quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O REGRESSO AO PASSADO


Para o homem que veio do passado, não há passado sem futuro. Só que nós estamos sem futuro porque não conseguimos sair do passado.
Nunca coloques ninguém na expectativa porque os teus planos gorar-se-ão.
O ser humano é um desconhecido que faz incessantes perguntas a si mesmo, das quais procura obter respostas. Tenta descrever essas sensações através das palavras escritas. E quanto mais escreve, mais os horizontes da dúvida se lhe alargam.
E o filho do rei esclarecia a populaça, essas arruaças, que lhe invocavam os seus direitos de cidadania: «Este reino é do meu pai, e estou nas terras dele. Estou nas minhas terras.»
Uma boa governação é aquela que aumenta impostos e inventa outros. Aplica taxas a qualquer coisa no afã de conseguir dinheiro que estupidamente gastou e nada sobrou, fazendo lembrar o regresso ao passado da Idade Média.
Nesta miséria galopante e depois do caos, que mais se seguirá?! Mais desmaios na nova centralidade eléctrica. Os cortes da energia eléctrica (EE) mantêm-se regulares, na desregulada ditadura eléctrica, na vigarice das garantias das promessas que o problema da EE já estava resolvido. Então, das promessas deles saíram mais brutais apagões/desmaios, 14Ago, das 01.15 às 14.38 horas. 15Ago, 08.03-17.02 e das 17.20 às 21.56 horas. Desde dia 14 a 18Ago que a Interne está uma grande safadeza e parece que assim continuará? Será a vigilância revolucionária permanente? Já nada nos surpreende.
A instalação eléctrica não suporta o louco consumo dos curto-circuitos dos nobres que nos dirigem e que insistem no nosso derrube vivencial. Para eles não passamos de vulgares moscas que se esmagam quando nos incomodam, porque nunca nos informam o que se passa. Quando é que este capitalismo selvagem acaba?! A nossa nobreza conduz o que resta do navio ANGOLA para onde?!
Angola era uma floresta de maravilhas, tinha tudo o necessário para fazer com que o seu povo vivesse feliz e em harmonia, apenas temente ao seu deus Kalunga. Até que um dia alguns aventureiros chegaram e nela descobriram inesgotáveis minas de ouro. Estou a convencer-me que desta vez nos espoliaram a EE devido a mais uma inglória - perda de tempo – reunião da SADC? Esta nossa nobreza está entrevada.
Acaso ou coincidência? Desde que os chineses aqui se instalaram em força, a EE foi-se, tudo se vai… para a China? Na EE custa a entender porque é que a OME-Organização Mundial da Electricidade não intervém em Angola para resolver o mistério de tantos desmaios eléctricos? É que não se sente nenhum cheiro, nada, o que indicia que não é de nenhum produto tóxico? Só pode ser de um grupo de terroristas que pretendem a todo o custo sabotar o trabalho do governo? Então, porque não os prendem, se eles estão devidamente localizados? E já agora, como conseguimos impor-nos como o reino mundial das epidemias, e a da malária deve-se também à acção de grupos terroristas? Também não se prende nenhum “mosquito”, porquê? Com a nobreza no poder, a nossa miséria não pára de crescer. Com esta EE e água, fraude é certa.
Entretanto o nosso querido Chefe, José Eduardo dos Santos, recebeu o enviado especial da Líbia que lhe agradeceu o apoio incansável ao líder líbio Kadafi. Ontem, 16Ago na RNA.
E como Luanda é a cidade mais cara do mundo, cara (?) caríssima, de preços super exagerados, é o peso de quase quarenta anos da hotelaria/idolatria do regime que nos empobrece nas novas vidas das novas centralidades. Nunca tão poucos nos contemplaram com tanta miséria.
Na imprensa internacional surge num ápice que a economia mundial também regressa ao passado, numa "fase nova e perigosa" e os países da zona do euro têm de reagir rapidamente, disse hoje, 13Ago, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick. Segundo o responsável, a crise na zona euro "pode ser o maior desafio" para a economia global, que exorta os países europeus a tomarem medidas o mais rapidamente possível.
A catadupa das prisões prossegue por dá cá aquela palha. O regime alega que prendeu David Mendes por ter cometido um insulto ao símbolo da nossa nobreza nacional. E nós, que há quase quarenta anos já fomos insultados mais de um milhão de casas… desculpem, mais de um milhão de vezes?
É uma pena que não se vá ao fundo da questão. Quase quarenta anos sempre com a mesma conversa, o mesmo discurso, que não nos levam a lado nenhum. O discurso repetitivo é cansativo. Não está na hora de mudar de instrumento, isto é, outro vento que nos anuncie promessas que se cumpram.
Estou a pensar em fundar uma igreja, porquê? Decerto perguntarão. É que mão-de-obra, fiéis, não faltam, e com tamanha crendice que facilita imenso a facturação. É só ver como os chefes das seitas arrebanham dinheiro fácil. Evidentemente, é apenas um retrato, quadros, fotografias, um bom produto da fértil imaginação humana. É a escravidão da superstição. Um bom serviço prestado a todos os governos. Na minha opinião acho que são comités de defesa dos interesses pessoais e intransmissíveis da revolução. Este reino é obra de comités de especialidade, mas quando é necessário edificar algo chamam-se os estrangeiros, agora nas vestes de chineses. E finalmente conseguimos que nos outorgassem a cláusula internacional do mais merecido mérito: República dos Desmaiados de Angola.
