Guardas prisionais dizem que não há perigo, mas o Canalmoz soube no local que uma reclusa já se envolveu em relações sexuais com um recluso, antes de ser transferida para a cadeia provincial
Inhambane (Canalmoz) - Reclusos do sexo masculino e feminino compartilham o mesmo recinto prisional na cadeia distrital de Massinga, na província de Inhambane. A falta de uma área de reclusão feminina é apontada como a causa principal.
Numa breve passagem àquela unidade prisional, a Reportagem do Canalmoz testemunhou a presença de uma mulher que aparentava ter 40 anos, que estava encarcerada com homens, acusada de ter assassinado seu marido no povoado de Mabihane.
“Neste semestre, pelo menos cinco mulheres deram entrada na cadeia distrital de Massinga. Uma moça traficou uma menor no hospital distrital. Antes de ser transferida à cadeia provincial de Inhambane, onde esteve encarcerada durante um mês, envolveu-se em relações sexuais com um recluso”, disseram-nos os prisioneiros sem nos mencionarem os seus nomes.
Outras fontes que não querem ser identificadas por temerem represálias disseram que a referida moça acabou por se envolver em relações sexuais, o que deita abaixo a versão dos guardas prisionais segundo a qual “não há perigo, pois há separação das celas entre homens e mulheres”.
“O recinto reclusório é o mesmo. Apanhamos o banho de sol à mesma hora e no mesmo local. A diferença é que elas dormem numa cela e os homens numas outras”, disseram os guardas.
Na prática não é isso que sucede. (Cláudio Saúte)
Imagem: Homens e mulheres presos dividem o pátio durante o banho de sol.
cnj.jus.br
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