quinta-feira, 31 de março de 2011

Declaração Universal dos Direitos do Angolano


1 - Independência total e completa, para todos os angolanos.
2 - Água, energia, comida, transportes, empregos, e casas 1º para os angolanos, 2º para os angolanos, 3º para os angolanos.
3 - Prioridade para os empresários angolanos 1º, para os empresários angolanos 2º, para os empresários angolanos 3º.
4 - Democracia e liberdade para todos os angolanos e não apenas para o MPLA.
5 - Um Presidente da República eleito pelos angolanos, dos angolanos e para os angolanos, e não apenas para o MPLA.
6 - Direitos e garantias iguais para todos os angolanos e não apenas para os do MPLA.
7 - Oportunidades iguais para todos os angolanos, e não apenas para os do MPLA.
8 - Os dinheiros do petróleo e dos diamantes para benefício de todos os angolanos, e não apenas para os do MPLA.
Acreditamos que este manifesto chegará aos olhos e ouvidos de todos os dirigentes angolanos e seus assessores, que conhecem a Internet. Pelo que, pedimos que levem os 8 pontos de exigência a sério e o submetam a vossa consideração, por ser também de vosso interesse, de modos a que todos nós possamos usufruir dos benefícios da nossa independência e desta nossa pátria que é de todos nós.
Á juventude angolana em Angola e na diáspora pedimos que subscrevam e apóiem os 8 pontos acima enumerados. Unidos por Angola sairemos todos a ganhar.
Muito Obrigada.
Assina: Inês Africana.
Facebook.com

segunda-feira, 28 de março de 2011

O império do mal. PÃO DE OURO!!!


Consumidores, angolanos,

Estamos perante mais um caso absurdo, relativamente aos preços praticados em Angola.

Desta vez não é um MELÃO DOURO, mas sim um PÃO DE OURO.

Isaque Jair Cardoso Rodrigues

Um alimento que é parte integrante de qualquer cesta básica, para a maioria dos cidadãos, custa a módica quantia de 855,00AKZ, ou seja; o equivalente a 9,5USD ou a 6,90 Euros.

Se imaginarmos que uma determinada família-tipo (3 pessoas) consuma 3 “três” pães “BATARD CAMPAGNE” por dia, comprados no INTERMARKET, facilmente chegaremos à conclusão que terão que gastar por mês, 1.178US.

Só para o pequeno-almoço, sem contar com o almoço, lanche e jantar!

Sabendo nós que o salário mínimo em Angola não ultrapassa os 100USD, verificamos que estamos perante um caso digno de um record no Guinness.

A insensibilidade e a falta de bom senso, reinam em Angola impunemente.

Os comerciantes deste país, perderam a vergonha e compraram descaramento avulso.

Caros consumidores, perante esta escalada mórbida de preços não nos restam muitas alternativas.

Perante a inexistência de mecanismos funcionais que defendam os consumidores angolanos, resta-nos apenas utilizar esta “arma” (internet), para denunciarmos atitudes semelhantes.

Por favor, enviem esta denúncia para todos os endereços que puderem, para que se possa dar a conhecer ao mundo o que se passa em Angola.


Juventude de Luanda decidida em sair à rua para exigir liberdade de expressão


Lisboa - De acordo com um anuncio que corre nos correios eletrônicos, um grupo de jovens em Luanda escreveu uma carta ao governador de Luanda, José Maria Santos informando que vão concentrar-se as 13h do dia 2 de Abril no largo da Independência para uma manifestação pacifica destinada a exigir a liberdade de expressão em Angola.

Fonte: Club-k.net

Sábado, 2 de Abril de 2011

“Esta manifestação é pacífica e apartidária e está de acordo com a lei, já que foi devidamente comunicada ao Governo Provincial de Luanda no dia 24 de Março, como pode ser visto no documento abaixo. De acordo com a lei 16/91, o GPL teria 24 horas para proibí-la mediante uma justificação por escrito, caso contrário está automaticamente legalizada.” Dizem os promotores da iniciativa numa manifesto cujo teor se segue na integra.

“Somos conscientes de que o clima de medo e desconfiança que se vive em Angola não é propício à adesão das pessoas a qualquer tipo de "convocatória" género. Mas sabemos também que essa é mais uma das razões que justifica esta acção. Num contexto de permanente desconfiança política não há condições para que se desenvolva uma democracia.”

“É tempo de restabelecermos a confiança nos angolanos e que a participação política saia do âmbito partidário, que é um âmbito estagnado e viciado. Tenhamos em conta que há espaço para todo o tipo de opinião na arena do debate livre. Falamos de debate de idéias, de troca de argumentos não em prol de interesses pessoais mas sim em prol de Angola. Não estamos a falar nem de acusações gratuitas nem de uma postura de crítica destrutiva e vazia de argumentos válidos.”

“Interessa-nos relançar o debater e pensar Angola. Queremos que todos os angolanos possam manifestar livremente a sua opinião sobre o país, quer estejam de acordo com as políticas do regime, quer estejam descontentes e discordem dessas políticas.”

“Acreditamos a democracia como sistema político mais justo e que Angola reúne todas as condições para construir uma democracia exemplar em África, devolvendo a soberania ao povo.”

“Deverá ser do interesse de todos os agentes políticos do país, organizações políticas, governo, assembléia da república, presidente da república, meios de comunicação social e principalmente da sociedade civil em geral, defender esta acção pela LIBERDADE DE EXPRESSÃO EM ANGOLA.”

“SÁBADO, DIA 2 DE ABRIL, ÀS 13:00 NO LARGO DA INDEPENDÊNCIA EM LUANDA”

sábado, 26 de março de 2011

O fim da Igreja está próximo


A primeira coisa que Jesus fará quando revisitar a Terra, será acabar com a Igreja e com todo o seu clero. Por isso meu Deus livra-nos daqueles que te seguem, porque será deles o Inferno.
A Igreja nunca foi da paz, a Igreja sempre foi e será a promotora da guerra.
No jornal Elmundo, a falecida e célebre actriz Elizabeth Taylor, confessou antes da sua morte, que mais um padre pedófilo violou o também célebre actor, James Dean.
Porque é que a Igreja não promove um amplo debate abrangente, aberto, nacional, sobre a corrupção? Não dá, a Igreja está com os pés e as mãos de impurezas abundantes, e não consegue lavá-las, purificá-las.
A mensagem da Igreja é o cálice do vazio de conteúdo.
A Igreja é o nosso lobo de cada dia.
O pão espiritual da Igreja perturba e conspurca o nosso espírito, e nunca poderá alimentar-nos.
A Igreja está assente num poder diabólico que urge extirpar, como o fim actual das ditaduras.
Só a nossa liberdade nos liberta.
Porque tarda o decreto mundial sobre a extinção da Igreja, que tanto mal nos faz. Para quê continuar a sustentar e a apoiar um deus pedófilo e da hipocrisia. Uma Igreja que usa e abusa de comunicados. Uma Igreja que finge defender os pobres, quando na verdade se encosta às ditaduras, que é donde lhe vem o sustento. A Igreja não pode nem deve portar-se como um governo paralelo. A Igreja não nos serve para nada, apenas para nos baralhar, confundir os espíritos. A Igreja é a campeã mundial da extorsão e também da corrupção bancária, como já aconteceu recentemente com o seu Banco Ambrosiano, um banco da máfia religiosa, divina. Quando outro WikiLeaks desvendar os seus segredos, então sim, haverá paz em Angola, e no mundo. Que se decrete então a sua extinção.

Banco Millennium Angola, um banco com licença para matar


Segundo informações credíveis, que fomos verificar in loco, o Banco Millennium Angola, instalou-se com armas e bagagens nas traseiras da rua Rei Katyavala 109, Zé Pirão, Luanda.

FOLHA8.BLOGSPOT.COM

Pelo que afirmam as fontes a instalação é ilegal, essa instituição bancária espoliou o terreno, mantêm um gerador que assassina lenta e seguramente para a morte os moradores do prédio e, ainda por cima, têm demonstrado, numa sequência de comportamentos bizarros, uma inquietação, ou interesse incompreensível, por todos os moradores que se encontram nas cercanias “a olho nu”. «Agora, dois mercenários portugueses tiraram cerca de uma trintena de fotos a quem estivesse ou assomasse às varandas dos prédios e demais locais circunvizinhos, como se estivessem numa missão de espionagem (ver foto). Pelos vistos, é o que consta, procuram um pretexto para nos espoliarem o prédio», referiu uma das nossas fontes.
A verdade é que a banca portuguesa está falida, e Portugal também, claro. Agora vêm para Angola reiniciar outra colonização “new look”? Será que não lhes chega a destruição de Portugal?
Olhem que aqui tasse mal, tasse, tasse! A situação económica e social está cada vez mais perigosa. Não acirrem mais os espíritos, porque só de pensar no que actualmente acontece, e a seguir acontecerá, causa arrepios.

