sábado, 31 de maio de 2008

Eleições legislativas em Angola







Vamos evitar por todos os meios e por todos os caminhos, que os partidos políticos candidatos às eleições legislativas recolham as assinaturas necessárias. Faz-se mister prender, deter, sem qualquer acusação, os caçadores-recolectores de assinaturas da oposição.

Gil Gonçalves

A cama


Mukanda do Brasil. Amazónia


Já viram o que saiu no New York Times sobre a floresta amazônica?"de quem é a Amazônia afinal?" dizia a manchete... Estados Unidos e outros países se preparam para o bote: "cuidar" da Amazônia sob o pretexto de nossa má administração!!!! E em parte eles têm razão, há dificuldades de cuidar de fronteiras tão vastas, mas eles não cuidarão para a Humanidade como dizem, cuidarão para dominar a maior bacia hidrográfica do mundo, numa época em que a escassez de água se torna cada vez maior, além disso há no subsolo reservas vultuosas de minérios como niobel, etc... Bonzinhos eles se preocuparem com aquecimento global, não????

Bom, é isso aí? Mais uma vez a relação Norte -Sul será de dominação e exploração ao que parece...

Patrícia Martinelli

Imagem: http://iriscelta.multiply.com/photos/album/24#305

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Ciclone


O vento semeava a poeira das catedrais de construções flutuantes. New Deal, nova corrida ao homem dourado. Muito dinheiro, muita redundância bancária. Destruir, construir, destruir. Construir uma árvore é mais difícil, é mais fácil construir um prédio. Senti começo de inflamação das conjuntivas. Com apetite fármaco entrei numa farmácia. No fundo do balcão, o farmacêutico conversa molemente com uma cliente. São jovens, parecem namorar. Percorro o mostruário até conseguir ouvir a conversa. A jovem activa o corpo, sobe o tom da voz.
- Não tenho direito ao emprego, porquê?
- Sabe…
- Sei o quê!? Passei nos testes de admissão. Mandaram-me apresentar ao serviço hoje, e aqui estou.
- Você não entende as coisas.
- Repito! Não tenho direito ao emprego, porquê?
- Sabes, se fosses mais clarinha, terias o emprego.
Ela levantou uma mão na intenção de despedir uma chapada. Vacilou, arreou, ausentou-se espantada. A lacrimejar na porta de saída, esforçou as cordas vocais.
- Essa não! Essa não!
Aviei-me com o medicamento e reencontrei-me na rua. Soltei-me das ilicitudes dos ventos contrários.
- Que Deus nos acuda! Outra vez Nero incendiará Roma, e culpará os Cristãos!
No cume de uma antena quatro aves de rapina aguardam maré de rosas. Alguns pombos distraídos voam perto. Duas rapinadoras alçam voo, preparam arraial alado. Pairam sorrateiras, os columbiformes detectam-nas e janelam.
As zungueiras em fila indiana espalham fervores nos seus andores. São jovens apetitosas que estudam nas ruas das universidades paralelas. Carregam livros de ouro, líquidos nas suas panelas.
Imensas filas de viaturas esperam, desesperam. As estações de fornecimento de combustível são insuficientes. Aproximo-me do grande esgoto.
Nota-se que era uma rua extensa. Está um imenso estendal, lodaçal. Bem nutrido, alimentado sem encargos régios. Bóiam restos de lixo. Colónias de lagartas colonizam, fazem ambiente. A grata entomologia promove o desenvolvimento social das espécies. Um camião recém-chegado estacionou com as rodas traseiras ao léu. Conseguiu engolir-se no espólio crateriforme. O seu condutor aprendeu com o rei David: «o abismo chama o abismo». A engrenagem parecia um dos rios dos Infernos.
- Meu Mentor, é a versão do Apocalypse Now?
- Não… é o nosso mar da existência.
- Sem ondas? Sem pescadores?
- A rua foi saneada quatro vezes. Instruíram como se deve morar num prédio. Os locatários fazem ouvidos de mercador. Os saneadores cansaram-se, abandonaram-nos à sorte. Falta ignição para estas coisas e loisas. São vernáculos, venatórios primevos. Utilizam-se disso como estratagema de vingança. Fruem o prazer mórbido da destruição.
Gil Gonçalves

Figura da Semana. O mistério do navio Wilhelm Gustloff





































Eis mais um caso da conjura da História. O maior desastre maríitimo de todos os tempos... esquecido... escondido... abandonado, e agora revelado. Gil Gonçalves

Free Speech Directory National Alliance Main Page
Free Speech - March 1998 - Volume IV, Number 3
O afundamento do Wilhelm Gustloff, Pelo Dr. William Pierce
O que é dito ser o mais caro filme já feito foi lançado a poucas semanas atrás e tem ganho recordes de bilheteria. O filme, claro, é Titanic, e é sobre o naufrágio do transatlântico S.S. Titanic em 15 de abril de 1912, com a perda de 1.513 vidas, depois que o navio colidiu com um iceberg no Atlântico Norte.

Há muitos superlativos no filme. O Titanic era o maior navio já construído naquele tempo. Também era o navio mais luxuoso, com o propósito de prover um transporte transatlântico de alta-velocidade em comforto para os ricos e mimados. A implicação do filme é de que o naufrágio do Titanic foi o maior desastre marítimo de todos os tempos. Eu estou certo de que a maioria do público Norte-Americano acredita que esse é o caso, mas não é. Todo mundo já ouviu sobre o afundamento do Titanic, e muito poucos já ouviram sobre o afundamento do S.S. Wilhelm Gustloff, que foi o maior desastre marítimo.

É fácil entender porquê todo mundo ouviu falar sobre o Titanic: ele era um navio enorme e muito caro, dito ser praticamente "inafundável", que partiu na sua viagem de estréia com um número recorde de celebridades e figurões a bordo. A ironia do afundamento ajudou a gerar o interesse público e uma enorme cobertura da mídia. Quando oWilhelm Gustloff afundou, por outro lado, com a perda de mais de 7000 vidas, a mídia controlada adotou a deliberada política de que isso foi um não-evento, para não ser comentado ou sequer mesmo relatado. O Wilhelm Gustloff, assim como o Titanic, era um enorme navio de passageiros e era razoavelmente novo e luxuoso. Mas ele era um navio de passageiros Alemão. Ele foi afundado no Mar Báltico na noite de 30 de janeiro de 1945, por um submarino Soviético. Ele estava lotado com cerca de 8000 Alemães, a maioria deles mulheres e crianças escapando do exército Soviético em avanço.

Muitos destes refugiados Alemães viviam na Prússia Oriental, uma parte da Alemanha que os Aliados Comunistas e Democráticos concordaram que fosse tirada da Alemanha e dada para a União Soviética no fim da Segunda Guerra Mundial. Outros viviam em Dantzig e nas áreas vizinhas, que os democratas e os comunistas decidiram que fosse tirada da Alemanha e dada para a Polônia. Todos esses refugiados estavam fugindo em terror dos Vermelhos, que já tinham demonstrado na Prússia Oriental o que estava guardado para qualquer Alemão desafortunado o bastante para cair em suas mãos.

A medida que unidades militares Soviéticas atingiam colunas de refugiados civis Alemães fugindo para o Oeste, eles se comportavam de uma maneira que não tinha sido vista na Europa desde as invasões Mongóis na Idade Média. Frequentemente os homens, a maioria deles fazendeiros ou Alemães que tinham sido engajados em outras ocupações essenciais e portanto dispensados do serviço militar, foram simplesmente fuzilados no ato. As mulheres eram, quase todas sem exceção, estupradas em gangue. Este foi o destino de meninas tão jovens quanto oito anos de idade e mulheres nos seus oitenta, assim como mulheres em estado adiantado de gravidez. Mulheres que resistiam ao estupro tinham suas gargantas cortadas ou eram fuziladas. Muito frequentemente as mulheres eram assassinadas depois de serem estupradas em grupo. Muitas mulheres e meninas foram estupradas tantas vezes e tão brutalmente que elas morreram apenas desse abuso.

Algumas vezes, colunas de tanques Soviéticos simplesmente passavam por cima dos refugiados em fuga, triturando-os com a lama com suas esteiras de tanques. Quando unidades do exército Soviético ocuparam vilas na Prússia Oriental, eles se engajaram em orgias de tortura, estupro e assassinato tão bestiais que elas não podem ser descritas inteiramente neste programa. Algumas vezes eles castraram os homens e meninos antes de matá-los. Algumas vezes eles arrancaram seus olhos fora. Algumas vezes eles os queimaram vivos. Algumas mulheres depois de serem estupradas em grupo foram crucificadas sendo pregadas em portas de celeiros enquanto ainda vivas e usadas como alvo para praticar tiro.

Este comportamento de atrocidades por parte das tropas Comunistas foi devido em parte à natureza do sistema Comunista, o qual tinha sido bem sucedido em dominar a sociedade Russa e o governo Russo, em primeiro lugar ao organizar a escória da sociedade Russa – os perdedores e os vagabundos, os criminosos, os ressentidos e os invejosos – sob o domínio dos Judeus, e orientando-os contra os bem-sucedidos, os compromissados, os refinados e os prósperos, prometendo à ralé que se eles derrubassem os melhores, então eles poderiam tomar o lugar destes; os primeiros sendo os últimos e os últimos sendo os primeiros.

Foram os membros desta ralé, a escória da sociedade Russa, que se tornaram os chefes dos sovietes locais e conselhos coletivos e de trabalhadores – quando as posições ainda não tinham sido tomadas pelos Judeus. Os soldados Soviéticos de 1945 tinham crescido sob este sistema de comando pelos piores; por 25 anos eles viveram sob comissários escolhidos do refugo e detritos da sociedade Russa. Qualquer tendência à nobreza ou gentileza tinha sido arrancada implacavelmente. Stalin tinha ordenado a chacina de 35.000 oficiais do Exército Vermelho, metade dos antigos oficiais Russos, em 1937, apenas dois anos antes da guerra, porque ele não confiava em cavalheiros. Os oficiais que substituíram aqueles fuzilados no expurgo de 1937 não eram muito mais civilizados em seu comportamento do que os comissários.

Uma causa ainda mais específica e imediata para as atrocidades cometidas contra a população Alemã na Prússia Oriental foi a propaganda de ódio Soviética que deliberadamente incitou as tropas Soviéticas a estuprar e assassinar – a assassinar inclusive crianças Alemãs. O chefe dos comissários de propaganda Soviética era um Judeu cheio-de-ódio chamado Ilya Ehrenburg. Uma de suas diretivas para as tropas Soviéticas dizia:

"Matem! Matem! Na raça Alemã não há nada além do mal; nem um entre os vivos, nem um entre os ainda não nascidos, além de mal! Sigam os preceitos do Camarada Stalin. Aniquilem a besta fascista de uma vez por todas em sua toca! Usem a força e quebrem o orgulho racial dessas mulheres Alemãs! Tomem-nas como sua pilhagem de direito! A medida que vocês avancem, matem, nobres soldados do Exército Vermelho!"

Nem todo soldado Russo era um carniceiro ou um estuprador, é claro: apenas a maioria deles. Alguns poucos deles ainda tinham um senso de moralidade e decência que até mesmo o Comunismo Judaico não tinha destruído. Alexander Solzhenitsyn foi um destes. Ele era um jovem capitão no Exército Vermelho quando ele entrou na Prússia Oriental em janeiro de 1945. Ele escreveu depois em seu livro Arquipélago Gulag:
Todos nós sabíamos que se as meninas fossem Alemãs elas podiam ser estupradas e então fuziladas. Isto era quase uma distinção de combate.
Em um de seus poemas, "Noites Prussianas", ele descreve uma cena que ele testemunhou em uma casa na aldeia Prussiana-Oriental de Neideburg:
Vinte-dois Hoeringstrasse. Não foi queimada, apenas saqueada e fuzilada. Um gemido pelas paredes, parcialmente abafado: a mãe ferida, meio viva ainda. A pequena filha nos colchões, morta. Quantos estiveram ali? Um batalhão, uma companhia, talvez? Uma menina tornada mulher, uma mulher tornada em um cadáver... A mãe implora, "Soldado, mate-me!"
Por sua falha em levar a diretiva do Camarada Ehrenburg à risca, Solzhenitsyn foi denunciado pelo comissário político em sua unidade como não sendo Politicamente Correto e foi enviado para o gulag: isto é, para o campo de concentração Soviéticos.

