quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Luanda. Demolir casas é o meio mais eficaz para a obtenção do PIB de Angola.


Uma nação faz-se edificando a demolição do que resta da miséria da população. Em Angola não existem casas, apenas os escombros de uma governação sem oposição.
Hoje, 31Ago, no Cacuaco, conforme noticiado pela Rádio Ecclesia, mais de trezentas casas foram arrasadas pela nossa versão do furacão IRENE.
Por incrível que pareça até os haveres destes não angolanos, só pode ser, não é?, também se deixaram levar na corrente tempestuosa dos elementos humanos em fúria. Mais de duas mil pessoas estão abandonados, ao relento, conforme a vulgarização da propaganda leninista centralista. Como sempre ninguém sabe de nada, quem é que mandou, encomendou o trabalho. Mas um beneficiado/arrasado informou que os pelotões dos fiscais vinham acompanhados, assessorados por estrangeiros. Chineses? Brasileiros? Portugueses?
E tudo o furacão levou, nem uma sobra deixou.
Perante o silêncio habitual, da sepulcral oposição, pergunta-se: será que a oposição está conivente, também faz parte do negócio, dele recolhe dividendos? A que se deve tanto silêncio? Vamos continuar com o orar à epidemia de comunicados? Ou é preferível abraçarmos uma das incontáveis seitas religiosas para nos iluminarem os caminhos imensamente obscuros das nossas aspirações? Melhor ainda: fortificarmo-nos na feitiçaria, eis o nosso futuro? É que isto já descambou num tamanho marasmo, que dá a impressão que já não existe nada nem ninguém que nos salve da tão apregoada desgraça, da perda do que existia de humano. Decididamente embarcámos no navio da selvajaria.

“O país vai viver dias de insegurança”. Dhlakama apela aos investidores para abandonarem o país




O líder da Renamo quer um “Governo de Transição” alegando que “é preciso fazer desmoronar o império da Frelimo”
“Advirto aos estrangeiros, investidores, que Moçambique não está em segurança, por isso é melhor abandonarem o país muito cedo para não saírem a correr e perder muita coisa. Poderão voltar depois de Dezembro com o Governo de Transição” – Afonso Dhlakama

Nampula (Canalmoz) - O líder do partido Renamo, Afonso Dhlakama, disse na manhã de ontem, na sua residência, na cidade de Nampula, que o clima de paz e segurança não está nos melhores momentos, por isso todo o investimento a esta altura poderá ser um desperdício. Numa entrevista exclusiva ao Canalmoz, Dhlakama lançou mesmo um apelo aos que tem Moçambique como destino preferencial para negócios e laser: “Advirto aos estrangeiros e investidores que Moçambique não está em segurança por isso é melhor abandonarem o país muito cedo para não saírem a correr e perder muita coisa. Poderão voltar depois de Dezembro com o governo de transição”, disse o líder da Renamo que já dirigiu uma sangrenta guerra civil durante cerca de 16 anos.
O presidente da Renamo diz não ter moral política para encorajar os investidores a se manterem em Moçambique, por o momento que se segue não ser dos melhores.
“Eu sempre encorajei para que fosse investido em Moçambique, mas não vale a pena enganar as pessoas que Moçambique está bem”, disse Dhlakama.

“Lutar para dar poder ao Povo”
“Tudo isto é para dar poder ao povo. Nós ainda somos jovens e temos força para lutar pela democracia”, acrescentou o líder da Renamo.
Ele acrescentou que “a Frelimo deve-se preparar para sair do poder”, “por bem ou por mal”, porque “estamos cansados da escravatura que o povo moçambicano está a passar, as humilhações e as injúrias”.
Dhlakama a quem a Frelimo tem chamado de ‘louco” entende que a mudança da actual ordem política no país não passa mais por realização de eleições, mas, sim, por se fazer desmoronar o “império” da Frelimo.
“Não pode haver eleições em Moçambique depois das últimas realizadas em 2009 enquanto a Frelimo está no poder”.
“Se voltar a haver eleições estaremos a reclamar o roubo de votos e eleições fraudulentas em vão”. “Acabamos legitimando os ladrões e criminosos da Frelimo”, concluiu.
Num outro desenvolvimento, Afonso Dhlakama assegurou que “um governo de transição (GT) é a única alternativa para que Moçambique saia da situação em que se encontra”.
“O País está partidarizado. Até os recursos naturais”.
“Moçambique, com o Governo de Transição, poderá realizar as primeiras eleições democráticas, livres, justas e transparentes”, disse Dhlakama. “Fora isso é inaceitável”.

“Tudo vai ser pacífico”
Dhlakama diz que este processo de mudanças no país ainda poderá ser pacífico, mas “tudo depende da Frelimo”.
“Se eles [a Frelimo] quiserem que seja pacífico nós vamos reagir pacificamente, se não quiserem não nos restará alguma outra opção”, tendo em conta que “com a Frelimo no poder nada pode mudar”.

“As instituições são falsas”
O líder da Renamo não receia o apoio externo à Frelimo. Sustenta que “mesmo durante a luta pela democracia a Frelimo era bem apoiada por todo o mundo”, mas “agora isto vai ser para doer”.
Dhlakama refere que “com a Frelimo as instituições existentes no país são falsas”. “São instituições falsas, porque a Frelimo rouba e não aceita mudanças democráticas” e “todo o povo é refém da Frelimo”.
O povo moçambicano está incapacitado de poder contrariar os “caprichos da Frelimo”, por isso “como no passado assim como no presente dirigirei a revolução para desalojar a Frelimo, porque nenhum outro moçambicano pode fazer isso”. “Podem-lhe assassinar”.
“Olhando para Moçambique, ninguém mais pode fazer isso porque da maneira como a Frelimo está não é possível um moçambicano enfrentar”, conclui Dhlakama.
O carismático líder da “perdiz”, como se provou pelos banhos de multidão na sua digressão pelas províncias do Norte em que escalou Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Niassa, anunciou já os seus planos aos seus seguidores para derrubar a Frelimo. Alegou entretanto que “as pessoas não se arriscam” a derrubar a Frelimo, “porque temem represálias e têm medo de serem assassinadas, já que tudo em Moçambique é Frelimo”.
“Reconheço que vários intelectuais se tornam escravos da Frelimo. É assim que o sistema está, por isso aceito sacrificar-me para que o povo seja dono do país e tenhamos um governo do povo, vindo dos moçambicanos”, afiançou Dhlakama.

Os quartéis
Durante o seu périplo pelas províncias do norte do país, incluindo a da Zambézia, que acentuou frequentemente, Dhlakama anunciou a instalação de quartéis militares para o que considera “acomodação para os ex-guerrilheiros da Renamo expulsos” das fileiras das Forças Armadas da Defesa de Moçambique, exército único, produto do Acordo Geral da Paz, AGP.
Instado dos tais militares das FADM que segundo ele têm sido expulsos e compulsivamente passados à reserva, o nosso interlocutor garantiu que dentro de semanas “quase todos os quartéis estarão implantados no país”.

Resposta ao incumprimento do AGP
A implantação dos quartéis a que Dhlakamase tem referido “é a resposta ao incumprimento do AGP”, diz.
“Esta decisão não é para fazer guerra, mas, sim, para evitar que os expulsos das fileiras das FADM não possam cometer desmandos nas suas aldeias”, porque “eles sempre me perguntam o que devem fazer já que a Frelimo queria que fossem escravos deles e que para ocupar algum lugar de chefia no exército não dependia do mérito, mas, sim, do dispor de um cartão da Frelimo como membro”.
Afonso Dhlakama tem sido frequentemente apontado nos últimos anos como um homem que diz coisas que não cumpre, no entanto alguns académicos tem vaticinado ultimamente que a qualquer momento Dhlakama pode surpreender e agir mesmo. (Aunício da Silva)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