Imagem: altohama.blogspot.com


sexta-feira, 25 de março de 2011

Não, não é em Angola, mas é exactamente igual, são todos iguais, sem solução. Afinal os poderes também se clonam.


Filha do Presidente da República no mundo de negócios
Os dotes empresariais de Valentina Guebuza

Maputo (Canalmoz) - De algum tempo a esta parte, uma das filhas do Presidente da República, mais concretamente Valentina da Luz Guebuza, começa a aparecer em várias parcerias económicas, tal como o seu pai, tios, primos e irmãos.

IGEP confirma a venda da Mabor sem concurso público
“Acreditamos que vamos fechar o negócio com a CAMAC se as condições de base foram concluídas”- Hipólito Hamela, PCA do IGEP

Maputo (Canalmoz) – O Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) confirmou ontem, em conferência de Imprensa, a notícia que já circula há algum tempo na Imprensa, sobre a venda da empresa Manufactura de Borracha SARL (Mabor de Moçambique) à empresa portuguesa CAMAC Pneus. A venda será por adjudicação directa, sem concurso público.

Sentença de Almerino Manhenje chega ao Parlamento
MDM acusa juiz de proferir sentença “ridícula”

“A sentença que recaiu sobre o antigo ministro do Interior, Almerino Manhenje, é apenas triste e ridícula. O tribunal demonstrou ser não só tolerante à corrupção, ao roubo do bem público, como também demonstrou ser um padrinho legal”, porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), José de Sousa.

Província de Manica
Partido Frelimo e governos distritais impedem livre actuação política

Chimoio (Canalmoz) - Fontes ligadas ao MDM (Movimento Democrático de Mocambique) informam que membros deste partido da oposição estão a ser impedidos de actuar livremente em diversos distritos da província de Manica. Secretários de bairros, activistas do Partido Frelimo e as próprias autoridades distritais dificultam, sob várias formas, a actuação dos membros do partido liderado por Daviz Simango.

Imagem: wwwilegal.blogspot.com

quinta-feira, 24 de março de 2011

E SE FOSSE CÁ ???! 12 De Março de 2011 - Isto ainda não foi nada!


Pela demissão de toda a classe política – Fomos nós que os pusemos lá, NÓS podemos tirá-los!!
Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra a chulisse, está a começar. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm andado a fazer, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer – quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.

Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de Portugal falam em cortes de despesas – mas não dizem quais – e aumentos de impostos a pagar.

Nenhum governante fala em:

1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.) dos três Presidentes da República retirados;

2. Redução dos deputados da Assembleia da República e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode;

3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.

5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? e não são verificados como podem ser auditados?

6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821 ;

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.

8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas actividades;

9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...

11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;

12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular, tal como levar e trazer familiares e filhos às escolas, ir ao mercado, a compras, etc;

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes

14. Controlar “alguns” funcionários da Função Pública, que nunca estão no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. Há QUADROS (directores gerais e outros), que em vez de estarem no serviço público, passam o tempo nos seus escritórios de advogados a cuidar dos seus interesses;

15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder – há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL tem SETE ADMINISTRADORES, principescamente pagos às oligarquias locais do partido no poder...

16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;

17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.

18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP;

19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e Quejandos, onde quer que estejam e por aí fora.

20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.

21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.

22. Acabar com os ordenados milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).

23. Assim, e desta forma Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo a credibilidade, tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do Estado;

24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privadas), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem"...;

25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efectivamente dela precisam;

26. Controlar a actividade bancária para que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise";

27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;

28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património, antes e depois.

30. Pôr os Bancos a pagar impostos.

Ao "povo", pede-se o encaminhamento deste e-mail.
Imagem: setarosblog.blogspot.com

Bornito de Sousa e os parques de estacionamento em Luanda


Bornito de Sousa no Facebook. «Uns quantos parques de estacionamento verticais como este e o problema do estacionamento em Luanda estaria resolvido. Pena a imagem não pertencer à nossa cidade Capital!
O programa de construção de parques de estacionamento em Luanda vai gradualmente de encontro a esta preocupação dos citadinos!»

Discordo totalmente. O desenvolvimento de Angola não está, nunca poderá estar em Luanda, mas nas outras províncias. Essa é uma visão de curto alcance, que fere as ideias do verdadeiro desenvolvimento. Na verdade Luanda já não existe, mais parece um monte de sucata desordenada. Essa imagem de um parque de estacionamento seria muito bem aproveitada para substituir o mercado Roque Santeiro. Primeiro, promover o bem-estar das populações e nunca alimentar a barbárie da especulação imobiliária que será a promotora da erupção do nosso imparável vulcão. Luanda, nos próximos dias ferverá de tumultos sociais, aliás já ferve, é só fazer o levantamento dos assaltos, e notar o vazio humano na minha banda a partir das 22, 23 horas. O terror instalou-se. É evidente que não há polícia que chegue para tanta obra. Quantos mais efectivos, mais desorganização, porque é impossível a correia de comando funcionar. Apenas tudo prima pela exibição. Não há ninguém que conheça que não me narre como acabou de ser assaltado. É que há uma luta tremenda pela sobrevivência de milhões de pessoas numa selva sem ambiente governamental.
Gil Gonçalves

Comentário de um bajulador
«O Senhor Consules sempre do contra e nunca com razão.»

Emite-se uma opinião. É-se do contra?! Contra quê e quem? Bajular é destruir Angola e os angolanos. Mas existe por aí alguém que tenha soluções para Angola? Bajular é acirrar ódios que andam muito elevados, e assim tá-se mal, no orgulhosamente sós.
Gil Gonçalves

quarta-feira, 23 de março de 2011

Regime angolano é solidário com todas as ditaduras deste mundo e do outro


Significa que vai acabar tal e qual, como desejam veementemente os nossos kadafis, como o célebre irmão dos vendavais, o grande democrata africano, Kadafi. E o big brother Obama, já lhes prepara a cama. Curiosamente, o fim dos ditadores é todo igual, às suas guardas pretorianas, proporcional. Fabricantes natos de cadáveres sonham com pesadelos de caveiras que voam nos seus quartos e lhes servem de sono reparador. Uma das virtudes congeminais é o alastrar constante, cambaleante de que os povos adoram-nos, idolatram-nos como deuses. Todos têm em comum, o de nascerem predestinamos para a governação eterna, e as suas imagens obrigatoriamente implantadas, esculpidas em todos os caminhos, em tudo e em todos nós, imagens de outro deus castrense. São por demais evidentes inteligências natas, arquitectos do porvir. E onde eles fincam os pés, a magia da riqueza e da felicidade instauram-se. Eis os suspiros dos últimos ditadores, dos verdadeiros combatentes pela liberdade, daqueles que lutam até ao último homem e até à última bala. Entretanto o inferno agita-se, perante a avalanche anormal de ditadores. É que eles lá no inferno já estão a criar problemas, tal e qual como na terra: espoliam os terrenos, tudo. São terríveis, até no inferno já há revoltas contra eles, porque ninguém lá os quer.

«Regime Angolano Manifesta-Se Solidário Com Khadaf
Lisboa - A solidariedade que as autoridades angolanas estão a manifestar ao regime de Muammar Khadafi é encarada em círculos políticos como medida de atenuar eventuais antecedentes. Angola tem a noção de que com a queda de Muammar Khadaf, o mundo prestará atenção a José Eduardo dos Santos, no papel de presidente a mais tempo no poder em África.

Fonte: Club-k.net

Jornalistas e analistas políticos dos órgãos do regime angolano refugiam-se a fontes fiéis a Khadafi
Existe em meios atentos a percepção de que com queda de Khadafi poderá inspirar correntes internas em Angola alimentadas com o sentimento de se protestarem no sentido de despertar o Mundo. Angola tem o antecedente de reagir com repressão a eventuais iniciativas de manifestação desfavorável ao regime. No pensamento que se faz prevalecer é de que em caso de os populares saírem em massa as ruas para exigir a saída de Eduardo dos Santos do poder, não só exporia o mesmo como os manifestantes ganhariam a solidariedade das principais potencias, caso as autoridades respondessem os presumíveis protestos com ondas de assassinatos como aconteceu na Líbia.

Logo após as forças de coligação internacional terem recebido aval da ONU para neutralizar ou atirar contra bases militar que Muammar Khadaf usa para bombardear o seu próprio povo, a media governamental angolana avançou com uma campanha de informação destinada a se criar a impressão de que Khadafi esta a ser vitima dos interesses ocidentais.

A saber:

- Um membro do gabinete presidencial, José Mena Abrantes teceu um artigo insinuando que as manifestações no Mundo Árabe são maquinação da CIA.

