Banco Millennium Angola, um banco Pol-Pot
“O trabalho liberta”.
Diz o ditador: sem violência, este mundo seria uma tristeza.
Os piores terroristas do mundo são os que nos fazem passar fome. E ainda que o preço do barril de petróleo chegue a mil dólares, a vossa fome em Angola aumentará. Porque o Banco Millennium Angola comprará duas ou dez bombas atómicas para amedrontar o mundo. Há bancos que não sabem reinar.
Andam com o Banco Millennium Angola no bolso. Uma das premissas fundamentais para o desenvolvimento de um banco, é a obrigatoriedade das vendas a crédito. Sem elas não há desenvolvimento. Mas, nas dinastias milenares, obrigam-se os escravos esfomeados a trabalharem sem o usufruto de nada. Infelizmente nos tempos modernos ainda existem bancos que se formaram antes de Cristo.
Sentem-se felizes ao saírem dos seus palácios, para observarem a miséria dos seus súbditos. Depois anunciam-se com palavras bonitas: há mais de mil anos que vejo a vossa fome, esperem mais igual tempo que prometo acabar com as vossas vidas para sempre. Na verdade, quero que todos se danem. Desde que tenha o meu bem-estar, o resto são palavras. Trinta e tal anos depois, continua-se nesta cidade à procura de um local calmo e seguro.
À espera do que os colonos deixaram desabe de vez. E tudo fique como à quinhentos anos atrás, na nossa cultura e tradição rejuvenescidas. Por mais que procuremos a liberdade nunca a encontramos. Porque surge sempre um opressor no nosso caminho. E quanto mais dinheiro tiverem, mais opressão de chicote nos asseguram.
Quando na cidade moribunda, todas as luzes se apagarem, só passados cem anos um sábio aparecerá. E dirão os sobreviventes que foi Deus que o enviou.
A verdadeira percepção da arte, é quando vemos coisas que os outros não vêem. E a Natureza como a nossa mãe é disso testemunha. Para que um rico aumente a sua riqueza, são necessárias no mínimo, dez milhões de pessoas que morram à fome. Os bancos e banqueiros atingiram a perfeição da morte.
Já não necessitam de ninguém. Nos seus julgamentos observo-os e não me intrometo. Onde julgam, o seu pensamento é só um: dinheiro. Há muito se esqueceram do que lhes ensinei. Para um julgamento justo, primeiro é o amor. Segundo, é ainda o amor. Onde o dinheiro prevalece, a justiça desaparece.
Orgulho-me de lhes ter oferecido, e disso não se deram conta, porque só contam o dinheiro; uma vida de inutilidade; qualquer um de vós é escravo, um inútil; sim! Desde o faminto, ao mais rico e até ao mais poderoso, todos finalmente vivem na inutilidade; o faminto obedece a qualquer, porque deles recebe inutilidades sem pestanejar;
O Banco Millennium Angola, vive na suspeição de alguém lhe usurpar o trono; o mais rico não dorme com receio que os seus filhos, ou um amigo, lhes roubem as fortunas; o mais poderoso reza a um deus desconhecido, que apareça na multidão de conselheiros. Algum que anule o poder da nova nação que nunca se tornará igual mas, sempre mais ruinosa.
Gil Gonçalves
Imagem: http://www.eb23-p-francisco-soares.rcts.pt/guerra/guerramundial/camposde.htm
“O trabalho liberta”.
Diz o ditador: sem violência, este mundo seria uma tristeza.
Os piores terroristas do mundo são os que nos fazem passar fome. E ainda que o preço do barril de petróleo chegue a mil dólares, a vossa fome em Angola aumentará. Porque o Banco Millennium Angola comprará duas ou dez bombas atómicas para amedrontar o mundo. Há bancos que não sabem reinar.
Andam com o Banco Millennium Angola no bolso. Uma das premissas fundamentais para o desenvolvimento de um banco, é a obrigatoriedade das vendas a crédito. Sem elas não há desenvolvimento. Mas, nas dinastias milenares, obrigam-se os escravos esfomeados a trabalharem sem o usufruto de nada. Infelizmente nos tempos modernos ainda existem bancos que se formaram antes de Cristo.
Sentem-se felizes ao saírem dos seus palácios, para observarem a miséria dos seus súbditos. Depois anunciam-se com palavras bonitas: há mais de mil anos que vejo a vossa fome, esperem mais igual tempo que prometo acabar com as vossas vidas para sempre. Na verdade, quero que todos se danem. Desde que tenha o meu bem-estar, o resto são palavras. Trinta e tal anos depois, continua-se nesta cidade à procura de um local calmo e seguro.
À espera do que os colonos deixaram desabe de vez. E tudo fique como à quinhentos anos atrás, na nossa cultura e tradição rejuvenescidas. Por mais que procuremos a liberdade nunca a encontramos. Porque surge sempre um opressor no nosso caminho. E quanto mais dinheiro tiverem, mais opressão de chicote nos asseguram.
Quando na cidade moribunda, todas as luzes se apagarem, só passados cem anos um sábio aparecerá. E dirão os sobreviventes que foi Deus que o enviou.
A verdadeira percepção da arte, é quando vemos coisas que os outros não vêem. E a Natureza como a nossa mãe é disso testemunha. Para que um rico aumente a sua riqueza, são necessárias no mínimo, dez milhões de pessoas que morram à fome. Os bancos e banqueiros atingiram a perfeição da morte.
Já não necessitam de ninguém. Nos seus julgamentos observo-os e não me intrometo. Onde julgam, o seu pensamento é só um: dinheiro. Há muito se esqueceram do que lhes ensinei. Para um julgamento justo, primeiro é o amor. Segundo, é ainda o amor. Onde o dinheiro prevalece, a justiça desaparece.
Orgulho-me de lhes ter oferecido, e disso não se deram conta, porque só contam o dinheiro; uma vida de inutilidade; qualquer um de vós é escravo, um inútil; sim! Desde o faminto, ao mais rico e até ao mais poderoso, todos finalmente vivem na inutilidade; o faminto obedece a qualquer, porque deles recebe inutilidades sem pestanejar;
O Banco Millennium Angola, vive na suspeição de alguém lhe usurpar o trono; o mais rico não dorme com receio que os seus filhos, ou um amigo, lhes roubem as fortunas; o mais poderoso reza a um deus desconhecido, que apareça na multidão de conselheiros. Algum que anule o poder da nova nação que nunca se tornará igual mas, sempre mais ruinosa.
Gil Gonçalves
Imagem: http://www.eb23-p-francisco-soares.rcts.pt/guerra/guerramundial/camposde.htm
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