O que queremos, afinal? Editorial

Maputo (Canalmoz) - Moçambique está a passar por dias muito complicados, com a pobreza a atingir níveis quase de desastre social, mas sempre que se fala da vinda de estrangeiros para o país fica tudo com os pelos em pé como se viesse por aí o diabo voltar a colonizar-nos.
Estamos independentes há 36 anos, já foi tudo só e só nosso, com os estrangeiros todos em debandada, fez-se e desfez-se, era tudo do Povo para o Povo, sabíamos fazer tudo sozinhos até que depois de passarmos por muitos revés nos apercebemos que ninguém sabe tudo, o nosso atraso era enorme e por muito que avancemos subsistirá um deficit tal que é preciso pensamento estratégico moderno para não se condenar as futuras gerações a terem de viver num País em caos irremediável.
A certa altura estávamos envolvidos numa terrível guerra sangrenta e nem mesmo nas zonas onde não havia guerra fomos capazes de produzir o suficiente para comer.
Ainda hoje andamos de mão estendida e só assim temos conseguido adiar drama maior do que já afecta hoje mais de metade dos moçambicanos.
A população cresce mais do que o país se desenvolve e os predadores do erário público – geralmente os que têm o discurso “mais patriótico” – passe o eufemismo – têm sempre na ponta da língua o linguajar de quem se esquece que se algum dia houve escravos levados pelos navegadores estrangeiros para outras paragens foi porque alguém das elites locais os levou do interior para a praia a fim de os vender.
Mas sempre que se sabe que algo foi feito por alguém para que venham para aí estrangeiros produzir onde nós ainda não conseguimos produzir, logo surgem os apressados a protestos. O que queremos nós, afinal?
Quando consta que vêm aí estrangeiros para produzir não apelamos para que nos mantenhamos todos atentos para ver se vêm realmente produzir ou se vêm apenas para especular com a terra, com as concessões, com as licenças de actividade. Começa logo a trupe a vociferar porque nos vão colonizar outra vez. Depois admiramo-nos que os nossos vão para a África do Sul, para a Tanzania, para o Malawi, para o Zimbabwe e para outras paragens mais longínquas porque aqui não têm rendimentos que lhes permita viver.
Ninguém quer falar do que faz os moçambicanos emigrar. Ninguém quer saber que possam ser tratados com duas pedras na mão onde vão. Nem se preocupam quando os vêm despejar nas nossas fronteiras.
O que queremos, afinal?
O que nós temos com fartura é camponeses e é terra.
Os camponeses são geralmente exímios a produzir para comer, mas dificilmente conseguimos produção que seja suficiente para todos os outros que também gostariam que houvesse produção nacional suficiente para comprar e para se alimentarem.
Quando se produz não há transporte para escoar. Quando há transporte para escoar é caro, porque queremos que se amortize em três anos o que noutros países se amortiza em muitos mais. Queremos semear hoje para comer ontem. Papo abunda, mas soluções não aparecem. Ainda hoje anda o Observatório Rural a ver que políticas nos poderão salvar.
Um dia os políticos no poder para salvarem a sua pele em momentos de grande pressão anunciam que vem aí Kadhafi fazer comida em Matatuine, ou que vêm aí os Vietnamitas para em Nicoadala fazerem mais arroz do que alguma vez se conseguiu produzir por hectare. Mas logo a seguir insurgimo-nos porque se atribuiu uma concessão aos brasileiros numa área enorme que é quase do tamanho de um Estado da federação brasileira. Esquecemo-nos que é terra numa área enorme, mas não é tudo para cultivar. Antes fosse!… É área de influência da concessão.
Dizemos que não temos dinheiro para produzir mas quando há dinheiro para isso vamos logo comprar bens supérfluos alegando que primeiro temos de ter estatuto de empresários e sinais exteriores de riqueza, quando ainda estamos a usar bens que ainda não pagámos. Quando chega a hora de produzir já estoirámos o dinheiro num 4x4 de luxo, em mobílias extravagantes em que pomos bibelôs da Ucrânia e da Patagónia para aumentar a nossa auto-estima – tudo bens importados, produzidos em suma por estrangeiros. Mas quando é para eles virem cá fazer em vez de termos de os importar já prontos, deitamo-nos a gritar: “cuidado que vêm aí os estrangeiros colonizar-nos ou neo-colonizar-nos”.
O que queremos, afinal?
Se não queremos cá os estrangeiros porque não nos deixamos de andar a gastar rios de dinheiro a pedir-lhes que venham investir em Moçambique?
Com que objectivo os chamamos se não for para juntos desenvolvermos o País?
Será que alguma vez vamos conseguir investimento estrangeiro ou nacional com os discursos que embora não explícitos é precisamente xenofobia que encobrem?
Será que mesmo os moçambicanos alguma vez vão investir em Moçambique sabendo que os outros em vez de os acarinharem pelo que estão a fazer pelo País ficam antes à coca a ver o que podem fazer para lhes dar uma golpada?
O que queremos, afinal?
Queremos desenvolver o País ou queremos que os outros façam para nós, depois, assaltarmos o fruto do seu suor?
Porque não nos interrogamos por que razão todos os grandes investidores, em todas as suas iniciativas, seja em que área de negócio for, têm os mesmos sócios moçambicanos e geralmente ou são figuras do governo, ou são seus familiares ou alguém da direcção da Frelimo? Por que razão os benefícios depois não chegam ao Estado, aos moçambicanos em geral? Não será porque vão para as mãos só de alguns como ia o benefício do negócio dos escravos?
Temos a tendência de julgar os outros culpados de tudo e não apontamos o dedo a quem devemos, porquê?
O que queremos, afinal?
(Canalmoz / Canal de Moçambique)
Foto: mas que mal é que nós fizemos? (Ermelinda Freitas)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Angola: Manifesto Público


Somos um grupo de jovens, membros da sociedade civil de vários estratos sociais que dentro dos parâmetros da constituição tem vindo a exercer pressão aos líderes políticos angolanos com vista a que se melhore o quadro social em que se encontra maior parte da população angolana;
Vivemos já nove anos de paz e ainda são alarmantes os nossos serviços de saúde e educação, o crescimento económico não se reflecte em nossas vidas, o índice de desemprego, analfabetismo e desenvolvimento humano ainda é preocupante, não se faz sentir a opinião pública nas leis e resoluções aprovadas, é diminuto o acesso ao crédito habitacional, são desumanos os despejos forçados e são constantes violações dos direitos humanos e da constituição da república;
Vimos por meio desta levar ao conhecimento da Comunidade Nacional e Internacional que realizaremos no próximo dia 3 de Setembro de 2011 uma Manifestação Pública pelas 13:00h no Largo da Independência vulgo Largo 1º de Maio;
Face a esta situação e com vista a que sejam salvaguardados a integridade e os direitos fundamentais dos manifestantes conforme estatutado na Declaração Universal dos Direitos Humanos nos seus artigos, 1º, 2º, 3º, 5º e subsequentes e na constituição da República de Angola nos seus artigos 12º, 23º, 40º, 47º e 60º, pedimos que sejais testemunhas e avalistas das possíveis violações dos direitos humanos e a integridade físico/psicológica que venham ser cometidas pelo executivo angolano ou seus representantes.
Sem mais outro assunto a realçar, subscrevemo-nos com elevada estima e agradecimentos.
Segue em anexo o Manifesto Público.
Luanda, 29 de Agosto de 2011
Gaspar Luamba – Afonso Mayenda João – Alexandre Dias dos Santos –Dionísio Gonçalves Casimiro

MANIFESTO PÚBLICO
A Constituição da República de Angola no seu artigo 1º reza: “Angola é uma República soberana e independente, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade do povo angolano, que tem como objectivo fundamental a construção de uma sociedade livre, justa, democrática, solidária, de paz, igualdade e progresso social.”
Igualmente o artigo 2º no ponto 1, reforça: “A República de Angola é um Estado Democrático de Direito que tem como fundamentos a soberania popular, o primado da Constituição e da lei, a separação de poderes e interdependência de funções, a unidade nacional, o pluralismo de expressão e de organização política e a democracia representativa e participativa.” É do conhecimento de todos nós que o Presidente José Eduardo dos Santos está no poder há 32 e que nunca enfrentou um voto democrático; a luz dos artigos supra citados e com vista a que se respeite a soberania popular e a democracia, exigimos:
1. A Retirada do Presidente Eduardo dos Santos do Poder e do seu Executivo.
Tendo em conta que “A República de Angola é um Estado Democrático de Direito” e não uma Monarquia, exigimos:
2. A Retirada da imagem do Presidente Eduardo dos Santos e de António Agostinho Neto do Dinheiro e do Bilhete de Identidade;
A República de Angola, como estado Democrático de Direito “tem como fundamentos a soberania popular, o primado da Constituição e da lei, a separação de poderes”, portanto pedimos:
3.A Revisão do artigo 109.º para que permita aos angolanos a eleição directa do Presidente da República;
Estão entre as tarefas fundamentais do estado (a luz do artigo 21º), nas suas alíneas d) Promover o bem-estar, a solidariedade social e a elevação da qualidade de vida do povo angolano, designadamente dos grupos populacionais mais desfavorecidos; m) Promover o desenvolvimento harmonioso e sustentado em todo o território nacional, protegendo o ambiente, os recursos naturais e o património histórico, cultural e artístico nacional; o) Promover a melhoria sustentada dos índices de desenvolvimento humano dos angolanos; etc. exigimos:
4.A Distribuição Equitativa da Riqueza do País;
O artigo 40º da constituição da República diz que Todos têm o direito e a liberdade de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações. E o princípio de igualdade enunciado no artigo 23º, exigimos:
5.A Despartidarização das Instituições Públicas e dos Órgãos da Comunicação Social;
Entendemos que a constituição em vigor, não deixa margem para a interpretação correcta do artigo 107º, assim sendo, simplesmente exigimos:
6.O Cumprimento do artigo 107.º da Constituição da República (Criação da Comissão Nacional Eleitoral Independente);
Finalmente, que se exerça a todos níveis e em escala nacional:
7.A Justiça e Igualdade social
Os Signatários,
Gaspar Luamba – Afonso Mayenda João – Alexandre Dias dos Santos – Dionísio Gonçalves Casimiro
Imagem: Ermelinda Freitas

domingo, 28 de agosto de 2011

Miséria humana



Esta é uma história dramática que, por se passar em Angola, não deixa de ser, um mero exemplo do que se passa nos países mais pobres do mundo. Estamos neste momento a pensar na Somália, onde morrem centenas de pessoas por dia de fome e mesmo de sede. É de miséria inenarrável mas real que se trata.
Estamos em 2003, Angola no tempo de paz.

