Lisboa – O dossiê sobre o pedido de reconhecimento de uma filha do Primeiro Presidente de Angola, Antonio Agostinho Neto, com uma cidadã búlgara Radka Marinova está, desde Abril de 2001, nas mãos da Ministra da Justiça, Guilhermina Prata, tendo observado atraso por supostas interferências de Maria Eugenia Neto, a viúva opositora do processo.
Fonte: Club-k.net
Ministra da Justiça foi ameaçada por Eugenia Neto
No primeiro semestre de 2011, a cidadã búlgara com residência na Inglaterra, Mihaela Radkova Marinova endereçou uma missiva a Ministra da Justiça, Guilhermina Prata dando a conhecer o seu historial e a requer reconhecimento das autoridades angolanas, a luz do artigo 184 da lei de família de Angola.
Há 30 de Março de 2011, a mesma teve um encontro de cortesia com a então embaixadora angolana em Londres, Ana Maria Carreira tendo esta cidadão reiterado o que havia escrito para a Ministra Guilhermina Prata. entretanto, há 5 de Abril, do mesmo ano, a diplomata reportou ao Ministro das relações Exteriores, George Rebelo Chicoti, tendo informado que a cidadã recorreu aos préstimos daquela missão diplomática para que esta intercedesse a seu favor no processo de reconhecimento da sua paternidade. Há 14 de Julho, o Ministério das Relações exterior, através da direcção geral dos assuntos jurídicos e consulares e contencioso, respondeu a embaixada angolana em Londres notificando a recepção da correspondência enviada pela embaixadora Ana Maria Carreira. A notificação foi assinada por Belo Mangueira.
Na ausência de resposta, por parte da Ministra da Justiça, Guilhermina Prata, a cidadã búlgara voltou depois de sete meses a contactar a embaixada de Angola em Londres para saber do seu caso. Ana Maria Carreira, a embaixadora que estava a seguir o assunto acabava de ser exonerada e transferida para Índia. O assunto recaia assim nas mãos do encarregado de negócios da embaixada, o Ministro Conselheiro, Eduardo Neto Sangueve.
Há 12 de Outubro de 2011, este diplomata angolano contactou por escrito o MIREX, dando a conhecer que “Temos vindo a ser insistentemente contactados pela cidadã referenciada, pelo que na ausência de qualquer informação disponível sobre o desenvolvimento do assunto vimos solicitar que nos seja remetido o parecer do Ministério da justiça relativamente a questão”.
Desde a data em questão e fazendo agora um ano desde que a 20 de Março de 2011, a cidadã entrou em contacto com as autoridades angolanas, não se conhece resposta oficial sobre o assunto. Observadores que acompanham o assunto, em Luanda disseram ao Club-K, que o atraso do processo esta associado a supostas ameaças por parte da viúva Maria Eugenia Neto, a Ministra da Justiça, Guilhermina Prata.
Nascida em 1974, Mihaela Radkova Marinova é fruto de um envolvimento esporádico de Agostinho Neto, com a búlgara Radka Marinova no decorrer de uma viagem que o falecido líder do MPLA efectuou a Bulgária entre os dias 13 a 19 de julho de 1973. Neto se hospedou no Hotel Rila na cidade de Sofia e ambos terão se envolvido durante uma semana. Sabe-se que enquanto em vida, o malogrado presidente enviava dinheiro para assistência da rapariga. A mesma tem contacto com a família e amigos de Agostinho Neto esstando a procura de reconhecimento paterno há cerca de 20 anos
Em Novembro de 2004 esteve em Luanda, tendo se encontrado com Mendes de Carvalho que também terá se sentido comovido com a historia. Esteve com o “tio” Roberto de Almeida que a recebeu no seu antigo gabinete da Assembléia Nacional e falou com a sua irmã Irene Neto. Na altura não se encontrou com Leda Neto porque esta estava hospitalizada. Quem também ficou tocada com a mesma é Ruth Neto, por verificar nela sinais de nascença semelhantes ao malogrado Presidente. Tais como saliência ou abertura nos dois dentes da frente e uma pinta no rosto que Ruth e as irmãs tem. De todos os filhos de Agostinho Neto, esta filha que procura reconhecimento é a que mais tem particularidades de nascença semelhante ao pai.
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