Luanda - A UNITA exprime a sua grande repulsa pela forma brutal como as ditas forças da Ordem e Segurança reprimiram os jovens que quiseram exercer os seus Direitos Constitucionais, mormente o Direito de liberdade física e o Direito à segurança pessoal, os de liberdade de expressão e os de liberdade de reunião e de manifestação, previstos respectivamente nos artigos 36° (números 1 a 3), 40° e 47° da Constituição da República de Angola.
COMUNICADO
A UNITA manifesta também a sua profunda preocupação pelo desprezo com que o Executivo lida com a Lei, violando-a a seu belo prazer, numa estranha e arrogante atitude que só demonstra a sua falta de vontade política e a sua inaptidão de se ajustar às normas que regulam os actos de um governo num Estado Democrático de Direito.
A UNITA exprime a sua total solidariedade aos jovens manifestantes, pela coragem e determinação demonstradas na luta contra a tirania e a opressão do regime de José Eduardo dos Santos, que ao invés de garantir a aplicação da Constituição, na sua qualidade de Presidente da República, se transformou no seu principal violador.
A Direcção da UNITA aproveita esta oportunidade para rejeitar e repudiar nos termos mais enérgicos, a atitude irreflectida de alguns jovens, eventualmente mal aconselhados, que pretenderam mobilizar presenças através de ameaças e chantagens dirigidas aos partidos políticos e aos seus dirigentes. A UNITA é um partido calejado e forjado nas grandes batalhas que levaram o regime do sistema totalitário e mono partidário do MPLA a aceitar o sistema democrático e multipartidário em Angola. A Democracia, mesmo que ainda débil, que se vive hoje em Angola, custou-nos elevado preço pago com muitas vidas de membros determinados, motivados e conscientes das suas responsabilidades. Este preço nunca foi por nós cobrado a ninguém, pelo que a UNITA não pode aceitar a repetição destas lamentáveis actuações.
Importa referir que entre os jovens brutalmente agredidos e feridos na manifestação de ontem encontram-se alguns membros da UNITA, que entenderam participar na mesma.
Os nossos audazes jovens devem definir claramente quem é seu adversário e, enquanto isso, sejam também vigilantes para não serem utilizados por forças que buscam tirar ganhos políticos do seu sofrimento, resultante das brutalidades que o Regime opressor do MPLA investe contra eles.
Luanda, aos 11 de Março de 2012
O Secretariado Executivo do Comité Permanente
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