sábado, 3 de janeiro de 2009

Mais bancos e mais banqueiros, igual a revoluções violentas.


Banco Millennium Angola, um banco de sangue.

«A BANCA CONTINUA A MANDAR NO PAÍS...

Os bancos são quem mais ordenam em Portugal, são eles que decidem e a seu belo prazer e impõem as suas regras dos Capitais.
Nos bancos nada se consegue, sem que tenha que aceitar um PPR, SEGURO DE GARANTIA ou outro ... Quem não aceitar vai pedir para a porta da igreja.

É vergonhoso, o que se tem passado na banca nos últimos 15 anos.
A incapacidade das entidades reguladoras de regular e controlar os bancos, são tão evidentes, que o Estado foi lesado em muitos biliões de Euros, sem que ninguém seja responsabilizado.
Temos o exemplo do BCP que continua com os crimes económicos às pessoas lesadas pelo próprio banco ...
Não deveria ser o Governo a dar "empréstimos" de milhares de milhões de euros aos bancos, mas sim quem arruinou os próprios bancos, pois hoje gozam as suas milionárias reformas e prémios chorudos, sacados aos seus próprios bancos...

Temos que responsabilizar e punir os gananciosos e criminosos bancários, pelos prejuízos monstruosos e desgraças, que criaram a milhares de pessoas inocentes...BCP, BPN, BPP... Como afirmou Saldanha Sanches em 16 ou 17 deste mês...
O que mais me entristece no meio de tudo isto é haver uns gajos que não fazem outra coisa senão andar a gamar, armados em sérios gestores, banqueiros e políticos. Estamos entregues a uma cambada que ainda por cima tem a lata de afirmar que se preocupa com o seu semelhante e para salvaguardar os seus interesses é capaz de fazer guerras, de humilhar povos e aqui entra o inevitável, ora em nome da democracia ora em nome da liberdade.

O dinheiro que eles gastam e roubam dava para acabar com a fome no mundo e o que restasse devia ser aplicado na ciência, na descoberta de meios de salvar pessoas que em pleno século XXI continuam a morrer por causa duma simples gripe ou pela mordidela de um mosquito.
A diferença que existe entre um regime totalitário e um regime democrata não é nenhum

Os contribuintes, esses pobres, coitados, quando em falta para com o estado, são severamente penalizados com juros e mais juros, que às tantas devemos mais em juros do que em capital, os bancos conforme está agora a ser provado, deixam milhões por pagar e nada acontece.
Há muito por fazer, e se não for aproveitada esta oportunidade de fazer mudanças, verdadeiras reformas de fundo de modo a humanizar mais esta enorme desigualdade, dificilmente as coisas mudaram.

Comentário:
Há meses, 2 emigrantes brasileiros «entraram» no BES e o resultado foi o que se viu;
Há meses, o BCP emprestou dinheiro ao filho do seu dirigente de topo, perdoando-lhe o crédito correspondente;
Há anos, o BCP «entrou» nos bolsos de milhares de clientes para encobrir uma operação "estrondosa, manipuladora e escandalosa" de compra de acções próprias BCP;
Há tempos, o BCP «entrou» em Angola e tornou-se «o banco do MPLA»;
Há anos que a família de José Eduardo dos Santos (ZEDU) «entra» nos bolsos dos angolanos, libertando-os da maçada de terem de gerir as riquezas naturais da sua nação;
Depois de ter «entrado» em Portugal já de inúmeras maneiras, a "nova-rica-sabe-se-bem-como-socialista-a-caminho-do comunismo" Isabel dos Santos, «entrou» no BPI através do amigo BCP.

Fernando Braga de Matos
A nossa crise, a autêntica a contínua

Por esse mundo fora varrem as ondas da crise financeira e da recessão económica , que nós também a estamos a usufruir e a caminho de apanhar com o olho do furacão lá mais para diante.

Por esse mundo fora varrem as ondas da crise financeira e da recessão económica , que nós também a estamos a usufruir e a caminho de apanhar com o olho do furacão lá mais para diante.