FOLHA8.BLOGSPOT.COM

Nesse temo, no aterro sanitário do Golfe 2 viviam umas 200 famílias à espera que viesse lixo para ganhar a vida. Vamos tentar explicar o que se passava aos nossos leitores, que muito provavelmente não viram uma reportagem da TPA que mostrava bem o que se passava nessa altura. Tentemos imaginar a miséria em todo o seu esplendor: você, leitor, a sua mulher, ou a sua mãe, ou pai, e o filho, ou a filha, todos juntos, talvez, à espera que os vizinhos deitem fora os seus dejectos para recuperar o que se pudesse recuperar a fim de arranjar dinheiro para comer. Eram 200 famílias a viver assim nas imediações do terreiro sanitário do Golfe2. Um dia, porém, aconteceu um milagre pequenino. Uma senhora, Bebiana de Almeida, tomou conhecimento dessa situação, em 2003 como sobredito, e resolveu ajudar essa gente. Esforços desencontrados foram feitos e passado algum tempo toda essa situação foi relegada para o campo do esquecimento. Passaram mais ou menos 3 anos, e apenas 20 famílias foram ajudadas a sair daquele purgatório malcheiroso. Vinte famílias entre duzentas a serem ajudadas, em três anos, meu Deus, duzentas famílias a viver para lá dos limites mais baixos da miséria humana, e ninguém a ajudar!!?.. não é possível!...Sim, é possível, e o mais terrível é que ainda hoje, onde haja um aterro sanitário, ainda há gente dessa que vive da comercialização do lixo dos seus conterrâneos.
Foto: pobrezinhos

Blancos de la magia negra. REPORTAJE. CANIBALISMO, VAMPIRISMO Y MAGIA NEGRA


Hay lugares de África donde nacer albino sigue siendo la peor condena. Se les ve aún como hijos del diablo. Cualquier órgano suyo sirve para rituales de magia negra. Los brujos pueden llegar a pagar 1.600 euros por una pierna. Si el miembro se arranca en vivo, mejor. Canal + y 'El País Semanal' han viajado a Tanzania para hablar con las víctimas de tan escalofriante superstición.

