quarta-feira, 2 de março de 2011

O cónego e os padres ditadores


E há mais de trinta anos que erguem paredes e logo a seguir as derrubam. Donde lhes vêm o dinheiro? Creio que não é difícil de responder. Vem dos canais secretos petrolíferos da República da Sonangol.
Nesta epopeia do silêncio da hipocrisia da Igreja, destacam-se os chineses: não estão aqui para ajudar o povo angolano. Estão sim, para apoiar uma elite religiosa que branqueia os dólares da sua congénere petrolífera que nos governa. Nada, nada vem em benefício das populações, porque dia após dia a miséria escancara as portas a belzebu. Angola serve sim para resolver o problema do desemprego chinês. E como é aterrador, próprio de uma ditadura, afirmar que a China é a principal potência económica mundial, e que o seu socialismo científico triunfou, pagando salários de miséria aos seus trabalhadores.
Quando há bem pouco tempo comprei uma toalha made in China, e logo ao utilizá-la se desfez. Lembram-se da história do ferro de engomar da revolução soviética? As ditaduras apoiam-se na realização dos tais tratados de amizade e cooperação eternos. Com tamanha invasão do internacionalismo chinês, já ninguém está descansado na sua casa.
Angola é por vontade própria, o paraíso dos desempregados estrangeiros.
Parece que ninguém da oposição repara, ou finge que não sabe, aliás como tudo o mais, que existe um plano macabro de despedir massivamente os angolanos, para empregar estrangeiros. Estão nesta linha da frente os portugueses? Visitem-lhes as empresas e verão. O autor destas linhas já foi vítima de tais sevícias. Chegaram, e conseguiram desempregar-me. Nesta linha da frente do neocolonialismo, uma escada do novo inferno se renova.
O meu filho, além da humilhação de um falso engenheiro de informática português, que não sabia o que era uma pendrive, e mesmo assim apanhou-lhe o lugar… despediram-no.
Vislumbra-se um horizonte de trevas aterradoras, porque as coisas por aqui estão deveras complicadíssimas.
E nós, presos torturados neste campo de concentração de Luanda, mantemo-nos na dúvida constante, além da arrogância e das ameaças dos novos-ricos e das novas-ricas, isto está inchado de amantes, se hoje teremos água, energia eléctrica ou Internet. Das outras misérias não é necessário comentá-las. Um ambiente de oásis para potenciais investidores… que invistam na energia eléctrica.
E o cónego e alguns padres decretaram-se ditadores dos campos petrolíferos. Também deles beneficiarão. O apoio incondicional que prestam à ditadura petrolífera, utilizar a religião para defesa dos seus interesses pessoais, é a edificação do Ruanda de Angola. Este vírus da igreja divide-nos, arrasta-nos para a morte.
E os bancos, os principais mentores da nossa destruição moral e social, os arquitectos da nossa miséria total e completa, devemos neste momento exercer uma vigilância apertada sobre os movimentos bancários, antes que seja demasiado tarde.
O povo está muito chateado por causa da lei de Murphy, que sob o efeito borboleta do: quem se manifestar vai apanhar… então, roubam-nos tudo, e ainda nos ameaçam com porrada?
Já não se chama Angola, mudou o nome para: República do Grupo Restrito da Sonangol. Assim tudo concentrado, para que seja mais fácil roubar e espoliar.
A nossa rádio, Tv, jornal, cónego e alguns padres Kin-Il-Sung, querem arrastar-nos para o matadouro do extermínio.
E os bancos da lavagem esperam-nos com os seus detergentes. Os preços do petróleo sobem, e os nossos armazéns da fome atulham-se com cimento chinês e mercenários para que não haja lugar a manifestações.

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