Pretória (Canalmoz) - O governo do Zimbabwe emitiu um ultimato a 13 empresas estrangeiras, pedindo-lhes para ceder a maioria das suas acções aos interesses locais, sob pena de apreensão, reportou sexta-feira o diário estatal The Herald.
“Um ultimato, que expira dentro de duas semanas, foi emitido ao Barclays Bank, à Standard Chartered, a seis companhias de mineiras e outras cinco empresas, com vista a apresentar um plano aceitável de indigenização, sob pena de perderem as suas licenças e de serem apreendidas pelo governo”, indica o Herald.
As companhias Nestlé e British American Tobacco integram a lista de empresas visadas pelo regime de Mugabe.
“A indigenização” significa a tomada do controlo das empresas do país por zimbabweanos.
“Se as empresas (visadas pelo ultimato) não estiverem em conformidade com as suas obrigações, o ministério está autorizado pela lei sobre a indigenização de abrir um processo para cancelar as suas licenças”, precisa o Herald.
Uma recente lei exige que todas as empresas estrangeiras que operam no Zimbabwe apresentem um plano de transferência de 51% das suas acções para os zimbabweanos.
Esta nova lei é fortemente defendida pelo Presidente Robert Mugabe, mas o seu Primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, que é também o seu principal opositor, teme que a mesma desencoraje os investidores.
Para Mugabe, o objectivo proclamado é de “corrigir os desequilíbrios económicos” herdados do período colonial, que terminou em 1980.
O país esforça-se actualmente em recuperar a sua economia, abalada por uma crise de quase uma década e agravada por uma grave crise política que levou à formação do actual governo coligação, onde convivem os apoiantes do Presidente Robert Mugabe, da ZANU-FP, e os do Primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, do MDC.(Redacção)
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