EL PAÍS

Eran tres. Entraron en la choza y empezaron a golpearnos a todos. Uno llevaba una botella de queroseno. Me agarraron entre los tres. Me inmovilizaron y empezaron a cortarme el brazo a machetazos. Cuando acabaron salieron corriendo con mi brazo y gritaron a mi madre que me echara el queroseno en la herida hasta que cauterizara y dejara de sangrar. Yo ya estaba desmayada...". Kabula Nkalango, de 14 años y albina, tiene la mirada triste y una sonrisa forzada de quien ha visto el Horror y ya no espera nada sano de esta vida. Lleva un año en una escuela especial a 160 kilómetros del lago Victoria, en Tanzania. Un lugar de acogida e integración para niños albinos traumatizados. Nunca antes había ido al colegio. Era analfabeta, aunque ahora ya es capaz de leer y hacer sumas y restas. "Cuando llegó estaba psicológicamente devastada. Tenía pesadillas y se despertaba pensando en las caras de los hombres que le arrancaron de cuajo su brazo derecho", me dice Peter Ajali, el director de las escuelas Buhangiya.
Kabula habla pausado y no sostiene la mirada. Prefiere agachar la cabeza y cruzar su brazo izquierdo sobre el pecho, por encima del uniforme azul del colegio, como queriendo ocultar que le falta el otro brazo. Es tímida y recelosa, aunque sus profesores le insisten en que hable con el periodista porque, dicen, "el mundo tiene que saber lo que pasa aquí". Y lo que pasa en Tanzania es que el 60% de la población cree en la brujería, sobre todo en la llamada "brujería muti", que en sus formas más extremas utiliza partes humanas para sus conjuros y brebajes. Desde hace unos años, los hechiceros que la practican han señalado a los albinos, un sector social especialmente estigmatizado en ese país, como los objetivos más fáciles para este tipo de magia negra. Lo más normal es que se profanen las tumbas de los albinos fallecidos por accidente o enfermedad para así robar sus huesos y dárselos a esos chamanes. Pero el verdaderomuti, para que sea realmente efectivo, necesita que los órganos o miembros humanos se arranquen en vivo para que los gritos y el dolor del sacrificado potencien el efecto del conjuro. Por eso los traficantes de órganos que atacaron a Kabula le dieron una botella de queroseno a su madre, porque su misión no era matarla, sino mutilarla, lo cual no les hace menos crueles, pero sí demuestra el grado de deshumanización y locura al que pueden llevar unas creencias ancestrales: "No nos eches la culpa, nos envían solo para cortarle el brazo, no queremos matarla", le gritaron a la madre de Kabula, que tuvo la suerte de sobrevivir.
ASESINATOS RITUALES Y SACRIFICIOS
Ha habido al menos 60 asesinatos rituales de albinos en Tanzania en los últimos tres años, 16 en Burundi, 7 en Kenia. Estos son los muertos comprobados e investigados por las diferentes policías, pero varias ONG calculan que los sacrificios humanos pueden haber sido centenares, porque los ocurridos en las zonas más remotas y aisladas ni son tenidos en cuenta. "La culpa la tienen todos los mitos extendidos por los brujos de que los albinos tienen algunos poderes mágicos y que sus órganos pueden utilizarse en pociones mágicas para conseguir que los ricos sean más ricos o triunfen", asegura Vicky Ntetema, directora de la Fundación Under the Same Sun (Bajo el Mismo Sol) y antigua delegada de la BBC en Dar es Salam. Hace cuatro años realizó la primera denuncia periodística sobre la persecución de los albinos en Tanzania grabando con cámara oculta a varios brujos que hacían magia negra con humanos. Desde entonces lleva escolta, ha dejado el periodismo y ayuda a este colectivo.
La sede de su ONG está rodeada de vallas electrificadas y guardias de seguridad porque 10 de los 14 miembros de su equipo son albinos. Para Vicky, la permisividad de la Administración tanzana con esos brujos tiene una explicación clara: "Hay gente en el Gobierno bien formada, bien educada, que cree en los brujos. ¡Políticos, ministros, líderes religiosos, policías y empresarios acuden a ellos! Hay políticos que visitan a los brujos durante las campañas electorales para beber las pociones mágicas que supuestamente les harán ganar las elecciones. ¡Y luego esa gente es la que tiene que decidir si a los brujos se les permite o no continuar con sus prácticas...!". No es una denuncia en falso. El único diputado albino elegido en las urnas, Salum Khalfan Barwani, por el partido de la oposición al presidente Jakaya Kikwete, nos comentó en su oficina que él había ganado su escaño "sin recurrir a la brujería, no como otros diputados del Parlamento".
El albinismo es un trastorno genético hereditario, una falta de pigmentación en la piel, el pelo y los ojos. En Europa lo sufre una de cada 20.000 personas, pero en Tanzania hay un caso cada 4.000 habitantes. El Gobierno ya ha censado a unos 8.000 albinos, pero la Sociedad Tanzana de Albinos, una institución financiada con dinero público, calcula que hay unos 160.000.
En nuestro mundo, un albino es uno más, pero en Tanzania, como en casi toda África del este, un albino es un ser inferior. En este país, por el que pasan 600.000 turistas al año para ver el Serengeti o el Kilimanjaro o la isla de Zanzíbar, muchos creen que los albinos son una maldición divina, o que son gafes que traen mala suerte, o que son hijos del demonio, o que son, simplemente, subproductos de un adulterio o una enfermedad venérea. En Tanzania, los albinos son discriminados, segregados y en muchos casos perseguidos, asesinados o mutilados. Los mitos construidos sobre su supuesto carácter sobrenatural y maléfico no tienen ningún sentido, pero de alguna manera han calado entre la población. Por eso los asesinos de albinos actúan con enorme impunidad, porque cuando a un colectivo se le estigmatiza en la categoría de infrahumano es fácil pasar, sin demasiados prejuicios, a la fase del eliminacionismo.
LOS ALBINOS NO MUEREN, DESAPARECEN
Que los albinos no son humanos, sino fantasmas o presencias espectrales, es una de las leyendas más comunes sobre ellos. De hecho, en las zonas rurales se tiene la convicción de que un hijo albino es una condena de mala suerte para toda la familia. Así que a ese niño se le aparta de la familia, se le aleja al establo, con los animales, y se espera hasta que se desvanezca, porque, según esta creencia, los albinos no mueren, sino que desaparecen: "Mira, te voy a explicar de dónde viene ese mito estúpido", dice Babu Sikare, un albino tanzano que vive en Estados Unidos. "La razón es que, tiempo atrás, realmente sí que desaparecíamos... ¡pero porque nos solían matar...! Y después de asesinarnos nos desmembraban y hacían desaparecer los cuerpos. Nos mataban y luego decían que nos habíamos desvanecido, porque no se nos volvía a ver... No se perseguía a nadie, no había prensa detrás como tú ahora. Y la gente se creía que nos evaporábamos...".
Babu tuvo la suerte de nacer en la capital, Dar es Salam, en el seno de una familia que lo quiso y lo trató como uno más. Fue el número uno en su clase y consiguió una beca para estudiar en Ohio (EE UU), donde trabaja en un banco de inversiones. Lo que peor lleva es que la gente crea que traen mala suerte. En sus ratos libres es cantante de rap bajo el nombre de Albino Fulani (Un Albino Cualquiera); pasearse con él por un mercado de Dar es Salam es como llevar una diana de desprecio en la espalda. En mi escaso suajili puedo escuchar cómo, a nuestro paso, muchos individuos susurran la palabra wazungu, una expresión despectiva de la época colonial que podríamos traducir por "putos blancos": "La gente me llama de todo. Me dicen zeru, zeru, que significa cero, o sea, nada. Me llaman kaburu, que en Sudáfrica era el insulto a los blancos racistas. Y ahora tienen una nueva expresión, nos gritan dili, un diminutivo del inglés deal, es decir, negocio. Muchos me ven como un negocio, un business. Si me cortan la mano, hacen negocio. Pillan pasta. Así que no te sorprendas si vamos por la calle y alguien grita: '¡Ei, Dili!'. Se refieren a mí, amigo, no a ti".
¿Pero quién usa este tipo de brujería asesina? Está claro que en una sociedad atrasada cualquier superchería se puede convertir en dogma, pero no se puede decir que esta sea una brujería de las clases bajas. En Tanzania, un país donde el 80% de la población vive en el umbral de la pobreza, no todo el mundo puede pagar 800 euros por una mano o 1.600 por una pierna, que es como se cotizan actualmente los órganos de albinos en el mercado negro. Son muchos los que creen en la magia negra, incluso en las capas más altas de la sociedad. Pero casi todas las investigaciones apuntan a que son los mineros del interior y los pescadores del lago Victoria los que más recurren a esa magia para tener suerte y riqueza.
"Todos gritábamos, pero no podíamos hacer nada. Mis padres habían fallecido, vivíamos con mi tía, que estaba aterrorizada", me cuenta Tyndi Mbushi. Ella es albina, de la región de Geyta, donde las minas de oro son el sustento de la población. A ella no la tocaron porque el alboroto asustó a los liquidadores, pero sí tuvieron tiempo de cortar a machetazos la pierna derecha de su hermana Bibiana. "También intentaron cortarle la izquierda, pero cuando nos pusimos todos a gritar salieron corriendo solo con una pierna. Bueno, con la pierna y con los dos dedos que le cortaron al intentar poner la mano para defenderse".
Hablan con toda su familia de adopción arropándolas y dándoles cariño. Bibiana prefiere dejar a su hermana el relato gráfico de los hechos. Un relato desgarrador en una niña de apenas 12 años. Quizá por eso, por ser tan pequeña, lo cuenta de esa manera tan directa y horrible, sin adjetivos y sin detalles. Bibiana me enseña los terribles costurones que le dejaron los dos machetazos en su pierna izquierda, justo por la ingle, mientras se apoya en la muleta que le ayuda a andar. "De mayor quiero ser banquera para ayudar a mi familia y a las personas pobres", dice con una tremenda ingenuidad. Le pregunto qué siente por los hombres que la mutilaron, si rencor, odio o quizá perdón, y me contesta con un sonoro silencio que probablemente contiene muchas más opciones de las que yo le he planteado.
POLVO PARA ATRAER LA PESCA
¿Pudo la pierna de Bibiana acabar como una especie de detector de metales en alguna mina de oro? ¿Pudo su sangre ser vertida en una galería oscura para intentar encontrar la veta buena que sacara a unos mineros sin escrúpulos de su miserable existencia? Bibiana nunca lo sabrá. Ella ha sobrevivido. Es otro ejemplo que contradice la leyenda de que los albinos se desvanecen. El mito de que son almas negras encerradas en cuerpos lívidos esperando encontrar otro organismo que colonizar.
"Es una leyenda muy conocida que los trozos de albino traen buena suerte. Es una tradición que viene de siglos, de nuestros padres y abuelos, cuando nos decían que los albinos simplemente desaparecían", reconoce Waega Makuruka, un pescador del lago Victoria que accede a hablar sobre el tema en una apartada cala llena de pescadores furtivos. No somos bien recibidos en esa playa. Somos blancos, llevamos cámaras, somos un imán para la policía... Algunos nos gritan que no les enfoquemos para no ser reconocidos; otros, que nos vayamos. "A mí me han dicho que se utilizan huesos de albino, pero no sé qué partes realmente". Waega habla de soslayo y con titubeos, porque muchos de sus compañeros intentan acercarse para escuchar lo que dice y saber si habla de más.
El contacto que nos ha llevado hasta allí ha sido rotundo: "Aquí todo el mundo cree en esa brujería". La zona de Mwanza se hizo famosa gracias al documental La pesadilla de Darwin, que retrataba la pesca a destajo de la perca del Nilo para su exportación, dejando a los habitantes locales para alimentarse apenas las raspas. Son esos pescadores, según Ntetema, los que acuden a los brujos para encontrar los bancos de peces: "Deshuesan las manos cortadas, muelen los huesos, y ese polvo lo esparcen por... lo que sea, el mar, el lago, para que el pescador haga más capturas... Pero también usan el pelo rubio, pelo de cabeza de albino. Primero lo fríen, luego lo raspan y después lo espolvorean por donde creen que está el banco de peces".
Dagumoto es la palabra utilizada en la jerga de los hechiceros para denominar los asesinatos por encargo o los sacrificios rituales. Masalu Luponya es un brujo de la zona de Geita acusado hace unos meses de encargar el asesinato de un albino. Finalmente fue liberado por falta de pruebas. Cuando le pregunto si es un brujo malo o un brujo bueno, enseguida me hace la distinción: "La brujería buena utiliza raíces y animales, la mala utiliza árboles y personas humanas. Yo soy de los buenos". Luponya es alto, de sonrisa franca, de mirada directa y chispeante, y un gran anfitrión. Sabe caer bien, condición indispensable para un buen embaucador. No le va nada mal el negocio de brujo. Tiene varias chozas y un enorme terreno de cultivo donde están enterrados sus antepasados. Cuando llegamos está delante de esas tumbas, porque dice que sus ancestros le cuentan quién viene a visitarle y por qué. Le arranco la primera carcajada cuando le digo que mi contacto le llamó ayer al móvil y que por eso sabía que veníamos.
Nos hace pasar a la choza donde recibe a sus, llamémosles, pacientes. Enseguida me muestra todo su arsenal de alquimista, todos sus abalorios de curandero y toda su retórica para defender que la magia negra es muy peligrosa, y que solo los más expertos pueden usar porque, si no, sus efectos pueden ser devastadores: "Los asesinatos vienen de hace mucho, mucho tiempo. Primero iban a por las embarazadas; después, a por los calvos; luego, a por la gente que tenía una marca como una M en la mano, y después comenzaron con los albinos". El hechicero Luponya habla con vehemencia. Controlando sus silencios y jugando con las pausas dramáticas. Mira a los ojos directamente, pero eso, que en otro interlocutor sería una cortesía o una señal de franqueza o de seguridad en sí mismo, me produce cierto desasosiego. Como si su mirada me taladrara y estuviera tocando mi alma. Al salir de la choza me invita a probar un brebaje, un antídoto para venenos, dice, que rechazo cortésmente.
CANIBALISMO, VAMPIRISMO Y MAGIA NEGRA
Muy cerca de los dominios del brujo, a escasos kilómetros del parque nacional de Serengeti, ocurrió uno de los sucesos más estremecedores en esta persecución delirante contra los albinos. Mariam Emanuel, de cinco años, fue asesinada en la choza de su abuelo delante de su hermana. Nindhi, que no padece albinismo, pudo ver todo lo que ocurría desde un rincón de la habitación e incluso reconocer a uno de los asesinos, Kazimili Mashauri, un individuo de la misma aldea, que fue condenado a muerte el año pasado.
Encontramos a Nindhi en otro colegio privado de acogida, acompañada de su tutor, que le anima a contarnos lo que pasó tal y como lo hizo ante el juez: "Me taparon la cabeza con una manta, pero la abrí un poco para ver qué estaban haciendo. Los asesinos taparon la boca de Mariam y con un cuchillo la degollaron. Entonces uno de ellos recogió en un cazo toda la sangre que salía de su cuello y cuando se llenó, empezaron a bebérsela. Uno detrás del otro. Cuando terminaron de beber la sangre sacaron una bolsa grande y cortaron a hachazos las piernas de Mariam. Yo creo que ya estaba muerta. Las metieron dentro y huyeron". Lo cuenta de corrido mientras nosotros contenemos la respiración. Aunque el griterío de los niños en el patio del colegio es ensordecedor, todo parece detenerse en cuanto esta niña, tan pequeña y tan adulta, se pone a hablar. Me despido de ella con la preocupación de haberla desestabilizado, aunque el director nos dice que no nos preocupemos. Tiene asimilado lo que pasó, nos asegura, es una buena estudiante y saldrá adelante. Y nos recomienda que vayamos a visitar al abuelo.
La aldea de Ngalongo no está lejos de Mwanza ni lejos del lago Victoria, donde probablemente acabaron los miembros de Mariam. Son apenas una decena de chozas de familias pobres que viven en una economía de subsistencia. Cuando llegamos a la casucha donde vivía la cría, su abuelo, Mabula Fimbo, de 78 años, está comiendo una pasta de flor de yuca mezclada con maíz. "Comida de pobres", me dice ofreciendo una cucharada.
"Claro que conocía al asesino. Éramos más que amigos. De hecho, éramos medio parientes... Solo espero que haya algún tipo de justicia divina", relata con un hablar cansado. Mabula nos cuenta que el tipo sigue en la cárcel a la espera de ejecución. Que en el juicio no reconoció los hechos, ni por qué lo hizo. Que cada vez que ve a sus familiares siente una mezcla de odio y tristeza, pero que no puede hacer nada. Todas las pertenencias de este hombre, que cría unas cabras para sobrevivir, caben en una maleta que tiene semicerrada en uno de los dos cuartos de la choza.
Le pido que me enseñe la tumba de Mariam y le pregunto si no teme que intenten profanarla. Me mira, me lanza algo lejanamente parecido a una sonrisa de complicidad y me pide que le acompañe a su cuarto.
Al entrar se agacha, levanta el jergón sucio donde duerme y me enseña, ahí, debajo de su propia cama, la tumba de su nieta Mariam. Ante mi cara de estupor, agachado delante del colchón, mirando ese suelo duro donde no hay lápida, ni flores, ni velas, me susurra: "Es que si la entierro ahí fuera, seguro que acabarían profanándola y llevándose sus huesos".
Mientras le ayudo a bajar la cama, me pregunto a qué extremos de amor y devoción hay que llegar para enterrar a alguien dentro de casa. Qué desolación hay que sufrir para dormir todas las noches con esa presencia etérea en la habitación y qué remordimiento por no haber podido evitar su muerte.
Canal + estrenará el reportaje 'Blancos de la ira', sobre los albinos en Tanzania, de Jon Sistiaga, el 14 de septiembre, a las nueve de la noche.

