Já são cerca de 80 mil as famílias portuguesas que sobrevivem à custa de alimentos fornecidos pelas Cáritas diocesanas, Conferências Vicentinas e outras instituições de solidariedade (IPSS).
Só a Cáritas assiste com regularidade, nas vinte dioceses do País, quase 30 mil famílias, sendo que mais de 5 mil começaram a pedir apoio este ano, à média de 516 por mês.
"Todos os dias chegam pessoas a dizer que não têm nada para pôr na mesa para os filhos", revelou o presidente da Cáritas, Eugénio da Fonseca, sublinhando que "há famílias que nunca pensaram necessitar de ajuda e que estão a viver uma situação absolutamente dramática". Também as Conferências Vicentinas (há mais de 300 no País) têm registado um aumento acentuado de pedidos de auxílio, ultrapassando já as 20 mil famílias.
"Isto está a ficar muito complicado, porque mesmo nós já não conseguimos dar resposta às solicitações. Há meia dúzia de anos pediam sobretudo roupa, mas agora o que mais pedem é comida", afirmou Rosário Lima, da Conferência de Nossa Senhora de Fátima, que dá o exemplo de mães que aparecem a dizer que os filhos estão cansados de comer salsichas e atum.
http://www.alternativaportugal.org/noticias/novembro11_06.html
Imagem: JORNAL DE NOTÍCIAS. Chegam sem a refeição da manhã, rondam sistematicamente...
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