Luanda - A Convergência Ampla não é um partido político, nem se vai constituir como tal nesta legislatura, ela é sim uma coligação de partidos políticos cujo objecto principal é engrossar as alternativas da oposição, numa ampla frente contra o “status quo”, vingou Lindo Bernardo Tito, quando no dia 20 de Março anunciou a data de 02 e 03 de Abril, como da realização do conclave de proclamação da CASA.
*Kuiba Afonso
Fonte: Folha8 Club-k.net
Em nome da comissão instaladora da CASA, o político destacou que a coligação "representa quatro partidos políticos e independentes que querem contribuir para salvar Angola e resgatar os angolanos da falta de esperança, pese não estarem actualmente representados no parlamento e integgrarem os POC’s, acreditamos que unidos neste projecto, poderemos, se houver transparência nas eleições alterar radicalmente, o espectro da política angolana".
O congresso constitutivo, segundo o AMC, um dos promotores da CASA, realizar-se-á, caso não haja obstrução de última hora no Centro de Convenções do Talatona, nos próximos dias 02 e 03 de abril, e estarão presentes 690 delegados, um terço dos quais oriundos de Luanda e os restantes das outras 17 províncias, para além de 200 convidados nacionais e estrangeiros. "Começámos a trabalhar neste projeto há dois, três meses, por isso não é de admirar que tenhamos já delegados ao congresso", sublinhou Bernardo Tito, que assegurou que, no dia seguinte à reunião, "Angola e os angolanos não vão acordar da mesma maneira".
“A tese de a CASA ser uma bolsa acolhedora de dissidentes da UNITA não colhe, porquanto a coligação é integrada, não só por um amplo espectro de forças políticas, como de intelectuais de matizes e convicções ideológicas diferentes, irmanados no objectivo iniciado por forças políticas como a UNITA, a FNLA, o PRS, o PDP-ANA, o PP, o BD e as demais de emprestar um novo rumo a Angola”, disse Kalunda Ebo da comissão instaladora da CASA, visando dissipar dúvidas e especulações.
Para este membro a CASA apenas tem uma comissão instaladora da CASA, “ainda não temos uma direcção, nem um líder, o que acontecerá depois do nosso convênio, em Abril. Até lá outras formações poderão integrar a nossa coligação, para além de, a partir da próxima semana começarmos a entabular reuniões de apresentação e explicação dos nossos objectivos as utras forças políticas, com e sem assento parlamentar”.
Na opinião deste nóvel político a oposição verdadeira deve “estar unida, pese as diferenças, pois são menores as razões que nos dividem do que as que nos unem. Nós nascemos como uma coligação de partidos, com um objecto concreto: a tomada do poder, mas estamos cientes que nesta empreitada precisamos da união de toda a oposição e dos grandes partidos tradicionais como a UNITA e a FNLA”.
Quanto as mais recentes critícas da UNITA e a censura na Rádio Despertar, sobre a CASA, esclareceu: “é normal que isso aconteça, pois somos uma força nascente, com alguma vigorosidade e isso, port vezes, pode levantar várias interpretações, mas nós, temos um grande respeito pela UNITA e sua actual direcção. Eles são o maior partido da oposição e um dos pais da democracia, em Angola que não podem ser minimizados, pois seria um suicídio. Eles não são nossos inimigos, serão nossos adversários e talvez aliados, pois o objectivo final é o mesmo; derrubar a corrupção instalada no poder que corroi o país”.
Em relação a outro assunto sensdível como do capital financeiro, o político remeteu a resposta para um dos promotores da CASA que é o AMC – Amplo Movimento de Cidadãos-, “pois a nós compete organizar e estruturar a acção política, com base nos meios que forem sendo colocados a nossa disposição para cumprimento do objectivo a que nos propusemos. E para isso, muitos de nós tem juntado também as suas parcas economias”.
Por sua vez, Lindo Bernardo Tito, não deixou de expressar a sua convicção de, afastada a fraude e com uma Comissão Eleitoral Independente, a “CASA vai ganhar as eleições gerais previstas para Setembro” e deu como prova da adesão popular o facto de 40 por cento dos 163 municípios do país terem já estruturas da CASA montadas. "Isto é assustador e mesmo surpreendente para todos nós", reconheceu, “mas daqui a dois meses teremos uma cobertura total dos municípios e comunas”.
Além de eleger os órgãos de direção da coligação, vai ser eleito também o seu presidente, que poderá ser ou não Abel Chivukuvuku a concorrer isoladamente, bem como será debatido e aprovado os estatutos, o manifesto político, que constitui o programa mínimo de governação e o programa de acção da CASA, antes e depois das eleições”.
Recorde-se que o AMC garantiu, recentemente, ter um plafond, caso haja outros candidatos, para que se realizem primárias internas visando eleger-se entre as bases dos partidos da coligação o candidato que conseguir passar melhor as suas ideias, projecto e solução para a liderança da CASA e do país.