sábado, 27 de agosto de 2011

O que resta da civilização portuguesa,


da TDA-Teixeira Duarte Angola, apresenta-se em Luanda. Três monstros geradores instalados com a mais monumental selvajaria, que certamente irão destruir a vida das populações circundantes. É esta a moderna cooperação portuguesa além-mar? Destruir, neocolonizar as populações só para facturar algumas patacas? Implementarem a revolta das populações contra os estrangeiros e depois apelidarem-nas de selvagens, incivilizados? Este horrendo crime situa-se encostado ao “célebre” hotel katyavala de um tal general Led, e de mais três prédios, nas traseiras da Pomobel, Zé Pirão, Luanda. Isto mais parece um monumento para engrandecer, perpetuar a memória do nosso ”super-homem” JES-MPLA?
Um grandioso tributo, festejo, aos sessenta e nove anos de idade e trinta e dois de poder? Como são estranhos e insondáveis os caminhos dos ditadores vitalícios.

Centenas de mensagens SMS contestam José Eduardo dos Santos


Olhar com indiferença o que se passa na Líbia parece ser a estratégia oficial.
Foram hoje postas a circular, em Angola, muitas centenas de mensagens de SMS, apelando a um levantamento popular. Entre elas: “Depois de Gadhafi, é hora de JES (José Eduardo dos Santos). E ainda: “32 anos é muito” lê-se num dos escritos que está a circular por via do SMS.

Não obstante, olhar com indiferença o que se passa na Líbia parece ser a estratégia oficial.
Sobretudo com dois bons eventos a decorrer e a concentrar as atenções dos angolanos :
o campeonato africano de basquetebol em Madagáscar e o aniversário do presidente angolano, a assinalar-se no próximo dia 29, este último evento praticamente transformado numa festa nacional. São factos explorados politicamente.
As emissoras do Estado destacam a cobertura das actividades comemorativas do aniversário de Dos Santos com anúncios na Rádio e TV com emissão obrigatória, o que não é permitido a nenhum outro partido político em Angola.
A falta de electricidade ajuda a que a maioria dos angolanos não tenha livre acesso à informação. O interior do país é praticamente um mundo á parte de Angola. O acesso aos canais internacionais fica caro nalguns casos.
Num quadro como este os direitos dos angolanos são repetidas vezes sonegados e, silenciosamente!
Entretanto são os jovens os mais interessados nos acontecimentos pelo mundo. Seguem-lhe o exemplo. Têm convocada uma manifestação para o próximo dia 3 de Setembro.
Segundo Alexandre Santos da organização deste movimento, vão reivindicar pela retirada do poder de Eduardo dos Santos, também a retirada do rosto das notas do kwanza, a moeda nacional, contestar a violação do Artigo 107) da Constituição, entre outros argumentos.
As autoridades estão avisadas faz tempo. É um desafio a sua própria capacidade de resposta neste género de acontecimentos. A própria polícia tem sido acusada de ser instrumentalizada para reprimir actos de manifestação pública.
No sábado passado, o "rapper" Carbono Casimiro e quatro outros indivíduos foram detidos pela Polícia Nacional de Angola, no Largo adjacente à tourada em Luanda, local para onde tinha sido convocada uma conferência de imprensa. Os profissionais de imprensa não escaparam e o correspondente da VOA em Luanda foi um dos jornalistas levados para a esquadra.
Alexandre Neto
VOA ANGOLA24HORAS

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Ciclone Irene prepara-se para atacar Nova Iorque, enquanto o ciclone da corrupção em Angola aumenta de escala, fortalece-se



Prevê-se que no próximo domingo, 28Ago, o furacão Irene atinja Nova Iorque com a escala três, neste momento, de Saffir-Simpson, de um máximo de cinco.
E para a escalada da corrupção em Angola, será conveniente alterar a escala de Saffir-Simpson para um máximo de seis, uma vez que Angola é a recordista de todos os tempos dos ciclones mundiais da corrupção?
Se há escalas para terramotos e para ciclones, porque não se criam também para medir a corrupção de cada país? Angola facilmente rebentaria com qualquer escala, não é?
Imagem do ciclone Irene: CNN

É o Reginaldo Silva que é “falso” ou o documento do banco dele?


Ser ou não ser falso eis a questão.
Mas, o documento do Reginaldo Silva é “falso” ou verdadeiro?
Vejamos o que nos diz o Facebook:

Yuri Guimarães Bom dia "Gente Boa"...
Não fica nada bem uma pessoa penso que “ idónea” o suficiente como o Reginaldo Silva fazer uso de "subterfúgios" para sair e retratar-se de algo que o próprio Reginaldo criou ao não respeitar a deontologia profissional que a sua profissão exige, e que é "INFORMAR COM VERDADE & TRANSPARÊNCIA". Mas como bom profissional que diz ser, não o fez, e confirmou que não o fez, e voltou a reiterar que não o fez comentando no seu ultimo post dedicado a minha pessoa, que o documento foi-lhe enviado por alguém que conhece, e directamente não tem nada a ver com o mesmo.... pelo que o mínimo que deveria fazer antes de publica-lo seria confirmar a veracidade do mesmo. Ops … esqueci-me de um pormenor, o Reginaldo não confirma as noticias que publica, mas limitasse a esperar que alguém envolvido “ligue” para ele a confirmar.
Agora diz ao Amilcar Dacena e aos demais que foi agredido desde o principio!!! Que “excuse” é este agora de ter virado vítima do seu próprio “sensacionalismo” ?!

Eu apenas espero ver no Reginaldo e demais profissionais da informação;
- “Sensatez” no que publicam,
- Que informem e não “insinuem”,
- E que separem sempre os “factos” das “opiniões” pessoais, pois o “ouvi dizer” para mim não é noticia… o que pelos vistos é considerado pelos mais “sensatos jornalistas” como insulto.

Então vamos lá a minha “retrospectiva” pessoal (é que eu fui ensinado a ouvir sempre todas as partes envolvidas antes de julgar):
1º O Reginaldo pôs um post, e eu comentei.
2º O Reginaldo mostrando uma faceta sua da qual não conhecia, este por não parecer ser muito aberto a diversidade de opiniões, manda-me uma mensagem em "OFF" a justificar-se em vez de faze-lo abertamente no post que criou, contudo sem conseguir aplicar na sua abordagem os deveres e regras de natureza ética da sua classe profissional, não respondendo assim as minhas questões, para depois começar a fazer uso de uma linguagem mais “carinhosa” e com “mimos” a mistura.
3º O que se seguiu está aí a vista de todos, foram só 6 (seis) posts dedicados ao Yuri Guimarães… em que a “porca começou a torcer” porque em nenhum dos mesmos o Reginaldo me consegue responder as minha questões, fez uso da sua grande capacidade de aceitar a diversidade “através” de ataques “ZOOOMMMATTTTIIIIIICOS” e “ESPETADAS” a mistura.
4º Como a “Sensatez” não fica mal a ninguém, segui o concelho do mais Velho Reginaldo, e humildemente pus o meu “ZOOOMMMM” ou “ZUUUUMMMM” (só mesmo o Reginlado conhece a diferença entre os dois) a funcionar… e de repente deparo-me “irradiado” com noticias de protocolos e transacções legais e oficiais entre uma instituição bancária e outra partidária, coisa mais normal do mundo.
5º Saudei o Reginaldo com umas “beijocas” mas o mesmo não aceitou, diz-se ser muito higiénico e asseado.
Mandei-o então um “Abração”, e desta vez a “sensatez” do Reginaldo mandou-me “Espetar” o abraço não sei aonde… Decidi então ficar pelos “beijinhos” para o Reginaldo, e fui (agora vou virar “sensacionalista” também) “VIOLENTAMENTE” ameaçado pelo Reginaldo que escreveu o seguinte: “ Caro Yuri Guimarães, mais uma falta de respeito destas e serei obrigado a agir em conformidade, de acordo com as regras do FB.”
Estou a “tremelicar” de medo até agora. Gindungo no olho do outro não arde não é assim prezado Reginaldo.
Para finalizar vou só testar a sua “mea culpa” precisamente com algo que usou para me ameaçar:
SERÁ QUE O REGINALDO AGIU EM CONFORMIDADE, DE ACORDO COM AS REGRAS DO FB QUANDO PUBLICOU O TAL DOCUMENTO????!!!!
PS: Como os “ZOOOMMMMS” pifaram de tanta “irradiação” noticiosa, tive que comprar uns óculos escuros para poder passar a ler as notícias “irradiadas” de “verdade” do Reginaldo.
Um “pincho” para si.
há 4 horas • Gosto

