Luanda - Um caso que
mereceu curiosidade foi quando um membro da comitiva do presidente da Gâmbia,
Sheik Alhaji Ahya Jammeh, que visitou a centralidade ter perguntado quem morava
nestas “lindas residências”.
Fonte: Jornal Angolense Club-k.net
“É um projecto lindo porque não há moradores?”,
questionou aquele visitante que de imediato foi respondido por um dos
responsáveis da centralidade: “a distribuição das residências está para breve”.
Infelizmente, os que visitam a centralidade nunca foram informados sobre os moldes para os cidadãos adquirirem casas na referida centralidade, cujos preços são elevadíssimos.
“A centralidade do Kilamba não passa mais de um museu para visitantes” , atirou um membro afecto ao partido no poder que não quis identificar-se.
A nova centralidade quando for concluída irá receber cerca de 400 mil habitantes, em 80.000 habitações.
Depois da sua inauguração, milhares de pessoas acorreram para se inscreverem e obter uma casa. Os preços por cada apartamento, acabou com o “sonho” dos angolanos adquirirem uma residência na centralidade.
A Nova Cidade do Kilamba surge de uma parceria público-privada e abrange a edificação de vinte mil apartamentos espaçosos dos tipos T2, T3 e T4, 24 creches e nove escolas primárias e oito secundárias, parques de estacionamento, paragens para transportes públicos e lojas.
A terceira fase está prevista para Outubro de 2012 e contemplará 377 edifícios, 12 jardins infantis, seis escolas primárias e três secundárias.
A primeira fase foi concluída em Março do ano passado e até a conclusão prevêem-se 115 edifícios.
Localizada nas imediações do Estádio Nacional 11
de Novembro, a nova centralidade está erguida numa área global de três milhões
e 200 mil metros quadrados. Este empreendimento integra-se na malha geral da
cidade de Luanda e é o primeiro passo importante do Executivo no sentido de dar
resposta ao direito dos Angolanos a uma habitação com um mínimo de dignidade e
de conforto.
Refira-se que, cerca de uma dúzia de centralidades ou cidades satélites de diversos tamanhos foram projectadas pelo então Gabinete de Reconstrução Nacional para serem construídas faseadamente nas dezoito províncias do país.
Destas, quatro já estão em execução nas províncias de Luanda, Bengo, Cabinda e Lunda Norte.
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