Luanda - O Conselho Nacional de Comunicação Social ( CNCS) chama a atenção dos órgãos de comunicação social para a necessidade imperiosa de se excluírem todas as tentações de manipulação do discurso dos políticos.
Fonte: Angop
Este pronunciamento está contido na deliberação saída da primeira sessão plenária de 2011 tendo referido que em democracia o tratamento jornalístico do discurso de qualquer político deve obedecer aos princípios fundamentais que regem a elaboração dos chamados géneros informativos.
Realça que a notícia, a reportagem e a entrevista são aqueles géneros que mais se aproximam da realidade dos factos e credibilizam o jornalismo e os seus profissionais aos olhos de toda a sociedade.
De acordo com a deliberação, estes princípios têm a ver, sobretudo, com o rigor, a isenção e a objectividade, que por sinal são as características fundamentais da informação que este conselho tem, no exercício das suas atribuições legais, o dever de velar e assegurar.
“Este novo apelo serve, para exortar os jornalistas angolanos a fazer uma profunda reflexão em torno da importância da sua intervenção na promoção de um debate político saudável e sereno, evitando-se a todo o custo que o seu papel de intermediação deixe de ser entendido como sendo sério, honesto e independente, ingredientes apreciados e valorizados pela opinião pública”, lê-se no documento.
O conselho aproveita esta oportunidade para vincar o seu papel enquanto garante do asseguramento da independência e do pluralismo e confronto de ideias nos órgãos de comunicação social.
A deliberação realça que neste quadro, os responsáveis dos órgãos de comunicação social, públicos ou privados, têm naturalmente a sua intervenção disciplinar mas não só, limitada pela própria liberdade de imprensa enquanto direito fundamental, não sendo de todo aceitável que os autores de determinadas opções editoriais sejam posteriormente objecto.
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