Reginaldo Silva O "concelho" que diz ter recebido da minha parte escreve-se com s. Não me lembro de lhe ter enviado algum conselho. Confundir a publicação da cópia de um doc (que afinal de contas nem sequer deve ser tão falso como o seu famoso zuuummm detectou) com sensacionalismo ultrapassa alguns limites da minha pachorra. Desconhecer a existência de uma instituição chamada "off the record", que utilizei apenas para esclarecer em particular um assunto, e depois, mais grave ainda, confundi-la com falta de transparência, tira-me do sério. Definitivamente estamos mesmo em campeonatos diferentes. A não ser que responda as questões colocadas na retrospectiva, a não tenho mais nada a acrescentar a este assunto. Fim de papo.
há cerca de uma hora • Gosto

Reginaldo Silva PS- Agradeço-lhe que não coloque na minha boca palavras que não disse.

Julius Julius Consules
A propósito: Fiz zoom ao "falso" documento na minha tecnologia de ponta e não notei nada de especial. Os "riscos" que aparecem nas margens são normais quando se faz qualquer fotocópia. Isso não é nenhuma sobreposição. Se o scan foi A4, que é o caso, se o documento não for A4, esses "riscos" aparecem sempre. De qualquer maneira os nossos serviços técnicos descartam a possibilidade de falsificação, pelo que consideramos o documento"falso", verdadeiro.

O que os povos dizem. (Com dicionário para o Reginaldo Silva)



«O José Eduardo dos Santos, (presidente de Angola há quase quarenta anos) não pode mais ganhar as eleições, não pode mais ser presidente, porque senão vai haver guerra. Toda a gente fala mesmo que vai haver guerra. Ele entregou Angola aos estrangeiros, ele escraviza-nos, nós vamos correr com os brancos.»

Dicionário para o Reginaldo Silva. Gente: multidão de pessoas; povo. Número indeterminado de pessoas. Grupo de pessoas que têm o mesmo perfil, interesses, profissão etc. grupo de seguidores de uma idéia, de uma facção ou causa política. pessoa que se impõe ao respeito de outrem.
In Dicionário Electrónico Houaiss da Língua Portuguesa.
Fotos: Ermelinda Freitas






26Ago11. The one that the people say
Mr. José Eduardo dos Santos, (president of Angola there are almost forty years) more it cannot win the elections, more he cannot be a president, because or else it will have war. Everyone same speech that will have war. He gave Angola to the foreigners, he enslaves us, and we will run with the whites.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O REGRESSO AO PASSADO


Para o homem que veio do passado, não há passado sem futuro. Só que nós estamos sem futuro porque não conseguimos sair do passado.
Nunca coloques ninguém na expectativa porque os teus planos gorar-se-ão.
O ser humano é um desconhecido que faz incessantes perguntas a si mesmo, das quais procura obter respostas. Tenta descrever essas sensações através das palavras escritas. E quanto mais escreve, mais os horizontes da dúvida se lhe alargam.
E o filho do rei esclarecia a populaça, essas arruaças, que lhe invocavam os seus direitos de cidadania: «Este reino é do meu pai, e estou nas terras dele. Estou nas minhas terras.»
Uma boa governação é aquela que aumenta impostos e inventa outros. Aplica taxas a qualquer coisa no afã de conseguir dinheiro que estupidamente gastou e nada sobrou, fazendo lembrar o regresso ao passado da Idade Média.
Nesta miséria galopante e depois do caos, que mais se seguirá?! Mais desmaios na nova centralidade eléctrica. Os cortes da energia eléctrica (EE) mantêm-se regulares, na desregulada ditadura eléctrica, na vigarice das garantias das promessas que o problema da EE já estava resolvido. Então, das promessas deles saíram mais brutais apagões/desmaios, 14Ago, das 01.15 às 14.38 horas. 15Ago, 08.03-17.02 e das 17.20 às 21.56 horas. Desde dia 14 a 18Ago que a Interne está uma grande safadeza e parece que assim continuará? Será a vigilância revolucionária permanente? Já nada nos surpreende.
A instalação eléctrica não suporta o louco consumo dos curto-circuitos dos nobres que nos dirigem e que insistem no nosso derrube vivencial. Para eles não passamos de vulgares moscas que se esmagam quando nos incomodam, porque nunca nos informam o que se passa. Quando é que este capitalismo selvagem acaba?! A nossa nobreza conduz o que resta do navio ANGOLA para onde?!
Angola era uma floresta de maravilhas, tinha tudo o necessário para fazer com que o seu povo vivesse feliz e em harmonia, apenas temente ao seu deus Kalunga. Até que um dia alguns aventureiros chegaram e nela descobriram inesgotáveis minas de ouro. Estou a convencer-me que desta vez nos espoliaram a EE devido a mais uma inglória - perda de tempo – reunião da SADC? Esta nossa nobreza está entrevada.
Acaso ou coincidência? Desde que os chineses aqui se instalaram em força, a EE foi-se, tudo se vai… para a China? Na EE custa a entender porque é que a OME-Organização Mundial da Electricidade não intervém em Angola para resolver o mistério de tantos desmaios eléctricos? É que não se sente nenhum cheiro, nada, o que indicia que não é de nenhum produto tóxico? Só pode ser de um grupo de terroristas que pretendem a todo o custo sabotar o trabalho do governo? Então, porque não os prendem, se eles estão devidamente localizados? E já agora, como conseguimos impor-nos como o reino mundial das epidemias, e a da malária deve-se também à acção de grupos terroristas? Também não se prende nenhum “mosquito”, porquê? Com a nobreza no poder, a nossa miséria não pára de crescer. Com esta EE e água, fraude é certa.
Entretanto o nosso querido Chefe, José Eduardo dos Santos, recebeu o enviado especial da Líbia que lhe agradeceu o apoio incansável ao líder líbio Kadafi. Ontem, 16Ago na RNA.
E como Luanda é a cidade mais cara do mundo, cara (?) caríssima, de preços super exagerados, é o peso de quase quarenta anos da hotelaria/idolatria do regime que nos empobrece nas novas vidas das novas centralidades. Nunca tão poucos nos contemplaram com tanta miséria.
Na imprensa internacional surge num ápice que a economia mundial também regressa ao passado, numa "fase nova e perigosa" e os países da zona do euro têm de reagir rapidamente, disse hoje, 13Ago, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. Segundo o responsável, a crise na zona euro "pode ser o maior desafio" para a economia global, que exorta os países europeus a tomarem medidas o mais rapidamente possível.
A catadupa das prisões prossegue por dá cá aquela palha. O regime alega que prendeu David Mendes por ter cometido um insulto ao símbolo da nossa nobreza nacional. E nós, que há quase quarenta anos já fomos insultados mais de um milhão de casas… desculpem, mais de um milhão de vezes?
É uma pena que não se vá ao fundo da questão. Quase quarenta anos sempre com a mesma conversa, o mesmo discurso, que não nos levam a lado nenhum. O discurso repetitivo é cansativo. Não está na hora de mudar de instrumento, isto é, outro vento que nos anuncie promessas que se cumpram.
Estou a pensar em fundar uma igreja, porquê? Decerto perguntarão. É que mão-de-obra, fiéis, não faltam, e com tamanha crendice que facilita imenso a facturação. É só ver como os chefes das seitas arrebanham dinheiro fácil. Evidentemente, é apenas um retrato, quadros, fotografias, um bom produto da fértil imaginação humana. É a escravidão da superstição. Um bom serviço prestado a todos os governos. Na minha opinião acho que são comités de defesa dos interesses pessoais e intransmissíveis da revolução. Este reino é obra de comités de especialidade, mas quando é necessário edificar algo chamam-se os estrangeiros, agora nas vestes de chineses. E finalmente conseguimos que nos outorgassem a cláusula internacional do mais merecido mérito: República dos Desmaiados de Angola.
E houve um tempo terrível, uma época de grande depressão, e os preços baixaram tanto, tanto, que as coisas eram praticamente de borla. E um pequeno grupo aproveitou e comprou Angola que estava em saldo, portanto não lhes custou absolutamente nada, e privatizaram-na junto com a sua população. É por isso que até hoje Angola é propriedade privada.
Abílio Kamalata Numa ameaça Libializar Angola, caso se aprove pacto eleitoral ao sabor do MPLA, conforme noticiado. A afirmação de Numa é de certo modo descabida, pois há quase quarenta anos que Angola está libializada.
De vez em quando acontece-nos cada uma que dá gosto em ouvir os comentários dos anónimos que diariamente circulam contundentes: só pode ser uma onda de selvajaria, de menstruação, de erva de má qualidade talvez da Nigéria, dose elevada de ecstasi, qualquer coisa clonada made in China, desequilíbrio mental, crise de histeria, perda de identidade cultural, literatura marxista mal digerida, traumas psiquiátricos, assistir filmes de terror, passar muito tempo a ver TV… é pá, vai lavar a loiça.
Vou repetir, parafrasear: «Violentas se dizem das margens de um rio, mas não se dizem violentas as margens que o oprimem.» Onde há muita opressão/repressão, a violência brotará como um vulcão.
E os comentários seguem: O Numa aprendeu isso de alguns oradores consumados e respeitados da nossa praça nacional que quando falam nos sintetizam sistematicamente. Com maus professores assumidos, violentos, os alunos aprenderão pessimamente, violentamente.
Enquanto isso, os filhos dos nossos deuses pegam num monte de dinheiro petrolífero e rumam para uma escola de verdade, daquelas onde se paga ensino de luxo. Não há vontade nenhuma de promover o ensino à distância porque o dinheiro não chega para pagar computadores, ou para comprar TVs. Apenas sobra para instalar amantes em apartamentos de no mínimo quinhentos mil dólares.
E sobre a mulher angolana: ó volúpia pantanosa, este tema já está por demais esclarecido, acordaste agora ou quê?! Toda a gente sabe que a mulher angolana é cor chocolate, logo muito diferente das da Somália e do Uganda. Ó activistas, desactivem-se, como nasceram no planeta dos cegos e da burrice, nunca verão nem aprenderão nada. Muitos mais revolucionários e revolucionárias de meia tigela que apenas por frequentarem uma qualquer faculdade da maiuia já pensam que sabem tudo, mas não conseguem revolucionar nada, excepto apenas qualquer exemplo medíocre do que é a involução.
Entrou ao serviço um novo segurança aqui na bwala para proteger os donos inseguros dos ilícitos bens corrompidos petrolíferos deles, porque população é poluição, apenas tem direito à exclusão. Só existe no dicionário de português, no dicionário petrolífero deles não. Então, no outro dia o jovem segurança espantado fala-nos como se fizesse uma grande descoberta: «Tio, afinal à noite, aparecem muitas crianças de oito e dez anos a oferecerem-se, tio, dá só alguma coisa, fazemos-te tudo o que quiseres.»
Bom, neste momento podemos considerar a presente situação assim: a nobreza é o Kadafi, e a UNITA e restante oposição os rebeldes líbios?
Os poetas e escritores ao serviço da realeza não escrevem absolutamente nada sobre os horrores mortais do espezinhar populacional. E muito menos da corrupção. Pelo contrário, ainda defendem os cavaleiros do apocalipse da morte que nos rondam dia e noite. Então, eles são escritores? São poetas?
Não se toleram manifestações, reclamações, críticas, oposição política, greves, direito de cidadania, opiniões contrárias, direito à habitação, a praias, (privatizaram-nas), direito à terra, à liberdade, acesso ao software eleitoral etc, etc. Mas então o que é que se tolera? NADA!!!
Aos interessados: vende-se projecto eleitoral pela melhor oferta?
O mistério das eleições: estamos perante um caso de eleições de casino? Senão vejamos: «Por essa razão, a proposta da UNITA extingue a CIPE e fixa um prazo de 120 dias para o MAT transferir para a CNE, a custódia do Ficheiro Informático Central do Registo Eleitoral (FICRE), softwares, bases de dados, sua memória institucional e demais elementos relativos ao registo eleitoral, necessários para se fazer o mapeamento eleitoral, produzir os cadernos eleitorais e organizar a votação com imparcialidade e transparência.» In conferência de imprensa da UNITA.
Com toda a certeza, afundaremos de vez, e jamais sairemos do abismo em que mergulhamos?
Não está lançado oficialmente mas parece que Angola anunciou um concurso internacional parte-casas e espoliação de terras.
Nós temos o poder do amor. Vê, quando estamos felizes tudo à nossa volta se regozija, tudo se rende à alegria do nosso amor. O melhor projecto que podemos fazer, investir, das nossas vidas é o amor. E como nele já ninguém investe, a economia mundial perdeu a paixão e vive na ilusão do amor. Invistamos pois no amor e salvemos as nossas vidas.