E portanto, civis Alemães estavam fugindo aterrorizados da Prússia Oriental, e para muitos deles a única rota de escape foi através do gelado Mar Báltico. Eles se aglomeraram no porto de Gotenhafen, perto de Dantzig, esperando achar uma passagem para o Oeste. Hitler deu ordem para todos os navios civis disponíveis para ajudar no esforço de resgate. O Wilhelm Gustloff foi um destes. Um transatlântico de 25 mil toneladas, tinha sido usado antes da guerra pela organização "Força através da Alegria", para levar trabalhadores Alemães em excursões de férias a um baixo custo. Em 30 de janeiro de 1945, quando ele partiu de Gotenhafen, ele carregava uma tripulação de quase 1.100 oficiais e homens, 73 deles soldados criticamente feridos, 373 jovens mulheres das Auxiliares Mulheres Navais, equivalentes as nossas WAVES, e mais de 6000 refugiados desesperados, a maioria deles mulheres e crianças.

Os submarinos Soviéticos e aviação eram uma ameaça constante a este esforço de resgate. Eles encaravam os navios de refugiados na luz da propaganda genocida de Ehrenburg: quanto mais Alemães eles pudessem matar, melhor, e não fazia qualquer diferença para eles se as suas vítimas eram soldados ou mulheres e crianças. Exatamente após as 9:00h da noite, quando oWilhelm Gustloff estava a 13 milhas de distância da costa da Pomerânia, três torpedos do submarino Soviético S-13, sob o comando do capitão A. I. Marinesko, abalroaram o navio. Noventa minutos depois ele afundou entre as ondas geladas do Báltico. Apesar de um esforço heróico para resgatar os sobreviventes, que foi feito por outros navios Alemães, somente 1.100 foram salvos. O resto, mais de 7000 Alemães, morreram na água congelante naquela noite.

Alguns dias depois, em 10 de fevereiro de 1945, o mesmo submarino Soviético afundou um navio-hospital Alemão, o General von Steuben, e 3.500 soldados feridos a bordo do navio, que estavam sendo evacuados da Prússia Oriental, afogaram-se. Para os Soviéticos, inflamados pela propaganda de ódio Judaica, o sinal da Cruz Vermelha significava absolutamente nada. Em 6 de maio de 1945, o navio-cargueiro Goya, também parte da frota de resgate, foi torpedeada por outro submarino Soviético, e mais de 6000 refugiados vindos da Prússia Oriental morreram.

A falta de conhecimento nos Estados Unidos sobre qualquer um destes terríveis desastres marítimos de 1945 é profunda, até mesmo entre pessoas que se consideram entendidos em assuntos navais. E esta ignorância provém da política deliberada da mídia controlada, uma política que tem relegado estes desastres para a categoria de inexistentes, de não-eventos. A razão para essa política da mídia originalmente foi a mesma razão que levou aos chefes Judeus da mídia em culpar a chacina de 15.000 oficiais e intelectuais Poloneses nas florestas de Katyn em 1940 nos Alemães. Eles sabiam que os Soviéticos tinham feito isso, como parte do esforço deles de "proletarizar" a Polônia e fazer dos Poloneses mais amenos ao comando Comunista, mas eles não queriam manchar a imagem de nossos "nobres aliados Soviéticos", como eles eram chamados pela mídia controlada nos Estados Unidos, durante a guerra. Eles queriam que os Norte-Americanos pensassem que os alemães eram os bandidos e que os Soviéticos eram os mocinhos, portanto eles simplesmente mentiram sobre o massacre de Katyn.

Da mesma maneira, até nos últimos meses da guerra, eles não queriam que os Norte-Americanos ficassem alertados ao fato de que nosso "nobre aliado Soviético" estava chacinando e estuprando a população civil da Prússia Oriental e deliberadamente afundando os navios de refugiados civis que estavam ajudando os Prussianos Orientais a escapar pelo Mar Báltico. Isso poderia danificar o entusiasmo da América do Norte em continuar a destruição da Alemanha com a ajuda de nosso "nobre aliado Soviético". Portanto a mídia controlada simplesmente não reportou estas coisas.

Depois do triunfo dos Aliados democráticos e Comunistas, e da rendição incondicional da Alemanha, esta razão não era mais válida, é claro. Mas então outro motivo tomou o seu lugar. Os Judeus estavam começando a construir a sua história de "Holocausto" e estavam exigindo simpatia do mundo – e indenizações em dinheiro de qualquer um que eles pudessem tirar. Assim que eles começaram a prantear sobre o suposto extermínio de seis milhões de seus patrícios em "câmaras de gás" pelos malvados Alemães e retratarem-se como vítimas inocentes e inofensivas do maior crime da história, eles não queriam quaisquer fatos ficando em seu caminho – e eles certamente não queriam que os Americanos vissem os dois lados do conflito; eles não queriam que os Alemães fossem vistos como vítimas também. Todos os Alemães são malignos, exatamente como o Camarada Ehrenburg tinha dito; todos os Judeus eram bons, e assim é que era. Os Judeus sofreram, e os Alemães não; e portanto agora o mundo devia aos Judeus um sustento por não ter parado o "Holocausto".

Isto realmente não iria ajudar, de maneira nenhuma, na sua propaganda do "Holocausto" em Ter o público Americano sabendo sobre o que aconteceu na Prússia Oriental ou no Mar Báltico – ou em saber que o nosso "nobre aliado Soviético" tinha deliberadamente assassinado o estrato de liderança da Nação Polonesa nas florestas de Katyn, e que parte dos assassinos envolvidos naquele horrendo ato eram Judeus. E portanto tem acontecido uma conspiração de silêncio na América da parte dos chefes Judeus da mídia. Isso é o porque Hollywood quis gastar US$200 milhões produzindo o filme Titanic, mas jamais consideraria qualquer filme que lidasse com o afundamento do Wilhelm Gustloff. Não é que tal filme não pudesse render dinheiro – eu acho que um filme sobre a Prússia Oriental e o Wilhelm Gustloff poderia ser um verdadeiro estouro de bilheteria – é que não deve haver nenhuma simpatia pelos Alemães. Não deve haver nenhum repensamento das razões da América do Norte em empreender a guerra contra a Alemanha, nenhum questionamento sobre se nós fizemos ou não a coisa certa em aliar-nos com o Comunismo para o interesse dos Judeus. E além dessas considerações, a verdade simplesmente não conta – ao menos, não para os Judeus que controlam nossa mídia de massa.

Este pedaço da história – as motivações da América do Norte em engajar-se na guerra na Europa, que realmente era algo completamente separado da guerra no Pacífico, apesar da aliança entre Alemanha e Japão – este pedaço da história sempre me fascinou. E um dos aspectos interessantes sobre isso é a falta de vontade de tantos Norte-Americanos de examiná-lo. Eu entendo os sentimentos dos elementos Clintonistas. Para o tipo de pessoa que votou em Clinton, os Soviéticos eram os mocinhos e os Alemães os bandidos em terreno ideológico. Estupro em gangue, assassinatos em massa, e o afundamento de navios de refugiados não são realmente crimes aos olhos de tipos Bill-e-Hillary, quando eles foram feitos pelos Comunistas contra os "Nazistas".

Mas também houve uma porção de Norte-Americanos decentes que lutaram na guerra na Europa, Norte-Americanos anti-Comunistas, e muitos deles não querem pensar no fato de que eles lutaram no lado errado. Estes legionários Americanos e tipos como Veteranos de guerra não querem ouvir falar sobre quem realmente matou todos aqueles líderes e intelectuais Poloneses nas florestas de Katyn. Eles não querem saber o que aconteceu na Prússia Oriental em 1945. Eles odeiam quando eu pergunto a eles, porque nós lutamos contra a Alemanha em nome da liberdade e depois deixamos metade da Europa sob a escravidão Comunista no final da guerra? Eles ficam com raiva quando eu sugiro que talvez Franklin Roosevelt era o mesmo tipo de traidor, mentiroso, colaborador dos Judeus que Bill Clinton é, e que para o retorno do apoio da mídia, ele mentiu para nós, e nos levou à guerra para o interesse dos Judeus, da mesma maneira que Clinton está mentindo para nós e nos levando a guerra no Oriente Médio para o interesse dos Judeus.

Eu era muito jovem para o serviço militar na Segunda Guerra Mundial, mas eu estou certo de que se eu tivesse que lutar naquela guerra, eu estaria ainda mais interessado em entender o que estava por trás daquilo. Eu acredito que saber a verdade sobre estas coisas é, de longe, muito mais importante do que proteger nossa crença cuidadosamente nutrida de que nós estávamos do lado da justiça . Eu acredito que entender como nós fomos enganados no passado é necessário, se nós queremos evitar sermos enganados no futuro.
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http://www.natall.com/portuguese/fs983a.html

1945, o maior naufrágio do mundo
O Wilhelm Gustloff

No inverno de 1945, bem no final da 2ª Guerra Mundial, um navio alemão que transportava milhares civis refugiados da guerra, o Wilhelm Gustloff, foi afundando por um submarino soviético nas águas do Mar Báltico. Quase todos os que estavam a bordo pereceram afogados ou devido a hipotermia provocada pela baixíssima temperatura do mar. O número de vítimas foi tamanho – é tido como o maior naufrágio civil do mundo - que superou em muito as do transatlântico Titanic, cujo afundamento ocorreu em 1912, sem porém que provocasse a mesma comoção.

Fuga pelo Báltico

“Matem! Matem!.. Usem a força e quebrem o orgulho racial dessas mulheres alemãs. Peguem-nas como legítimo botim. Avante como uma tempestade, galantes soldados do Exército Vermelho.”
Ilya Ehrenburg, jornalista soviético, 1945

Numa daquelas noites prussianas gélidas do Norte europeu, em 30 janeiro de 1945, com o termômetro marcando 10° abaixo de zero, o ex-cruzeiro de luxo alemão M/S Wilhelm Gustloff, de 25 mil toneladas - desde 1940 transformado em hospital flutuante - , deslocava-se apinhadíssimo de gente pelo Mar Báltico. Projetado para levar duas mil pessoas, carregava naquele momento mais de nove mil, a maioria mulheres e crianças que fugiam da invasão russa. O Exército Vermelho vinha , por assim dizer, nos calcanhares deles, seguindo a mesma rota que os seus antepassados mongóis, no século 13, usaram para atingir o Ocidente. Os que escapavam eram civis alemães que até então moravam na Prússia Oriental e nos Estados Bálticos que, apavorados, fugiam pelo Golfo de Danzig da vingança dos soviéticos. Organizaram para eles uma espécie de solução de emergência, recolhendo-os dos portos do leste da Alemanha para que alcançassem, por mar, as áreas mais seguras do Ocidente. Os que iam a bordo não tinha a mínima idéia que seriam os protagonistas da maior tragédia marítima de todos os tempos, quase superior seis vezes as vitimas do transatlântico Titanic, naufrágio ocorrido 32 anos antes (1.517 mortos).