E houve um tempo terrível, uma época de grande depressão, e os preços baixaram tanto, tanto, que as coisas eram praticamente de borla. E um pequeno grupo aproveitou e comprou Angola que estava em saldo, portanto não lhes custou absolutamente nada, e privatizaram-na junto com a sua população. É por isso que até hoje Angola é propriedade privada.
Abílio Kamalata Numa ameaça Libializar Angola, caso se aprove pacto eleitoral ao sabor do MPLA, conforme noticiado. A afirmação de Numa é de certo modo descabida, pois há quase quarenta anos que Angola está libializada.
De vez em quando acontece-nos cada uma que dá gosto em ouvir os comentários dos anónimos que diariamente circulam contundentes: só pode ser uma onda de selvajaria, de menstruação, de erva de má qualidade talvez da Nigéria, dose elevada de ecstasi, qualquer coisa clonada made in China, desequilíbrio mental, crise de histeria, perda de identidade cultural, literatura marxista mal digerida, traumas psiquiátricos, assistir filmes de terror, passar muito tempo a ver TV… é pá, vai lavar a loiça.
Vou repetir, parafrasear: «Violentas se dizem das margens de um rio, mas não se dizem violentas as margens que o oprimem.» Onde há muita opressão/repressão, a violência brotará como um vulcão.
E os comentários seguem: O Numa aprendeu isso de alguns oradores consumados e respeitados da nossa praça nacional que quando falam nos sintetizam sistematicamente. Com maus professores assumidos, violentos, os alunos aprenderão pessimamente, violentamente.
Enquanto isso, os filhos dos nossos deuses pegam num monte de dinheiro petrolífero e rumam para uma escola de verdade, daquelas onde se paga ensino de luxo. Não há vontade nenhuma de promover o ensino à distância porque o dinheiro não chega para pagar computadores, ou para comprar TVs. Apenas sobra para instalar amantes em apartamentos de no mínimo quinhentos mil dólares.
E sobre a mulher angolana: ó volúpia pantanosa, este tema já está por demais esclarecido, acordaste agora ou quê?! Toda a gente sabe que a mulher angolana é cor chocolate, logo muito diferente das da Somália e do Uganda. Ó activistas, desactivem-se, como nasceram no planeta dos cegos e da burrice, nunca verão nem aprenderão nada. Muitos mais revolucionários e revolucionárias de meia tigela que apenas por frequentarem uma qualquer faculdade da maiuia já pensam que sabem tudo, mas não conseguem revolucionar nada, excepto apenas qualquer exemplo medíocre do que é a involução.
Entrou ao serviço um novo segurança aqui na bwala para proteger os donos inseguros dos ilícitos bens corrompidos petrolíferos deles, porque população é poluição, apenas tem direito à exclusão. Só existe no dicionário de português, no dicionário petrolífero deles não. Então, no outro dia o jovem segurança espantado fala-nos como se fizesse uma grande descoberta: «Tio, afinal à noite, aparecem muitas crianças de oito e dez anos a oferecerem-se, tio, dá só alguma coisa, fazemos-te tudo o que quiseres.»
Bom, neste momento podemos considerar a presente situação assim: a nobreza é o Kadafi, e a UNITA e restante oposição os rebeldes líbios?
Os poetas e escritores ao serviço da realeza não escrevem absolutamente nada sobre os horrores mortais do espezinhar populacional. E muito menos da corrupção. Pelo contrário, ainda defendem os cavaleiros do apocalipse da morte que nos rondam dia e noite. Então, eles são escritores? São poetas?
Não se toleram manifestações, reclamações, críticas, oposição política, greves, direito de cidadania, opiniões contrárias, direito à habitação, a praias, (privatizaram-nas), direito à terra, à liberdade, acesso ao software eleitoral etc, etc. Mas então o que é que se tolera? NADA!!!
Aos interessados: vende-se projecto eleitoral pela melhor oferta?
O mistério das eleições: estamos perante um caso de eleições de casino? Senão vejamos: «Por essa razão, a proposta da UNITA extingue a CIPE e fixa um prazo de 120 dias para o MAT transferir para a CNE, a custódia do Ficheiro Informático Central do Registo Eleitoral (FICRE), softwares, bases de dados, sua memória institucional e demais elementos relativos ao registo eleitoral, necessários para se fazer o mapeamento eleitoral, produzir os cadernos eleitorais e organizar a votação com imparcialidade e transparência.» In conferência de imprensa da UNITA.
Com toda a certeza, afundaremos de vez, e jamais sairemos do abismo em que mergulhamos?
Não está lançado oficialmente mas parece que Angola anunciou um concurso internacional parte-casas e espoliação de terras.
Nós temos o poder do amor. Vê, quando estamos felizes tudo à nossa volta se regozija, tudo se rende à alegria do nosso amor. O melhor projecto que podemos fazer, investir, das nossas vidas é o amor. E como nele já ninguém investe, a economia mundial perdeu a paixão e vive na ilusão do amor. Invistamos pois no amor e salvemos as nossas vidas.


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