Revolta no Namibe.


A panela do vulcão vai-se destapando, até que por fim se liberta das forças desumanas que a oprimem, e então num só poderoso ronco a população de Cabinda ao Cunene revoltar-se-á espontaneamente e a armadilha da fera ditadora será desactivada, libertada. Chineses e outros opressores que parem já com a espoliação de Angola. Os tempos são de mudança.

«Namíbe: População revolta-se contra administrador local
Mais mil e oitocentas pessoas marcharam hoje pelas ruas da cidade do Namíbe, manifestando o seu descontentamento pelo mau trabalho da Administração Municipal de Armando Valente
Por Armando Chicoca | Namibe voanews.com
Mais mil e oitocentas pessoas marcharam hoje pelas ruas da cidade do Namíbe, manifestando o seu descontentamento pelo mau trabalho da Administração Municipal de Armando Valente.
Os maus-tratos à população,suposta arrogância e falta de honestidade na distribuição de terrenos, contam-se entre as principais razões invocadas pelos descontentes que,em jeito de protesto, marcharam um percurso aproximadamente de três quilómetros,com início no mercado do Bairro Cinco de Abril até à sede da Administração Municipal do Namibe.
Já defronte de Administração Municipal do Namíbe,onde permaneceram mais de quatro horas, sob um aparato policial,que impedia a sua progressão às instalações da Administração do Município sede, muitos não se coibiram com a presença das armas e,portanto,falaram o que sentiam na alma.
Augusto Kapica, natural de Quipungo e residente no Namíbe há mais de cinquenta anos,era o mais infeliz do grupo. Depois de ter dito à Voz de América que o povo esperou nove meses no ventre da mãe de cada um, o que pressupõe dizer que o governo deve respeitar também a vida humana, acabou por ser o escolhido do Administrador Municipal Armando Valente para a detenção,causando mau estar no seio daquela população, de si já revoltada com a perspectiva da demolição de suas casas no Bairro Kamatondo.
O povo protestou e o Comandante Provincial do Namíbe da Policia Nacional, o comissário António Kandela, prontamente mandou corrigir o erro da corporação e o cidadão em causa voltou á liberdade.
"Porque é que o senhor administrador mandou prender o mais velho do nosso bairro.Votámos no MPLA e, agora, com estas manias em quem vamos votar? Será que votámos para sofrer?", questionou um dos mais revoltados do grupo,logo depois de ter sido posto em liberdade o mais velho do grupo, que aparenta ter 60 anos de idade, de seu nome Augusto Kapica.
A manifestaçao aconteceu numa altura em que a Governadora do Namíbe, Cândida Celeste da Silva, se encontrava na cidade do Lubango,participando nas exéquias fúnebres do reitor da Universidade Mandume, Ya Nde Mofayo, falecido na semana finda.»
Imagem: Manifestação nas ruas do Namíbe

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Os chineses e JES-MPLA.


Jesse Lufendo no Facebook

É muito triste, todos os dias faço BENGUELA LOBITO, vejo como muitos angolanos trabalham em pessimas condiçoes nas obras do CFB e, se reparar bem nota-se mesmo que não passam dos 17, 18 a 21 anos na sua maioria, ja o ano passado um cidadão do kwanza sul desistiu porque estavam a trabalhar na mesma provincia e, quando deu conta ja estava no cubal doente os Chines obrigam a trabalhar com e quando estava em estado grave lhe depositaram no hospital municipal do Cubal, onde veio a descobrir que é seropositivo.triste

terça-feira, 23 de agosto de 2011

AVES DE RAPINA. Luis São João deixou um novo comentário na sua mensagem "A Verdadeira história da Build Angola":


AVES DE RAPINA
Fui indagar, na primeira semana de Agosto de 2010, com os responsáveis da BUILD/READI Angola, sobre a posição da minha casa, projecto Nosso Lar - Estadio, lote nº 91.

O condomínio está paralisado há vários meses. Jamais a casa estará pronta em Outubro de 2011, conforme contrato de compra e venda assinado em Outubro de 2010, pois a obra foi embargada pelo GPL, por se situar numa área reserva do Estado.

Ao solicitar a devolução da totalidade do pagamento efectuado, foi-me sugerido pela responsável que ainda se encontar em Luanda, Maria Luiza Saldanha, para enviar uma carta á Direcção, desitindo do projecto e solicitando a devolução do dinheiro.
Com esta artimanha, pretendia a BUILD/READI Angola invocar a cláusula de desistência, inserida no contrato de compra e venda e fazer reverter a totalidade da quantia paga para a BUILD/READI Angola com uma multa acrescida de 15% do valor do bem adquirido.

