Todos os governantes portugueses apresentam e ditam soluções para os problemas de Angola. Então porque é que em Portugal reina a instabilidade política, a eterna vergonha bancária e a crescente miséria da população, que já ultrapassa os cinquenta por cento? Como devemos acreditar nestes andarilhos do progresso? Creio que a intenção é a descarada exportação dos problemas para a el-dourada Angola, à beira-mar do petróleo implantada, encantada, enfeitiçada.
Fico convicto de que a CPLP é uma espécie de maratona, porque os altos abnegados magistrados nela eleitos numa outra espécie de eleições, aproveitam-na para publicitarem os seus piqueniques. De expansão da língua portuguesa não, mas da publicidade dos vinhos regionais, sim. Que apoios a CPLP dá aos seus escritores no início de carreira?!
Desejo um salvo-conduto para os comes e bebes piqueniqueiros.
O Snr Aníbal, seguindo o rasto da eloquência dos seus compadres visitantes, executa magistralmente discursos para ocidentais, para angolanos é que não são, não. Esse teatro de palavras não nos diz absolutamente nada. Quase há cinquenta anos que os ouvimos, estamos fartos, exaustos.
E quando chega alguma alta individualidade a Internet desaba de tanta fissura. Significa que vamos passar mal com a Net durante uma semana. Ainda não aprendemos a sairmos dos métodos estalinistas.
O abastecimento de água está, pode-se dizer, miserável. A cada dia que passa o caudal diminui, até se esgotar por completo. Isto acontece devido à anarquia generalizada na construção de prédios, condomínios, torres e outras fachadas betonadas.
Para quê sempre na política do fingir? Os políticos são como os jacarés, montam emboscadas às suas vítimas. Movem-se traiçoeiros e arrastam-nas para os fundos aquáticos e devoram-nas sem dó nem piedade.
E os portugueses que investem, ou venham a investir em Angola, que fique bem claro, os angolanos não beneficiam nada. É sempre tudo canalizado para a mesma FAMÍLIA, dona em exclusivo, patrocinadora de Angola.
Depois a mão-de-obra é para estrangeiros, repare-se nos chineses. Este manancial é um jogo financeiro onde se pode dizer que: mais investimentos nos tumultos, precisam-se.
Entretanto, três viaturas com polícias e fiscais a bordo perseguem as zungueiras sem dó nem piedade, para esconderem a miséria de tão ilustre personagem que nos visita. Como se todo o mundo não soubesse que Angola é uma gigantesca fábrica de miséria.
E da maneira que o governo de Luanda procede, no deixa-correr, no não te rales, construções anárquicas legalizadas por todos os cantos numa cidade que já deixou de o ser, onde quase não sobra um centímetro de espaço. Será este ano que as chuvas arrastarão tudo e todos, pois as águas não têm por onde saírem. Este governo é muito eficaz na destruição total e completa de Luanda e Angola.
E o chinês garante na espoliada dos casebres e agora vendedora de cigarros: «Nós, já não vamos sair de Angola.»
«Alves, Viana | 19/07/10 18:19
Pois! O feitiço virou-se contra o feitiçeiro!! Daí o "pede" na noticia acima!!Gostei de vêr o "nosso presidente" a "aconselhar" o governo Angolano (p.ex a desenvolver o interior de Angola!) quando, cá "em casa", ...é o que se vê!! !Isto está tão mal que qualquer dia até Angola toma conta deste "projecto de país"!!"Cenas" tristes e desesperadas!!
Caim, LISBOA | 19/07/10 16:53
Concidadãos, CALMA.
- Primeiro que tudo o Cavaco foi a Angola (regime presidencialista), como patamar para a recandidatura. Inevitável! Não pensem que o homem iria terminar a carreira, sainda pela porta pequena (nem um nem outro.... o José).
- E último: estão muitas centenas de milhares de portugueses em Angola, alguns empresários (muitos falidos cá!); mas a maioria são meros emigrantes, à procura de uma oportunidade que já não encontram na Europa! O problema dos vistos é real. O Cavaco está mais a ir no rasto, que a comandar a nau!.. Mas é esse o rumo: diversificação de mercados, a Europa já não é garantia de nada.»
In Diário Económico
E acho que é muito oportuno relembrar os circuitos corruptos da construção civil em Angola:
«Em tempos contou-se uma anedota que rezava o seguinte: "um organismo público lançou um concurso público e dele responderam três empresas distintas, sendo uma chinesa, uma portuguesa e outra angolana. Convocados a apresnetar técnicamente e defender os custos propostos o representante português começou por explicar que a obra proposta teria uma vida útil de 50 anos, material e acabamentos de primeira classe e um custo de 6 milhões de dolares. O contratante achou o valor bastante elevado e mandou embora o tuga.