- O DG adjunto do Jornal de Angola, Filomeno Manaças apresentou uma tese insinuando que o que esta a acontecer na Líbia “é o pior de todos os cenários” .

- Lançado editorial no mesmo Jornal alegando que os ataques é contra Líbia e não contra os alvos militares usados por Khadafi para matar o seu povo. O texto repete varias vezes que o ataque “é contra a Libia”.

- O Jornal de Angola faz recurso a dados imprensa do regime de Khadafi que diz terem morrido 20 civis vitimas dos bombardeamentos americanos. Na realidade, segundo denunciaram vários jornalistas estrangeiros, Muammar Khadafi simulou enterro de 20 vitimas. Os mesmos jornalistas estrangeiros em Tripoli relataram, que no dia seguinte do enterro, as campas estavam vazias. A estratégia de Khadafi foi causar sentimentos de ódio contra os americanos/ocidente e em simultâneo solidariedade em seu favor

- A TPA adoptou a mesma linha editorial reforçada com as analises de um analista seu Belarmino Van-Dunem que ao falar no telejornal de segunda feira reprovou a intervenção internacional tendo questionado a sua legitimidade.

- Insistentes artigos fazendo crer ou mostrar os bombardeamentos como algo condenável acompanhado de reacções contestatórias. Esta Quinta-Feira foi noticia de realce no diário angolano uma reação de Robert Mugabe acusando o ocidente de desejar apenas o petróleo da Líbia.

- Censura na comunicação social angolana, ao discurso da visita ao Brasil de Barack Obama. O líder americano explicou que não a intervenção militar não seria destinada a civis nem tão pouco para derrubar Kadaf. As autoridades angolanas não mostraram interesse em divulgar o discurso do Presidente americano por motivações desconhecidas.

O ponto alto da solidariedade de Angola ao regime Líbio foi feito na voz de George Chicoty, Ministro das Relações Exteriores que referiu esta terça-feira, em Luanda que “para o executivo angolano deveria ser dado maior relevo do dialogo para a resolução do problema da Líbia e não partir logo para uma intervenção militar.” No entender do chefe da diplomacia angolana esta a se criar um precedente e situações que possam agravar ainda mais estas crises que já são difíceis de resolver.

O Discurso do governo angolano, segundo opositores, é visto como contraditorio visto que a cerca de poucas semanas declararam guerra em Cabinda contra a FLEC, em substituição do dialogo.»

terça-feira, 22 de março de 2011

O princípio do fim. Manuel Vicente E “Kopelipa” Investigados Nos Estados Unidos


Por sua vez, a Cobalt, tal como o Banco Espírito Santo e a Odebrecht, incorrem também em actos criminais.
Luanda – A comissão de mercados de capitais, SEC, dos Estados Unidos da America esta a investigar se a entrada em Angola da COBALT International decorreu de trafico de influencia através da sua parceira a Nazaki Oil & Gás, a petrolífera nacional que tem como proprietários, o chefe da Casa Militar do Presidente da República e ministro de Estado, general Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, o ex-chefe de Comunicações do Presidente da República, general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, e o PCA da Sonangol, Manuel Vicente.

Fonte: NJ/Club-k.net/Makaangola.com

Cobalt passou pela HSBC

De acordo com dados do semanário Novo Jornal, a COBALT International anunciou esta semana que está a colaborar com a comissão de mercados de capitais, SEC, no processo no qual está em causa a natureza de alguns dos seus negócios em Angola.

Detida na sua maioria por antigos executivos da BP em Angola, a COBALT é membro de um consórcio que detém 40 por cento dos blocos 9 e 20. Além deste consórcio têm interesses no bloco as empresas angolanas Nazaki Oil e Gaz SA e Alper Oil Limitada.

A SEC quer saber se a entrada da COBALT no negócio decorreu de tráfico de influência derivado do facto da Nazaki, alegadamente ser detida por altos funcionários da Presidência da República e da Sonangol.

O mote para a investigação foi uma denúncia do activista Rafael Marques que num extenso trabalho de 26 páginas atribuiu a generais da Presidência da Republica e executivos da Sonangol o controlo da dita sociedade.

Na nota que enviou a SEC , a COBALT diz que a Nazaki nega que haja qualquer relação entre a sua administração e o Executivo angolano.

A SEC questiona também o carácter da participação na exploração daqueles blocos, da Alper Oil Limitada.

Na nota que enviou à SEC, a COBALT identificou a Alper Oil como um membro “não contribuinte”, apesar de ser detentora de 10 por em cada um dos blocos. Por outras palavras apenas “entrará”, se se consular a viabilidade do projecto. Segundo a Cobalt, esta modalidade está em conformidade com a lei angolana e não viola o acordo de partilha de riscos.

A multinacional americana confirmou por escrito no dia 1 de Março que a Nazaki cobriu todas as suas obrigações financeiras referentes a sua participação na empreitada.

Apesar dos argumentos que submeteu por carta , a COBALT foi chamada pela SEC, no dia 9 a fornecer dados adicionais. A COBALT diz que está a respeitar a lei sobre corrupção de agentes estrangeiros, a mesma que levou a Panalpina Angola, a incorrer numa multa de cerca de 80 milhões de dólares.

Além da presença em sociedades angolanas nos blocos 9 e 21, a Cobalt é parceira da Sonangol International Exploration and Production, sedeada em Houston, em projectos no Golfo do México. O início da exploração destes projectos foi congelado depois do incidente numa plataforma da BP.

A Cobalt está a passar pelo mesmo processo porque passou o HSBC, banco que se viu obrigado por uma comissão do Senado dos EUA, a identificar os accionistas do BAI, instituição com quem detinha negócios nos EUA. O anúncio da segunda convocatória provocou uma queda de 4 por cento das suas acções na Bolsa de Nova Iorque.

Nazaki Oil - Segundo o www.makaangola.com

Através dos Decretos-Lei nº 14/09 e nº 15/09 de 11 de Junho de 2009, o Conselho de Ministros concedeu à Sonangol, como concessionária nacional, “os direitos mineiros de prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de hidrocarbonetos líquidos e gasosos (…)” dos blocos 21 e 9 em águas profundas, respectivamente. Essa decisão conforma a Lei n° 10/04 (art. nº 44, 2), segundo a qual todos os direitos acima referidos serão concedidos pelo Estado à Sonangol.

Para o efeito, o governo ratificou o consórcio estabelecido entre a Sonangol, a empresa privada angolana Nazaki Oil & Gás e a empresa americana Cobalt International Energy, sendo a última designada como operadora dos Blocos 9 e 21. A Cobalt International Energy, tem como fundadores e principais accionistas o Goldman Sachs, e a sociedade entre o Grupo Carlyle e a Riverstone Holdings, com um investimento inicial, em 2005, de 500 milhões de dólares. 8 De certo modo, estes dois últimos sócios investem, também, no negócio, fundos públicos angolanos. A Sonangol tem investidos nos fundos de energia do Grupo Carlyle/ Riverstone Holdings cerca de 500 milhões de dólares.9

A Cobalt, de acordo com a Global Witness, recusou-se a identificar os proprietários da Alper Oil e da Nazaki argumentando que o acto “envolveria a revelação selectiva de informação restrita sobre a compania e, em alguns casos, fazê-lo seria uma violação das cláusulas de confidencialidade a que *a Cobalt+ está sujeita”.10 Este argumento é falacioso porquanto a legislação angolana não prevê a protecção de actos de corrupção mediante confidencialidade quer mediante outros quaisquer mecanismos jurídicos, pois a corrupção está bem definida como acto ilícito e de natureza criminal.

Todavia, a Cobalt sustenta, junto das autoridades americanas, que “nós não trabalhámos com nenhuma destas companhias no passado e, por conseguinte, a nossa familiaridade com essas empresas é limitada. Violações da FCPA (Lei das Práticas Corruptas no Estrangeiro) podem resultar em duras sanções criminais ou civis, e podemos estar sujeitos a outros procedimentos, que afectariam negativamente o nosso negócio, os resultados operacionais e a condição financeira”.11

Os principais executivos da Cobalt, incluindo o seu director-geral Joseph Bryant, têm vasta experiência de trabalho em Angola, como gestores da British Petroleum no país, e o argumento que apresentam revela uma fraca justificação perante as leis americanas e desprezo pela legislação angolana, como adiante se demonstra.

Para conhecimento público, a Nazaki Oil & Gás tem como proprietários, com quotas iguais, o chefe da Casa Militar do Presidente da República e ministro de Estado, general Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, o chefe de Comunicações do Presidente da República, general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, e o patrão da Sonangol, Manuel Vicente. Quatro subordinados do general Kopelipa são usados como testas-de-ferro da empresa, possuindo cada 0,01% das acções da Nazaki. Estes são o coronel José Manuel Domingos “Tunecas”, seu director de gabinete, coronel João Manuel Inglês, logístico, coronel Belchior Inocêncio Chilembo, conselheiro. O quarto beneficiário, Domingos Manuel Inglês, é o assistente privado do general, nos seus negócios.

