Lisboa – O embaixador de
Angola em Portugal, José Marcos Barrica, criticou severamente,
sexta-feira, em Lisboa, “pequenos segmentos” da sociedade portuguesa adversos
ao investimento angolano em terras de Camões, apelando ao seu abafamento.
Fonte: Angop Club-k.net
Em declarações à imprensa angolana no decorrer do
lançamento de uma revista especial sobre os 10 anos de paz no país, Marcos
Barrica apelou ao combate “destes pequenos segmentos societários, que eivado de
algum espírito saudosista ou pura malquerença, pensam que devem continuar a
maldizer e a inventar fantasmas contra as instituições e os dirigentes
angolanos”.
“Aproveitando as boas relações existentes, os
dois países devem conjuntamente asfixiar estes pequenos grupos, de modo a que
não perturbem a harmonia e a sã convivência entre angolanos e portugueses”,
aconselhou o chefe da diplomacia angolana.
Sobre a previsibilidade das relações com Portugal
nos próximos cinco a 10 anos, Marcos Barrica aposta na contínua consolidação
“do que existe de positivo entre os dois países e povos”, salientando que “os
laços são históricos e incontornáveis, e estamos num momento bom que deve ser
preservado”.
Quanto ao investimento angolano em Portugal, considerou “relativamente deficitário” quando comparado ao português em Angola, mas afirma que “mais do que o volume do investimento é a qualidade”, adiantando que a “intervenção angolana em Portugal atinge áreas vitais, como a banca, que do ponto de vista da estratégia económico-financeira, é um muito importante”.
Avançando que o investimento angolano em Portugal “já ronda quatro porcento do PIB português - um bom indício que pode ser reforçado”, o embaixador angolano acrescentou que “ao investir, Angola está a alavancar a economia portuguesa”.
“Os segmentos da sociedade portuguesa, que
entendem mal o posicionamento de Angola em Portugal, devem deixar que os
empreendedores e os investidores trabalhem e circulem em Angola e em Portugal,
porque no mundo global, onde se busca a internacionalização dos mercados e dos
negócios, não se podem criar barreiras sustentadas por subjectivismos”,
defendeu.
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