quinta-feira, 15 de março de 2012

Declaração política da FNLA sobre o 15 de Março de 2012


Luanda - Volvidos 51 anos desde o levantamento do Povo Angolano, em simultâneo, na maior parte do território nacional, a 15 de Março de 1961, Angola e os Angolanos estão numa encruzilhada onde ninguém sabe se deve continuar a esperar ou enveredar pelo caminho da frustração, num país imensamente rico, em contraste com um povo extremamente pobre, no seio do qual se destacam seres estranhos, que capitaneiam os destinos da Pátria que só pensam no seu bem estar pessoal, que tomam decisões impopulares e posicionam-se na sociedade contra os anseios do Soberano Primário.

O 15 de Março de 1961 não foi nenhuma expansão mas sim, o verdadeiro início do fim do império colonial português em África. Aliás, a democracia exige que as datas marcantes na vida de um país, não mais deverão ser as que o poder decide mas as que se impõem com clarividência na consciência colectiva pela sua relevância histórica. Se há datas em Angola, com elevada carga emocional, o dia 15 de Março de 1961 é uma das mais importantes, razão porque, deverá ser oficializado e recordado às gerações vindouras.

Impõe-se, portanto, a despartidarização das instituições do nosso País, cujo mérito continua a ser comandado aleatoriamente, como se pertencessem ao partido instalado no poder, permitindo assim, que se escreva a verdadeira história do nosso País, extraindo-se-lhe o cariz partidário de que está eivado.

Nos que nos toca, nós a FNLA, continuaremos a contar e a relatar a história com rigor e honestidade intelectual. Não permitiremos nunca, em nome dos milhões de Militantes e Amigos da Grande Família FNLA, que o 15 de Março de 1961, seja desvirtuado por razões de políticas conjunturais e considerar os seus verdadeiros actores, os Valorosos Antigos Combatentes, como cidadãos relegados para segunda zona.

São votos ardentes da FNLA, que este 51º Aniversário do Início da Luta Armada de Libertação Nacional seja de plena afirmação cívica e que ao Povo sejam dadas as condições de Liberdade e Terra, que lhe permita abandonar de forma definitiva, o limiar da pobreza, incompreensível num país em que muitos dos seus dirigentes vão alardeando e ostentando pelo mundo fora, escandalosos sinais de um enriquecimento de origem criminosa.

Que não tenha sido em vão os sacrifícios consentidos pelo nacionalistas Álvaro Holden Roberto, Manuel Barros Sidney Nekaka, Johnn Eduardo Pinnock, André Rosário Neto, Borralho Lulendo, J. António Vasco, Francisco Paka Nenganga, Frederico Deves, Garcia Albertino Luvukumuka, Francisco Tove, Pedro Vida Garcia “Nzingu Kuleba”, Pedro Santos, vulgo Sadi, António Gonçalves Menino, Manuel Bernardo Massobele, Garcia Diasiuwa Roberto, Rocha Nefwani, Luís da Costa (Jomo Kenyata), António Narciso Carson Nekaka, que também era conhecido por Mayingui, Mendes Mangwala, Cónego Manuel Joaquim Mendes das Neves, Castro Tadeu, Adão José Kapilangu, José João Liyahuca, Fernando Pio do Amaral Gourgel, Mário Arsénio, Luísa Domingos Gaspar Gourgel, João Baptista Traves Pereira, Francisco Pianga, Alexandre Claver Taty, Sebastião Lezi Roberto, Manuel da Costa Kimpiololo. André Rosário Neto, Augusto José Farias, Soubeira Miguel, Eunice Domingos André e deste modo, sem sermos exaustivos, trata-se apenas de um enunciado enumerativo.

VIVA O 1º DIA DO FIM DO IMPÉRIO COLONIAL EM ÁFRICA, O 15 DE MARÇO DE 1961!
VIVA ANGOLA!
LIBERDADE E TERRA!

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