Uma empresa séria não actua desta maneira.
Também não comercializa um condomínio sem licença e alvará de construção, emitido pelas entidades competentes.

Neste momento estaão a informar os clientes que as obras estão paralisadas, mas que serão reactivadas nos próximos 30 dias.

Pura mentira.
O objectivo é ganhar tempo.
Para o efeito estão a contactar os clientes que só deram um sinal, para pagarem a totalidade da casa, seduzindo-os com um desconto especial nas parcelas por pagar, afim de "raparem o fundo do tacho" antes de abandonarem Angola como fizeram já os sócios da empresa. Os que pagaram antecipadamente a casa na totalidade, dificilmente verão a cor do dinheiro que adiantaram.

E tudo isto feito tranquilamente e a que tudo indica a coberto de certas autoridades e de altas figuras públicas angolanas.

Neste momento estou a accionar a justiça angola, mas receio que será mais um caso perdido no lamaçal em que os brasileiros da BUILD/READI Angola lançaram por todo o país, denegrindo a imagem de outros brasileiros que de uma maneira séria, estão ajudando a construir um melhor futuro para os angolanos.

ldsj4429@gmail.com

Manifestações na SONANGALP e de professores. Espoliação de largo no Bairro Marçal


Trabalhadores da SONANGALP, filial da sua congénere portuguesa GALP, partem para manifestações no dia 29 de Agosto e no dia 02 de Setembro. Motivos: Discriminação salarial, racial e despedimentos abusivos (para empregar trabalhadores portugueses, claro?. Portugueses auferem de seis a oito mil dólares mensais enquanto que o mwangolé com a mesma categoria ganha a habitual miséria. Tentaram várias vezes contactar com o seu director, mas em vão. Este evitou o contacto com a Rádio Ecclesia.) In Rádio Ecclesia.

Benguela. Várias manifestações, incluindo greves, vigílias, se até esta quinta-feira, 25Ago, não lhes pagarem os salários. In Rádio Ecclesia, correspondência de José Manuel.

Luanda. Largo no bairro Marlçal vão-lhe construir um prédio. E uma tal senhora, Maria do Céu, surgiu como dona do largo, eh! eh! eh! E o Governo da Província de Luanda diz que a coisa está legal. Entretanto os ânimos exaltam-se. In Rádio Ecclesia
E também entretanto as caldeiras da cidade vão aquecendo, fervendo, até que sem dúvidas que estoirarão. A selvajaria, é o termo, generaliza-se. É que qualquer pessoa surge e nos rouba tudo com a conivência de JES-MPLA.

Esperemos que essa via não nos seja imposta


Esperemos que JES-MPLA tenha o bom senso de não nos encaminhar, encomendar para uma solução à Kadafi. É que acredito, com a violência inaudita a que estamos habituados, se essa via nos for imposta, meu deus, é que nem os sapatos se aproveitam. É que estamos, vivemos numa sociedade que em violência não se compara com os últimos conflitos a que assistimos.
Que JES-MPLA evite ao máximo esta decisão, porque é tanto o ódio acumulado nos nossos corações que ele transbordará e nada nem ninguém o segurará.

Como se vivêssemos num paraíso


21Ago, 13.51 horas. Ouvi o ensaio do som característico de um MIG no aeroporto de Luanda. Será que se preparam para bombardearem os militantes dos partidos políticos, qualquer manifestação e a população?

21Ago, 13.00 horas. E acabo de ouvir a abertura do noticiário da RNA-Rádio Nacional de Angola, e os títulos são como se vivêssemos num paraíso. Estamos todos bem, na felicidade plena, não existe nenhum problema. Referiram-se ao Kadafi anunciando que rebeldes líbios tentaram assaltar Tripoli. Tal e qual como se estivessem nos tempos áureos da informação marxista-leninista, e em que para conversarmos fazíamo-lo a medo, desconfiando de tudo e de todos. Pois bastava uma simples denúncia anónima e lá íamos, se escapássemos com vida era sorte.

Ontem, 20Ago, vi fiscais do GPL-Ingombota em plena actividade de campo na Zona do Zé Pirão. Vinham na habitual carrinha à frente de um Hiace/candongueiro. Pararam, interromperam o trânsito e saíram muito mais rápidos que o vento, espoliaram um ou dois jovens e partiram mais rápidos que um furacão. Toda a gente abanava a cabeça pelo insólito, isto é, portaram-se como vulgares gatunos. Pelo andar da carruagem faz supor que não se sabe quem é que aqui manda. Há muita gente a descomandar, e muito brevemente a bwala ficará totalmente descontrolada. Como eles estão rodeados de tropas e seguranças especiais, estão convencidos que nada lhes acontecerá. Que ingenuidade.

Luanda, 21Ago, Demolição de 120 casas no bairro da Petrangol, Sambizanga, completamente ilegal. Nem se sabe quem é que está por trás da terrível negociata. Chineses? Como sempre os moradores são abandonados à sua sorte. Rádio Ecclesia.
Entretanto kadafi lá se vai, e nem isto lhes serve de aviso. Pelo contrário ainda aterrorizam mais. Não falta muito. Mas quem é que dirige Angola? Chineses?

DITADURA EM PÃNICO?
21Ago, Seis militantes do PP-Partido Popular, detidos esta manhã em Luanda na zona do S. Paulo quando exerciam a sua actividade normal de distribuição de panfletos. O mais estranho é que a viatura de trabalho também foi apreendida. Radio Ecclesia
Isto está a ficar bom demais. Estes tipos só sabem prender pessoas à toa, não sabem fazer mais nada. E quando chegar a hora deles?
«Jovens acendem velas de fronte a 5ª esquadra na Maianga. Acontece na 5ª esquadra da divisão da Maianga, uma vigília dos protagonistas da manifestação do dia 3 do próximo mês. ANGOLA24HORAS»

Internet está assim tão lenta, será que a secreta instalou software de vigilância? Se sim, complicam o que é fácil, como sempre. A presente situação de total terror e repressão tem os dias contados, porque não dá para viver assim muito tempo.

Se os chineses já desviam condutas de água de abastecimento à cidade de Luanda para abastecer uma fábrica de gelo deles, conforme relato de Chiquita Bacana Kundi, isto é concorrência desleal, neocolonialismo, a seguir desviarão a Presidência da República? Isto é, ANGOLA JÁ É DELES?!

O punho de ferro de um ditador


“O impulso contra o regime de Kadhafi está a chegar a um ponto sem retorno. Tripoli está a escorregar das garras de um tirano. O regime de Khadafi está a revelar sinais de estar a colapsar. O povo da Líbia está a mostrar que a busca universal pela dignidade e pela liberdade é muito mais forte do que o punho de ferro de um ditador.”
– Barack Obama, presidente americano, 21 de Agosto de 2011
In Registos Verbais. canalmoz

MPLA PROSSEGUE A SUA CAMPANHA DE TERROR E INTIMIDAÇÃO NACIONAL


Pela terceira vez consecutiva uma viatura de um dos responsáveis da conhecida Associação Mãos Livres voltou a ser saqueada hoje na Samba. No local do parqueamento são visíveis danos materiais e há agora um crescente sentimento de insegurança entre alguns membros da organização.

O último acto de vandalismo teve mais ou menos o mesmo modus operandi dos anteriores casos. Os assaltantes forçaram um dos vidros laterais, desbloquearam as portas, vasculharam o interior e arrancaram todo sistema de elevação dos vidros das portas. Os espelhos retrovisores da viatura Toyota RAV-4 não foram poupados igualmente.

André Dambi é advogado e responde pela área da Litigação da organização de defesa dos direitos humanos, Mãos Livres. Para o responsável a sucessão de acontecimentos não é alheia as declarações proferidas recentemente por responsáveis partidários no governo.

Bento Bento o secretário do MPLA em Luanda, quando convocou a manifestação pró-governamental de Sábado acusou a organização " Mãos Limpas" (sic) de ser composta por angolanos que "se julgam melhores do que os outros" e de fazer parte uma vasta conspiração internacional contra Angola, o MPLA e o presidente José Eduardo dos Santos. Essa conspiração envolveria vários países europeus!!

No sábado passado a viatura dum outro advogado, por sinal presidente da Associação, David Mendes, tinha sido vandalizada na própria residência, sita na Vila Alice.

Esta é uma situação a qual é difícil ficar-se indiferente, adianta o defensor popular, André Dambi.

"Isto é um quadro que está a preocupar a direcção da associação e os seus membros," disse.

"Estamos em sobressalto porque isto aconteceu comigo, aconteceu com o David Mendes e amanhã pode acontecer com outro," acrescentou Dambi
Não resultou a tentativa de contacto por nós encetada com o porta-voz da polícia Jorge Pedro Bengui que se mostrou ocupado com afazeres que têm haver com a organização do carnaval.

Bento Bento na foto. É agora o porta voz do Partido-Estado em Luanda e acusou a organização de Defesa dos Direitos Humanos "Mãos Limpas" (sic) de ser parte de uma conspiração internacional contra Angola, o MPLA e José Eduardo dos Santos. Todos os regimes totalitários, quando não sabem lidar internamente com a diferença, vêem fantasmas em todo o lado, vindos do estrangeiro...

Telmo Vaz Pereira, nos Amigos do Bloco Democrático no Facebook