O naufrágio do W. Gustloff, janeiro de 1945

Quando haviam cumprido a metade do caminho, um pouco depois das 21 horas, três torpedos do submarino russo S-13 os atingiram. O Wilhelm Gustloff logo adernou. A multidão que se agarrava no convés começou a ser jogada na água. Outros, apavorados, saltavam diretamente lá do alto. A gritaria no convés era acompanha de tiros dos que preferiam suicidar-se ou atirar nos familiares antes. Os soldados feridos, imobilizados, despediam-se uns dos outros. Como distribuir os parcos botes salva-vidas para 9.343 passageiros, sendo que muitos deles estavam cobertos de gelo? O SOS foi lançado e aos poucos começaram a chegar os auxílios. Os faróis dos barcos e das lanchas de socorro vararam a noite inteira em busca de sinais de vida, enquanto corpos, milhares deles, vagavam sem destino em meio aos blocos de gelo, boiando salpicados de neve. Os que conseguiam ser resgatados estavam enregelados, as mãos azuladas e encarangadas e o olhar petrificado. Ao amanhecer as equipes de salvamento haviam retirado 1.239 náufragos ( outros reduzem-nos para 996) daquele horror. A situação só não foi pior porque eles estavam próximos ao litoral da Pomerânia, mesmo assim supõe-se que oito mil pereceram.
Os submarinos soviéticos continuaram por perto praticando a caça e, dez dias depois, afundaram o General von Steuben (3 mil mortos) e ainda, em 16 de abril de 1945, puseram a pique o Goya (cerca de 7 mil, a maioria soldados). Portanto, em matéria de matança de civis o M/S Wilhelm Gustloff, realmente empunhou a taça da desgraça.
Se bem que a operação de remoção do maior número possível de civis alemães orientais foi tida como um sucesso, pois conseguiram o translado de 2 milhões deles para fora da órbita soviética, a tragédia daquele barco de turismo adaptado para às pressas para a fuga, perdurou no tempo como um desastre que poderia ter sido evitado, não fosse o clima de revanche que embalava os soviéticos. Revanche que se estendeu para os maus tratos da grande parte da população civil do Leste da Alemanha, com ondas de estupros, pilhagens, saques, desordens, espancamentos e brutalização geral dos vencidos.

Na época dizia-se que era merecido. Que os alemães haviam se portado do mesmo modo quando adentraram na URSS em 1941. Quem começou a reverter esta opinião entre eles, foi Alexander Soljenitsine.
Cada vez mais furioso com o regime comunista, Soljenitsine que fez parte das tropas de ocupação – era oficial de artilharia - pessoalmente testemunhou as atrocidades que seus conterrâneos haviam cometido. Envergonhado, acabou por denunciar aqueles horrores num longo poema intitulado Prosskie Nochi (Noites Prussianas, 120 páginas, 1974), revelando à opinião pública da então URSS, o que de fato acontecera na Alemanha naqueles meses de conquista e ocupação, quando pelotões inteiros de soldados russos submetiam as alemãs, dos oito aos sessenta anos, a estupros coletivos, cortando o pescoço daquelas que resistiam ou se lhes opunham. Ele acreditou que tudo aquilo decorreu, que deu-se tal roteiro de atrocidades, devido os comunistas “ terem afastado a Rússia de Deus”, retirando do soldado raso, dos Ivans que passaram a acampar na Alemanha, qualquer sentimento de piedade ou compaixão para com os derrotados. Ao contrário, incitou-os aos barbarismos a pretexto de estarem lutando contra o decadente mundo burguês em sua forma fascista.

http://www.zaz.com.br/voltaire/mundo/2002/09/29/000.htm#inicio

Mais informações sobre o Gustloff (em alemão e inglês):
www.feldgrau.com
www.britannic.de
www.militaryhistoryonline.com
www.mboring.com
college.hmco.com

Livros sobre o naufrágio (em inglês):
www.bn.com
www.amazon.com

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Cultura Tradicional Bantu, extractos (I)


O último mandamento que se ensina ao jovem nhaneca-humbe diz assim: «Na guerra não mates anciãos nem anciãs. Um ancião é “epa lyohi”, que quer dizer, duro e respeitável como a crosta da terra, ou noutro sentido, deve ser apreciado, como a planta medicinal do mesmo nome».

Os membros da sociedade «Jindungo», Cabinda, foram, na sua origem, agentes secretos do rei do Congo. Recolhiam informações, denunciavam os abusos dos poderosos e faziam abortar qualquer intento de revolta. Cobravam também as dívidas, apresentando-se mascarados na casa do devedor.

C. Estermann assegura que o chefe de Evale tinha poderes mágicos para atrair a chuva. Mas só os conseguia se sacrificava uma jovem mãe cujo filho era entregue a outra mulher. Juntamente com a vítima, sacrificavam também uma vaca negra, antes do sacrifício, o leite da mulher e o da vaca eram aspergidos várias vezes por terra, como prenúncio da chuva. A mulher era assassinada com um golpe de lança e, com o seu sangue, aspergiam as árvores da chuva. O seu cadáver ficava insepulto e ninguém podia chorar a sua morte nem guardar luto.

O chefe é temido e respeitado na sociedade, porque recebe o poder de Nambe.

Chefe ou dembo da região dos Dembos (fusão étnica e cultural de congolídeos [bacongos] com quimbundos [kimbundu]

Por exemplo, na área quimbunda angolana, os chefes principais chamam-se sobas-banzas, e os inferiores, sobetas.

A audiência é pública, aberta a toda a comunidade, à excepção dos não iniciados e das mulheres em impureza menstrual. Em Angola, serve de fórum a praça aberta debaixo da mulemba, a árvore heráldica e tutelar das chefias bantus, que plantam cada vez que se inaugura uma nova chefia ou se estria uma povoação. O chefe eleito crava, diante de sua casa, várias estacas da mulemba ficus, dedicadas aos seus antepassados ilustres e como testemunho permanente da sua nobreza. Se alguma delas não pega, os antepassados não estão satisfeitos; tornam-se urgentes os sacrifícios propiciatórios de animais.

Costuma estar presente em muitos grupos, o «árbitro da justiça», «grande mestre em questão de direito», que no Nordeste angolano, se denomina «nganji». Intervém, não como conselheiro, mas como guarda legal do depósito jurídico comunitário. É um jurisconsulto, cuja sabedoria e prudência acumulam os códigos tradicionais.

Noutros ordálios fica inocente quem consegue extrair uma agulha do fundo de uma panela de água a ferver. Outras vezes, submetem-se à «prova da agulha»: se não sai sangue depois de picar a língua, o lóbulo da orelha ou as pálpebras, fica provada a sua inocência. Também é inocente quem consegue pisar com lentidão, várias vezes, as brasas, sem queimar os pés.
Mais perigosa, aterrorizante e frequente a prova do veneno, usada sobretudo para esclarecer a acusação de feitiçaria. Em muitas regiões de Angola denominam-se «mbambu». Só o adivinho conhece as propriedades altamente venenosas de certas plantas.
Parece que desfaz em pó a casca de uma árvore chamada, nessas regiões, mbambu, talvez o Erythrophleum guineense. Este composto é mortífero. Também se pensa que extraem veneno das raízes fervidas do estrofanto, da seiva de certos cactos, do suco de algumas euforbiáceas e de bílis dos emidossaúrios. São prodigiosos tanto o conhecimento que os adivinhos e curandeiros guardam sobre os venenos tão variados, como a prática pericial consumada que adquiriram para dosificá-los. «Conhecem com certeza diversos venenos pouco conhecidos fora do mundo especial dos toxicólogos competentes, e talvez tenham encontrado outros que a ciência nem sequer suspeita que existam. Entre os venenos, alguns produzem efeitos imediatos; outros ficam sem acção visível durante meses; outros ainda, causam sintomas idênticos a doenças bem conhecidas». «Observe-se que há 570 plantas africanas conhecidas pela ciência ocidental como venenosas de um modo ou outro. Sem dúvida os curandeiros e adivinhos conhecem muitas mais».
Nos ordálios, o adivinho mistura o veneno com água e obriga os presumíveis culpados a pegar numa colher de pó e a ingeri-lo com água. Devem tomá-lo em jejum. Passado pouco tempo, um dos acusados vomita com fortes convulsões; a sua inocência está provada. Outro morre. Embora a morte seja rápida, não deixa de ser horrorosa, porque chega entre convulsões e vómitos de sangue, com a boca cheia de espuma e os olhos injectados de sangue.

In Cultura Tradicional Bantu. Pe. Raul Ruiz de Asúa Altuna. Edições Paulinas
Imagem: http://www.lib.uct.ac.za/mss/existing/DBleekXML/Bleek_test.xml

A melhor de todos os tempos




Em quatro anos destruiremos um milhão de casas!




quarta-feira, 28 de maio de 2008

A Guerra da Fome Petrolífera (VIII)


O Livro Apócrifo de Job (IV)

Enquanto o poder estiver com os idiotas permanentes, a fome nunca acabará.

O Petróleo pede ao rei mais miséria para a população
O que nasce viverá poucos dias; ficará seco como os campos desertos, porque não há nada para neles semear. Vivem na imundície e querem ser puros? Os vossos dias estão contados. Deitam-se e levantam-se com o lixo; mesmo assim conseguem dormir. Espiritualmente estão mortos; a cabeça está vazia, de noite e de dia. Perderam a esperança de serem homens; desgastam-se nas neolíticas pedreiras.

O Petróleo mostra a sua impiedade
Terão ciências de vento; e andarão à procura de pão e não o encontrarão; com os aumentos nunca vistos do preço do petróleo, podemos e queremos o poder. Desde que tenhamos bem-estar, os outros que se safem. Aproveitem as casas em ruínas para habitarem; esta é a vossa consolação. A riqueza sempre foi para uns poucos; a distribuição dos rendimentos também.

O Petróleo acusa os democratas de incompreensão.
Nunca gostei de violência; não entendo porque a procuram; não sei porque zombam de mim. Aprecio quem me venera; quem é corrupto vencerá; sinto os artifícios das vossas palavras. Merecem ser tratados como animais; os petrofamintos nunca terão poder. Sereis governados e consolados pelo terror; nas epidemias, as vossas casas serão queimadas; os filhos que se salvarem serão abandonados. Ando sempre no erro, e que ninguém ouse corrigir-me; cresci e formei-me na violência da guerra, pratico-a porque não sei fazer mais nada. Falam contra mim e desprezam-me por causa do dinheiro do petróleo;

Tem é inveja; suplico-vos que tenham pena de mim, porque não sei o que faço. Quem me dera escrever um livro sobre as minhas maldades, tento… mas o tacto não consegue. Receiem-me, porque a minha espada está sempre suspensa. Tentam atrair os miseráveis contra mim; lembrem-se que tenho milhares de soldados ordenados. Não conseguirão fugir das minhas armas; guiadas pelos melhores raios, nem nos melhores esconderijos escaparão. Serão aniquilados pelo seu raio de acção.

O Petróleo demonstra que aqueles que acreditam no rei terão prosperidade
Já alguém ouviu queixar-me que passo fome? Ficam pasmados quando me olham; pelo esbanjamento que faço; quando adoeço, socorrem-me os melhores médicos; porque sou um nobre; a escumalha quando adoecer que procure um feiticeiro. Fazem filhos até ao infinito; outra coisa não sabem fazer; à espera que um deles seja rei. Vagueiam na vida a dançar noite e dia; como querem prosperar? O que ganham gastam num só dia; porventura alguém acabou com os dias? Com os meses? Com os anos? Quem quiser ter bens e paz basta lisonjear o rei; diamantes não lhe faltarão. Não percam tempo a encontrar a sabedoria e a inteligência; isso é um dom do rei; a sabedoria compra-se com o liquido negro. E os vossos passos são controlados; não se desviem do caminho do rei.

