quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O Cavaleiro do Rei (72). Enterramos os nossos entes queridos e vinte e quatro horas depois já não nos lembramos deles.




Repito: somos seres inúteis. Não fazemos nada. Passamos o tempo na casa de banho. A vestir e a despir, a calçar e descalçar, a comer, a beber, a ver jogos de futebol, a lavar e a polir o carro. Gastando inutilmente água que deveria ser utilizada em campos de cultivo para a obtenção de comida saudável. Com tratamentos médicos contra as gripes e que a cada ano sempre aparece um novo vírus. Perdemos grande parte da nossa vida a experimentar um novo fato. Por isso Einstein só tinha três… todos iguais para não perder tempo na escolha.

Enterramos os nossos entes queridos e vinte e quatro horas depois já não nos lembramos deles. Tornámo-nos palhaços de um grande circo diário. Consumimos o tempo que nos resta nos e-mails. Para vermos a lixeira dos iguais ou piores que nós e que quase nunca nos enviam nada de interessante. Sumariamente enviam-nos uma desajeitada imagem de Jesus Cristo.
Nunca pensaram no tempo que perdemos a abrir e a fechar portas? Sempre com medo dos assaltantes. Contem as vezes que abrem e fecham portas durante um dia.
Não conseguimos efectuar o salutar acto sexual porque alguém nos bate à porta, ou o telemóvel toca. Pior ainda é quando ela ou ele diz:
- Estou cansada.
- Estou cansado.
Quando apetece a um fazer amor não é possível porque o outro diz que está cansado. Não sabem viver. A vida acabou. Pobres seres humanos que não despertam.

O patrão é um ditador, todos os patrões o são. Onde estão os comunistas? Será que desapareceram para sempre? Foram extintos? Ou tornaram-se patrões?
Andar na moda. Para quê a moda? O que interessa é vestuário para o frio. No calor podemos e devemos mostrar a nossa nudez. Que nos interessa a moda do vestuário? Inventam cada coisa.

Perder tempo numa festa. Na inutilidade do não conseguir derrubar os que nos oprimem. Milhões trabalham para meia dúzia de patrões. Estamos muito pior que no tempo de Marx nas fábricas da Inglaterra
Temos que “destruir” os que nos querem destruir. Ficaremos livres para sempre. São eles, os bancos, que apoiam a nossa miséria. Porque quem nos explora vem de lá, apregoando os valores democráticos deles. Que temos de ir para a frente com as máquinas deles, com a sua tecnologia, mas nós não precisamos disso para nada.

Só nos enviam pedófilos, (com inumeráveis que já temos), cleptómanos, falsos engenheiros e doutores. Os que aqui chegam deviam fazer-lhes um exame psiquiátrico. Eles são quase todos doentes, dementes. Só enviam para aqui maníacos.

Que o petróleo é importante para a nossa economia. É mas é para a economia deles.
Gastamos o tempo em compras e a fumar cigarros. A igreja não consegue, pelo contrário, aumenta as nossas angústias. Nada nos resta porque não sabemos em quem acreditar.
Continuamos como sempre na liberdade que nos prometeram. Vamos para o trabalho que não temos, regressamos… e é só.

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