Esta empresa tem ainda três outras subsidiárias, respectivamente a Nazaki Distribuição – Sociedade de Distribuição de Combustível e Lubrificantes SA, Nazaki Refinaria – Sociedade de Refinação e Petróleo SA, e a Nazaki Petroquímica – Sociedade Petroquímica SA, criadas a 23 de Julho de 2008.

A 24 de Fevereiro de 2010, a Cobalt International Energy assinou os Acordos de Risco (Risk Services Agreements), para as operações de exploração, pesquisa e produção nos Blocos 9 e 21 offshore. Os acordos foram assinados com a Sonangol, a Sonangol Pesquisa e Produção, a Nazaki Oil & Gás S.A e mais uma empresa privada angolana, inicialmente não prevista na autorização do governo, a Alper Oil. Para os Blocos 9 e 21, a estrutura accionista é a mesma: Cobalt (40%), Nazaki (30%), Sonangol Pesquisa & Produção (20%) e Alper Oil (10%).

Segundo a Cobalt12, esta “obteve a aprovação escrita da Sonangol, datada de 3 de Março de 2010, para os gastos realizados nos trabalhos técnicos dos Blocos 9 e 21 em offshore, como despesas prévias dos Acordos de Risco, para futuras deduções em impostos. Como resultado, a Nazaki reembolsará a companhia [Cobalt] pelas suas obrigações financeiras no bónus de concessão e custos relacionados com estudos sísmicos nos referidos blocos.” A Cobalt pagou, à Sonangol, os 3.7 milhões de dólares do bónus de assinatura devidos pela Nazaki (art. 21º, 1, do contrato para o Bloco 21) e 1.5 milhões de dólares (art. 21º, 1, do contrato para o Bloco 9).13

Como pode uma empresa americana listada na bolsa de Valores de Nova Iorque (New York Stock Exchange) e que emprega duas reputadas firmas de advogados, justificar pagamentos em nome de uma empresa privada (Nazaki) do círculo mais restrito do presidente angolano, mesmo a título de reembolso?

A atribuição dos Blocos 9 e 21 ao consórcio liderado pela Cobalt, sem concurso público, revela, também, o pleno conhecimento dos verdadeiros beneficiários do negócio por parte do então primeiro-ministro e actual presidente da Assembleia Nacional, Paulo Kassoma, que ratificou a decisão, e do Presidente José Eduardo dos Santos, que a promulgou.

Do ponto de vista legal, as mais altas figuras do país patrocinam um acto eivado de corrupção. A legislação angolana, como tem sido demonstrado, proíbe os dirigentes e gestores públicos de realizar negócios com o Estado para benefício e enriquecimento pessoal.

Por sua vez, a Cobalt, tal como o Banco Espírito Santo e a Odebrecht, incorre também em actos criminais. A sua acção pode ser descrita como um acto de tráfico de influências de dirigentes angolanos, de acordo com as convenções da União Africana (Artigo 4º, 1, f) e das Nações Unidas contra a Corrupção (Artigo 18º, a, b), assim como o Protocolo da SADC contra a Corrupção (Artigo 3º, 1, f) que, de forma similar, definem o tráfico de influência como um acto de corrupção. Esses tratados foram incorporados no direito angolano e se lhes é aplicada moldura penal através do Artigo 321º do Código Penal angolano para o acto em questão. Como exemplo, a Cobalt esteve envolvida em negociações com o presidente do Conselho de Administração e director-geral da Sonangol, Manuel Vicente, enquanto representante do Estado. A parceria com a Nazaki, de Manuel Vicente e os generais Dino e Kopelipa, este último a sombra do presidente, configura não só tráfico de influência como também um acto de corrupção activa de dirigentes, de acordo com o Código Penal angolano (art. 321º).

A falta de transparência em Angola, e no sector petrolífero em particular, tem sido alvo de alguma atenção internacional por parte de governos e ONGs ocidentais. Uma das instituições que teve maior ousadia em obter do governo um compromisso para um maior escrutínio do sector petrolífero, foi a Soros Foundation e Open Society Institute do bilionário e filantropo americano George Soros. Após vários meses de negociações, a 13 de Novembro de 2003, Soros esteve em vias de assinar, na embaixada de Angola em Washington DC, um acordo com a Sonangol e o governo angolano, para garantir a transparência na governação e, em particular, no sector petrolífero.

Passados sete anos, George Soros aparece como accionista de referência da Cobalt, através da Soros Fund Management, que detém 5.9 milhões de acções na petrolífera americana, avaliadas em 81.1 milhões de dólares.14 O escritório de Soros manifestou a sua indisponibilidade, por motivos de viagem, em comentar sobre a sua participação no negócio.

O acordo de transparência de Soros, de cuja assinatura o governo desistiu à última hora, previa assistência técnica e financeira às autoridades angolanas e à Sonangol para a implementação de reformas afins. Incluía também acções no sentido de melhorar a imagem do governo e da Sonangol, no exterior, para maior acesso aos mercados internacionais de capital entre outras vantagens aliciantes.

Nos últimos sete anos, membros do regime, e por consequência os gestores da Sonangol, têm tornado cada vez mais patente os seus actos de corrupção e de pilhagem do património do Estado, causando maior empobrecimento e desnorte à maioria dos angolanos.

O exemplo de Soros revela, entre muitos outros, como os grandes poderes internacionais, quer ao nível de países quer ao nível de instituições internacionais se renderam aos encantos do petróleo e da corrupção em Angola. Soros é também um dos principais impulsionadores de iniciativas internacionais como a Publish What you Pay, Revenue Watch Institute, Extractive Industries Transparency Initiative, que obrigam os governos corruptos dos países mais fracos a ser mais transparentes.

Imagem: bbc.co.uk

Angola, com o petróleo, consegue estar pior que Moçambique.


«Maputo (Canalmoz) – Um grupo de académicos reunidos a semana passada em Maputo, em segunda sessão do “Observatório sobre Meio Rural”, sugeriu que o país avance para um debate sério em torno do fosso entre a exploração dos recursos naturais, que o país possui, e o nível de pobreza, em que os seus cidadãos vivem.»

A revolução que chegará a Angola, não é do jasmim, não, é do vulcão.
Estes pobres analistas não sabem, ou fingem-no, que por aqui será a revolução dos esfomeados, dos deserdados, dos espoliados, dos escravizados, que nem sequer direito tem de cheirar o petróleo.
Mas esses célebres analistas também diziam o mesmo da Tunísia, do Egipto, da Líbia, etc. Assim como também juravam que não era possível derrubar o colonialismo.
Quanto mais tempo passar, demorar fingirem o democratizar, o continuar tudo na mesma, sempre a piorar, os biliões de dólares no amealhar, sempre nas mesmas pessoas o embolsar. Que Angola é o país com o PIB mais desenvolvido do mundo, e as populações na miséria, continuamente ameaçadas de morte se ousarem manifestar o seu descontentamento.
Meus senhores!
Consultem a História Universal dos últimos acontecimentos e facilmente verão que isto será mais do que um vulcão.
Entretanto o ódio intensificava-se, a instabilidade social está a ficar incontrolável. Às ditaduras não lhes restam muito tempo de vida. E quem nisto insistir, verá primeiro, os bens congelados e depois confiscados, para reparação dos danos causados aos espoliados.
O petróleo é um bom produtor de fome.
Este petróleo é muito violento.

«Revolução de Jasmin não deverá chegar a Angola. – Opina “Standard & Poor’s”
Pretória (Canalmoz) - A ocorrência de uma revolta pan-africana concertada e contagiosa é muito baixa. Segundo o jornal português Económico, “a Standard & Poor’s refere como pouco provável o contágio das tensões políticas do Norte de África para os países da África Subsariana”. A agência de notação financeira Standard & Poor's revela, segundo o jornal lisboeta, que as tensões políticas que têm ocorrido no Norte de África desde o início do ano não deverão contagiar os países abaixo do deserto do Sara.»

