Com um povo brutalmente analfabeto e sem identidade cultural, a neocolonização é eficaz, inevitável, necessária (?)
Reino Jingola, algures no Golfo da Guiné.
O cavaleiro, surpreso pela audácia do antagonista, aparelhou-se devidamente. Atacou a sua montada de lança empunhada. A meio do caminho entrechocaram-se. As lanças repartiram-se no encontro dos escudos protectores. Nenhum abandonou os cavalos. Desceram a custo devido ao peso das armaduras. Desembainharam as espadas, ergueram-nas ao céu druídico e os raios do sol beijaram os seus gumes. Como clarões enviados por Deus para que se fizesse justiça na terra. Mas quem sairia vencedor?
Epok destaca-se com ferocidade, como vulgar brutamontes. O outro resiste-lhe. Epok desfere-lhe golpes com raiva e força bruta, convencido de que assim aniquila o adversário. Era como a força bruta contra a inteligência. O cavaleiro vermelho e preto sabe que as banhas do adversário não resistem muito tempo. E acontece, Epok sem forças desfalece, ajoelha-se. O cavaleiro vencedor encosta a ponta da espada na sua garganta. Ouvem-se duas exclamações: a primeira da rainha, seguida da princesa.
- Cavaleiro de vermelho e preto aiué… você é demais!
- Meu herói da nova república!
O rei lança-lhes olhar leonino. Elas tapam as bocas com as mãos. Arrependidas reconsideram:
- Viva o nosso rei!
A multidão descompassada grita desgovernada. - Viva o nosso rei vermelho e preto.
O rei gesticula, dedilha no ar. Comparecem alguns mosqueteiros, libertam Epok e apontam as suas espadas para o cavaleiro lidador. Descobrem-lhe o elmo para desvendar o seu rosto. A assistência reconhece-o, afinal é muito popular. Levantam-se todos e de receios perdidos berram:
- Viva! Viva o nosso cavaleiro La Padep!!!
A princesa encerra o rosto nas mãos. Não consente que a choradeira se fine. O rei pergunta-lhe:
- Filha, o que se passa?
Ela de pranto fingido, finge insalubre desconsolo:
- Ai!.. Ai!.. meu pai que desgostoso. O nosso Epok assim varrido…
… Não meu beija-flor, nunca somos vencidos. Verás o castigo que espera esse insolente.
- Pai, por favor, omite-lhe a maledicência.
- Muito bem! Serei benévolo mas, não escapa a uns bons açoites.
A rainha encontra os olhos aguados da filha, conflitua, acena pisca olho, ao que a princesa condescende. O seu amado cavaleiro por enquanto não será personagem dantesca.
Epok apoiado pelos mosqueteiros, obriga La Padep a ajoelhar-se. Dá-lhe uns bons pontapés no traseiro. Aproveitando a distracção da guarda, La Padep consegue levantar a cabeça e gritar:
- Viva a república!!!
Foto: http://news.bbc.co.uk/nolpda/ifs_news/hi/newsid_6657000/6657277.stmVisite-me também em: Universidade, Universe, Medicina, X-Files
Reino Jingola, algures no Golfo da Guiné.
O cavaleiro, surpreso pela audácia do antagonista, aparelhou-se devidamente. Atacou a sua montada de lança empunhada. A meio do caminho entrechocaram-se. As lanças repartiram-se no encontro dos escudos protectores. Nenhum abandonou os cavalos. Desceram a custo devido ao peso das armaduras. Desembainharam as espadas, ergueram-nas ao céu druídico e os raios do sol beijaram os seus gumes. Como clarões enviados por Deus para que se fizesse justiça na terra. Mas quem sairia vencedor?
Epok destaca-se com ferocidade, como vulgar brutamontes. O outro resiste-lhe. Epok desfere-lhe golpes com raiva e força bruta, convencido de que assim aniquila o adversário. Era como a força bruta contra a inteligência. O cavaleiro vermelho e preto sabe que as banhas do adversário não resistem muito tempo. E acontece, Epok sem forças desfalece, ajoelha-se. O cavaleiro vencedor encosta a ponta da espada na sua garganta. Ouvem-se duas exclamações: a primeira da rainha, seguida da princesa.
- Cavaleiro de vermelho e preto aiué… você é demais!
- Meu herói da nova república!
O rei lança-lhes olhar leonino. Elas tapam as bocas com as mãos. Arrependidas reconsideram:
- Viva o nosso rei!
A multidão descompassada grita desgovernada. - Viva o nosso rei vermelho e preto.
O rei gesticula, dedilha no ar. Comparecem alguns mosqueteiros, libertam Epok e apontam as suas espadas para o cavaleiro lidador. Descobrem-lhe o elmo para desvendar o seu rosto. A assistência reconhece-o, afinal é muito popular. Levantam-se todos e de receios perdidos berram:
- Viva! Viva o nosso cavaleiro La Padep!!!
A princesa encerra o rosto nas mãos. Não consente que a choradeira se fine. O rei pergunta-lhe:
- Filha, o que se passa?
Ela de pranto fingido, finge insalubre desconsolo:
- Ai!.. Ai!.. meu pai que desgostoso. O nosso Epok assim varrido…
… Não meu beija-flor, nunca somos vencidos. Verás o castigo que espera esse insolente.
- Pai, por favor, omite-lhe a maledicência.
- Muito bem! Serei benévolo mas, não escapa a uns bons açoites.
A rainha encontra os olhos aguados da filha, conflitua, acena pisca olho, ao que a princesa condescende. O seu amado cavaleiro por enquanto não será personagem dantesca.
Epok apoiado pelos mosqueteiros, obriga La Padep a ajoelhar-se. Dá-lhe uns bons pontapés no traseiro. Aproveitando a distracção da guarda, La Padep consegue levantar a cabeça e gritar:
- Viva a república!!!
Foto: http://news.bbc.co.uk/nolpda/ifs_news/hi/newsid_6657000/6657277.stmVisite-me também em: Universidade, Universe, Medicina, X-Files
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