Alguns Salmos de Job
Meu rei, os nossos adversários são muitos. Não sei por quanto tempo os vamos aguentar. São mais de dez milhões. Todos contra nós. O meu rei é a minha salvação. Há quem tenha intenções de desbravar a nossa floresta humana. À rádio dos democratas nem um palmo do nosso reino. Nos próximos séculos um salmo nosso será cantado. Sim! Viemos para ficar, e daqui nunca sairemos. Cada vez que a água suja é lançada de um balde, significa que uma nova noticia chegou. Que método tão primitivo que a agência Real Press utiliza para actualizar a informação. Os jornalistas inspiram-se com a água suja e o lixo que quase lhes cai em cima. Informação de água imunda e sujidade, que fazem acontecer a realidade do reino real. Mais três baldes de água imunda. O jornalista assustou-se. Parou o trabalho. Alguns pingos de água atingiram os computadores. Na parede a fotografia do rei sorri. Que Deus abençoe os EUA que impõem em todo o mundo a diabocracia da fome. Por onde passam, as multidões de esfomeados saúdam-nos. Não é necessária uma guerra para destruir uma nação. As forças da Natureza são mais poderosas que qualquer arma.

Já não há pessoas inteligentes nem sábias. Toda a inteligência e sabedoria empregam-se para destruir o que existe, e transformar tudo em dinheiro.

Só a Natureza é pura, sábia e inteligente. O homem é impuro e monstruoso, e nela não merece viver. O meu desporto preferido é ver as pessoas a morrerem à fome.
Gil Gonçalves
Inicialmente publicado no
Jornal O Observador
Imagem: bbc.co.uk

Discursos Políticos (I). Agostinho Neto




Juramos-te camarada Presidente, que levantaremos cada vez mais alto o facho aceso do teu exemplo, da tua determinação e perseverança lutando para merecer cada vez mais a honra de pertencer ao destacamento de vanguarda da classe operária que tu tão fielmente dirigiste.
15 De Setembro de 1979. Juramento do Comité Central do Mpla.

Em Angola vive-se um clima de mobilização geral. Os colonos estão armados e organizados em milícias como em 1961; o período de prestação de serviço militar foi prolongado para 4 anos e o orçamento português prevê 42% do seu total para as despesas com a guerra colonial: mais de 6.000 milhões de escudos!
O inimigo procura também desmobilizar o Povo com a corrupção e com algumas concessões às reivindicações do nosso Povo. Sem dúvida que a alguns sectores da nossa população foram concedidas melhores condições de vida, mas não se modificou certamente a base material em que vive a grande maioria.
Agostinho Neto.1 De Janeiro de 1967. Mensagem de ano novo.

Em Portugal, aumenta o movimento de deserções dos soldados. Muitíssimos jovens preferem fugir do país ou correr o risco da prisão a participarem neste crime que é a guerra colonial.
O MPLA inclina-se perante estes heróicos e generosos combatentes, muitos dos quais se tornaram imortais pelo sangue que derramaram nos campos. A guerra de libertação nacional que o MPLA começou a dirigir com firmeza, exige orientação, clareza de objectivos, política de acção e honestidade. A luta não poderá desenvolver-se com incitamentos ao tribalismo, à divisão, com apelos à superstição e aos instintos primários e sem claros objectivos políticos.
Agostinho Neto.1 De Janeiro de 1967. Mensagem de ano novo.

É também a expressão mais vasta do desejo comum do Homem sobre a terra, de se considerar livre, capaz de se desligar das amarras de uma sociedade em que estiola e morre, como ser humano.
Não pode haver outra tendência sobre a terra. O isolamento é impossível e é contrário à ideia de progresso técnico, cultural e político.
Para alcançar a liberdade e sem o qual o comportamento do homem será o de quem sai de uma forma de discriminação para cair numa outra forma tão negativa como a primeira, uma simples inversão dos factores intervenientes.
Agostinho Neto. 7 De Fevereiro de 1974. Discurso na Universidade de Dar-Es-Salam, Tanzânia.

Esta forma de colonização visível, clara, aberta, não impede que uma outra exista no nosso continente, outra forma de dominação mais subtil conhecida pelo nome do neocolonialismo, em que o explorador já não se identifica com o nome de colonizador, mas que actua da mesma maneira a vários níveis.
Se para uns, colonialismo significou e significa trabalho forçado, para outros é discriminação racial; para outros ainda, é a segregação económica e a impossibilidade de ascensão política. Mas o roubo das terras africanas pelos colonizadores, a escravização do trabalhador, o castigo corporal, ou a intensiva exploração dos bens que nos pertencem, são formas do mesmo colonialismo.
Agostinho Neto. 7 De Fevereiro de 1974. Discurso na Universidade de Dar-Es-Salam, Tanzânia

A Grã-bretanha, por exemplo, país que possui em Angola o maior volume de capitais investidos, ou os Estados Unidos da América com crescentes interesses na economia e ansiando dominar a posição estratégica do nosso país, assim como outros países da Europa, da América ou da Ásia, concorrem para a dominação do nosso Povo e a exploração dos bens que nos pertencem.
Muitas vezes se confunde o inimigo da África com o branco. A cor da pele ainda é um elemento que para muitos determina o inimigo.
Agostinho Neto. 7 De Fevereiro de 1974. Discurso na Universidade de Dar-Es-Salam, Tanzânia



Gil Gonçalves






A Guerra da Fome Petrolífera (VII)


O Livro Apócrifo de Job (III)

Se milhões de seres humanos aplaudem os pés dos jogadores, isso significa que são bípedes.

A vossa vida é como o vento; vem e esvai-se. É a sepultura donde nunca conseguem sair. As casas dos ricos estão sempre cheias de guardas; as vossas estão bem guardadas pela fome. Nem cama tem para se consolarem; como lençol, alguns plásticos, um cobertor e um balde para água; dormem infelizes no chão. Mesmo assim o Petróleo não vos deixa, espanta-os com pesadelos e visões da fome. Para quê tanto sofrimento; se a morte é melhor. Viver um nadinha é confortável. Não há um único momento em que não me incomodem; sentem enorme prazer inexplicável. Só o Petróleo o sabe. Transgridem constantemente. Escolhem as madrugadas para nos perseguirem; vivem o terror nos restos das casas dos colonos.

O petrofaminto está farto e injustifica o Petróleo
Porque só o Petróleo é Todo-Poderoso? Os filhos do Petróleo estão sempre a transgredir; acusam os filhos dos petrofamintos, e dão-lhes porrada até se cansarem. E não adianta pedir misericórdia ao Todo-Poderoso Petróleo. A injustiça do Petróleo é permanente; é impossível viver.

Não temos princípio, pelo que, nunca teremos fim. Acreditámos no ontem, e lixámo-nos; hoje só restam sombras do naufrágio. Falam sempre que nos precisam ensinar; já renderam o coração. Está tudo tão seco; enfeitiçaram a verdura. Assim são as veredas de quem acredita no Petróleo; mas os hipócritas nunca perecem. Tiram-nos tudo; e não podemos perguntar, que fazem? O Petróleo revogará a sua ira; e protegerá os maldosos. Nem nos juízes podemos confiar; a quem pediremos misericórdia? Mesmo que nos respondam, nunca ouvirão a nossa voz, porque são surdos.

E enviam-nos tempestades à força do camartelo para as nossas casas. Nem nos permitem respirar; até o ar é deles. As forças militares protegem-nos; por enquanto ainda são os mais fortes. Não nos podemos justificar, porque seremos condenados. São perfeitos em tudo; devido a isso somos imperfeitos. Protegem os ímpios e consomem os rectos. As terras são para eles; os juízes cobrem os rostos; se não foram eles que roubaram, quem foi então? Andam sempre em grandes velocidades; porém tudo marcha para trás.

Os juízes deixam as nossas queixas esquecidas; estão constantemente a mudar de rosto. Estamos cheios de dores, porque sabemos que nunca declarados inocentes seremos. Porque não há ninguém que nos livre do Petróleo!? As mãos do Petróleo não descansam, consomem-nos rapidamente. Até das nossas peles fizeram candeeiros muito elegantes, bonitos. A vida de escravos envergonha-nos de levantar as cabeças. Se nos exaltamos chamam-nos selvagens; depois acalmam-nos com a promessa de que a nova vida vem aí. Porque esqueceram as nossas mães e os nossos pais? Os nossos dias minguam; deixem-nos tomar um pouco de alento. Queremos fugir para outro reino; só que está difícil, ou impossível lá entrar. Já não há luz nesta terra de morte; as trevas do Petróleo eternizam-se.

O petrofaminto mostra a sua sabedoria e pede ao Petróleo que se arrependa
Não dão resposta às nossas desgraças? Só o Petróleo tem direitos? Obrigam-nos a calar as vossas mentiras? Com a vossa zombaria sempre presente? A doutrina política do Petróleo é pura e limpa. A sabedoria do Petróleo, é mais profunda que o inferno.

O Petróleo defende-se dos petrofamintos
Eu sou o povo, e quando me for levarei a sabedoria. O meu coração não sente, o vosso é-me indiferente. Inventores de conspirações; diplomados, falsos doutores. A vossa sabedoria? É ficarem calados; São maldosos e invejosos; querem o nosso dinheiro. Querem acabar com a realeza e implantar a democracia. Apartem-se! Porque só eu tenho o direito de falar.

O Petróleo confia no rei
Defenderei tudo o que estiver errado; disto depende a minha salvação.
Eu sei que sou justo; por isso defendo as minhas causas. Alguém tem coragem para me desafiar? Tirem as vossas mãos, que daqui não levam nada. Porque passam o tempo a escrever coisas ruins contra mim? Apesar de estar tudo podre, alguma coisa se aproveita.
Gil Gonçalves
Inicialmente publicado no
Jornal O Observador

