Alguém viu por aí a independência? Alguém sabe o que isso é?
Pelo andar desta monstruosa ferocidade judicial, os substitutos do colonialismo impõem-nos o regresso às origens das ideias coloniais. A cada momento a repressão exacerba-se, a escravidão revigora-se. Os exércitos abundam, armam-se com os mais modernos equipamentos bélicos, apenas para aterrorizarem as populações, para que o silêncio paire como nas tocas dos ratos. Foi assim muito recentemente nos regimes mais ditatoriais. E há quem não aprenda a lição. Parece haver uma apetência demoníaca para terminar como as ditaduras irmãs, muito amigas: pela violência crescente contra as populações, e estas não têm outra alternativa: entre viver e morrer, há que escolher. E escolhem o viver, claro, antes que todos perecem.
Angola é o único país do mundo, onde um jornalista é preso por noticiar… um vulgar acontecimento.
Não podemos continuar a viver nesta incerteza, nesta cobardia, de qualquer um de nós na sua casa, ser preso por qualquer esbirro secreto, como nas ditaduras mais ferozes, sem qualquer culpa formada, sem se saber a acusação.
É horrível notar que o combate desta turba não está dirigido para a miséria, que está tão pungente, ingente. As chuvas e o poder destroçam Angola, e o império do mal canaliza as suas forças para os seus inimigos principais, os jornalistas. A única preocupação é as receitas do petróleo, que são transferidas automaticamente para as suas contas bancárias secretas, que mais tarde serão congeladas e depois confiscadas. É a pura verdade! Com tanta indigência em Angola, como é possível existirem tantos bancos em Luanda? É fácil, não é?! Os bancos são dos corruptos do poder, e assim praticam-lhes assiduamente a lavagem dos biliões de dólares que usurpam do erário público.
Não se iludam! Kadafi, vai ter um final muito triste, é garantido.
Chegaram, viram e… espoliaram.
Não podemos continuar a viver sob a imposição de seres das cavernas.
Em Angola, nunca haverá paz enquanto os detentores dos biliões de dólares ilegais, não forem julgados, condenados e presos.
Onde há persistentes maus professores, há sempre maus alunos.
A vitória total e completa da corrupção, é quando o poder é quase quarentão.
O poder de Deus é grande, o dos corruptos também.
Para cada igreja o seu padre. Para cada rebanho o seu pastor. Em cada precipício, um ditador.
Não, não é o poder nas ruas! É o poder sem ruas.
E lanço a minha cana de pesca no mar do meu petróleo, e não me canso de pescar dólares. E quando pesco à rede, vem sempre também atestada de dólares. Ah! Como é tão bom viver assim, tudo só para mim.
Estamos num Estado de facto e de jure corrupto.
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