“Sacrifício humano” no “Cenáculo da Fé”. Fiéis morrem na inauguração do templo da IURD



– informa a Polícia
Maputo (Canalmoz) – Na inauguração do chamado “Cenáculo da Fé”, nome pelo qual foi baptizado o maior templo da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) em Moçambique, houve “sacrifício humano”. Pelo menos duas pessoas morreram e outras três ficaram gravemente feridas no domingo em Maputo, durante a cerimónia da inauguração do majestoso edifício erguido na Av. 24 de Julho em Maputo, nas proximidades do Quartel General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. A informação foi avançada no mesmo dia por testemunhas oculares, mas veio a ser confirmada ontem, pelo Comando da Polícia da República de Moçambique na cidade de Maputo.
Trata-se de fiéis da igreja que morreram por asfixia, segundo avançou Orlando Mudumane, porta-voz do Comando da PRM na cidade de Maputo.
Correm versões dando conta de mais mortes, mas nenhuma autoridade confirma.
A inauguração do “Cenáculo da Fé”, da Igreja Universal do Reino de Deus, contou com a presença do fundador e dono da igreja, o milionário Bispo Edir Macedo, que se deslocou do Brasil para dirigir as cerimónias..
Segundo relatos da Polícia, os feridos encontram-se no Hospital Central de Maputo a receber tratamentos, enquanto os finados estão na morgue daquela que é a maior unidade sanitária do país. Até ao meio da tarde de ontem, os corpos ainda não haviam sido reclamados pelos respectivos familiares.
Testemunha
Ginoca Nhassengo contou ao Canalmoz que o templo estava muito cheio e era preciso haver muito cuidado na movimentação dos crentes. Realçou que todos os fiéis das dezenas de igrejas da Universal do Reino de Deus, espalhadas pelos municípios de Maputo e Matola, foram convidados para a efeméride.
“Vivo no Alto-Maé e cheguei na igreja às 5 horas, mas já não havia lugar para sentar. Arranjei uma esquina na avenida 24 de Julho e pus-me a sentar a ver o culto na tela gingante. Quando chuviscou, as telas desligaram-se e as pessoas movimentaram-se para próximo do lugar onde eu estava e vi duas pessoas a caírem desmaiadas”, contou a testemunha ao nosso jornal. (Cláudio Saúte)

Imagem: igrejabbereia.blogspot.com

segunda-feira, 21 de março de 2011

TSUNAMI. PARA ALÉM DA FICÇÃO CIENTÍFICA


Durante quase toda a minha vida, sonho de vez em quando com uma imagem que se repete: vejo tudo inundado de água, e no local onde me encontro há apenas um pedaço de terra com uma árvore e algumas rochas visíveis. Para onde olho só vejo água. Não sei explicar a origem de tal visão. Também nunca o confessei a ninguém, mas interpreto-a como uma mensagem não sei vinda de onde. Agora parece que já a entendo, depois do tsunami do Japão. A Terra desaparecerá debaixo de água?
Todas as desgraças que acontecem aos outros povos, os nossos bajuladores incentivadores da destruição de Angola e dos angolanos, juram-nos que as calamidades dos outros nunca aqui chegarão, e que apesar de tudo, com ou sem corrupção, com fome ou sem ela, com miséria ou não, com os desvios dos biliões de dólares, que Angola é um jardim do paraíso, a felicidade eterna dos angolanos. Mas desgraçadamente omitem, ou fingem, que Angola está a ser despedaçada pela chuva intensa, e que aí há uns quatro anos, acho que muito mais, ainda não se refez, reparou, dos estragos das chuvas anteriores.
Luanda, já tem uma central nuclear: que, com os milhares de geradores à deriva, e os milhões de litros de combustíveis armazenados para os abastecer, não me surpreende que a qualquer momento tenhamos uma explosão, que em reacção em cadeia, será equivalente a quantas não sei centrais nucleares. E quando não há energia eléctrica, o que é já também uma instituição nacional, os apagões sucedem-se. A energia eléctrica é de tão baixa qualidade, voltagem insuficiente, os geradores trabalham e enviam fumo tóxico para a atmosfera, quase como uma fuga de radioactividade, que nos mata lentamente. Só isto creio que é suficiente para colocar este governo no TPI, Tribunal Penal Internacional, pois que se estão marimbando para a nossa saúde, se vivemos ou morremos. A única coisa que lhes interessa é a radioactividade do dinheiro do petróleo.
E os padres sempre sintonizados no aproveitamento da miséria inventam, que é um castigo divino porque já ninguém liga aos ensinamentos Dele, do Altíssimo, do Glorioso. E vai daí, Deus castiga com grandes catástrofes quem não o segue. Como é possível viver com um deus assim, tão destruidor, tão vingativo, tão infernal? Vê-se logo que só pode ser uma das muitas estúpidas invenções de homens doentios, maldosos, de oportunistas que querem viver faustosamente, espoliando esmolas dos pobres infelizes a quem impõem o analfabetismo para os subjugarem e escravizarem. Sim, porque só entra no reino dos céus quem é escravo deles.
Não sei se conseguirei dormir esta noite, como nas outras, neste quase quarenta anos de poder cadavérico. De mortos perdidos e pendidos por toda a Angola. E o cortejo fúnebre prossegue. Este poder da morte tem fábricas, e a matéria-prima é as nossas vidas. Assim, amanhã, em mais este campo de concentração nazi, quem conseguirá milagrosamente dele escapar com vida?
«Previsões do Pentágono, (inicialmente relatório muito secreto) por Vera Helena Tanze. vhct@uol.com.br
Fevereiro de 2004. Segundo as previsões mais recentes dum relatório do Pentágono, dão conta que nos próximos 10 a 15 anos o Mundo atravessará um período de grandes transformações planetárias devido a catástrofes com uma intensidade nunca vista pelas alterações climáticas bruscas que poderão ceifar a vida de milhões de pessoas em poucos anos, associados a guerras e conflitos generalizados numa luta desigual pela sobrevivência.»
E lá vem esta realidade ultrapassada do que vimos em filmes de ficção científica. Como se tudo isto fosse um sonho, uma visão, de tal modo que as imagens são de tal intensidade, que o nosso coração, os nossos sentidos desfalecem, porque não querem aceitar a verdade. E depois reconsideramos: estamos fritos, e na pior das perspectivas não escaparemos aos cataclismos que virão a seguir. As notícias recolhidas da imprensa internacional são simplesmente aterradoras, instigam-nos ao pânico. «O maior terramoto da história do Japão. Lugares que há quatro dias estavam nos mapas desapareceram. Rússia assegura que nível de radiação no país é normal. Putin: Especialistas russos descartam «ameaça global» nuclear. O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, afirmou hoje que os especialistas têm a certeza de que as avarias das centrais nucleares no Japão causadas pelo terramoto de sexta-feira não constituem uma «ameaça global» nem representam perigo para o território russo. Reunião urgente em Bruxelas sobre segurança nuclear. Suíça suspende projectos de centrais nucleares. Tóquio pede ajuda à Agência Internacional de Energia Atómica. Explosão em central nuclear pode acontecer na Europa. Os níveis de radiação nas regiões do extremo oriente da Rússia, próximas ao Japão, que enfrenta várias avarias em centrais nucleares após o devastador terramoto de sexta-feira passada, estão dentro das categorias normais, informaram esta segunda-feira as autoridades russas. O incêndio no reator 4 da central nuclear Fukushima 1, a nordeste de Tóquio, libertou substâncias radioativas para a atmosfera, afectando igualmente 30 mil chineses. Fukushima foi já decretada zona de exclusão aérea.»
Quando nos apercebemos que os dias são curtos, é porque atingimos o cume da maturidade. E cada vez mais os dias se nos diminuem, e nós, gastos pelo tempo da idade que parece nos pesa como chumbo. E então, pretendemos realizar num curto espaço de vida o que não conseguimos no longo trajecto que percorremos. Mas mesmo assim não desistimos, e tentamos o ardor final. Fortes ou fracos como o destino? Talvez nunca o saibamos. Viver é sonhar com o inconstante poder que nos desgoverna, nos consome. E os políticos cometem os mesmos erros. Até que já ultrapassaram a escala da idiotice, e nós abandonamo-nos ao sabor das suas políticas sem senso. Até que acabamos na miséria moral, social e económica. Há democracias que nada mais são que um puro descalabro.
Durante o dia fazemos muitos desejos para o outro que não cumprimos. E igualmente no seguinte. Fazemos promessas a nós mesmos que não valorizamos. Não somos honestos com a nossa alma. E lentamente sentimos destruir-nos. E renovamos as promessas a nós mesmos que insistimos em não cumprir. Creio que é a isto o que se chama ainda brincar de viver.
Para quê insistir nos modelos das cidades se lá impera a desordem, o roubo, o crime organizado e as catástrofes ambientais. Andamos sempre no receio de a qualquer momento sofrermos um assalto. Tanta e tenra juventude precocemente desiludida, abatida, perdida. E o nosso coração sofredor observa tanto desamor. O fim das cidades aproxima-se, porque a sua concepção é genial de aberração.
E finalmente tudo se compõe de radioactividade. E como nos compete, inauguramos uma nova era geológica: o homo radioactivus.
«A radiação "não se vê nem se houve, mas os seus efeitos são a largo prazo e danificam a saúde e o meio ambiente durante anos." Assim o descreve as consequências do acidente nuclear ocorrido numa central japonesa, Eduard Rodríguez-Farré, rádio-biólogo do Conselho Superior de Investigações Científicas de Madrid. "No núcleo de um reactor existem mais de 60 contaminantes radioactivos a partir da fusão do urânio, uns de vida muito larga e outros de vida muito curta, mas quase todos têm uma grande afinidade com o nosso organismo e nele se acumulam já que são parecidos com os nossos elementos biológicos", explica o cientista. Entre esses 60 contaminantes, os que têm maiores consequências para a saúde humana são o iodo, o estrôncio 90 e o césio (C-137). "O iodo afecta imediatamente e deixa mutações nos genes, a partir das quais se pode desenvolver logo o cancro da tiróide" recorda que o acidente de Chernobil multiplicou por dez os casos de cancro da tiróide na Europa Central. Por sua vez, "o estrôncio acumula-se nos ossos num mínimo de 30 anos, como se fosse cálcio, e durante anos continua irradiando no organismo; enquanto que o césio fica depositado nos músculos". Estes contaminantes "aumentam o risco de todo o tipo de cancros, especialmente dos ossos, músculos e tumores cerebrais, diminuem a imunidade do organismo e aumentam a capacidade de sofrer outras patologias. Ademais "a radiação altera a reprodução, recordou este médico, membro do Comité Científico dos Novos Riscos para a Saúde da União Europeia, e "afecta mais as mulheres que os homens". A explicação está em que "os espermatozóides regeneram-se totalmente a cada 90 dias e um espermatozóide alterado desaparece nesse período, mas os óvulos estão nos ovários toda a vida, e se um óvulo alterado pela radiação é fecundado posteriormente, haverá malformações no feto, ainda que sejam anos depois". As consequências para o meio ambiente não são menores: "A largo prazo a contaminação nuclear deposita-se no solo e no mar, e se incorpora à cadeia trófica dos peixes, que são a base da dieta no Japão, do resto de animais, das plantas, a fruta, as verduras...". Este processo, argumenta o cientista, "vai-se bio acumulando, quer dizer, vai passando de um ser vivo a outro e vai piorando", e um exemplo disso é o das "milhares de renas que houve que sacrificar no Árctico depois de Chernobil, porque estavam absolutamente contaminadas através dos líquenes que comeram". Com respeito às medidas a tomar para se prevenir da contaminação radioactiva, Rodríguez-Farré assinala que o contacto com a pele se pode eliminar lavando-se com o mesmo zelo que tem um cirurgião quando entra num quirófano: limpando e cepilhando o corpo, o cabelo e as unhas com detergente; e descartando a roupa. O mais complicado é o lutar contra a principal via de contacto com os contaminantes: "A inalação", ante a qual praticamente só são efectivas as pastilhas de iodo como as que as autoridades japonesas estão distribuindo à população. "A tiróide quando está repleta de iodo elimina o que sobra, assim que se te saturas de iodo normal a tiróide – com as citadas pastilhas –, ajudas a que se inalares iodo radioactivo o elimines rapidamente", aclara.»
Desviaram o curso do rio porque é mais importante, gratificante, um hotel construir. Num ápice foi-se a flora e a fauna. A água antes pura beneficiou-se com nódoas humanas. Depressa o trabalho findou e o hotel se inaugurou. E os bajuladores elevavam os mentores e os construtores de tão magnífico empreendimento. Louvavam os dons democráticos dos empréstimos bancários que muito contribuem para o desenvolvimento de uma nação e da civilização. Oh! Como são tão perenes estes tempos democráticos.
O futuro dos nossos investimentos está nos nossos entes queridos. Porque quando eles nos faltarem, sentiremos, veremos que a sua perda é irreparável e insubstituível.
E esta outra catástrofe, curiosamente também num dia 11, para mim é um sério aviso da Natureza que quer extirpar a tal erva daninha, o homem, e vai acabar com a espécie humana nas calmas. O nosso planeta, a partir de agora, nunca mais será o mesmo. E ninguém está imune, especialmente os bajuladores. Preparemo-nos para uma espécie de Big-Bang. É extremamente importante voltarmos às nossas tangas… regressar-mos de onde nunca deveríamos ter saído, a Natureza. Uma das coisas mais bonitas que existe no mundo, é amar uma árvore e tudo o mais que nela se incrusta.
Fontes: diariodigital, elmundo.
upanixade@gmail.com