terça-feira, 27 de maio de 2008

Novo acordo ortográfico em vigor
















África moribunda. O Ciclone Darfur/Mugabe, África do Sul


Continuo na travessia das endechas do Homo oeconomicus.
Cooperadores discutiam, não se entendiam. Antes, juntaram-se e consagraram uma cooperativa habitacional. Imaginaram, levantaram habitações cooperativistas. A felicidade eterna nasceu-lhes nos rostos, sentiam-se notáveis. Faziam bom rosto à fortuna. Nas janelas à francesa os casais extasiados, vigiavam a filharada que brincava, a ter futuro. Tranquilidade absoluta garantida por seguranças privados, armados. Era mais que um jardim. Um botânico, e outro das delicias. Passaram à história o paradoxo do amor, roubaram o tempo de antena para amar. O casario era embarcação de vento em popa
Começou-lhes a dar o vento no rosto. Atingidos pela magia negra apressada restaram descorados, mitómanos, tensos, enfeitiçados, hipertensos… ficaram a ver navios. Casas construídas em menos de dois anos desfaziam-se aos pedaços. Fendas nas paredes utilizadas para cabeças estreitarem os íntimos lares. Inventou-se a hipótese que dantes o local foi cemitério. Persistiu-se na razão de Estado que os petrofamintos viviam, viveriam sempre em casebres.
- Mentor, esta magia é contagiosa?
- Muito! Os governantes apoiados pelos seus amigos estruturais de todo o mundo, estão a redourar os alicerces da democracia popular. Outra vez guerrear para aqui facturar. As guerras inventaram-se para alguns enriquecerem. Guerra, é o acto ou efeito de destruir, para depois reconstruir. São as filosofias da vida, das visões fantásticas dos canhões que disparam o vinho de Cristo, que nos afogam ou banham em sangue. Suam-nos, que a espécie humana é um tremendo erro da Criação. O Criador errou na manipulação genética. Falseou a costela. Criou o Inferno para os bons, e a Terra para os maus. Alguns bons escaparam do Inferno para a Terra. Actualmente lutam ferozmente, luta desigual porque há muito sofrimento, muita miséria, muita fome. Os bons são poucos, os maus são muitos. Todos os petrofamintos sempre mentem.
- Mentor, antes de aqui cair molhei os pés na biblioteca de Baco. Li textos sobre os petrofamintos que me surpreenderam. Resumi-os:
Os petrofamintos odeiam as pessoas, comparam-nas a cães e gatos, porque detestam estes animais. Gostam de ratos, de vírus e fantasmas. Aprenderam a não confiar em ninguém. O que mais odeiam é a sua sombra. Costumam afirmar que é uma assombração. Convictos, dizem que a inventaram, descobriram.
- Hum! Qualquer na sua superstição milenar vê sombras no seu quotidiano. É como levantar muito cedo, ir para o trabalho e voltar à noite a casa. Biliões de seres humanos desnotaram que os seus cérebros atrofiaram. Desconseguem pensar, e se intentam, lá aparece a mensagem na TV, porque é a primeira coisa que fazem quando chegam a casa. A mensagem é imutável: deitem-se, porque amanhã é dia de trabalho. Levantem-se, está na hora de ir para o trabalho. Exemplificam com um americano que afirma: nasci para enriquecer como empresário, ou ser um homem famoso, trabalhando muito consigo-o. Omitem que ele pouco ou nada dormia, e que acabou na psiquiatria, na psicologia com psicalgia, ou morreu de ataque cardíaco. São bibliotecas de ligação dinâmica, chegam ao trabalho com um chip embutido no cérebro. Muito obedientes, não incomodam, não pensam. Se algum consegue remover o chip, começa a pensar, revolta-se… exigindo melhores condições de pensamento. É logo acusado de senzaleiro das ideias comunistas, sumariamente julgado e para um gulag enviado.
- De revolta como Ulisses num gulag marítimo, porque Penélope transcende o amor. Ulisses vai amar na volta do mar
- Ao ir e voltar do trabalho no mar confuso, inúmeras horas irreversíveis são concedidas ao trânsito automóvel. E levantar às quatro, cinco da manhã… essas horas não são pagas. O trabalhador começa a trabalhar logo que se levanta da cama, isso deve ser pago.
- Não pagam porquê?
- Porque apenas existem quatro classes na sociedade. Presidente, ministro, director, e os…lémures.
Gil Gonçalves

segunda-feira, 26 de maio de 2008

A Guerra da Fome Petrolifera (VI)


O Livro Apócrifo de Job (II)

O futebolista tem a inteligência nas pernas, o sábio tem-na no cérebro.

O nosso leão velho está saudável. Os filhos dos petrofamintos andam dispersos, não sabem o que querem. O nosso segredo é fazermos tudo em degredo. Adormecemo-los com narcóticos poderosos. Quando acordam ficam cheios de visões. De vez em quando tentam espantar-nos com os seus temores. E acabam eles por estremecer. São apenas espíritos que se arrepiam nos seus devaneios. Já fomos mais justos que Deus, e assim queremos continuar, mas os tempos infelizmente estão sempre a mudar. Não confiamos no nosso povo, são muito falsos, traiçoeiros, são mais maldosos que o Petróleo.

Mesmo que lhes ponhamos boas escolas, boas casas, rebentam com tudo, depois dizem que foi o governo. Até se queixam de uma simples torneira estragada, que lhes inunda a casa. E que o governo não resolve nada, não nos ajuda. São muito sacanas. Um povo safado. Não procuram sabedoria, e quando se lhes fala nisso, inventam uma doença. Dizem que não têm tempo. A cabeça começa a doer quando se lhes dá um livro para ler. Mas são muito simples, muito humildes. Basta uma caixa de papelão vazia, alguns pacotes de bolacha, cigarros, umas bebidas, e já está o negócio montado. Não são muito exigentes. Não são empreendedores porque já chegam os problemas que têm. Para quê complicar as coisas?

Apelo aos esfomeados a que busquem o Petróleo
Vá, respondam. Para qual dos demónios se virarão? A ira é o nosso prazer; são tolos porque são famosos. Tentam construir casas; mas logo são amaldiçoadas. Parece que os vossos filhos estão a salvo; mas não há ninguém que os liberte. Os petrofamintos não têm nada para devorar; nem espinhos têm para comer; e os assaltantes estão sempre atentos. Da terra não sai nada; Só aflição. Nascem para trabalhar, o que não há; por mais que se levantem, estão sempre a cair. Buscarei sempre o Petróleo; não adianta contestarem. As coisas diabólicas são feitas pelo Petróleo; e são tantas que já lhes perdemos a conta. Terra com chuva a mais, as colheitas destruídas; esse é o dom do meu Petróleo. Só os nobres têm direito aos lugares altos; daí vêm a vossa salvação. Os mais espertos que nós são aniquilados; e as vossas mãos não carregarão nada. Não admitimos concorrência de sábios; os conselhos partem-se de nós.

De dia e de noite, sem luz, para que andem às apalpadelas. A minha mão forte pega na espada para castigar os prevaricadores. Esta é a esperança dos pobres. Bem aventurados os que o Petróleo castiga; nunca desprezem os nossos castigos. Porque as vossas chagas e feridas não serão curadas, é preciso ter sorte, que os hospitais tenham medicamentos. Das angústias não se livrarão, porque o Petróleo vos tocará. Nunca se livrarão da fome da morte; nem da guerra, nem da violência da minha espada. Por mais que fujam não se livrarão dos açoites; serão assolados por marchas forçadas. Não os temerei e da vossa fome rirei. Comerão as pedras e a terra dos campos. Tudo faltará nas vossas habitações; viverão sempre em tendas. Não terão sementes para multiplicar; a erva crescerá.

Nem sepulturas terão na velhice; nem tempo, nem trigo. Estamos fartos de os admoestar; oiçam e meditem o que o Petróleo vos diz.

Os petrofamintos não se podem queixar
Oh!.. se alguém conseguisse pesar a miséria que já causei; felizmente que não existem balanças para essa tarefa. Teria que ser mais pesada que o mundo; é por isso que os esfomeados não valorizam as minhas palavras. Todo o poder e o veneno do Petróleo estão comigo; os esfomeados tentam armar-se contra mim. Que se cumpram os meus desejos, e que o Petróleo me mantenha sempre no poder. Nunca mostramos compaixão aos aflitos; nem àqueles que temem o Petróleo. Envergonham-se porque confiaram em nós; andam confusos com tantos partidos. Não conseguem livrar-se do opressor; gostam dos tiranos. Calem-se; e nunca nos apontem erros. Nem tentem repreender-nos; cairá sobre vós um vento de metralha destruidor. Por mais que nos implorem nunca serão servidos; habituem-se às nossas mentiras. Voltai para junto de nós, porque a causa do Petróleo é justa.

O meu paladar vem do reino; e o vosso da sua miséria. Cansaram-se da guerra; finalmente a paz, que mais querem? O esfomeado espera ao sol, que lhe paguem o salário. Não consegue dormir, porque até de noite trabalha. Descomunais são as noites, o seu fim também. Não têm roupa para vestir, não podem comprar medicamentos. Morrem de doença porque não têm dinheiro. A esperança é a primeira coisa a morrer; por isso já a perderam.
Gil Gonçalves
Inicialmente publicado no
Jornal O Observador

domingo, 25 de maio de 2008

Sem comentários


25.05.2008 - 13h33 - Anónimo, Valongo
Trabalho mais a minha mulher, temos 3 filhos, e neste momento sobrevivemos. Trata-se de sobrevivência. O dinheiro não chega! Não sei o que é um aumento de ordenado há muitos anos... se for como o ultimo, não quero ser aumentado, pois fiquei a ganhar menos!!! (mudei de escalão...) Não sei onde isto vai parar mas a situação é caótica, verdadeiramente insustentável. Tudo aumentou escandalosamente! Pago os impostos, pago a rampa da minha garagem, pago resíduos sólidos e líquidos, pago luz muito cara, água muito cara, gás muito caro... Não tenho pais ricos nem ganhei a lotaria, nem vivo acima das possibilidades... Sócrates, em que país vives????

25.05.2008 - 12h53 - Vitor Santos, Torres Novas
CALMA. O Euro 2008 está aí e os portugueses vão poder esquecer todos os problemas... Só é pena o Euro 2008 não durar um ou dois anos. Isso é que era muito bom... Enquanto houver ópio do povo, a malta diverte-se...

25.05.2008 - 12h52 - FERNANDO GUERREIRO, PORTIMÂO
Os supermercados PLUS em Portugal foram vendidos á Jerónimo Martins. Aqui em Portimão bastante perto de onde moro o PLUS fechou dia 1 de Maio e reabriu a 7 como pingo doce. Uma tristeza. Antes sempre cheio agora praticamente ás moscas. Vão lá os residentes da zona que ainda têm algum poder de compra porque é perto e por isso dá jeito. E apesar do aparecimento de novas marcas naquilo que é mais essencial a qualidade não melhorou e nalguns casos até é pior mas os preços aumentaram. A única coisa de positivo é que as meninas da caixa com a nova farda ficaram mais bonitas, mas naquilo que realmente conta passamos de cavalo pra burro.

In http://ultimahora.publico.pt/

DIA DE ÁFRICA


Desgovernam bem, governam mal. Isaías Samakuva
Notabilíssima aptidão que a nobreza petrofaminta têm pela poesia, como uma desgraça colectiva. Na caminhada moldada, distanciada, ouço-os animados de bocejos alargados, pomposos.
- Já correm réditos no teu livro de poemas?
- Ainda não abastaram angariadores.
- Torna-te fácil, elogia os feitos do nosso rei.
Ou:
- Feitorei quatrocentos poemas, não consigo ludibriá-los.
- Também agonizei mais de mil, poesia dos combates… não sei se estás a ver!
- Hum, hum!
- Se publicar um livro de poesia, serei eleitor da Academia de Letras Petrofaminta. A garinada fartará com lascívia, eu idem. Serei lisonjeado, admirado, invejado pelos meus amigos. Nas igrejas repicarão sinos, porque se pariu um grande escritor avatar. Farei um figurão heráldico. O meu nome literário será gravado na toponímia. A rua onde nasci chamar-se-á Rua do Poeta.
- Ah! … Os poetas da nobreza petrofaminta são tão diferentes, como punhais indiferentes.
- Discordo! A nossa poesia celebra-se nos punhais importados, espetados, frustrados de corrupção. Freados mas combativos, demoramos convencimentos. Inda não zarpou para lá das Colunas de Hércules, porque nos falta tempo de limpar o sangue acumulado na noite dos tempos.
- Dos pés à cabeça, poesia vitoriosa e derrotas concordantes.
- Até ver!
- A pé firme!
- Sai uma glosa debatida, declamada, motejada do meu vanglorioso corcel bibliotecário.

A Negra Esperança desmonta
Desponta primeiras pernas primaveris infindas
Inusitadas
Iluminadas pelo branquear sotaque
Do seu biquíni desalmado, armado e equipado
Acalorado, transparente de suado
Olhe! Executa ansiosa ao redor
Talvez que alguém pasmado à solapa
Se deleite, a espreite
Nada acontece. Cansaram-se, desregraram-se
Na habitual amnésia lacunar, apunhalar
Fugitivos, proscritos da Negra Esperança.
Gil Gonçalves
Imagem: Sousa Jamba in Epístolas do Ocidente. Jornal Angolense.

A Guerra da Fome Petrolífera (V)


O Livro Apócrifo de Job (I)

Depois de uma grande batalha militar ganha, os anos passam, a fome continua, aumenta. Não teve valor essa batalha.

