quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

CNCS aconselha aos órgãos de comunicação do governo para deixarem de fazer manipulação política


Luanda - O Conselho Nacional de Comunicação Social ( CNCS) chama a atenção dos órgãos de comunicação social para a necessidade imperiosa de se excluírem todas as tentações de manipulação do discurso dos políticos.

Fonte: Angop

Este pronunciamento está contido na deliberação saída da primeira sessão plenária de 2011 tendo referido que em democracia o tratamento jornalístico do discurso de qualquer político deve obedecer aos princípios fundamentais que regem a elaboração dos chamados géneros informativos.

Realça que a notícia, a reportagem e a entrevista são aqueles géneros que mais se aproximam da realidade dos factos e credibilizam o jornalismo e os seus profissionais aos olhos de toda a sociedade.

De acordo com a deliberação, estes princípios têm a ver, sobretudo, com o rigor, a isenção e a objectividade, que por sinal são as características fundamentais da informação que este conselho tem, no exercício das suas atribuições legais, o dever de velar e assegurar.

“Este novo apelo serve, para exortar os jornalistas angolanos a fazer uma profunda reflexão em torno da importância da sua intervenção na promoção de um debate político saudável e sereno, evitando-se a todo o custo que o seu papel de intermediação deixe de ser entendido como sendo sério, honesto e independente, ingredientes apreciados e valorizados pela opinião pública”, lê-se no documento.

O conselho aproveita esta oportunidade para vincar o seu papel enquanto garante do asseguramento da independência e do pluralismo e confronto de ideias nos órgãos de comunicação social.

A deliberação realça que neste quadro, os responsáveis dos órgãos de comunicação social, públicos ou privados, têm naturalmente a sua intervenção disciplinar mas não só, limitada pela própria liberdade de imprensa enquanto direito fundamental, não sendo de todo aceitável que os autores de determinadas opções editoriais sejam posteriormente objecto.

Sem comentários: