Maputo (Canalmoz) – A secção do Sindicato Nacional de Jornalistas, a nível da província de Inhambane, condenou a detenção, no passado dia 08 de Março, do jornalista do Canal de Moçambique, Edwin Hounnou, quando este se encontrava a trabalhar no município da “Terra da Boa Gente”, a reportar o último dia da actualização do recenseamento eleitoral para as “intercalares” do próximo dia 18 de Abril.
Segundo um comunicado do SNJ “a Polícia da República de Moçambique deteve um jornalista do Canal de Moçambique em pleno exercício das suas funções”.
O SNJ diz que “Edwin Hounnou”, ou Charlles Baptista, foi preso no posto de recenseamento que funcionou na Escola Primária Completa 25 de Setembro e conduzido à Segunda Esquadra da PRM, onde permaneceu algemado durante seis horas, tendo sido liberto às 18 horas mediante a intervenção do Comando Provincial da PRM em Inhambane. Após a sua detenção, a Polícia apreendeu a sua máquina fotográfica, gravador, dois telemóveis e ainda a viatura pessoal em que se fazia transportar.
Na esquadra o jornalista foi obrigado a reproduzir o material por ele recolhido durante o desempenho das suas funções.
A Polícia exigiu uma credencial emitida pelos órgãos eleitorais para a cobertura da actualização do recenseamento eleitoral, documento que o jornalista não possuía. Aliás, as credenciais são emitidas durante o processo de votação. A Policia não autorizou sequer que o jornalista fosse ao carro buscar o seu BI. E já depois de saber que se tratava de um jornalista, ainda assim passou em revista minuciosa as suas fotos e gravações.
Num outro posto de recenseamento que funcionou na Escola 3º Congresso, a supervisora ordenou a Polícia para que impedisse um outro jornalista do Canal de Moçambique de fotografar, mas o jornalista acabou por alegar que era a Policia que ali estava a mais e não ele por a lei proibir a presença de agentes a menos de trezentos metros dos locais onde decorrem operações eleitorais e tudo acabou por se resolver sem mais incidentes.
Em face do acto que foi perpetrado pela Polícia contra Edwin Hounnou, “o Secretariado Provincial do SNJ em Inhambane condena com veemência a detenção do jornalista do Canal de Moçambique e apreensão dos seus instrumentos de trabalho”.
“Esta atitude da PRM constitui uma flagrante violação ao artigo 48 da Constituição da República”, conclui o comunicado.
Concorrem à eleição do novo edil no próximo dia 18 de Abril, apenas dois candidatos, sendo um do partido que sempre esteve no poder no Município de Inhambane – Frelimo – e outro do MDM (Movimento Democrático de Moçambique).
As “intercalares” de 18 de Abril realizam-se por morte em Dezembro último do edil Lourenço Macul, do partido Frelimo.
Quando os incidentes se deram os postos de recenseamento estavam a abarrotar de cidadãos que pretendiam recensear-se e o processo estava a decorrer muito lentamente. O director-geral do STAE em Maputo acabaria por ordenar que os postos não encerrassem às 16 horas, mas só apenas depois de ter sido atendido o último eleitor. (Redacção)
Imagem: Momento em que na Escola 3.0 Congresso, a fiscal pelo candidato do Partido Frelimo, de azul, instruía dois agentes da PRM para fugirem e se esconderem de modo a que o jornalista não pudesse fotografar a prova de que a Polícia estava instalada no interior do posto de recenseamento, em violação do que a lei prevê. Ao fazer trabalho semelhante na Escola 25 de Setembro, Edwin Hounnou foi preso e algemado. Durante seis horas esteve na segunda Esquadra no Município de Inhambane onde o seu trabalho foi passado a pente fino. (Foto: Fernando Veloso)
Segundo um comunicado do SNJ “a Polícia da República de Moçambique deteve um jornalista do Canal de Moçambique em pleno exercício das suas funções”.
O SNJ diz que “Edwin Hounnou”, ou Charlles Baptista, foi preso no posto de recenseamento que funcionou na Escola Primária Completa 25 de Setembro e conduzido à Segunda Esquadra da PRM, onde permaneceu algemado durante seis horas, tendo sido liberto às 18 horas mediante a intervenção do Comando Provincial da PRM em Inhambane. Após a sua detenção, a Polícia apreendeu a sua máquina fotográfica, gravador, dois telemóveis e ainda a viatura pessoal em que se fazia transportar.
Na esquadra o jornalista foi obrigado a reproduzir o material por ele recolhido durante o desempenho das suas funções.
A Polícia exigiu uma credencial emitida pelos órgãos eleitorais para a cobertura da actualização do recenseamento eleitoral, documento que o jornalista não possuía. Aliás, as credenciais são emitidas durante o processo de votação. A Policia não autorizou sequer que o jornalista fosse ao carro buscar o seu BI. E já depois de saber que se tratava de um jornalista, ainda assim passou em revista minuciosa as suas fotos e gravações.
Num outro posto de recenseamento que funcionou na Escola 3º Congresso, a supervisora ordenou a Polícia para que impedisse um outro jornalista do Canal de Moçambique de fotografar, mas o jornalista acabou por alegar que era a Policia que ali estava a mais e não ele por a lei proibir a presença de agentes a menos de trezentos metros dos locais onde decorrem operações eleitorais e tudo acabou por se resolver sem mais incidentes.
Em face do acto que foi perpetrado pela Polícia contra Edwin Hounnou, “o Secretariado Provincial do SNJ em Inhambane condena com veemência a detenção do jornalista do Canal de Moçambique e apreensão dos seus instrumentos de trabalho”.
“Esta atitude da PRM constitui uma flagrante violação ao artigo 48 da Constituição da República”, conclui o comunicado.
Concorrem à eleição do novo edil no próximo dia 18 de Abril, apenas dois candidatos, sendo um do partido que sempre esteve no poder no Município de Inhambane – Frelimo – e outro do MDM (Movimento Democrático de Moçambique).
As “intercalares” de 18 de Abril realizam-se por morte em Dezembro último do edil Lourenço Macul, do partido Frelimo.
Quando os incidentes se deram os postos de recenseamento estavam a abarrotar de cidadãos que pretendiam recensear-se e o processo estava a decorrer muito lentamente. O director-geral do STAE em Maputo acabaria por ordenar que os postos não encerrassem às 16 horas, mas só apenas depois de ter sido atendido o último eleitor. (Redacção)
Imagem: Momento em que na Escola 3.0 Congresso, a fiscal pelo candidato do Partido Frelimo, de azul, instruía dois agentes da PRM para fugirem e se esconderem de modo a que o jornalista não pudesse fotografar a prova de que a Polícia estava instalada no interior do posto de recenseamento, em violação do que a lei prevê. Ao fazer trabalho semelhante na Escola 25 de Setembro, Edwin Hounnou foi preso e algemado. Durante seis horas esteve na segunda Esquadra no Município de Inhambane onde o seu trabalho foi passado a pente fino. (Foto: Fernando Veloso)
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