sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Os diálogos dos Setembros intolerantes


O 17 de Setembro inundou-nos de miséria chinesa, portuguesa, brasileira, dos contratados para alimentarem a podridão da sacristia religiosa do perdulário poder papão. O 17 de Setembro é um dia especial inesquecível porque nos lançou para as feiras do Inferno setembrino e novembrino.

Onde todos agora são doutores, engenheiros e outros torpores. Os destinos da nação angolana presentes são inexistentes. Tanta imperfeição sem engenheiro, arquitecto, médico, empresário. Ninguém sabe o que é um analfabeto. Nesta terra rouba-se com extraordinária simplicidade porque todos são doutores.

E todos os desperados aqui têm morada certa em todos os 17 de Setembro. Um qualquer iletrado aqui chegado e logo pelo douto poder fortificado, já é licenciado, doutorado. Este é o tão destoado desenvolvimento assegurado, não num mas nos muitos vulcões desmesurados, nos governantes apoiados pelos iletrados, tão politizados.

E as construções para daqui a alguns meses desabarem erguem-se nos criminosos recônditos clandestinos das Ordens dos Superiores e não se desmantelam.

Sem governo, é de fingir, o que nos cairá do céu?! Com toda a certeza um grande meteoro importado pelos aventureiros que destroem as nossas vidas diariamente sob a protecção complacente das forças armadas presidenciais.

E tudo nesta terra se decompõe por criminosos importados e pelo poder assegurados.

Tanto e desmedido ódio plantado. Quem o estancará quando eclodir?! A actual perdição da governação da estrangeirada?! Duvido, ninguém lhe escapará. Por enquanto o nosso sofrimento tortuoso prossegue perante as sarcásticas risadas de quem não sabe o que lhe acontecerá. Sempre foi assim e sempre assim será.

As quadrigas das quadrilhas bancárias chegam e investem-se de prémios nacionais patrocinados por sonangoloides. Claro que todos têm o melhor desempenho. Onde espoliar e desviar os fundos disponíveis é tão corriqueiro, para quê atribuir-lhes mais prémios?! A corrupção não lhes basta?! É necessário inventar mais prémios para justificar a exportação de mais fundos petrolíferos?!

E os estuporados drogados mwangolés perdidos nas festas diurnas e nocturnas, sem cabeças porque estoiradas de tanto barulho infernal e governamental, que mais sabem fazer, além de beberem? Próximos, suportando com estoicismo a infernal conduta dos finalmente monstruosos mwangolés, os chineses olham-nos de soslaio, sorriem-lhes zombeteiros, trabalham, amealham fundos que transferem impiedosamente para a China. Eles e os outros estrangeiros sabem que isto não pode continuar assim por muito mais tempo.

E quando os tumultos inevitáveis surgirem, e os estrangeiros fugirem, já lá está assegurado o dinheiro depositado nos seus países de origem. Angola é um gigantesco hotel com muitos hóspedes temporários, mercenários.

Imagem: blog10.wordpress.com


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