As desgraças do petrofaminto
A adversidade do Petróleo é cruel para o petrofaminto

Com pele e ossos estão sempre à nossa mercê. Esse é o nosso segredo. Então o Petróleo saiu deixando um pouco de sal na ferida do petrofaminto, dizendo que era um feitiço bom. A sua mulher disse-lhe: não entendo como é possível… que passados trinta e tal anos ainda acredites no Petróleo. Amaldiçoa o Petróleo para que ele morra. O petrofaminto respondeu: és doida, nós já estamos habituados a receber mal do Petróleo, nunca recebemos bem. É preferível aceitar o Petróleo, porque sempre podemos roubar qualquer coisita. E veio uma delegação de três membros com o feiticeiro da água benta consolá-lo, e disse: Que naquele tempo fizemos uma matança, e que o petrofaminto não se esquecesse dela. E lançaram-lhe um pó sobre a sua cabeça, feito especialmente por um ancião de Malanje. E ficaram com ele mais de sete dias e sete noites, até que jurasse que nunca abandonaria o Petróleo do seu coração.

O petrofaminto amaldiçoa o Petróleo pela miséria que lhe causou
Depois disto o petrofaminto tornou a amaldiçoar o dia em que o Petróleo se apoderou do poder. E disse: pereça o dia em que nasceu. O dia em que foi concebido. Há os que nunca deviam ter saído das trevas. Por vezes Deus engana-se, e dá luz a quem a não merece. Que o Petróleo fique sempre nas trevas, mas como o obrigar a lá retornar? E que as nuvens mais escuras entrem na sua cabeça. E nela desabem cascatas de pedra, e o empedre na noite dos tempos. Mas retornamos sempre… à espera que o Petróleo nos lance para o pranto. Escureça-se a estrela do seu coração. Que a luz do Petróleo não venha.

Que as mulheres cosam os ventres, apertem bem as pernas, para que o signo do Petróleo nelas não penetre. E que conseguindo penetrar, saindo do ventre com o signo do Petróleo, que logo expire. Se não expirar, que as mamas não deitem leite. Porque assim poderei repousar em paz. E que não venham os habituais conselheiros, como esse da água benta assolar-me. E que não me tragam nem uma gota desse maldito ouro negro, como unguento. Estamos cansadas de fazer abortos ocultos por causa do Petróleo. Os maus do Petróleo perturbam-nos, e nunca se cansam.

O Petróleo dá muita força. Estamos todos reféns do Petróleo. Os juízes não nos defendem. Eles são os grandes, ensinam-nos que não podemos ficar livres destes senhores. Porque eles são os que dão a vida e a morte aos miseráveis. Insistem na sua amargura. Que esperam a morte, anos e anos, a cavar à espera de encontrar algum diamante oculto. Mas normalmente só encontram a sepultura. Porque se dá luz ao Petróleo? Porque não está sempre encoberto? Com tanta água, gemo e suspiro porque não consigo fazer o meu pão. Porque o que temia do Petróleo veio, e realmente aconteceu. Nunca mais tivemos descanso, nem sossego, nem repouso. Aprendemos a viver com a perturbação do Petróleo.

O Petróleo repreende o petrofaminto
Queres abandonar as nossas fileiras? Estás cansado dos nossos discursos? Já enganaste muitos, conforme te ensinámos, estás cansado de os enganar? Eles procuram-te, diz-lhes qualquer coisa, como por exemplo, que nem daqui a cem anos a vida vai melhorar. Diz-lhes a verdade, com essa mentira. Eles acreditam em tudo. No princípio acreditavas no nosso Petróleo, na nossa ideologia, e agora descobriste que tudo não passa de baboseiras. Já é tarde! Agora queres ficar inocente? Esqueces-te que também os destruíste? Quem persistiu no grande Petróleo, tem que aguentar as consequências. O pior é se nos julgarem depois, e enviarem-nos para uma prisão. Eles já estão consumidos na ira. Quem sabe, até podemos escapar. Enquanto estão entretidos com a feitiçaria, vamos avançando.
Gil Gonçalves
Inicialmente publicado no
Jornal O Observador

sábado, 24 de maio de 2008

24MAI08 O Diário de Anne Frank


Campo de Concentração de Luanda, reino Petrofaminto. Onde o colonialismo e a escravidão ainda não acabaram, nesta sucursal de Myanmar.

Nicolas Sarkozy chegou, não demorou muito tempo, porque o preço do petróleo sobe, como um submarino sem lastro. Em seis horas assinou documentos, almoçou e abrigou-se no protocolo. Bafejou algumas palavras, tinha que extrair alguma essência delas. É assim que comandam as aldrabices das regras diplomáticas.
Depois, o seu homólogo angolano reproduziu os trinta e tal anos de palavras não independentes, nas variáveis dependentes. Poucas palavras abertas, muitas escondidas. As palavras que nos assolam e que jamais deveriam repetir-se, serem audíveis, inconfundíveis. «Respeito mútuo e reciprocidade de vantagens, e não ingerência nos assuntos internos. A amizade entre os povos. A paz e a estabilidade regional e internacional. A prosperidade, o dialogo e o espírito construtivo». As palavras que aumentam a miséria, a fome.

O Dino agora é escritor. Daqueles escritores que não sabem escrever mais nada, a não ser da cansada, malfadada, esgotada luta de libertação da libertinagem. Porra! Mas esse espelho não se parte!? O ciclone Zulu já partiu o espelho deles.
Não é a luta de libertação de Angola. É a luta de libertação dos poços petrolíferos dele e deles. Mais um para inchar o clube dos idiotas permanentes, da cada vez mais pobríssima literatura angolana.
Independência de fingir, um circo com muitos palhaços. Luta de libertação deles e para eles. Idiotas permanentes nos anos sessenta.

Enquanto a invasão chinesa prossegue, o subimperialismo brasileiro aumenta, fortalece a escala do ciclone Darfur/Mugabe. Instalados numa operadora de telecomunicações, sempre consigo, sempre com eles, chegam em força, retiram os postos de trabalho a angolanos, que lhes ensinam quando aqui arribam. Os angolanos ganham trezentos dólares, ENSINAM os brasileiros a trabalharem, que ganham dois mil dólares. Os brasileiros têm direito a transporte, alimentação, habitação e outras regalias. Os brasileiros controlam o marketing da operadora. Em Angola não existem trabalhadores, existem escravos. Depois quando o ciclone Darfur/Mugabe chegar, vão falar que é uma onda de chauvinismo.
A ilusão da luta de libertação terminou. As massas populares no seu inconsciente colectivo procuram libertarem-se, afastarem-se violentamente dos seus líderes violentos e dos seus castelos palacianos.

Tá na moda, é um governo da mais-valia: qualquer ministro, deputado, pronto… qualquer um deles! Em qualquer discurso, mesmo para justificarem a miséria em que vivemos, dizem: «É uma mais-valia»
E os locutores/jornalistas teimam nos mais de seis lustros, além da mais-valia: O precioso líquido, cargas pluviométricas, os populares, os citadinos, o ouro negro, os bagos vermelhos, são neste momento tantas horas, tantos minutos… já desistiram dos e tantos segundos.
Gil Gonçalves

Imagem: Carro desenvolvido por cientistas angolanos para acabar com os engarrafamentos do trânsito.

22MAI08 O Diário de Anne Frank


Campo de Concentração de Luanda, reino Petrofaminto. Onde o colonialismo e a escravidão ainda não acabaram.

Isto não é um governo. É uma equipa especializada em especulação imobiliária.

Nos últimos anos, o governador da Virgínia, William Berkeley, criou um sistema de fortes para proteger a colónia de possíveis ataques dos índios, mas os habitantes da zona mais oriental da colónia, mais afastados do perigo índio, consideraram que isso era demasiado caro, e que exterminar os índios resultava muito mais barato e eficiente.
In História Universal. A Guerra da Holanda 1672-1676.
Carlos Ivorra

Bancos exigem garantias: Parece que a especulação imobiliária em Angola finalmente lembrou-se do subprime. O Director do banco BPI, Fernando Teles, anunciou que empréstimos imobiliários só com garantias. O subprime em Angola alvoroça-se.

Rixas politicas e prisões arbitrárias de militantes de outros partidos efectuadas pelo PMLA anunciam o futuro violento da contenda eleitoral. É a defesa da corrupção de alguns idiotas permanentes e analfabetos diplomados.

Angola premiada como o quarto país mais pacífico. Porque no mundo só existem quatro países.

Mais um apartamento de um novo-rico em obras. Partem-se as paredes. Houve-se o som assustador, destruidor. Mais um prédio vai desabar

Outras vez as bruxas de Salém. Queimaram bwé no Quénia. Andaram com uma lista de porta em porta. Isto da feitiçaria… não houve evolução humana, apenas os utensílios modernos são mais mortíferos.

As Waffen SS estão nas ruas, significa que o Fuhrer vai sair.

Os seiscentos novos autocarros vão andar aonde? Vão ficar parados. As comissões corruptas já andaram.

Deixam-se os buracos das ruas transformarem-se em crateras, para depois se obter uma bruta facturação, com a sua reparação. Tantas construções da especulação imobiliária desgovernadas. Os esgotos não aguentam, já rebentam. A água e a luz também não aguentam. A água continua congelada, a luz contaminada.

O combustível foi-se, corrompeu os automobilistas que andam a pé. Os preços do petróleo arrastam tudo e todos. A seguir… já elaboraram a nova partilha de África. Está em causa a sobrevivência das potências… leiam a História Universal.

As frotas de pesca modernizam-se… para pescarem o quê!? Poluição?
Que interessa legislar leis, se ninguém as cumpre!

Com o preço do petróleo tão elevado… isto chama-se loucura colectiva, suicídio colectivo.

E o ciclone Darfur prossegue a devastação na África do Sul. Para onde seguirá depois?