À pergunta se outros partidos da oposição, como o Bloco Democrático e o Partido Popular, ambos também sem representação parlamentar e que ganharam notoriedade recente pelo apoio que deram às manifestações antigovernamentais em Luanda e Benguela, poderão vir a aderir à CASA, Bernardo Tito limitou-se a responder, “serão sempre bem vindos, mas actualmente, ainda não se realizaram contactos mais profundos nesse sentido, o que não significa que não possam ocorrer, acrescentando que tanto partidos como cidadãos são livres de aderirem à plataforma. "Se manifestarem intenção e aderirem são bem-vindos. Não fechamos a porta a ninguém", disse Bernardo Tito.
Relativamente à UNITA, maior partido da oposição, e que a imprensa estatal angolana tem destacado como estando a "sofrer uma sangria" de dirigentes e quadros que anunciam a adesão a CASA, instado a comentar se existe possibilidade de criação de uma frente comum eleitoral contra o MPLA; partido no poder, Bernardo Tito respondeu que a coligação "está disponível para cooperar com todos os partidos de Angola e a suposta sangria é mais uma manobra do partido no poder para dividir a oposição, pois a imprensa estatal, controlada exclusiva e abusivamente é que fala disso, quando a CASA visa os cidadãos e tem na UNITA, um verdadeiro aliado e parceirto na nossa luta comum. Podemos não estar de acordo em muitos pontos de vista, mas no derrube da ditadura encapotada, acredito pensarmos da mesma forma". Igualmente em “relação a FNLA, PRS, BD, PP e PDP-ANA e outros nós estamos unidos e solidários.
Leonel Gomes, secretário-executivo da comissão instaladora da CASA, interveio igualmente na conferência de imprensa, e criticou a política de entrada de cidadãos estrangeiros no mundo laboral angolano, designadamente o fluxo de cidadãos chineses que "ocupam postos de trabalho que deviam ser entregues aos angolanos".
"Salvar Angola e os angolanos é trazer para este país um governo que tenha no epicentro das suas preocupações o cidadão nacional. É preciso, e dizemo-lo aqui, assumimos sem medo de errar, para cavar buracos não precisamos do chinês. Temos um exército de desempregados muito grande (...) O número de desempregados é excessivo em termos de compreensão humana e em termos de governação responsável", vincou.
A China é atualmente o maior cliente do petróleo angolano, com uma quota superior a 30 por cento do total da produção comercializada pela Sonangol, a empresa estatal angolana do setor petrolífero.
* Com agências
*Kuiba Afonso
Fonte: Folha8 Club-k.net
Em nome da comissão instaladora da CASA, o político destacou que a coligação "representa quatro partidos políticos e independentes que querem contribuir para salvar Angola e resgatar os angolanos da falta de esperança, pese não estarem actualmente representados no parlamento e integgrarem os POC’s, acreditamos que unidos neste projecto, poderemos, se houver transparência nas eleições alterar radicalmente, o espectro da política angolana".
O congresso constitutivo, segundo o AMC, um dos promotores da CASA, realizar-se-á, caso não haja obstrução de última hora no Centro de Convenções do Talatona, nos próximos dias 02 e 03 de abril, e estarão presentes 690 delegados, um terço dos quais oriundos de Luanda e os restantes das outras 17 províncias, para além de 200 convidados nacionais e estrangeiros. "Começámos a trabalhar neste projeto há dois, três meses, por isso não é de admirar que tenhamos já delegados ao congresso", sublinhou Bernardo Tito, que assegurou que, no dia seguinte à reunião, "Angola e os angolanos não vão acordar da mesma maneira".
“A tese de a CASA ser uma bolsa acolhedora de dissidentes da UNITA não colhe, porquanto a coligação é integrada, não só por um amplo espectro de forças políticas, como de intelectuais de matizes e convicções ideológicas diferentes, irmanados no objectivo iniciado por forças políticas como a UNITA, a FNLA, o PRS, o PDP-ANA, o PP, o BD e as demais de emprestar um novo rumo a Angola”, disse Kalunda Ebo da comissão instaladora da CASA, visando dissipar dúvidas e especulações.
Para este membro a CASA apenas tem uma comissão instaladora da CASA, “ainda não temos uma direcção, nem um líder, o que acontecerá depois do nosso convênio, em Abril. Até lá outras formações poderão integrar a nossa coligação, para além de, a partir da próxima semana começarmos a entabular reuniões de apresentação e explicação dos nossos objectivos as utras forças políticas, com e sem assento parlamentar”.
