A especulação imobiliária da política prossegue a muito mau biorritmo no Zimbabué. Os presidentes homólogos apoiam-no.
A China aproveita e incendeia o que resta do Zimbabué, financiando e armando pretensos comunistas, cria grupos que a favorecem. Procura bases para se implantar, e depois a restante África negra arrasar, incendiar.
Entretanto, pedreiros-livres disfarçados de comunistas/comodistas atrelam-se nos barris petrolíferos e ofuscam-se na intensidade dos brilhos diamantíferos.
Um país que deixou de ser quem era. É um cadáver sem morgue, sem casa mortuária. Vive na incapacidade congénita governativa generalizada.
Oh, como adoro este cheiro petrolífero!
Sempre foi assim, e sempre assim será!.. Não!.. Cada vez será pior.
Já foi república das bananas, da jinguba, em breve mais um estado falhado, um novo Darfur edificado.
Sou Jornalista, Você é Árabe?
Gil Gonçalves
Livro de Ana Paula Castro será apresentado hoje (dia 3 de Julho em Lisboa.
“Sou Jornalista, Você é Árabe?” tem prefácio do Sheikh Munir, Imã da Mesquita Central de Lisboa
No próximo dia 3, quinta-feira, a Editorial Novembro e a escritora Ana Paula Castro darão a conhecer o novo romance da autora intitulado “Sou Jornalista, Você é Árabe?” que tem prefácio do Sheikh Munir, Imã da Mesquita Central de Lisboa. A apresentação estará a cargo de Eugénio Costa Almeida e de Orlando Castro. Será na FNAC, do Chiado, em Lisboa, pelas 18,15 horas.
Eis algumas passagens deste romance da escritora luso-angolana nascida na então cidade de Nova Lisboa, Huambo:
“ (…) À noite, na sala de visitas, Raquel abriu, curiosa, o canal do seu futuro emprego, TV Estrelas Notícias, para apreciar o seu funcionamento técnico. Apresentaram se dois locutores, com cerca trinta anos. Ele. Ela. Ele vestia um fato cinzento, camisa branca e gravata encarnada. O cabelo impecavelmente cortado e a postura do corpo bastante correcta. Ela vestia um casaco escuro sobre uma camisa encarnada. Os cabelos eram negros e compridos. Traziam na cara um brilho rosado e um ar pleno de responsabilidade. Os dedos remexiam levemente quando a fonética denunciavam pequenas falhas.
Ela: «A fome no Sudão. Um drama que já matou mais de sessenta mil pessoas num ano.»
Ele: «Fome é hoje a bandeira do Sudão, assombrado pelo sofrimento das crianças, com índices de desnutrição dramáticas, olhos afundados e cabelos finos sem cor, a pele enrugada como pessoas idosas.»
Ela: «As mães, desidratadas, não conseguem alimentar os filhos. As crianças são verdadeiras migalhas humanas, deitadas na poeira como se fossem nascidas de um mundo de terror.»
Ele: «O gado encontra se esquelético sobre fantasmas da morte.»
Ela: «Ao Norte do Mariel Lou, os conflitos continuam com frequência entre dois clãs do Dinka, o Aliek e o Longkpak. As pessoas fogem para sul. Há crianças desaparecidas cujo destino se desconhece.»
Ele: «O economista americano Jeffrey Sachs diz que, com a ajuda dos países ricos, em duas décadas, seria possível erradicar a miséria em todo o mundo. Seguem se imagens capazes de ferir a susceptibilidade dos telespectadores.»
As imagens eram silenciosas e horripilantes.
A mulher negra, só pele e osso, desolada, encontrava se sentada no chão poeirento. Vestia um pano de chita estampado a cobrir o corpo. Num braço, trazia uma filha cujo olhar de medo expressava o espasmo da fome. No outro braço, trazia o filho esgazeado, a lamber com sofreguidão as lágrimas grossas que lhe caíam pela cara. As crianças embalavam a esperança no fim do conflito, com os trinta e quatro anos de guerra civil. Milhões de mortes. A inércia sem resoluções de entendimento. O Sudão.
Raquel sentia se amargurada e triste. Acendeu um cigarro e suspirou. Esmaecida, ergueu se, desligou a televisão e dirigiu se à cozinha. Arranjou um copo de água com açúcar. Bebeu.
«Que mundo é este em que vivo?», perguntou se, aturdida. «Não acredito que este planeta não seja o mais atrasado do Universo! Que esperam os extraterrestres para o invadir e transformá-lo num deserto igual a Marte? Não habitado!» (…)”
Notícias Lusófonas
In http://noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=21268&catogory=Manchete
Gil Gonçalves
A China aproveita e incendeia o que resta do Zimbabué, financiando e armando pretensos comunistas, cria grupos que a favorecem. Procura bases para se implantar, e depois a restante África negra arrasar, incendiar.
