar níveis substanciais da divida de algumas nações europeias se tal for necessário.”
Wen assinou, na Alemanha, acordos no valor de 15 biliões de dólares – incluindo a aquisição de aviões europeus da Airbus.
Os cheques da China não têm sido bem recebidos por todos. Manifestantes que reclamam a libertação do Tibete acompanharam a deslocação de Wen.
Organizações dos direitos humanos sustentam que a situação na China piorou desde o início das manifestações em favor da democracia no mundo Árabe.
Sam Zafiri integra a Amnistia Internacional.
“Na realidade a China regrediu significativamente. A situação dos direitos humanos na China é a pior da última década.”
Um exemplo, afirma Zafiri, foi a detenção do artista e activista político Ai Weiwei que foi detido em Abril, alegadamente por evasão fiscal. Hu Jia, um outro activista, foi libertado poucos dias antes da visita de Wen Jiabao à Europa, mas na condição de não falar à imprensa.
Zafiri acrescenta a existência de dezenas de activistas, de advogados, de dissidentes que enfrentam grandes restrições na capacidade de comunicarem.
Enquanto a Europa luta com a crise da divida, os analistas são relutantes em criticar abertamente a China quando se encontram em jogo biliões de dólares em negócios para concretizar. (Redacção /Paulo Oliveira - Voz da América)»

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