Na opinião deste nóvel político a oposição verdadeira deve “estar unida, pese as diferenças, pois são menores as razões que nos dividem do que as que nos unem. Nós nascemos como uma coligação de partidos, com um objecto concreto: a tomada do poder, mas estamos cientes que nesta empreitada precisamos da união de toda a oposição e dos grandes partidos tradicionais como a UNITA e a FNLA”.
Quanto as mais recentes critícas da UNITA e a censura na Rádio Despertar, sobre a CASA, esclareceu: “é normal que isso aconteça, pois somos uma força nascente, com alguma vigorosidade e isso, port vezes, pode levantar várias interpretações, mas nós, temos um grande respeito pela UNITA e sua actual direcção. Eles são o maior partido da oposição e um dos pais da democracia, em Angola que não podem ser minimizados, pois seria um suicídio. Eles não são nossos inimigos, serão nossos adversários e talvez aliados, pois o objectivo final é o mesmo; derrubar a corrupção instalada no poder que corroi o país”.
Em relação a outro assunto sensdível como do capital financeiro, o político remeteu a resposta para um dos promotores da CASA que é o AMC – Amplo Movimento de Cidadãos-, “pois a nós compete organizar e estruturar a acção política, com base nos meios que forem sendo colocados a nossa disposição para cumprimento do objectivo a que nos propusemos. E para isso, muitos de nós tem juntado também as suas parcas economias”.
Por sua vez, Lindo Bernardo Tito, não deixou de expressar a sua convicção de, afastada a fraude e com uma Comissão Eleitoral Independente, a “CASA vai ganhar as eleições gerais previstas para Setembro” e deu como prova da adesão popular o facto de 40 por cento dos 163 municípios do país terem já estruturas da CASA montadas. "Isto é assustador e mesmo surpreendente para todos nós", reconheceu, “mas daqui a dois meses teremos uma cobertura total dos municípios e comunas”.
Além de eleger os órgãos de direção da coligação, vai ser eleito também o seu presidente, que poderá ser ou não Abel Chivukuvuku a concorrer isoladamente, bem como será debatido e aprovado os estatutos, o manifesto político, que constitui o programa mínimo de governação e o programa de acção da CASA, antes e depois das eleições”.
Recorde-se que o AMC garantiu, recentemente, ter um plafond, caso haja outros candidatos, para que se realizem primárias internas visando eleger-se entre as bases dos partidos da coligação o candidato que conseguir passar melhor as suas ideias, projecto e solução para a liderança da CASA e do país.
À pergunta se outros partidos da oposição, como o Bloco Democrático e o Partido Popular, ambos também sem representação parlamentar e que ganharam notoriedade recente pelo apoio que deram às manifestações antigovernamentais em Luanda e Benguela, poderão vir a aderir à CASA, Bernardo Tito limitou-se a responder, “serão sempre bem vindos, mas actualmente, ainda não se realizaram contactos mais profundos nesse sentido, o que não significa que não possam ocorrer, acrescentando que tanto partidos como cidadãos são livres de aderirem à plataforma. "Se manifestarem intenção e aderirem são bem-vindos. Não fechamos a porta a ninguém", disse Bernardo Tito.
Relativamente à UNITA, maior partido da oposição, e que a imprensa estatal angolana tem destacado como estando a "sofrer uma sangria" de dirigentes e quadros que anunciam a adesão a CASA, instado a comentar se existe possibilidade de criação de uma frente comum eleitoral contra o MPLA; partido no poder, Bernardo Tito respondeu que a coligação "está disponível para cooperar com todos os partidos de Angola e a suposta sangria é mais uma manobra do partido no poder para dividir a oposição, pois a imprensa estatal, controlada exclusiva e abusivamente é que fala disso, quando a CASA visa os cidadãos e tem na UNITA, um verdadeiro aliado e parceirto na nossa luta comum. Podemos não estar de acordo em muitos pontos de vista, mas no derrube da ditadura encapotada, acredito pensarmos da mesma forma". Igualmente em “relação a FNLA, PRS, BD, PP e PDP-ANA e outros nós estamos unidos e solidários.
Leonel Gomes, secretário-executivo da comissão instaladora da CASA, interveio igualmente na conferência de imprensa, e criticou a política de entrada de cidadãos estrangeiros no mundo laboral angolano, designadamente o fluxo de cidadãos chineses que "ocupam postos de trabalho que deviam ser entregues aos angolanos".
"Salvar Angola e os angolanos é trazer para este país um governo que tenha no epicentro das suas preocupações o cidadão nacional. É preciso, e dizemo-lo aqui, assumimos sem medo de errar, para cavar buracos não precisamos do chinês. Temos um exército de desempregados muito grande (...) O número de desempregados é excessivo em termos de compreensão humana e em termos de governação responsável", vincou.
A China é atualmente o maior cliente do petróleo angolano, com uma quota superior a 30 por cento do total da produção comercializada pela Sonangol, a empresa estatal angolana do setor petrolífero.
* Com agências
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