É a mais grave das nossas vidas, mas em geral as coisas vão acabar por se compor, mais cedo ou mais tarde, com mais penas ou menos penas. Muitos países encontram-se estruturados para receber fortes impactos negativos, tremendo mas não caindo, como aquelas pontes maravilhosas que abanam com os ventos mas cuja elegante flexibilidade faz absorver os choques. E depois, a sua formatação politico, económica e social , virada para o movimento e o dinamismo, permite por isso mesmo o florescimento de um espírito equivalente de progressismo e optimismo nas populações. São países onde se pensa e sente que os "melhores dias são os que estão para vir"1.

Em contraponto, há aqueles sítios onde paira a desgraça continuada e nada há a fazer, seja por razões de guerras ou ditaduras brutais que frustram, demasiadas vezes, a possibilidade da busca da felicidade pessoal e até deixam em risco as vidas e a liberdade. Aqui não se pensa em progresso, apenas em soltar as grilhetas.

Cá em Portugal, pela nossa parte, cultivamos a crise permanente. Um estado de modorra empedernido, de insatisfação e desistência, de inveja e de protecção mesquinha de interesses próprios inibe a capacidade colectiva e dissuade a iniciativa individual2. Mas, infelizmente, existem fartas razões para isso.

Basta pensar na década perdida, quase a acabar com o final deste ano, de mais afastamento do grupo de países a que pretendemos pertencer. Enquanto o mundo crescia ao ritmo alucinante de 5% ao ano, nós por cá ficamos na zona da unidade, apesar da enxurrada de fundos comunitários que continuamos a receber e que, só por si, preenchem essa miseranda taxa de evolução positiva. Já tínhamos sido os felizes contemplados com outra década perdida, a de 1975-85, e com, tantos decêndios a descontar, devemos sentir que temos muita riqueza ainda disponível para o desperdício - mesmo quando se oculta que tal descalabro do afastamento em relação aos da frente, por décadas, já não acontecia desde 1930! Tudo isto, enquanto vamos recebendo novas que nos colocam nos últimos lugares de quase todas as tabelas.

Mas com as estruturas paralisantes de gigantismo do Estado, de mâocomunhão com interesses instalados, corporativos ou económicos, com dirigentes políticos e sociais míopes ou mesmo cegos e seguramente incapazes3, e , acima de tudo, sem expectativa de regeneração, mais vale mesmo distrairmo-nos com as quezílias do futebol, um divertido anestesiante que faz esquecer a falta de esperança.

"No salimos de la cepa tuerta", como dizia o palhaço rico, mas triste, no português espanholado da praxe. E isto é um optimista a transcrever…

1 Numa das mais recentes reestruturações do sistema fiscal nos Estados Unidos, virada para as classes médias e pequenas e médias empresas, verificava-se que o grupo mais favorecido iria acabar por ser o de mais alto escalão, abrangendo 1% dos contribuintes. Ora, numa sondagem publicada na época pela Newsweek, verificava-se que 10% dos inquiridos pensava encontrar-se naquele grupo mais elevado e outros 10% calculava integrá-lo nos 10 anos subsequentes.
Os americanos vivem convencidos da sua excepcionalidade como país, mas, seja assim ou seja assado, esta demonstração de sentimento positivo e optimismo dá que pensar.

2 Penso que muito fica ilustrado quando , aqui há uns anos, a minha Universidade de Coimbra entrou em greve de alunos, protestando contra o aumento de propinas (aliás subsidiadas a 80%), liderada por um terceiranista repetente, com 27 anos, presidente da Associação de Estudantes - o chamado exemplo de sucesso e realização.

Quando a futura elite do país faz greve contra si própria e parece não perceber que o prejuízo de tal "luta", como agora se diz exaustivamente, era para quem a praticava, fica quase tudo dito. Afinal não era elite, apenas um grupo de idiotas.

3 Embora toda a gente goste de bater em Santana Lopes, o meu preferido continua ser António Guterres , cujo governo era classificado pelo seu próprio ministro das finanças, o excelente Sousa Franco, como "o pior desde D. Maria I". Quando soube que ele tinha ido para comissário para os refugiados, da Nações Unidas, no princípio até julguei que seriam os que ele próprio iria fazer desencadear.»

In Bcp Crime
Imagem: Imagem: http://pissarro.home.sapo.pt/angola.htm

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