terça-feira, 27 de março de 2012

Justiça no Huambo admite funcionários ao aparelho do estado sem o cumprimento da lei (concurso público)


Fonte: Ana Guli
Um grupo de pessoas seleccionadas por afeição e por via de pagamento, foram treinadas durante três dias na sala técnica dos serviços de identificação do huambo, cita na rua 5 de Outubro alguns metros da Angop - Huambo. Segundo informações fidedignas, cerca de 20 pessoas incluindo a Sra. Mayó, nora do actual Delegado do Ministério da Justiça o Sr. Estevão Pedro, que supervisionou a equipa que treinou os jovens e também pediu sigilo absoluto da formação que os jovens recebiam.
O recrutamento teve como base a selecção de filhos e familiares de alguns dirigentes e empresários locais, para que no acto da abertura do concurso publico como tal, os 20 jovens que até já sabem onde e como vão trabalhar, apenas se façam presentes cumprindo formalidade; deixando assim os pobres e menos influentes a sua sorte, obrigando-os a gastar o pouco que têm para juntar documentos necessários para se inscrever ao tal concurso fictício.
Sabe-se que encabeçou a comissão de recrutamento e cobrança de dinheiros que chegaram a soma dos 2.000,00 USD por vaga, o Sr. Estevão Pedro (Delegado da Justiça no Huambo) coadjuvado pelo Sr. Adão Bilhete (Funcionários dos Serviços de Identificação no Huambo) e outros funcionários de confiança do Delegado Provincial da Justiça. Sabe-se também que os já funcionários da Justiça ora seleccionados, vão trabalhar no SIAC e nos Sete municípios conforme veicula-se na rádio estatal local, alegando que virá uma equipa de Luanda com objectivo de treinar o pessoal a ser admitido no concurso público que brevemente estará aberto, o que não passa de uma simples simulação de concurso.
Com estes factos, vê-se claramente que é este o sistema fraudulento que tem estado a vigorar para a selecção de pessoas para a função pública e também no ingresso as universidades, como temos estado a assistir nos últimos tempos. Assim, quebra-se a célebre frase, de que o MPLA é o Povo e o Povo é o MPLA, porque se assim fosse, o MPLA trabalharia para a satisfação das necessidades do próprio POVO, ao invés de brincar com o povo, como fazem nos concursos públicos e ingresso a universidade.
Como cidadã Angolana, me vi na obrigação de divulgar tais factos, que nada abonam para a Democracia e transparência que tanto se invocam que o país está a caminhar. Pretendo também que por via disso, as entidades competentes como a Procuradoria Geral da República e o próprio Governador Provincial do Huambo, se encarreguem de investigar e responsabilizar os culpados.


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