domingo, 20 de março de 2011

«Angola apóia militarmente e financeiramente Gbagbo » Presidente do Senegal


O Chefe de Estado Senegalês, Abdoulaye Wade, acusou o governo Angolano de dar apoio militar e financeiro ao Laurent Gbagbo, O presidente Gbagbo que recusa deixar o poder após as eleições de Novembro do Ano passado, que deram a vitória ao seu rival Alassane Ouattara, "trata-se da disputa interna entre Laurent Gbagbo e as forças políticas da oposição segundo Wade em entrevista slateafrique.com
De acordo com Wade a Costa do Marfim "entrou numa fase de guerra", mas tudo "depende deLaurent Gbagbo." Tendo em conta a existências de confrontos que "não podemos excluir" o risco de uma guerra civil. "Ninguém gosta de violência, todos nós somos contra a violência, mas no caso da Costa do Marfim, é inevitável."
Se houver intervenção estrangeira, talvez se pudesse evitar esse confronto. Mas, por enquanto, não há ninguém, excepto as forças que apóiam Gbagbo, os angolanos, que ajuda financeiramente e, talvez, militarmente.
"O Ocidente tem de assegurar que nenhuma entrada de armas entra na (Costa do Marfim), pelo ar ou pelo mar, de onde vem, particularmente de Angola ", disse.
Costa do Marfim foi mergulhado numa crise sem precedentes que se opõem incluindo Gbagbo e seu rival Alassane Ouattara que disputam o poder desde o final do segundo turno da eleição, cada um tendo formado seu governo, Gbagbo foi vencedor dada pelo Conselho Constitucional, enquanto o Sr. Ouattara foi eleito pela Comissão Eleitoral Independente.
slateafrique.com/Angola24horas.com

O Bloco Democratico exige a libertação imediata de Francisco Luemba




Francisco Luemba foi detido pela Direção de Investigação Criminal (DNIC) no aeroporto de Luanda, ontem dia 19, cerca das 21h00 e conduzido à prisão quando se preparava para viajar para Portugal por razões de saúde, após 11 meses de prisão.
Segundo o próprio explicou em contacto telefónico, a polícia angolana alega que Luemba estaria interdito de viajar pelo facto de estar implicado no atentado contra a equipa do Togo durante o Campeonato Africano das Nações CAN2010.
O Bloco Democratico exige a libertação imediata e incondicional do advogado Francisco Luemba, vítima de perseguição impiedoso do regime angolano pelo facto de ser um actvista pelos direitos humanos em cabinda.
Contudo, o membro da ordem dos Advogados de Angola e ativista de Cabinda foi absolvido por decisão do Tribunal Constitucional, após um processo polémico em que acabariam por ser retiradas as acusações iniciais que contra ele impendiam e depois da Assembleia Nacional ter alterado a lei nº7/78, dos Crimes Contra a Segurança do Estado.
O ativista, membro da extinta ‘MPalabanda’ organização cívica de Cabinda, esteve preso durante onze meses e foi libertado em dezembro do ano passado.
O advogado é o autor do livro “O Problema de Cabinda Exposto e Assumido à Luz do Direito e da Justiça” editado em 2008 pela Papiro Editora.
Angola24horas.com

sábado, 19 de março de 2011

Todo o ditador é um desastre genético. O único remédio para a sua cura é o grande faroeste final, matagal.


O maior erro dos ditadores consiste no convencimento de que as suas fortunas pessoais e as das suas famílias compram, vendem e pagam tudo. Nenhuma voz se lhes pode elevar, denunciar o opróbrio, o contra o eliminar fisicamente dos que não desejam mais rastejar na imundície que lhes é característica.
Empedernidos, decidem a todo o momento quem deve ou não viver, quem mais não andar pela face da Terra. Os países cujas populações tiranizam são como atiradores furtivos que matam qualquer um impunemente. Onde não existirem campos semeados de cadáveres, eles de imediato tratam disso. Porque tudo é deles, e acreditam doentiamente que eternamente assim tudo ficará. Para cada tubarão, uma solução. A agonia do espectro final está finalmente sazonal.

«O Regime Criou Uma Imagem De Diabolização Contra O General Numa – Justino Pinto De Andrade
Luanda – O catedrático e também líder político, no seu habitual exercício de análise e comentários sobre o conteúdo dos diversos jornais todas as segundas- feiras na Rádio Ecclésia, desta vez (28 de Fevereiro) quebrou o gelo e surgiu em dupla função: cunha e coroa, para dar luz e corpo a controvérsia perigosa gerada em torno de falsos argumentos, urdidos por governantes naquilo que se pode considerar um abuso de poder, que visam confundir a opinião pública nacional e internacional, justificar matanças e prisões, face as reivindicações legítimas dos angolanos que fazem uso dos direitos que conferem a Constituição angolana, desta feita o direito a manifestar.