Entretanto, pedreiros-livres disfarçados de comunistas/comodistas atrelam-se nos barris petrolíferos e ofuscam-se na intensidade dos brilhos diamantíferos.
Um país que deixou de ser quem era. É um cadáver sem morgue, sem casa mortuária. Vive na incapacidade congénita governativa generalizada.
Oh, como adoro este cheiro petrolífero!
Sempre foi assim, e sempre assim será!.. Não!.. Cada vez será pior.
Já foi república das bananas, da jinguba, em breve mais um estado falhado, um novo Darfur edificado.
Sou Jornalista, Você é Árabe?
Gil Gonçalves
Livro de Ana Paula Castro será apresentado hoje (dia 3 de Julho em Lisboa.
“Sou Jornalista, Você é Árabe?” tem prefácio do Sheikh Munir, Imã da Mesquita Central de Lisboa
No próximo dia 3, quinta-feira, a Editorial Novembro e a escritora Ana Paula Castro darão a conhecer o novo romance da autora intitulado “Sou Jornalista, Você é Árabe?” que tem prefácio do Sheikh Munir, Imã da Mesquita Central de Lisboa. A apresentação estará a cargo de Eugénio Costa Almeida e de Orlando Castro. Será na FNAC, do Chiado, em Lisboa, pelas 18,15 horas.
Eis algumas passagens deste romance da escritora luso-angolana nascida na então cidade de Nova Lisboa, Huambo:
“ (…) À noite, na sala de visitas, Raquel abriu, curiosa, o canal do seu futuro emprego, TV Estrelas Notícias, para apreciar o seu funcionamento técnico. Apresentaram se dois locutores, com cerca trinta anos. Ele. Ela. Ele vestia um fato cinzento, camisa branca e gravata encarnada. O cabelo impecavelmente cortado e a postura do corpo bastante correcta. Ela vestia um casaco escuro sobre uma camisa encarnada. Os cabelos eram negros e compridos. Traziam na cara um brilho rosado e um ar pleno de responsabilidade. Os dedos remexiam levemente quando a fonética denunciavam pequenas falhas.
Ela: «A fome no Sudão. Um drama que já matou mais de sessenta mil pessoas num ano.»
Ele: «Fome é hoje a bandeira do Sudão, assombrado pelo sofrimento das crianças, com índices de desnutrição dramáticas, olhos afundados e cabelos finos sem cor, a pele enrugada como pessoas idosas.»
Ela: «As mães, desidratadas, não conseguem alimentar os filhos. As crianças são verdadeiras migalhas humanas, deitadas na poeira como se fossem nascidas de um mundo de terror.»
Ele: «O gado encontra se esquelético sobre fantasmas da morte.»
Ela: «Ao Norte do Mariel Lou, os conflitos continuam com frequência entre dois clãs do Dinka, o Aliek e o Longkpak. As pessoas fogem para sul. Há crianças desaparecidas cujo destino se desconhece.»
Ele: «O economista americano Jeffrey Sachs diz que, com a ajuda dos países ricos, em duas décadas, seria possível erradicar a miséria em todo o mundo. Seguem se imagens capazes de ferir a susceptibilidade dos telespectadores.»
As imagens eram silenciosas e horripilantes.
A mulher negra, só pele e osso, desolada, encontrava se sentada no chão poeirento. Vestia um pano de chita estampado a cobrir o corpo. Num braço, trazia uma filha cujo olhar de medo expressava o espasmo da fome. No outro braço, trazia o filho esgazeado, a lamber com sofreguidão as lágrimas grossas que lhe caíam pela cara. As crianças embalavam a esperança no fim do conflito, com os trinta e quatro anos de guerra civil. Milhões de mortes. A inércia sem resoluções de entendimento. O Sudão.
Raquel sentia se amargurada e triste. Acendeu um cigarro e suspirou. Esmaecida, ergueu se, desligou a televisão e dirigiu se à cozinha. Arranjou um copo de água com açúcar. Bebeu.
«Que mundo é este em que vivo?», perguntou se, aturdida. «Não acredito que este planeta não seja o mais atrasado do Universo! Que esperam os extraterrestres para o invadir e transformá-lo num deserto igual a Marte? Não habitado!» (…)”
Notícias Lusófonas
In http://noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=21268&catogory=Manchete
Gil Gonçalves
Sem comentários:
Enviar um comentário