sábado, 10 de julho de 2010

Em Moçambique. Crime violento e insegurança pública aterrorizam comunidades


Concluiu a Força Moçambicana para Investigação de Crimes e Reinserção Social

– As comunidades têm um enorme pavor ao crime violento e insegurança pública que vêem ocorrendo em Moçambique, pois retarda o seu desenvolvimento, conclui a organização não governamental denominada Força Moçambicana para Investigação de Crimes e Reinserção Social (FOMICRES).

Maputo (Canalmoz)
http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=6&idRec=8277

O director executivo da FOMICRES, Albino Forquilha, baseando-se num estudo que abrangeu 12 mil moçambicanos, aponta que 66 por cento considera que, para além do horror, o crime violento e a insegurança pública se transformaram num fenómeno que está a comprometer os seus sonhos de desenvolvimento.
O interlocutor falava, ontem, em Maputo, sobre a segurança pública e o seu papel no desenvolvimento económico e social do Estado. Aponta como causas que estão na origem do referido crime violento e insegurança pública, a transferência e porte ilícito de armas de pequeno porte, largo tráfico de gente, o desemprego, migrações ilegais perante a incapacidade de controlo nas fronteiras.

Albino Forquilha, cujo estudo foi desenvolvido com uma outra organização não governamental designada JOINT, diz também que os fenómenos acima mencionados interferem no cumprimento dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM´s) e, por conseguinte, colocam o país numa situação negativa. Ele classifica esta constatação de “forte”, na medida em que vem sendo subsidiada por um misto de acontecimentos nas comunidades, tais como assaltos à mão armada.
Forquilha apela para a observância de medidas cautelares da situação que denuncia, pois, em Setembro do ano corrente, os Estados que fazem parte das
Nações Unidas e que são signatários da campanha dos ODM´s, irão apresentar em plenário os seus relatórios sobre esse compromisso. “Quando falamos dos Objectivos do Desenvolvimento do Milénio (ODM’s), referimo-nos ao desenvolvimento dos Estados”, disse.

Na sua alocução aponta com veemência que as guerras, a insegurança pública e o crime violento, têm parte dos factores que ensombram o sucesso dos ODM´s. Sublinha que a sociedade civil não está e nem deve ficar alheia a esses e outros fenómenos, mormente nesta altura que “o crime e a insegurança pública no país estão a atingir níveis preocupantes”. Não apresenta números para consubstanciar tal situação, mas diz que para sua mitigação há que haver envolvimento de todos os segmentos da sociedade, incluindo o Estado moçambicano.
Apela igualmente para o esforço e a melhoria da disponibilidade de meios para o funcionamento da Polícia.

(Emildo Sambo) 2010-07-09 07:14:00

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