*Félix Miranda
Fonte: Folha8/Radio Ecclesia Cllub-k-net

Segundo o que se pode ler no interior desta conversa conduzida pelo nosso colega Manuel Vieira e que os nossos serviços de escuta captaram e com o devido respeito retomamos parter, Justino Pinto de Andrade, sem evasivas, desnaturado e visivelmente agastado com o estado de coisas, teceu duras críticas àqueles que se pretendem donos de Angola e de todos. Capitalizando sobre o episódio Kamalata Numa, JPA mais adiante disse: - Criou-se uma imagem de diabolização. Escolheu-se a figura do Numa e transformou-se num Lobo-mau, no Homem do saco e penso que isto de facto não é correcto. Não me parece que haja alguma legislação neste país que impeça algum deputado de dizer que parou de comer ou que não concorda com uma prisão que ele ache ilegítima. Se o Numa deve ser chamado à pedra pelo facto de ter feito greve de fome diante de uma esquadra policial, porquê que Dino Matross não deve ser chamado à pedra porque ameaçou repressão sobre hipotéticos manifestantes? Há uns que têm direito de fazer e dizer o que querem e há outros que têm apenas que bater palmas?!

Instado a se pronunciar sobre a manifestação do dia 7, o também Decano da Faculdade de Economia da Universidade Utanga dizia:

Justino Pinto de Andrade – O que vai acontecer, se acontecer. Está-se a ver a hipótese de haver manifestação dia 7 de Março, de acordo notícias que vão correndo por aí e que geraram algum nervosismo ao nível das pessoas ligadas ao poder. É evidente que também tenho notícias desta convocatória anónima de manifestação, embora ao nível dos jornais já se apresenta um nome, mas a mim parece-me que é fictício. É um indivíduo que se apresenta com um nome que junta os nomes de Agostinho Neto, Holden Roberto, Jonas Savimbi e Eduardo dos Santos. A pessoa não deu o rosto, escondeu-se por detrás de um suposto nome, mas de qualquer forma, ousou convocar a população de Angola para uma suposta manifestação a ter lugar no dia 7 de Março. É evidente que isto criou receios junto de algumas pessoas que receberam estas mensagens, mas sobretudo criou algum nervosismo junto do poder. É normal que tenha criado receios junto da população porque a população sabe perfeitamente que as manifestações que não são de agrado, de apoio, de felicitações, não são bem-vindas. Mesmo até coisas inofensivas. Recordo-me que há um tempo atrás, um conjunto de senhoras quis organizar uma manifestação de apoio a lei contra a violência doméstica, foram reprimidas no Largo 1º de Maio pela polícia, inclusivamente algumas foram parar à Esquadra da polícia. E era uma manifestação perfeitamente pacífica que até estava a apoiar a aprovação eminente de uma lei contra a violência doméstica. Significa que neste país, pelo menos ao nível dos órgãos dirigentes, não há a aceitação do princípio da manifestação embora este princípio esteja consagrado na nossa legislação a começar pela Constituição que contempla o direito legitimo dos cidadãos de forma organizada e pública manifestarem a sua vontade. Depois existe legislação mais concreta que trata das condições que o direito à manifestação deve ser exercido.

Manuel Vieira – Hoje é uma tese fundada em se ter receios de uma manifestação deste caris?

JPA – Não me diga que, quando foi das senhoras sobre a lei da violência doméstica tinham receio que o governo caísse naquela altura. Não é um problema do carácter da manifestação, é do princípio. As pessoas não aceitam a manifestação, os governantes, os órgãos de polícia, os políticos não aceitam o direito à manifestação. Só aceitam o direito à manifestação, quando for de apoio.

Esta das senhoras tinha rosto. Esta suposta manifestação, não tem rosto.

Temos que falar concretamente desta suposta manifestação. Digo suposta porque tenho dúvida se efectivamente haverá tal manifestação, por causa do receio que as pessoas têm. Não é porque as pessoas não tenham vontade de manifestar. As pessoas sabendo o carácter repressivo do regime, seguramente não estarão dispostas a serem recebidas a bala só porque se juntaram num sítio qualquer e disseram que estavam em desacordo com a governação. Além disso também, as coisas foram feitas com uma antecedência tal que todo o mundo está prevenido. Há já um contra-ataque também de pessoas anónimas que puseram a circular umas duas mensagens precisamente em sentido contrário, inclusivamente uma delas atribui a responsabilidade desta manifestação a UNITA em si e ao senhor Numa, Secretário-geral em particular.

Isso não faz sentido, entrarmos nesta lógica acusatória porque ninguém me consegue provar salvo não me tenha apercebido que esta manifestação tenha sido convocada pela UNITA. Porque o seu porta-voz, a pessoa que está autorizada a falar em seu nome, o Alcides Sakala, ele próprio disse que não faria sentido a manifestação, dado que poria em perigo o processo de paz e reconciliação nacional. Portanto, as pessoas estão no direito de convocar e fazer a manifestação, um direito consagrado constitucionalmente, o Estado que devia fazer caso as pessoas viessem a rua, era garantir que a manifestação se processasse de forma pacífica por forma a não criar incidentes de maior, porque a experiência está a mostrar-nos que quando se reprime ainda é pior. E parece-me que o Secretário-geral do MPLA, Dino Matross, ainda lançou mais achas na fogueira. Para já não tem o direito de falar naquelas condições porque ele é Secretário-geral de um Partido político ele não é um órgão do Estado. Se efectivamente havia intenção de se fazer manifestação contra o poder, não é ao Secretário-geral de um partido que compete vir declarar sob forma ameaçadora que as pessoas não podem fazer aquela manifestação. Por outro lado também o Presidente da Bancada Parlamentar do MPLA teve exagero de linguagem na forma como abordou a questão, inclusivamente apontando o dedo à UNITA e ao PRS. Usou uma linguagem um bocadito rasteira, pouco apropriada. Esta forma de reacção quer do Secretário-geral do MPLA, quer do presidente da Bancada do MPLA, para além de exagerada ainda alimentou mais os receios que as pessoas têm e sobretudo mostrou que a cultura democrática não faz parte dos hábitos de muita gente. Há uma série de pessoas que estão de costas viradas para as liberdades democráticas.

As pessoas têm direito a manifestar-se e sobretudo também mostrou que algumas dessas pessoas não aprenderam com aquilo que está a acontecer no mundo. Ali onde a repressão foi maior, a reacção também foi maior. Quando começaram as manifestações na Jordânia, o Rei imediatamente interveio, tomou uma posição e descomprimiu o ambiente. Fez algumas concepções, ouviu as pessoas, deixou que tivessem manifestado, ouviu o que elas tinham para dizer e fez as concertações necessárias. No caso concreto dos outros países onde a repressão policial foi cega, os governos caíram. Inclusivamente estamos numa situação de quase guerra civil na Líbia porque o ditador da Líbia também agiu em sentido contrário àquilo que devia ter feito. Para já não admitiu que está há 42 anos no poder e que isso não faz sentido. 2° - Que o poder não é instrumento para uso pessoal, seja para quem for. E quando as pessoas não percebem que o poder não deve ser usado dessa maneira, é evidente que reagem da maneira como reagiram, depois tem as consequências que tem.

Em termos de cautela, o que aconselha aos cidadãos?

Aconselho é a policia, aconselho às autoridades.

Ou aos cidadãos para que não embandeirem.

Não me compete à mim dizer as pessoas que não devem fazer manifestação. As pessoas têm um direito consagrado na lei. Posso achar conveniente ou não, mas isso é uma questão subjectiva, é um problema do Justino como pessoa. Agora que as pessoas possam usar este direito a manifestar-se, eu não tenho o direito de dizer que não porque sei perfeitamente que neste país, as manifestações que não são de apoio, são geralmente contrariadas e reprimidas. O que devo dizer é as autoridades que apliquem na prática aquilo que a lei consagra. Que não reprimam as pessoas que saem à rua para manifestar, que protejam as pessoas porque essas pessoas são tão angolanas como aquelas que saem à rua para apoiar. Se as pessoas podem sair à rua para apoiar, há outros também que saem à rua para manifestar seu desagrado. O conselho que dou às entidades políticas, que oiçam o povo, tenham a coragem de ouvir coisas que não vos agrada, precisamente para poderem avaliar o sentimento popular. Porque é muito bonito convocar as manifestações de apoio, bandeiras e todo o carnaval que geralmente acompanha estas manifestações, fica-se com a sensação de se estar a fazer tudo bem e as vezes nos esquecemos que estas pessoas saíram à rua porque foram mobilizadas às vezes até de forma incorrecta. Há manifestações que são mobilizáveis através da atracção da bebida, as chamadas maratonas e as pessoas ficam com a sensação que estão a agir perfeitamente, que toda a gente está de acordo, quando na realidade as coisas não são assim. É bom que o poder perceba que a pior coisa que pode fazer é reprimir. Se o poder não reprimir, as pessoas ficam consignadas no local, há palavras de ordem, há intervenções públicas, nós cá de fora ouvimos o que estão a dizer, percebemos a mensagem, podemos estar de acordo ou em desacordo. Penso que assim seria correcto, é assim que se faz em democracia e quando as pessoas não percebem que a democracia é sobretudo liberdade, naturalmente que não podem dirigir de forma democrática um país.

