segunda-feira, 31 de maio de 2010

A electricidade na versão angolana (1)


Os preços mais que duplicam, multiplicam-se. Nas ruas vendem-se víveres expirados e das lixeiras recuperados.
Uma escravidão atrai outra escravidão. Esta economia depende em absoluto deste sistema político. É como um exército que depende do seu general. Se ele for bom estratega, há desempenho, vitórias. Hitler chegou onde chegou porque tinha bons generais. Pelo contrário, Mussolini estagnou porque tinha maus generais. Em suma: a economia depende do chefe. Se ele não funciona, a economia arrasta-se, afunda-se.

Campo de concentração. «Local cercado para onde pessoas são levadas contra a sua vontade, por ordem de governos, comandos militares etc., em período de guerra ou não, sob o pretexto de serem indivíduos nocivos à sociedade, inimigos em potencial, ou qualquer outro motivo que sirva para justificar a supressão da sua liberdade.» in Dicionário electrónico Houaiss da língua portuguesa 3.0.

Em Angola, (ainda existe?) e especialmente em Luanda, já se perdeu a conta dos deportados. Quem está no comando supremo das operações destes campos de concentração, são corsários e flibusteiros portugueses, brasileiros e chineses chefiados por angolanos.
E o Puto continua com as exportações em larga escala para a ainda colónia de Angola

Há sempre homens diabólicos, na convenção de que são os fiéis depositários dos nossos destinos. E depois tomam-se de fartos poderes e estarrecem-nos na flagelação das nossas vidas. E governam-nos tão miseravelmente que até a água das nossas soberanas vidas vilipendiam. São os zeros do nosso futuro, da água saída das torneiras sem vida, de vez em quando. E a energia eléctrica que fatalmente colapsou. Quando um governo não consegue abastecer regularmente as populações de água e luz, e aleivosamente assim nos entristece, não nos governa, atrofia-nos, desfaz os nossos esqueletos. Um governo assim não vai mais subsistir.

Deve alternar a quem queira trabalhar, e saiba governar, orientar. Este poder remonta a 1975, ainda pelo poder popular marxista-leninista que está sempre na moda. Já renascem as célebres brigadas, como a BDA, Brigada da Destruição da Água, e a BDE, Brigada da Destruição da Electricidade: instalaram-se, legalizaram-se em comités da especialidade dos curto-circuitos e incêndios habitacionais. Com um apetite voraz para destruir tudo o que sejam fusíveis e cabos eléctricos.

Basta uma fase ausentar-se e de imediato ouvem-se portas abrirem-se com estrépito. É a entrada da BDE em acção. Se existe outra fase ainda em funcionamento, é só encostar o fio… e já está. Então, o condutor aquece até ao rubro. Vem as habituais explosões e os incêndios, o queimar de fusíveis nos andares e nas portinholas das entradas dos prédios.

Mas estes genuínos talibãs luandenses insistem na ferocidade tenazmente destrutiva. Afinal, aquele da BDE milagrosamente salvou-se da electrocussão, e ainda resta uma fase. Então todos em uníssono mexem e remexem… e prontos, já há outra vez luz. É preciso militar no cúmulo da idiotice para reconhecer que com tantos e colossais aparelhos de ar-condicionado a coisa não durará muito tempo. Especialmente à noite com lâmpadas e televisões ligadas, todos os ares-condicionados também, a única fase livre não suporta tanto consumo.

Imagem: http://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/img/corrupcao.gif

Sem comentários: