quinta-feira, 22 de março de 2012

Bloco Democrático chama "palhaçada" ao inquérito da Polícia Nacional


Luanda - O presidente do Bloco Democrático, Justino Pinto de Andrade, disse à Voz da América que o prometido inquérito da Polícia Nacional de Angola aos incidentes da manifestação de 10 de Março, em Luanda, "não passará de uma palhaçada".

Fonte: VOA
Revelou, também, que o secretário-geral do partido, Filomeno Vieira Lopes, se encontra num país europeu onde, por "medida de precaução", vai ser operado ao braço em que sofreu fracturas múltiplas devido a agressões sofridas naquela manifestação.

Justino Pinto de Andrade comentava as declarações do ministro do Interior de Angola, Sebastião Martins, o qual, de visita a Cabo Verde, disse que "não houve actuação passiva da polícia", durante os incidentes em torno da manifestação - declarações que pode ler e ouvir clicando aqui.

Civis armados com catanas e barras de ferro, atacaram os manifestantes sem que a polícia, de acordo com testemunhas, tivesse reagido em defesa das vítimas.

Justino Pinto de Andrade nota que se o ministro, já chegou a uma conclusão sobre a actuação policial "dá ideia que o dito inquérito não passará de uma palhaçada".

Depois de notar que, numa sociedade democrática, se deve primeiro realizar um inquérito e posteriormente divulgar os seus resultados, o líder do Bloco Democrático, disse não esperar qualquer averiguação séria.

Primeiro, porque foi tesmunhado que "a polícia dá cobertura ao atacante" e isso leva a pensar que "essas pessoas têm alguma relação com a policia". Além disso, crê que a promessa de um inquérito não passou de "palavras de circunstância pronunciadas por um responsável da polícia mas que de forma alguma engajam a instituição".

Sobre o estado de saúde do secretário-geral do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, revolou que o mesmo "encontra-se fora do país, para ser operado fora do país" às facturas graves sortidas na manifestação.

"Foi uma medida de precaução que foi tomada. E cremos que assim ele terá uma mais rápida recuperação e também terá maiores garantias de alguma segurança enquanto estiver neste estado debilitado" concluiu Pinto de Andrade.

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