MV – O Jornal a Capital fala de “Numa” como sendo Inimigo Público n° 1. Discorda desta posição? A vida política ficou com alguma ebulição nesta semana em pleno parlamento, o que reputamos de normal em democracia.

Não sei porquê que um deputado, não pode fazer uma greve de fome.

MV – Está na greve de fome, no eventual incitamento a violência.

Mas quem é que diz que o Numa incitou à violência, o MPLA tem que provar isso. Penso que estamos a entrar numa lógica que não vai conduzir a melhoria do nosso debate político, que devia ser feito em torno das ideias e de propostas e projectos que cada um tem. Estamos novamente a voltar nos anos de 1990/91 em que as pessoas são a partida tachadas com um rótulo e não se discute ideias, é a figura do bom e do mau. Penso que a política não é feita por bons e por maus, é feita por pessoas normais. Pessoas que têm ideias contrárias de quem recebem o acordo destes ou o desacordo daqueles. E julgo que esta forma de fazer política que no fundo é a forma que agrada aos partidos tradicionais é muito ínvia, porque em vez de estarmos a discutir projectos e fazer críticas correctas à acção governativa estamos a criar a figura do bom e do mau. Agora o escolhido foi o NUMA, que teve uma reacção que foi face a prisão que ele achou injusta do seu correligionário no município do Bailundo ele terá assentado arraiais em frente a Esquadra da polícia para exigir libertação do seu correligionário.

Não me parece que tenha usado violência. Ele teve uma reacção que me parece perfeitamente normal que é o direito a indignação. Não foi ninguém que foi lá ao estômago do NUMA tirar comida. A partir daí, criou-se uma imagem de diabolização. Escolheu-se a figura do Numa e transformou-se num Lobo-mau, no Homem do saco. Penso que isto de facto não é correcto. Não me parece que haja alguma legislação neste país que impeça algum deputado de dizer que parou de comer ou que não concorda com uma prisão que ele ache ilegítima. Assim como hoje temos o Dino Matross que me parece que é deputado do MPLA, se o Numa deve ser chamado à pedra pelo facto de ter feito greve de fome em frente de uma esquadra policial, porquê que Dino Matross não deve ser chamado à pedra porque ameaçou repressão sobre hipotéticos manifestantes? Há uns que têm direito de fazer e dizer o que querem e há outros que têm apenas que bater palmas! Não me parece que esta seja uma atitude equilibrada. Se Dino Matross fez aquilo e eu estou aqui a condenar publicamente suas palavras, é porque exagerou na linguagem, intimidou as pessoas e abusou de um direito porque enquanto Secretário-geral do MPLA, não pode pôr forças na rua, não pode falar em repressão, porque o Secretário-geral do MPLA, fala em organização do MPLA, não fala em repressão. O MPLA não tem forças militares, nem forças policiais, as forças militares e as forças policiais são do Estado. Ele não pode fazer este tipo de abordagem. Mas não me parece até agora que alguém tenha vindo dizer que Dino Matross vai ser chamado a pedra, mas é deputado também como o Numa e fez uma ameaça pública contra aqueles que se manifestarem publicamente. Mas contudo, o Numa parece-me que decorre apenas do facto de ter feito greve de fome, de se ter colocado em frente de uma Esquadra policial e exigir a libertação do seu correligionário; ameaça-se levá-lo em Tribunal e a perder o cargo. Gostaria de ver a parte final, seria ridículo em qualquer parte do mundo, era uma vergonha para este país, até porque ele é eleito e não é assim que se tira o cargo à uma pessoa que usou de um direito que está consignado na Constituição e na Lei Ordinária.

A Comissão de Ética e do Quórum parlamentar ainda não se pronunciou!

Devia ter assuntos mais sérios para tratar. Acho que a Comissão da Ética e do Quórum parlamentar tem seguramente matéria muito mais substantiva do que estarem a perseguir uma pessoa que se sentou em frente de uma Esquadra a dizer que não quero comer mais porque o meu colega está aí preso.

Já que tudo aconteceu no Huambo, é notícia Faustino Muteka. Segundo o “Novo Jornal”, é o fim da linha, será substituído por Sílvio Peixoto que durante muitos anos foi o secretário da presidência da República.

Estamos no domínio das hipóteses, não sei qual é a fonte do Novo Jornal, acredito que eles tenham fonte segura e parece-me que tudo decorre do facto em haver um desacerto entre a condição de Faustino Muteka enquanto 1° Secretário do MPLA na província do Huambo e a sua condição de Governador provincial. Creio também que esta situação que aconteceu agora tenha maculado um pouco a sua imagem que agiu de maneira partidária nas vestes governamentais. Esta forma de agir, volta e meia confunde as coisas. Penso que o problema não é propriamente o governo e a figura partidária, tem mais a ver com a personalidade das pessoas. Aí é que as coisas ficam mais complicadas, quando as pessoas são um bocado atreitas ao trungungo como se diz entre nós, quando as pessoas reagem intempestivamente, às vezes até de forma quase irreflectida, perante situações que podiam até ter um outro tratamento. Parece-me que esta é uma das práticas reiteradas de Faustino Muteka o que estará a criar alguns problemas à imagem do seu próprio partido no Huambo.

Sobre a realidade de Cuba, Fidel de Castro, Raul e das hipotéticas mudanças, JPA, disse que não acredita em regimes que eram ditatoriais e de um dia para o outro dizem que são democratas, sobre isso foi peremptório em relembrar: a Democracia não pode ser feita pelos velhos ditadores.

Falaram de entre outros sobre a Líbia e Kadhafi, o facto dos seus aliados lhe terem virado nitidamente as costas, inclusive alguns dos seus dirigentes, e a acusação que pesa sobre ele de que poderá ir ao TPI pelo facto de ter utilizado meios desproporcionais para conter a revolta e muita gente ter morrido em consequência.

JPA, tal como tem vindo a citar, não poupou verbos para caracterizar a conjuntura: – Só não dava conta que Kadhafi para além de ditador é um desequilibrado quem usa óculos escuros e deixa de ver a luz do dia. Para além de ditador, uma concepção da sociedade e do Estado errada, é um homem desequilibrado e agora começam a vir notícias das pessoas próximas dele que demonstram que o homem não batia bem da bola como se diz. Um dos seus colaboradores no passado, diz que ele tinha escassas duas horas por dia que estava fora dos efeitos das drogas. Um país não pode ser dirigido por um maluco, um drogado. Os ditadores a certa altura entram numa paranóia tremenda. No caso concreto do Kadhafi, está 42 anos no poder, pensa que ainda tem mais alguma coisa que fazer. Vai fazer mais o quê? O que é que um individuo que fica 20; 30; 40 anos no poder pode apresentar aos seus concidadãos como novidade. A única novidade é de que vai continuar a destruir. Kadhafi só se manteve no poder até agora por duas razões: por um lado porque é um ditador; 2° Porque a Líbia tem dinheiro, fruto do petróleo e é o petróleo que move a Líbia, as conexões dos interesses, as fidelidades, as relações internacionais. Há uma questão que as pessoas têm de tomar em conta: um presidente que ordena a destruição de um avião com inocentes, é um assassino, não é um presidente. O homem próximo dele, julgo ser o ministro da justiça diz que tem provas de que ele ordenou pessoalmente a explosão do avião da PANAM em Lokerbie (Escócia). Para JPA: o fim dos ditadores está a chegar, uns chegam mais cedo do que outros. Mas o mundo do futuro será um mundo de liberdade, não de ditadores com sorrisos ou com cara trancada como é o caso do Kadhafi. Hoje fica mais claro que aquele muro caiu, o muro que protegia a corrente. Cai o Kadhafi, caem os outros todos. Até no Iraque já há manifestações pró democracia, fala-se também da China. Estamos perante uma situação nova no mundo. É evidente que isto vai criar alguma instabilidade; mas, mais vale termos alguma instabilidade durante certo tempo e termos felicidade depois, do que estarmos a viver esta ilusão destes regimes que não dão liberdade aos seus povos. Acho eu que todos os ditadores encapotados ou não deviam fazer a leitura desta altura que estamos a viver no mundo porque outros muros irão cair.»