quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

No distrito de Massinga. Supermercado chinês emprega estrangeiros ilegais



Maputo (Canalmoz) - Um supermercado denominado New World Supermarket, o maior do município de Massinga, em Inhambane, está a empregar ilegalmente cidadãos estrangeiros de nacionalidade chinesa. A informação está confirmada, segundo o Inspector de Trabalho na província de Inhambane, José Bata.
Bata disse que desde Janeiro do corrente ano, há pessoas estrangeiras de origem chinesa a trabalhar ilegalmente naquele supermercado.
José Bata disse ao Canalmoz que “sempre que a inspecção surpreende trabalhadores ilegais, os gestores daquele maior centro comercial do distrito mais populoso de Inhambane dizem tratar-se de hóspedes, enquanto, na verdade, são trabalhadores ilegais”.
“No distrito de Massinga encontrámos cinco estrangeiros chineses ilegais a trabalhar no supermercado New World Supermarket Lda. Aplicámos uma multa e suspendemo-los. Os gestores disseram que iram trazer documentos comprovativos de que os tais possuem vistos de trabalho em Moçambique, mas já passam três meses. Quando voltarmos a encontrar a mesma situação, aplicaremos uma multa a dobrar’’, disse Bata ameaçando encaminhar o caso às autoridades de migração.
O inspector disse que “os chineses têm sempre uma justificação. Dizem que são hóspedes. Advertimos e não acatam. Se existe protecção, talvez seja a nível dos governos chinês e moçambicano”.

Xiao Xing Wang queixa-se

O gerente do supermercado New World Supermarket, Xiao Xing Wang, queixou-se do procedimento dos inspectores de trabalho, afirmando que não são educativos e são antes agressivos nas multas.
“A inspecção não avisou que vinha e antes de passar-nos a multa de 125.000 meticais, deveriam ter vindo fazer actividades educativas”, disse ao Canalmoz o empresário chinês.
Wang reconheceu que quando a inspecção do trabalho passou pelo estabelecimento, cinco cidadãos de nacionalidade chinesa, nomeadamente Cheng Pin, Zú Chen, Chen Hui, Filin Chen e Fu Yuin, estavam a trabalhar sem autorização e nem tinham carta de condução, mas conduziam viaturas do supermercado.
Depois de pagar a multa, o gerente do supermercado chinês diz que tratou de regularizar a situação daqueles cidadãos chineses.
“Já temos os documentos em nosso poder. Ainda não entregamos à inspecção da direcção provincial de trabalho de Inhambane’’, disse.
A construção do supermercado custou cerca de 100 mil USD cedidos por um banco chinês, disse ao Canalmoz o gerente do estabelecimento. “O reembolso deverá ser feito em cinco anos a uma taxa de juro de 0,8 por cento por mês”.
Actualmente, o supermercado emprega 12 moçambicanos e um número não referido de chineses. (Cláudio Saúte)
Imagem: magem Editorial: Supermercado chinês
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