quarta-feira, 30 de abril de 2014

Geração " nem nem" não é só no Brasil e as causas do aumento do fenômeno são diversas.


Jovens desinteressados em procurar trabalho devido à falta de qualificação profissional e que não investem na formação porque também não são atraídos pela escola. Esse é o perfil da chamada “geração nem nem”, que inclui jovens de 15 a 24 anos que não trabalham nem estudam.
Um estudo divulgado no dia 13 de fevereiro pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) apontou que 21,8 milhões dos jovens latino-americanos se enquadram nesse perfil. Pesquisa anterior da OIT, já apontava que, de 2007 a 2012, o fenômeno cresceu em 30 países.
Mas se engana quem pensa que estamos falando de um fenômeno novo. Esse perfil de jovens já é tema de estudos da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) desde o final dos anos 1990. Para cada país o motivo do crescimento desse perfil de jovens varia. Alguns têm raízes culturais, em outros são reflexos de cenários econômicos e políticos, ou sociais, como falta de oportunidades e a chegada de filhos, um dos pontos que faz das mulheres entre 15 e 24 anos maioria entre os “nem nem”.
O que se nota hoje é um aumento desse fenômeno. Em Portugal esses jovens são quase meio milhão. Na Irlanda e na Espanha, 20% dos jovens estão nessa condição, taxa considerada “preocupante” pela OIT. O Brasil está a um passo de entrar na mesma categoria, com 19% de jovens com esse perfil, segundo a OIT.
Bibliografia: Bibliografia
Juventude, trabalho e desenvolvimento: elementos para uma agenda de investigação (2013), de Adalberto Cardoso, da IESP-UERJ
Juventude em tempos de incertezas: enfrentando desafios na educação e no trabalho (2013), de Dirce Maria Falcone Garcia
Juventude e Elos com o Mundo do Trabalho - Retratos e Desafios (2013), de Alexandre B. Soares

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