Chamado o chinês, explicou, por sua vez, que faria uma obra de qualidade média (omissas as qualidades dos materiais e vida útil) com um custo de 3 milhões de dolares. O contratante olha desconfiado pelo preço do avançado pelo asiático e manda-o embora, prometendo contactá-lo no fim das avaliações.
O terceiro homem era angolano e este propões um trabalho de alto padrão com acabamentos nunca vistos e duração infinita... blá, blá, blá (como sempre), ao custo de 9 milhões de dolares americanos. O contratante estupefacto pergnta por que razão o português pedira 6 milhôes, o chinês, 3 milhões e ele o triplo:
_ Dr., serão três milhões para o chefe, três milhões de lucro para mim e três milhões para o chinês que será subcontratado como empreiteiro da obra".»
In mesumajikuka.blogspot.com
Manuel alegre moteja, reafirma-se como não sendo batráquio, prefere respirar ar puro:
«Manuel Alegre começou, sábado à noite em Setúbal, a pré-campanha presidencial com ataques dirigidos a Cavaco Silva. O candidato entente que um Presidente da República não pode afirmar que “a situação do país está insustentável”, tal como fez Cavaco Silva, porque isso agrava a situação.
"Ao Presidente da República cabe, não palavras de depressão que desmobilizem os portugueses, mas uma palavra de confiança", afirmou Alegre que considerou que "um Presidente da República não pode nunca dizer que Portugal vive uma situação insustentável, porque isso cria dificuldades ao próprio país, porque isso agrava o que ele próprio se refere".
"E se a situação é insustentável, o que é que ele fez para impedir que a situação fosse insustentável", questionou o candidato a Belém, recordando que o Chefe de Estado "não é eleito para avisar nem prevenir e que tem poderes consagrados na Constituição".
Segundo Manuel Alegre, "sabemos os problemas do endividamento, mas também não esquecemos que foi durante o consulado do então primeiro-ministro Cavaco Silva que se investiu muito mais no betão do que nas pessoas e que o endividamento cresceu, nessa altura, cerca de dez por cento".
No jantar de pré campanha para as eleições presidenciais que reuniu cerca de 300 apoiantes em Setúbal, Manuel Alegre lançou várias críticas a Cavaco Silva, e considerou que o país precisa de um Presidente da República com outra visão do país e do que devem ser os poderes presidenciais.
"Eu não me candidato para governar, mas também não me candidato para estar calado, ou para cultivar silêncios prudentes, ou não falar quando é preciso. O país quer ouvir do Presidente da República não discursos sobre hipotéticas crises de escuta, nem crises à volta do Estatuto Político Administrativo dos Açores. E é preciso ter uma visão do país que não confunda Portugal apenas com manual de finanças", frisou.
Para o candidato presidencial apoiado pelo PS e pelo BE, "é numa situação de crise, que mais do que nunca, o investimento público é necessário para criar políticas de emprego, para combater o desemprego que é o principal flagelo do nosso país".
"Sabemos que a crise está a ser aproveitada para impor a toda a Europa e aos países mais frágeis um plano de austeridade que vai trazer mais recessão, mais desemprego", declarou.
No entanto, Manuel Alegre considera que existem dois caminhos: "a austeridade, a recessão, o desemprego, a desregulamentação, diminuição dos serviços públicos sociais e liberalização dos despedimentos, ou, em alternativa, uma reforma profunda, uma política de coesão económica, de coordenação económica, de coesão social, de criação de emprego e, sobretudo, de mais solidariedade".
"Se é mais Europa neoliberal numa Europa dominada pelo neoliberalismo, o Estado português tem uma palavra a dizer. Sabemos que somos um país pequeno mas temos que fazer ouvir a nossa voz", considerou
Para Manuel Alegre, "não é possível que uma Europa que foi sonhada para trazer mais democracia, mais coesão, mais bem-estar para os povos europeus, seja agora aproveitada para fazer aquilo que, ao longo de dezenas de anos, a direita não conseguiu fazer: destruir o Estado social, destruir os serviços sociais, fazer diminuir os rendimentos do trabalhos, fazer diminuir os custos de produção à custa da diminuição dos rendimentos do trabalho".
In http://tv2.rtp.pt/noticias/index.php?t=Manuel-Alegre-critica-discurso-de-Cavaco-Silva.rtp&article=355491&visual=3&layout=10&tm=9
Imagem: http://resistir.info/moriente/imagens/elefante_branco_60pc.jpg