quinta-feira, 17 de julho de 2008

Meditando. Cemitério Global G8



As democracias… são ditaduras inteligentes. As democracias são as ditaduras da poluição. São democracias a fingir porque pactuam com criminosos especuladores de todos os domínios. Porque não acabam com os especuladores? Porque eles inventaram a democracia, para continuarem a dominar-nos, a escravizar-nos.

Os que estão nos poderes sabem e dirigem-nos, comandam-nos especulativamente. Presidentes, primeiros-ministros, continuamente no comando da fabricacão da poluição e da especulação. Mantêm boas relações com regimes ditatoriais… em nome da democracia e dos acordos de cooperação. Sim… está correcto! São acordos entre governos, não entre povos. Os povos nunca existiram, confundem-se, são reais bestas de carga.

Somos governados globalmente por democracias de especuladores. A democracia é a ditadura da poluição. São especuladores imobiliários disfarçados de democratas. Já ninguém ousa enfrentá-los porque as democracias finalmente conseguiram, o que ninguém antes conseguiu: o controlo cerebral das populações. Já não existem intelectos.

Despertem, adormecidos de todo o mundo! Vamos combater – para sobreviver – esta geração de asnos mundiais, governamentais.

Gil Gonçalves


IHU On-Line - O senhor afirmou, em outra entrevista concedida à IHU On-Line, que não há insuficiência de produção de alimentos e sim mau uso desses alimentos e má distribuição. É a isso que o senhor atribui a crise de alimentos no mundo?

Ladislau Dowbor - Temos 6,7 bilhões de habitantes, e produzimos mais de 2 bilhões de toneladas de grãos, o que significa que produzimos quase um quilo de grãos por pessoa e por dia no planeta, amplamente suficiente para alimentar a todos. Há diversos processos que estão convergindo para criar dificuldades, alguns de curto prazo, outros mais estruturais. De imediato, a crise financeira provocada pelas aventuras especulativas dos investidores institucionais (norte-americanos em particular) está desviando fundos anteriormente aplicados na área especulativa imobiliária para aplicações consideradas mais seguras, e para os especuladores investir no mercado de futuros de grãos parece seguro.

Ou seja, já se está especulando com os alimentos, e a alocação de fundos especulativos nesta área eleva os preços. Um movimento mais amplo e de fundo está puxando grãos alocados para alimentação para a produção de biocombustíveis, movimento particularmente forte nos Estados Unidos, que utilizam milho para este fim, o que, além de antieconômico (o balanço energético do biocombustível de milho não é interessante), puxou para cima os preços. A especulação se realimenta neste processo, prevendo que haverá falta de grãos, e aprofundando esta falta ao apostar na alta de preços. A alta de preços dificulta o acesso à comida por parte dos mais pobres, cerca de 800 milhões de pessoas no mundo que não comem o suficiente.
Ladislau Dowbor

In Alimentos, combustíveis, prêços – Entrevista para IHU-Online – 18 de maio 2008.
Entrevista Ladislau Dowbor na IHU-Online – Disponível em http://www.unisinos.br/ihuonline/uploads/edicoes/1211226193.53pdf.pdf


Não conheço a ementa, mas atrevo-me a pensar que será parecida com a dos membros do G8 que para analisar a pobreza no mundo comeram trufas pretas, caranguejos gigantes, cordeiro assado com cogumelos, bolbos de lírio de Inverno, supremos de galinha com espuma de raiz de beterraba e uma selecção de queijos acompanhados de mel e amêndoas caramelizadas, com cinco vinhos diferentes, entre os quais um Château-Grillet 2005, que está avaliado em casas da especialidade online a cerca de 70 euros cada garrafa.

Orlando de Castro Alto Hama
In http://altohama.blogspot.com/2008/07/jos-scrates-ca-em-luanda-mas-bem-longe.html
Imagem do manjar: http://www.gastronomias.com/tromba-rija/rija3.jpg
Gil Gonçalves

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