Dados recentes divulgados pela Unesco revelam que 38%
dos analfabetos latino-americanos são brasileiros.
Maria
Cláudia Santos
VOA
No
Brasil, analistas observam com preocupação o alerta da Confederação Nacional da
Indústria sobre os riscos que a má formação educacional do brasileiro
representa para o crescimento do país.
Dados
recentes, divulgados pela UNESCO, apontam que 38% dos analfabetos
latino-americanos são brasileiros. O país ocupa a oitava posição no mundo em
número de analfabetos.
Mas,há uma situação que preocupa ainda mais que o analfabetismo: a falsa formação dos brasileiros. De acordo com a CNI, o Brasil vive uma espécie de apagão de mão-de-obra, com cidadãos chegando ao mercado de trabalho carregando deficiências na formação básica, a nível escolar.
A estudiosa da área da Educação, Sandra Tosta, professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Estado de Minas Gerais, lembra que o Brasil está diante do fenómeno da geração falsamente preparada, com muitos brasileiros sem capacidade de compreender o que estão lendo.
“Sabe responder de maneira insuficiente as demandas do mercado de trabalho, agora aí com esse nome de ‘geração diploma’. O sujeito é portador de um diploma de curso superior, mas isso não significa que ele esteja pronto para atender as demandas do mercado de trabalho”, afirma.
“É extremamente paradoxal, se de fato temos hoje muita gente ou quase todos na escola, nós não temos de uma forma equivalente uma escola de qualidade”, completa a professora.
As deficiências na área da educação no Brasil soam ainda mais graves quando muitos observadores avaliam que o maior problema não é a falta de investimentos.
Analistas, do Banco Mundial inclusive, ponderam que o Brasil até poderia investir mais na área, mas a solução para o desafio passa, na verdade, por investir melhor.
Sandra Tosta também acredita que o problema da educação no Brasil não se restringe à questão de necessidade de mais recursos.
A estudiosa avalia que a educação brasileira enfrenta vários problemas estruturais que permanecem, sendo um dos mais graves a deficiência na formação do professor.
“Nós temos hoje de facto um quadro de formação de professores que é fragilizado por uma série de razões. Dentre elas, quem são as pessoas que escolhem ser professores. Pessoas com capital cultural, educacional ainda pequeno, não suficiente para se ter uma aprendizagem mais proveitosa, mais consistente que capacite esse sujeito a responderem aos problemas que a educação nos apresenta”, complementa.
Apesar de apontar os problemas que são da responsabilidade de Governo, a analista adverte que o mundo empresarial também vai ter que ajudar a lidar com o “apagão” da mão de obra qualificada.
“É preciso ter um movimento que saia da queixa, eu não tenho profissionais e a culpa é da escola. É preciso sair para uma atitude mais propositiva, quem sabe uma delas não seja um investimento na formação dos seus profissionais. Sabemos que tem empresas que fazem isso, mas sabemos que muitas e muitas outras que estão pouco preocupadas com a formação continuada dos seus profissionais e ficam nesse lugar apenas da queixa e da crítica ao sistema educacional”, concluiu a especialista em declarações à Voz da América..
Mas,há uma situação que preocupa ainda mais que o analfabetismo: a falsa formação dos brasileiros. De acordo com a CNI, o Brasil vive uma espécie de apagão de mão-de-obra, com cidadãos chegando ao mercado de trabalho carregando deficiências na formação básica, a nível escolar.
A estudiosa da área da Educação, Sandra Tosta, professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Estado de Minas Gerais, lembra que o Brasil está diante do fenómeno da geração falsamente preparada, com muitos brasileiros sem capacidade de compreender o que estão lendo.
“Sabe responder de maneira insuficiente as demandas do mercado de trabalho, agora aí com esse nome de ‘geração diploma’. O sujeito é portador de um diploma de curso superior, mas isso não significa que ele esteja pronto para atender as demandas do mercado de trabalho”, afirma.
“É extremamente paradoxal, se de fato temos hoje muita gente ou quase todos na escola, nós não temos de uma forma equivalente uma escola de qualidade”, completa a professora.
As deficiências na área da educação no Brasil soam ainda mais graves quando muitos observadores avaliam que o maior problema não é a falta de investimentos.
Analistas, do Banco Mundial inclusive, ponderam que o Brasil até poderia investir mais na área, mas a solução para o desafio passa, na verdade, por investir melhor.
Sandra Tosta também acredita que o problema da educação no Brasil não se restringe à questão de necessidade de mais recursos.
A estudiosa avalia que a educação brasileira enfrenta vários problemas estruturais que permanecem, sendo um dos mais graves a deficiência na formação do professor.
“Nós temos hoje de facto um quadro de formação de professores que é fragilizado por uma série de razões. Dentre elas, quem são as pessoas que escolhem ser professores. Pessoas com capital cultural, educacional ainda pequeno, não suficiente para se ter uma aprendizagem mais proveitosa, mais consistente que capacite esse sujeito a responderem aos problemas que a educação nos apresenta”, complementa.
Apesar de apontar os problemas que são da responsabilidade de Governo, a analista adverte que o mundo empresarial também vai ter que ajudar a lidar com o “apagão” da mão de obra qualificada.
“É preciso ter um movimento que saia da queixa, eu não tenho profissionais e a culpa é da escola. É preciso sair para uma atitude mais propositiva, quem sabe uma delas não seja um investimento na formação dos seus profissionais. Sabemos que tem empresas que fazem isso, mas sabemos que muitas e muitas outras que estão pouco preocupadas com a formação continuada dos seus profissionais e ficam nesse lugar apenas da queixa e da crítica ao sistema educacional”, concluiu a especialista em declarações à Voz da América..
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