Luanda - No dia 11 de Junho uma equipa do Bloco Democrático
dirigida pelo membro Eliud Sonio Domingos Peyomunu no âmbito do direito de
participação do cidadão para apoio de uma candidatura aos órgãos de soberania
de Angola, foi impedida de trabalhar na população da Anyanga, comuna de Nehone
pelas autoridades da região, nomeadamente, a responsável da população, Sr
Vayangola e o administrador da comuna Sr Amadeu.
Fonte: Club-k.net
Não só se
insurgiram de forma prepotente, advogando autorizações para o exercício da
actividade política, mas igualmente com intimidação aos nossos membros e
impediram a população de contactarem com os mesmos.
No dia anterior,
dia 10 de Junho, uma delegação dirigida por mim esteve na mesma
localidade e apresentou cumprimentos a única autoridade que lá de encontrava –
o agente da polícia Sr Belarmino – que naturalmente não colocou qualquer
objecção a nossa presença no povoado. A Senhora Marta que então prestou-se a
alugar o seu gerador para a nossa máquina fotocopiadora, foi no dia 11 impedida
de exercer a sua actividade comercial, encerrada a sua modesta cantina, onde
não pode sequer entrar e intimada a comparecer na Administração para
prestar declarações. A dona Marta não é sequer membro do Bloco Democrático e as
autoridades locais entendem que a sua disponibilidade em fornecer energia é
crime, já punido com encerramento.
Enquanto as
populações receberam bem a delegação do nosso partido e foram inteiradas do
seus direitos constitucionais nessa fase eleitoral, ali onde não há um único
cartaz da CNE sobre as eleições, são as autoridades que deveriam conhecer as
Leis aquelas que as violam, dando a entender que as populações são meros feudos
seus e que os partidos não têm livre curso no exercício do seu dever
constitucional, nem mesmo em período eleitoral.
Já no dia anterior na minha própria presença o soba do kimbo do Damião há escassos kilómetros de Anyanga impediu que as populações fossem abordadas uma segunda vez. O Bloco Democrático está a apresentar o seu protesto as autoridades.
De notar que o Presidente do Bloco endereçou carta ao Ministro da Administração do Território solicitando que o mesmo emitisse uma declaração pública instruindo toda a Administração Territorial a observar a lei, permitindo o livre curso dos partidos políticos, sobretudo nesta fase do processo eleitoral. Bornito de Sousa nada fez!
Nós do BD temos
sido vítimas constantes de represálias por exercermos actividade política,
doi-nos muito que uma simples cidadão, que ganha a vida vendendo alguns
produtos seja alvo desta ignóbil represália por parte das autoridades locais.
Se as eleições não contribuirem para a emergência, em Angola, de uma democracia de facto, elas não valerão para nada.
Filomeno Vieira Lopes
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