quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Jovem de 31 anos assassinado na esquadra da polícia em Luanda



Maurício Bernardo foi assassinado numa das celas na Esquadra 23ª da Polícia Nacional, Divisão da Samba (Talatona). A barbaridade ocorreu no dia 19 do corrente mês e a  procuradora da referida esquadra Ana Ferreira, que transmitiu o infausto a família enlutada, recusou-se em providenciar detalhes e circunstâncias da ocorrência limitando-se em dizer que “na calada da noite 2 presos da mesma cela torturaram António Ângelo Maurício Bernardo até à morte”. Contraditoriamente ao relato da procuradora a autópsia revela que António Ângelo Maurício Bernardo agredido foi  com objectos contundentes.

Fonte: Club-k.net

Nota de repúdia em anexo:
Segundo dados providenciados pela família do enlutado, António Bernardo se encontrava detido como resultado de crime de agressões corporais simples (luta entre os dois jovens) e a policia já tinha assinada a guia da soltura após o pagamento da multa exigida pela policia.
A inquietação chave da família e de peritos em assuntos sobre direitos humanos reside pelo facto da falta se segurança e respeito pela vida humana em Angola por parte dos agentes da ordem pública e a titulo de exemplo inclusive na esquadra da policia podes ser assassinado e sem a policia explicar. É nestes termos que a família de António Ângelo Maurício Bernardo, formulou a seguinte pergunta: Como foi possível ele ser torturado sem a polícia dar conta?
Transcrevemos na íntegra a NOTA de repudia da família enlutada:
No passado sábado dia 15 do corrente mês o Jovem António Ângelo Maurício
Bernardo foi detido na esquadra da polícia da samba (bairro inorade) por crime de agressões corporais simples (luta entre os dois jovens) e os dois estavam feridos mas o jovem Ângelo estava mais grave porque cortou a veia do pé esquerdo e foi queixar se na esquadra mas a outra família estava lá e ele não foi ouvido e foi directamente para a cela com a ferida ainda sangrar.
A família  ofendida (provenientes da Tanzânia) alega que além da agressão também desapareceu 120000 Akz (1200 Usd) mesmo sabendo que era mentira. No dia 16 (Domingo) as 7 horas nós (família de Ângelo ) fomos visita-lo e ele estava a ser transferido sem processo para a esquadra do Talatona (Divisão da Samba) onde a família ofendida tinha a influência mais forte.
No dia 17 (Segunda feira) António Ângelo  abriu se o processo e esperou ser ouvido, não foi ouvido neste dia mas a procuradora prometeu que na terça feira ele seria ouvido. Passou a noite , no dia seguinte dia 18 (terça feira) António Ângelo foi ouvido e a procuradora mandou pagar a calção de 30 mil kwanzas.
A família ofendida vendo que a procuradora ordenou que não devíamos pagar os 1200 dólares chegaram até à esquadra entraram ninguém sabe o que foram fazer e saíram .
No mesmo dia quando passaram-nos a guia fomos pagar no banco Bpc do Siac.  Voltamos para lá com tudo pago as infelizmente a procuradora saiu (15horas) mas regressou às 17 horas mas nem com isso assinou a soltura Segundo os polícias tínhamos que voltar de manha muito sedo do dia 19 . Quando eram 7 horas do dia 19 fomos a esquadra esperamos a procuradora ela chegou às 10 horas mas ouvimos que estavam a levar um corpo que foi encontrado numa das celas da mesma esquadra .
Quando eram 12 horas a escrivã da procuradoria da esquadra desceu com a soltura também inocente do que se passava. Fomos até as celas buscar o nosso irmão infelizmente disseram-nos que ele foi fazer um trabalho com os polícias então aguardamos. Passado 10 minutos a procuradora (Ana Ferreira ) chamou-nos  e fomos conduzidos até ao seu gabinete e ela perguntou se éramos os familiares de António Ângelo Maurício Bernardo respondemos que sim e ela esplicou-nos que na calada da noite 2 presos da mesma cela torturaram o nosso irmão até à morte ..
 Facto
Como foi possível ele ser torturado sem a polícia dar conta?
Segundo o porta voz da polícia nacional diz que amarraram-no pela boca depois começaram a tortura-lo. Na boca na tem vestígios nenhum de uso de força na boca Apenas foi batido na cabeça.
Segundo a autópsia diz que ele foi agredido com objectos contundentes.
 23 Eesquadra - Não aceitaram dar o nome do comandante. Divisão da samba
Comandante Cacuzo
Recente proveniente de Benguela
Procuradora - Ana Ferreira
Também não conseguimos fotos de Rodias (O acusador que usou influências)
Queremos justiça por favor.
Fotos do malogrado na morgue se autorizarem por favor.

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