quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A comunidade internacional sente-se insegura. A sede do partido da Frelimo foi atacada coisa que nunca aconteceu anteriormente



02 de Setembro de 2010, 11:37
Esta é uma situação atípica em Moçambique. A reunião extraordinária do Governo é alvo de curiosidade por parte de todos devido a duas razões: primeiro porque o Primeiro Ministro, Aires Ali se encontra no Vietname e depois porque o Governador do Banco de Moçambique, Ernesto Gove, também faz parte da reunião.

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Segundo a jornalista Mafalda Brízido, da TSF, "O governo moçambicano olha para o governo como um pai e como um bom filho, estão à espera de respostas".


"A sede do partido da Frelimo foi atacada coisa que nunca aconteceu anteriormente, exactamente porque este é um partido que está no poder desde sempre", conta a jornalista Quando questionado sobre a demissão do governo, a jornalista afirma que o povo não reclama por isso mas sim pela apresentação de problemas com salvaguarda ainda para o facto da divida que Moçambique tem em relação a financiamento estrangeiro.


Ao explorar uma zona mais elitista da cidade, a jornalista Mafalda Brizido passou pela Costa do Sol onde vive grande parte da comunidade internacional, "os estrangeiros estão a comprar os bens essenciais - farinha, pão, enlatados - com medo daquilo que possa acontecer. As pessoas não se sentem seguras"


Maputo: Tiroteio na Avenida Julius Nyerere
Um forte tiroteio registou-se hoje manhã em Maputo, na Avenida Julius Nyerere, entre Magoanine e Xiquelene. Escasseiam pão e combustíveis.

Depois de uma calma aparente nas primeiras horas do dia, um forte tiroteio registou-se hoje manhã em Maputo, na Avenida Julius Nyerere, entre Magoanine e Xiquelene, constatou a Agência Lusa.

No local está um grande contingente policial, da PRM (Polícia da República de Moçambique) e da Força de Intervenção Rápida. Populares arrastaram contentores de lixo para a estrada.
Governo em reunião extraordinária

Na zona da Polana-Caniço, em Maxaquene, jovens tentaram arrombar uma loja de chineses, que vende televisores, mas foram impedidos pela chegada da polícia, que disparou para o ar.

Na zona, constatou também a Lusa, havia grupos de jovens a colocar pneus na estrada, que se escondem nos becos do bairro à chegada da polícia e que voltam à estrada quando esta dispersa.

Em Maputo, com quase todos os estabelecimentos encerrados, há dificuldades em abastecer as viaturas com combustível. Nas poucas padarias abertas hoje de manhã formam-se longas filas.

Na periferia, há populares à procura de locais que vendam alimentos. São raros os locais abertos.

Fonte: Expresso
Quinta-Feira, 2 de Setembro de 2010


Um dia após a manifestação - Cidade de maputo sob clima de tensão
02 de Setembro de 2010, 11:00

Um dia após as manifestações, a avenida Acordos de Lusaka continua a arder e a polícia não mede esforços para tentar controlar a situação. Enquanto isso, a população não se sente intimidade e teme em manter-se no local, aumentando assim a tensão naquela via que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Maputo, a Praça dos Heróis, ao hospital Geral de Mavalane e alguns ministérios e escolas.

Pneus, troncos e contentores de lixo, são alguns dos objeectos usados para bloquear a via e impendindo assim, a circulação de viaturas.

Ao contrário daquela avenida, as avenidas da Marginal, Joaquim Chissano, Angola entre outros pontos considerados de tensão, a situação continua sob controlo policial.

O clima, na capital do país, é de aparente calma, mas como diz o ditado "Vale mais prevenir que remediar". E é essa atitude que a população tem vindo a tomar, respondendo assim o apelo das autoridades que aconselharam as pessoas a "manterem-se dentro das suas casas até a situação estiver cem por cento controlada".

Para além dos carros particulares e dos repórteres nas ruas, não há sinais de transportes públicos. Escolas e empresas - tanto públicas como privadas - continuam com as portas fechadas, até mesmo os cafés e restaurantes não quiseram arriscar.

Balanço

Os prejuízos já são visíveis por toda cidade de Maputo, a começar pela 46º edição da FACIM que marca o quarto dia do eevento com portas fechadas.

Segundo as autoridades, 32 instâncias comerciais foram vandalizadas, incluindo uma bomba de combustível queimada. 10 mortos, centenas de feriados (incluindo graves e ligeiros) e 142 pessoas estão presas.

Segundo a TVM, o Conselho de Ministros encontra-se reunido para definir estratégias sobre a actual situação do país e encontrar soluções p viabilizar essa mesma situação.

SAPO MZ

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