Gil Gonçalves

Figura da semana. Fome




Fome (crise humanitária)
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A fome (crise humanitária) é uma crise social e económica acompanhada de mal nutrição em massa, epidemias e aumento na mortalidade.
Apesar de muitos casos de fome em massa coincidirem com falta de suprimentos alimentícios regional ou nacional, fome também tem ocorrido por actos económicos ou política militar de privar certas populações de alimentos o suficiente para garantir a sobrevivência. Historicamente, fomes tem ocorrido por causa de
secas, falha de colheita e pestes, e também por causas criadas pelo homem como guerra ou políticas económicas mal planejadas. Durante o século XX, um estimado número de 70 milhões de pessoas morreram de fome em todo o globo, dos quais um estimado de 30 milhões morreram durante a fome de 1958-1961 na China. Outros casos terríveis de fome ocorridos durante o século XX foi o desastre de 1942-1945 em Bengal e vários casos de fome durante a União Soviética, incluindo o Holodomor, o caso de fome em massa de Josef Stalin sofrido na Ucrânia entre 1932-33. Outros grandes casos de fome ocorreram pelo final do século XX, como: o desastre de Camboja nos anos 70, a fome de 1984-1985 na Etiópia e a falta de comida generalizada na Coréia do Norte durante os anos 90.
Fome pode ser induzida por
superpopulação de uma determinada região, com falha em prover recursos alimentícios em quantidade suficiente. Uma visão alternativa da fome dos pobres para dedicas recursos suficientes para conseguir alimentos essenciais ("teoria da dependência" de Amartya Sen), analises da fome que se focam em processos político-económicos levando a criação de fome em massa, entendimento das razões complexas da mortalidade em fomes, uma apreciação de até que ponto comunidades vulneráveis a fome em massa desenvolveram estratégias para controlar o problema, e o papel do terrorismo e guerra em criar fome. Agências de ajudas humanitárias modernas categorizam variam escalas de fome de acordo com a escala da fome.
Muitas áreas que sofreram fome em massa no passado se protegeram por meios tecnológicos e desenvolvimentos sociais. A primeira área da Europa que acabou com a fome foi a
Holanda, que viu sua ultima fome em massa em tempos de paz no inicio do século XVII conforme foi se tornando uma potência económica e estabeleceu complexas organizações políticas. Notavelmente a grande maioria das fomes em massa ocorrem em ditaduras, colonialismo ou durante guerras, Amartya Sen notou que jamais uma democracia funcional sofreu com fome nos tempos modernos.
Índice
[
esconder]
1 Características da fome
1.1 Fome hoje
1.2 Causas da fome
1.3 Efeitos da fome
1.4 Níveis de insegurança nutricional
2 Fomes em massa passadas, por região
2.1 Fome na África
2.2 Fome na Ásia
2.2.1 China
2.2.1.1 Grande Salto Adiante
2.2.2 India
2.2.3 Coréia do Norte
2.2.4 Vietnã
2.3 Fome na Europa
2.3.1 Europa Ocidental
2.3.1.1 Itália
2.3.1.2 Inglaterra
2.3.2 Russia e União Soviética
3 Referências
4 Bibliografia
5 Ligações externas
//
[editar] Características da fome
[editar] Fome hoje
Hoje, fome em massa atingem a
África sub-saariana pesadamente, mas com guerras em andamento, problemas internos e falha económica, fome continua a ser um problema mundial com milhões de indivíduos sofrendo. A fome na Etiópia nos anos 80 teve um número imenso de mortes, apesar que muitas fomes em massa pela Ásia durante o século XX também produziram expressivo número de mortes. As fomes africanas modernas são caracterizadas por baixa nutrição, com a maior taxa de mortalidade entre as crianças jovens. Tecnologias de ajuda, incluindo imunização, infraestrutura de saúde publica melhorada, rações de comida e alimentação suplementar para crianças vulneráveis, tem aliviado o impacto das fomes, enquanto deixando suas causas económicas e consequências inalteradas. Crises humanitárias também surgem de guerras civis, refugiados e episódios de violência extrema com o colapso do estado, criando condições entre as populações afectadas para que surja uma fome em massa.
Apesar das repetidas intenções dos lideres mundiais para acabar com a fome, a fome em massa continua sendo crónica na África e Ásia. Em Julho de 2005, a
Famine Early Warning Systems Network classificou o Níger com status de emergência, assim como Chade, Etiópia, Sudão, Somália e Zimbabue. Em Janeiro de 2006, as Nações Unidas alertou que 11 milhões de pessoas na Somália, Quênia e Etiópia estão com perigo de severa fome em massa por uma combinação de conflitos militares e seca prolongada [1]. Em 2007, a crise mais séria é da Darfur no Sudão.
Alguns acreditam que a
revolução verde é a resposta para as fomes, principalmente durante as décadas de 1970 e 1980. A revolução verde começou no século XX com sementes híbridas de plantações de alta produtividade. Alguns criticam o processo, argumentando que estas novas plantações requerem mais fertilizantes químicos e pesticidas, que podem ser danosos ao meio ambiente. Porem, é uma opção para nações sofrendo com fome em massa. Estas plantações de alta produtividade tornam tecnicamente possível alimentar o mundo e acabar com a fome. Mas alguns problemas de natureza ética, assim também diferenças culturais e de classe podem ser o real problema em vez de falha das plantações. Além disso, existem indicações de a capacidade de produção de alimentos atingiu o máximo em várias regiões do mundo, devido a certas estratégias associadas com uso excessivo de água de poços, uso excessivo de pesticidas e outros agentes químicos.
Nota-se que as fomes modernas são invariavelmente o resultado de políticas económicas mal planejadas, fomes em massa causas de propósito para empobrecer ou marginalizar certas populações ou actos de guerra deliberados. Economistas políticos têm investigado as condições políticas que a fome pode ser prevenida. Amartya Sen demonstra que as instituições liberais que existem na
Índia, incluindo eleições competitivas e imprensa livre, tiveram um papel significativo em evitar uma fome em massa neste país desde sua independência. Alex de Wall tem desenvolvido esta teoria para se focar nos "contratos políticos" entre os governantes e as pessoas que garantem a prevenção da fome em massa, notando a raridade de certos tipos de contrato políticos entre as populações e governantes africanos, e também o perigo que as agências de ajuda internacionais removam a capacidade de responsabilizar estes governos por sua incompetência.
[editar] Causas da fome
A fundamental causa da fome é a sobrecarga de certas área devido a
superpopulação, ocasionando falha de produção. Fomes podem ser exacerbadas por péssimos governos ou logística inadequada para distribuição de alimentos. Fomes modernas têm ocorrido em nações que, como um todo, não tinham falta de alimentos. Uma das maiores fomes em massa da história, proporcional a população afectada, foi a Grande Fome Irlandesa, de 1845-1849, que começou em 1845 pelo fato dos alimentos sendo enviados da Irlanda para a Inglaterra por que a Inglaterra tinha capacidade de pagar um preço maior. A maior fome de toda a história em números absolutos, foi a fome chinesa de 1959-1960, que ocorreu com o inicio do governo comunista graças ao Grande Salto Adiante.
Um contraste interessante é como algumas nações africanas, no final da década de 1970 e início da década de 1980, que ainda eram democráticas na época, como
Zimbabue e Botswana, conseguiram evitar a fome em massa, enquanto as ditaduras do Sudão e Etiópia sofriam em larga escala. Elas evitam na época uma fome em larga escala simplesmente criando empregos de curto prazo para as populações mais afectadas, garantindo o mínimo de dinheiro para elas comprarem alimentos.
Falta de alimentos e falha de uma colheita em uma região por si só não é um factor determinante para fome em larga escala. Regiões que conseguiram desenvolver seus sistemas produtivos e económicos para gerar riqueza por outros meios além da agricultura conseguem importar facilmente suas reservas alimentícias e suprir a população. Fome é largamente associada com nações de baixo nível de desenvolvimento, com falta de agricultura industrial, se focando em agricultura de subsistência com baixa produtividade.
Desastres, seja naturais ou criados pelo homem, são associadas com condições para se criar fome em massa desde que a humanidade começou a recordar a sua história. A
Torah judaica descreve várias situações deste tipo. Guerra, em particular, sempre foi associada com fome em massa, particularmente em locais em que as batalhas são em terra, queimando ou contaminando campos.
Como o observado pelo economista Amartya Sen, fome ás vezes é um problema de distribuição de alimentos e pobreza. Em alguns casos, como o do
Grande Salto Adiante chinês, Coréia do Norte na década de 1990, ou Zimbabue no início do século XXI, fome é causada por falha política não intencional, falta de planejamento. Algumas vezes, fome em massa pode ser usada como ferramenta para eliminar opositores políticos, como o Holodomor na Ucrânia. Em outros casos, como na Somália, fome é uma consequência da desordem civil, onde as redes de distribuição de alimentos se rompem.
No início do século XX, fertilizantes nitrogenados, novos pesticidas, agricultura em desertos, e outras tecnologias agrárias começaram a serem usadas como armas contra a fome. Entre 1950 e 1984, a
revolução verde transformou a agricultura ao redor do mundo, em que a produção de grãos aumentou em mais de 250%. Mas esta revolução não funciona em área cujo o problema da fome é a guerra ou problemas políticos.
[editar] Efeitos da fome
Os efeitos demográficos da fome são pesados, mesmo que em curto prazo. Mortalidade é concentrada entre as crianças e idosos. Um consistente fato demográfico em todas as fomes em massa registradas, é que a mortalidade masculina é maior que a feminina, até mesmo em populações onde os homens vivem mais. Razões para isso é a maior resistência da mulher aos efeitos da fome, e que as mulheres tem mais conhecimento para conseguir comida de outras fontes para alivias os efeitos.
Fome em massa também vem acompanhada de baixa taxa de fertilidade, seguido de explosão na taxa de natalidade logo após a fome. Mesmo que algumas teorias como de
Thomas Malthus predizem que as fomes em massa reduzem a população para a quantidade de alimentos disponível, o fato é que mesmo as mais severas fomes em massa raramente conseguiram controlar o tamanho da população por mais de alguns anos.
[editar] Níveis de insegurança nutricional
Nos tempos governos, governos e
ONGs de ajuda humanitária, tem recursos limitados para controlar os casos de fome em várias partes do planeta simultaneamente. Então foram desenvolvidos vários métodos para mensurar o nível de segurança alimentícia para alocar de forma mais eficiente a ajuda. Um dos primeiros métodos foi o Código de fome indiano, criado pelos britânicos na década de 1880. Os códigos listavam três estágios se insegurança alimentar: quase escasso, escasso e fome em massa, e este método influenciou o desenvolvimento de outras técnicas de alerta e instrumentos de medição.
Outro sistema de alerta foi criado para monitorar o norte do
Quênia também possui três estágios, mas cada um associado a uma reposta pré-planejada para mitigar a crise e prevenir sua deterioração.
As experiências das organizações de ajuda humanitária ao redor durante as décadas de 1980 e 1990 resultaram em dois grandes desenvolvimentos: a abordagem "livelihoods" e o aumento de indicadores nutricionais para determinar a severidade da crise. Fome em massa não começa a matar pessoas até que ele destrua sua maneira de sobrevivência (livelihoods). Indivíduos e grupos em situação de falta de alimentos começam a fazer racionamento, procurando alternativas para suplementar sua renda, antes de tomar atitudes desesperadas, como vender sua própria casa ou fazenda. Apenas quando todos os meios de suporte acabaram, a população afectada começa a migrar em procura de comida e termina vítima da fome. Fome em massa pode ser visto como um fenómeno social, envolvendo os mercados, o preço dos alimentos e as estruturas de suporte social. Uma segunda lição aprendida é uso de mecanismos de rápida garantia nutricional, em particularmente das crianças, como um meio de mensurar a severidade da fome em massa.
Desde 2004, muitas das mais importantes agências de ajuda humanitária tem adoptado uma escala de cinco níveis para mensurar a amplitude e a intensidade da fome. A escala de intensidade usa tanto índices económicos e mortalidade, para classificar a situação como "seguro", "inseguro", "crise", "fome", "fome severa" e "fome extrema". O número de mortes determina a amplitude, onde menos de 1000 fatalidades é classificado como "fome residual" e uma "fome catastrófica" tendo mais de 1 milhão de mortes.
[editar] Fomes em massa passadas, por região
[editar] Fome na África
No meio do século 22 antes de Cristo, uma repentina e curta mudança climática causou queda no volume de chuvas, resultando em décadas de seca no
Egipto. A fome e os problemas civis ocasionados acredita-se que tenha sido a causa do colapso do reino antigo. Um dos registos do primeiro período intermediário dizia "Todo o alto Egipto está morrendo de fome e as pessoas estão comendo suas crianças". Historiadores da fome africana têm documentado vários casos na Etiópia e tem explorado os mecanismos tradicionais adoptados pelas sociedades africanas para minimizar o risco e prover comida para os mais vulneráveis em tempos de crise.
O encontro colonial viu a África sofrer numerosos e gigantescos casos de fome. Possivelmente o pior episódio tenha ocorrido em 1888 em nos anos subsequentes, com pestes infectando o gado na
Eritréia, que se espalhou até a África do Sul. Na Etiópia é estimado que até 90% de todo gado nacional tenha morrido, transformando ricos fazendeiros em pobres da noite para o dia. Isso coincidiu com uma seca causada por uma oscilação do El Niño, epidemias de varíola, e em vários países, guerra intensa. No Sudão no ano de 1888 é lembrado uma das piores fomes da história, pesando também as dificuldades impostas pelo estado Mahdista. As tentativas coloniais de "pacificação" só acabaram piorando a situação, como por exemplo a repressão da revolta Maji Maji de 1906. A introdução de plantações não alimentícias como algodão, e as medidas para forçar os fazendeiros a plantarem isto, também causou muita miséria, como no norte da Nigéria, contribuindo para uma fome em massa após uma severa seca em 1913.
Porém, pela metade do século XX, África não era considerada com perigo de fome em massa, excepto por pequenos episódios localizados, como em
Ruanda durante a Segunda Guerra Mundial. O espectro da fome voltou no início da década de 1970, quanto a Etiópia e o oeste africano sofreram uma enorme seca. A fome etíope é largamente associada também a crise do feudalismo neste país, que ajudaram na queda do imperador Haile Selassie.

