quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Mais um jornalista baleado em Luanda


Quarta, 22 Setembro 2010 16:06

Lisboa - Um jornalista da TV Zimbo que se destaca com “reportagens interessantes” foi baelado por desconhecidos na madrugada de terça-feira quando saia do serviço a caminho de casa. O profissional que atende pelo nome de Norberto Abias Sateko foi atingido com um tiro na perna esquerda.

Fonte: Club-k.net

Algozes usavam uniforme das FAA

A vitima que se encontra hospitalizado na clinica multiperfil na zona do benfica, em Luanda , reconheceu que os seus algozes estaria fardado com uniforme semelhante ao das Forças Armadas Angolanas (FAA) e faziam-se transportar numa viatura Toyota Starlet.

De recordar que o incidente acontece duas semanas depois de um jornalista da Radio Despertar, Alberto Chakussanga ter sido assassinado em sua casa levando com que o Comité de Protecção dos Jornalistas africanos e a organização Repórteres Sem Fronteira exigissem das autoridades angolanas explicações a cerca da iliminação fisica do profissional.

O assunto ainda não foi objecto de informação nos órgãos de comunicação ligados ao governo, mas entretanto há informação descrevendo que a classe de jornalistas em Angola se encontra em estado de inquietação procurando perceber o que se esta a passar.

De acordo com antecedentes públicos, as autoridades não prestam esclarecimento a cerca dos assassinatos a jornalistas. O primeiro teria sido Ricardo de Mello no inicio da década de noventa. Na altura os Bispos da Igreja Católica tentaram pressionar ao governo para esclarecer o assunto mas sem sucesso. Na época um alto funcionário da Presidência Angolana teria contactado o cardeal Alexandre do Nascimento para lhe transmitir a titulo privado de que o referido jornalista fazia parte do aparato de segurança e que teria entrado em transgressão resultando no que ocorrera. Desde então, o Cardeal angolano passou a fazer oposição a corrente da Igreja que levantava o assunto.

1 comentário:

Orlando Castro disse...

E enquanto o regime que vigora em Angola desde 1975, liderado por um presidente (não eleito) que está no poder há 31 anos, não conseguir transformar os Jornalistas em produtores de conteúdos oficiais, tipo Jornal de Angola, o tiro ao alvo vai continuar.