quarta-feira, 14 de março de 2012

Demissão em grupo no “Galo Negro”


Namibe - O dia 14 de Março entra na memoria colectiva da politica angolana, marcando a renúncia histórica de 38 anos de militância de Abel Chivukuvuku na UNITA., Calmo e sereno, Chivukuvuku parte para um novo projecto, denominado “Salvação Nacional”.

*Armando Chicoca
Fonte: Club-k.net
Segundo o programa que tivemos acesso, dois momentos, marcam o acto que vai decorrer numa das salas do Hotel Alvalade, dia 14.03, com inicio ás 9H30.

Depois da apresentação do mestre da cerimonia, o Dr. Abel Epalanga Chivukuvuku, vai proceder a declaração de renuncia da militância do partido do galo negro, onde de entre vários cargos que exerceu na UNITA desde o ano 1974, aos dias de hoje, a representação do velho Jonas Malheiro Savimbi, na capital do pais.

Seguidamente, pronunciar-se-ão outros quadros, também presentes ao acto, igualmente procedendo declaração de renuncia do partido do galo negro.

Sabe-se no entanto que vários quadros da UNITA, em Lunada e noutras províncias de Angola também manifestam o interesse de congelar a sua militância e partirem para um novo projecto.

Os militantes e quadros daquele partido domiciliados na província de Luanda, poderão pronunciar-se entre os dias 15 e 16, tendo em conta a pressão emocional, o mesmo faz-se sentir na região sul de Angola, sobretudo nas províncias da Huila, Namibe e Cunene, onde os veteranos Carlos Alberto “Calitas”, mucoroca gema de Porto Alexandre que partiu daquela cidade para a matas do Huambo em companhia de seu colega de escola, actual general das FAA. Adriano Mackenzie, e o Brigadeiro Octaviano no Cunene descendentes de Vakulukuta, poderão igualmente declarações de renúncia a Unita, nos dias 16 á 17 do mês em curso.


Soube-se nas províncias do centro do norte de Angola que o termómetro está a subir, vários quadros do partido do galo negro vão igualmente proceder a renuncia da sua militância.

Os quadros que renunciam a militância da UNITA, foram aconselhados pelos mais velhos, que por razões históricas vão mantendo-se na capoeira de Samacuva, no sentido de não se insurgirem contra a UNITA e o partido no poder.

Caberá a coligação que deverá sair do congresso de Abril, criar estratégias politico-eleitoral que visa cimentar a confiança da população sob pilares do respeito pela diferença e convivência pacifica.

O Secretario provincial do Namibe da UNITA, Vitorino Ndunduma, que por ocasião do 46º aniversário da fundação do partido do galo negro, em Muangai, Província do Moxico, no dia 16 de Março de 1966, sob liderança do Presidente fundador, Dr Jonas Malheiro Savimbi, chamou os jornalistas em conferencia de imprensa, foi instado a emitir a sua opinião em relação a renúncia de militância do Dr Abel Chivukuvuku da Unita, depois de 38 anos nas fileiras do galo negro.

Os dirigentes do meu partido não conhecem a força da própria Unita

O Secretario da UNITA no Namibe, Vitorino Ndunduma, reagiu que a saída da capoeira de Samacuva do então chefe da bancada parlamentar da UNITA, «parlamento dos 16 anos de legislatura», Dr Abel Chivukuvuku, cuja a declaração publica deverá ter lugar nesta quarta-feira numa das salas de conferência do Hotel Alvalade, mostrou-se espantoso.

Em relação ao companheiro Abel Chivukuvuku, eu as vezes faço a minha reflexão, porque as vezes esta historia que nos habituamos contar, o fulano sai da UNITA, ou porque depois a UNITA vai ser! Vai…não sai mesmo nada. È preciso conhecer bem a historia do partido e alguns dirigentes nossos não conhecem a força da própria UNITA, reagiu o politico em conferencia de imprensa.

O decréscimo de assentos no parlamento Nacional, resultante do pleito eleitoral de 2008, portanto, onde a UNITA não conseguiu sequer melhorar a chapa de 70 deputados, acabando por decair para 16, em 2008, Vitorino Ndunduma, agarra-se no fenómeno fraude eleitoral e considera irrelevante a polémica instalada a volta da saída de Jorge Valentim, do quadro orgânico do partido do galo negro.

Assegurou que o mesmo poderá acontecer com a renúncia do Dr. Abel Chivukuvuku e seus seguidores, cuja a expectativa em torno ao dia 14 de Março, portanto, amanhã, dispensa comentários. Não vai resultar em dano algum, igualmente não vai criar qualquer desequilíbrio politico no seio do partido.

«Foi assim como o Dr. Jorge Valentim, toda a agente dizia que é um barão, agora foi-se embora, a UNITA, vai sair prejudicada nisso. Não! Ele esta lá, no lugar dele e a UNITA, continua sempre firme. Mas como o mano Abel Chivukuvuku, prometeu fazer declaração pública á nação e ao mundo, dia 14 do mês em curso, eu prefiro esperar, até que ele se pronuncie. Mas não tenhamos ilusão porque mesmo que ele saia, a UNITA não vai-se desfazer. Nós já tivemos traições e outros actos, mas o galo negro sempre firme. Se há quadros que vão lhe acompanhar, não perguntem isto a mim», reagiu em conferencia de imprensa por si convocada.

Chamado projecto de salvação nacional é extensivas as 18 províncias de Angola

Soube-se de fonte segura que os próximos dias subsequentes á declaração de retirada da Unita, pelo carismático e politico, Abel Chivukuvuku, como é tratado nos vários círculos e lides angolanas, outros quadros dirigentes daquele partido, nas 18 províncias de Angola, prepara-se para igualmente congelar a sua militância na UNITA e partir para o chamado projecto de salvação nacional.

Luanda, capital do país, é a província de Angola que mais quadros poderão renunciar da UNITA, no próximo dia 15, enquanto que as províncias, do Namibe, sob liderança do então deputado e oficial general licenciado, Carlos Alberto “Calitas”, no Cunene, pelo Brigadeiro Octaviano, a par das províncias da Huila e Kuando Kubango, outras províncias do centro e norte de Angola, também preparam-se na empreitada de proceder declarações de congelação da militância na UNITA, partindo para outros projectos políticos supostamente sustentáveis.

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