Cunene – Segundo o site
unitaangola.org, Modesto Afonso, comandante da polícia nacional no sector
Kamikula, localizada na comuna de Mukolonganjo, município de Cuvelai, província
de Cunene, esta desde passado dia 18 do mês em curso, a distribuir armas de
fogo (do tipo AK) à população local, sem qualquer explanação aos órgãos
competentes.
Fonte: Club-k.net/Unitaangola.org
Dentre os beneficiários, segundo a fonte,
encontram-se os cidadãos Manuel Muanjindo, Messene Samuimba, Jacob Muanjimbo,
Munjanga Muleka e Zeferino Wachiapo (todos militantes do partido no poder).
Este órgão avança ainda que um dos contemplados de nome Paulino Kambinda
devolveu a sua arma, após ter sido impressionado pelos seus progenitores.
Importa recordar que, na segunda semana do último mês de Março, o ministro do Interior, Sebastião Martins, anunciou, em Luanda, a consolidação da fase da recolha coerciva no âmbito do desarmamento, para se retirar as armas de fogo que ainda circulam indevidamente nas mãos da população civil.
Na altura, Sebastião Martins discursava na reunião da Comissão Nacional do Desarmamento dos cidadãos em posse ilegal de armas. O mesmo referiu que a fase da recolha coerciva não tem sido desenvolvida com a dimensão que se esperava, porque foi se elevando a parte da entrega voluntária até ao limite das acções de sensibilização e de mobilização.
O titular da pasta do Interior, que também coordena a Comissão Nacional do Desarmamento, notou que o número de armas recolhidas de forma voluntária atingiu já um nível de estabilidade, sendo que se recomenda agora que se passe de forma intensiva para a recolha coerciva.
“A preocupação com a recolha coerciva está também associada pelo facto de hoje estar a registar-se consideráveis números de acções criminosas desenvolvidas por marginais com recurso a armas de fogo”, enfatizou o titular da pasta na altura, enaltecendo a forma participativa e voluntária com que a população abraçou o projecto de desarmamento, sendo que em alguns casos denunciou locais onde estavam escondidos tais artefactos em algumas províncias do país.
Mais de oitenta mil armas de diversos calibres foram já recolhidas pelos órgãos de Defesa, Segurança e Ordem Interna, no âmbito do processo de desarmamento dos cidadãos em posse ilegal de armas que decorre no país.
Em Angola o processo de desarmamento dos cidadãos em posse ilegal de armas de fogo teve início em Maio de 2008 e compreende quatro fases: organização e sensibilização, entrega voluntária, recolha coerciva e de controlo. Actualmente regista-se certa coexistência dessas quatro fases.
A Comissão Nacional para o Desarmamento, que integra vários departamentos ministeriais, foi criada por despacho Presidencial com objectivo de reduzir a proliferação de armas ligeiras e de pequeno porte, sobretudo as obtidas de forma ilícita durante a guerra.
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