Desde então, as fomes na África tem se tornado cada vez mais frequentes, maiores e mais severas. Muitos países Africanos não são auto-suficientes na produção de alimentos, precisando de outras plantações não-alimentícias para conseguir dinheiro. Agricultura na África é vulnerável a flutuação climática, especialmente secas, que podem reduzir o volume de alimentos produzidos. Outros problemas também incluem infertilidade do solo, degradação e erosão, além de desertificação. A mais séria das fomes em massa africanas foram causadas por uma combinação de seca, mau planejamento económico e conflitos. A fome etíope de 1983-1985, por exemplo, tem estes três factores, piorados por uma censura do governo comunista etíope em meio a uma crise. No Sudão, em torno da mesma data, seca e crise económica combinados com a negação que existe falta de comida no país pelo então presidente Gaafar Nimeiry, criaram uma crise que matou aproximadamente 250 mil pessoas, e ajudou para a queda de Nimeiry.
Numerosos factores pioram a segurança alimentícia na África, incluindo instabilidade política, conflitos armados e
guerra civil. corrupção política e péssimo gerenciamento dos suprimentos alimentícios, além de políticas de comércio que danificam a agricultura Africana. Um exemplo é a fome em massa criada por abusos nos direitos humanos em Darfur no Sudão. AIDS também tem colaborado para danificar a agricultura, reduzindo a força de trabalho.
Recentes exemplos de fome africana incluem a Etiópia em 1973 e meados de 1980,
Sudão na década de 1970 e de novo em 1990 e 1998. A fome de Uganda é, em termos de taxa de mortalidade, uma das piores na história, 21% da população morreu, incluindo 60% das crianças.[2]
[editar] Fome na Ásia
[editar] China
Escolares chineses mantêm o registro de 1828 casos de fome em massa desde o ano de 108 antes de Cristo até 1911 em uma ou outra província. Uma média de um caso de fome por ano. A
burocracia da dinastia Qing, que devotava extensiva atenção em minimizar os casos de fome, é credito em ter evitado uma série de fomes depois de um El-Niño que causou enchentes e secas. Estes eventos são comparáveis, apesar de em menor escala, aos eventos ecológicos das vastas fomes do século XIX. A China de Qing levou suas ajudas humanitárias, que incluía vastos carregamentos de comida, um requerimento para os ricos abrirem seus suprimentos aos pobres e regulação de preços, como parte de uma garantia de subsistência aos pobres, conhecida como ming-sheng.
Quando a monarquia alterou o controle estatal e os carregamentos de alimentos foram substituídos por caridade monetária no meio do século XIX, o sistema quebrou. Então entre 1877-1878 ocorreu a
Grande fome do norte chinês, causado por uma seca pelo norte da China, uma vasta catástrofe. A província de Shanxi foi substancialmente devastada. A mortalidade estimada foi entre 9.5 a 13 milhões de mortos.
[editar] Grande Salto Adiante
A maior fome em massa do século XX, e possivelmente de todos os tempos, foi a fome de 1958-1961 causada pelo Grande Salto Adiante do governo comunista Chinês. As causas imediatas desta fome foram ocasionadas por
Mao Zedong com uma tentativa frustrada de transformar a China de uma nação agrária em potência industrial em um único grande salto. Seguindo esta visão, o partido comunista chinês insistiu para os pobres abandonarem suas fazendas e tentarem agricultura coletiva, e começarem a produzir aço em pequenas metalúrgicas, muitas vezes derretendo seus próprios instrumentos de fazenda no processo. A colectivização da agricultura acabou com os incentivos para investimento em trabalho e agricultura e planos completamente surrealistas para produção de aço descentralizada necessitavam desesperadamente de força de trabalho, combinados com condições não favoráveis do tempo e salas comunitárias de alimentação com enorme desperdício de alimentos sinalizaram o início de uma catástrofe.[3].
Com o controle
totalitário da informação e pressão intensa para que os partidários reportassem apenas boas noticias, qualquer informação sobre a escalada do desastre era suprimida. Quando a liderança começou a perceber a escala da fome em massa que se instalou, ela não fez nada para responder, e continuou a censura de qualquer discussão sobre o cataclismo que estava ocorrendo. A censura era tão efectiva que muito poucos chineses perceberam na época a escala da fome em massa, e apenas após a censura começar a ser levantada 20 anos após, a população chinesa entenderia o maior desastre demográfico em tempos de paz do século XX.
A fome de 1958-1961 é estimado que tenha causado até 30 milhões de mortes, com a soma de mais 30 milhões de abortos ou gravidez atrasada. Foi apenas quando a fome em massa atingiu seu pior que Mao reverteu todos os planos de colectivização, que foram efectivamente desmontados em 1978, com o início da conversão ao capitalismo pela China.
A China desde 1961 não sofreu nenhum caso de fome em massa até hoje.
[editar] Índia
Estão registrados 14 casos de fome em massa na
Índia entre o século XI e XVII. Por exemplo, durante os anos de 1022-1033, grandes fomes em massa devastaram províncias inteiras na Índia. A fome de Deccan matou ao menos 2 milhões de pessoas entre 1702-1704. B.M Bhatia acredita que fomes anteriores eram localizadas, e foi apenas depois de 1860, com a colonização britânica, que a fome passou a significar falta generalizada de grãos no país. Aproximadamente 25 grandes fomes ocorreram pelos estados como Tamil Nadu ao sul, Bihar e Bengal a leste durante a metade do século XIX, matando entre 30 a 40 milhões de Indianos.
Romesh Dutt argumentou no início do século XX, e estudiosos actuais como Amartya Sen concordam, é que as fomes eram um produto tanto da chuva irregular e das políticas económicas e administrativas britânicas, que desde de 1857 deixou sequelas, como: a conversão das fazendas locais para plantações de estrangeiros, restrições no comércio interno, taxação pesada dos indianos para as expedições mal sucedidas no Afeganistão, medidas inflacionarias que aumentarão o preço dos alimentos e as exportações de alimentos para a Inglaterra. Alguns cidadãos britânicos, como William Digby, protestaram para reformas políticas e ajuda a fome, mas Lord Lytton, o vice-rei do governo britânico na Índia, foi contra estas mudanças, acreditando que isso estimularia preguiça entre os trabalhadores indianos. A primeira, a Fome de Bengal de 1770, é estimada que tenha matado 10 milhões, quase um terço da população da região na época. As fomes continuaram até a independência em 1947, com a Fome de Bengal de 1943 entre as piores, matando 3 a 4 milhões de indianos durante a Segunda Guerra Mundial.
As observações da Comissão da Fome de 1880 suportam a noção que a distribuição de alimentos é mais culpada pelas fomes do que a falta de alimentos. Eles observaram que cada província na Índia britânica, incluindo
Burma, tinha superavit na produção de alimentos, de em torno de 5.16 milhões de toneladas. Naquela época, a exportação anual de arroz e outros grãos da Índia era de aproximadamente 1 milhão de toneladas.
Em 1966, chegou a ter um alerta em
Bihar, onde os Estados Unidos alocaram mais de 900 mil toneladas de grãos para lutar contra a fome.
[editar] Coreia do Norte
Fome em massa atingiu a
Coreia do Norte em meados da década de 1990, criadas por enchentes sem precedentes. Esta sociedade tinha conseguido nos anos anteriores auto-suficiência através de massiva industrialização da agricultura. Porém, o sistema económico dependia de massivas reservas de combustíveis fósseis a preço subsidiado pela União Soviética e República Popular da China. Com o colapso da União Soviética e a conversão da China para a economia de mercado com moeda forte, a economia norte coreana entrou em colapso. O vulnerável sector de agricultura sofreu uma falha massiva entre 1995 e 1996, expandindo para fome em massa de 1996 até 1999. É estimado de 600 mil morreram de fome [4]. A Coreia do Norte ainda não conseguiu auto-suficiência novamente, e depende de ajuda vinda da China, Japão, Coreia do Sul e dos Estados Unidos. Recentemente, a Coreia do Norte requisitou que os suprimentos de alimentos não sejam mais entregues.
[editar] Vietnã
Varias fomes em massa ocorreram no Vietnã. A ocupação japonesa durante a
Segunda Guerra Mundial causou a Fome vietnamita de 1945, que causou 2 milhões de mortos. Depois da unificação do país após a Guerra do Vietnã, houve uma breve crise durante a década de 1980, que fez várias pessoas deixarem o país.
[editar] Fome na Europa
[editar] Europa Ocidental
A
Grande fome de 1315-1317 foi a primeira crise que atingiria a Europa no século XIV, milhões de no norte europeu morreram, marcando claramente o fim do antigo período de crescimento e prosperidade durante os séculos XI e XII. Começando com um tempo ruim na primavera de 1315, falhas das plantações duraram até o verão de 1317, cuja a Europa não se recuperou até 1322. Este período foi marcado por níveis extremos de actividade criminal, doenças e mortes em massa, infanticídio além de canibalismo. Ela teve consequências para a Igreja, o estado e toda a sociedade europeia, além das calamidades futuras que se seguiriam.
O século XVII foi um período de mudanças para os produtores de alimentos da Europa. Por séculos eles viveram primariamente como fazendeiros de subsistência em um
sistema feudal. Eles tinham obrigações com seu Lorde, que poderia tirar a terra deles. O Lorde do feudo retirava uma porção do que era colhido e dos animais durante o ano. Os agricultores tentavam minimizar a quantidade de trabalho que eles tinham que fazer na produção de alimentos. Seus Lordes raramente faziam pressão para eles aumentarem sua produção, excepto quando a população começava a aumentar, onde os próprios agricultores aumentavam a produção por conta própria. Mais terra era adicionada para cultivo até não ter mais disponível, onde os agricultores eram forçados a usar métodos mais trabalhosos de produção. Mesmo assim, eles geralmente trabalhavam o menos possível, dedicando seu tempo para outras coisas, como caça, pesca ou simplesmente fazendo nada, desde que eles tinham comida suficiente para sustentar a própria família. Não era do interesse deles produzir mais do que ele podia comer ou guarda para ele mesmo.
Isto passou a mudar, e seguindo a tendência dos séculos anteriores, começou a ter um aumento na agricultura voltada ao mercado. Fazendeiros, pessoas que alugavam terras para fazer lucro do produto colhido, usando
trabalho assalariado, começou a se tornar cada vez mais comum, particularmente na Europa Ocidental. Era do interesse do fazendeiro agora produzir a maior quantidade possível de sua terra para poder vender em áreas que houvesse demanda do produto. Os fazendeiros pagavam seus trabalhadores em dinheiro, aumentando a comercialização em área rurais da sociedade. Está comercialização teve impacto profundo no comportamento dos agricultores. Agora os fazendeiros estavam interessados em aumentar a quantidade de trabalho em sua terras, não reduzir como os agricultores de subsistência estavam.
Os agricultores de subsistência também passaram a ser forçados a comercializar suas actividades devido aos aumentos dos impostos. Os impostos que tinham que ser pagos a um governo central em dinheiro, fez com que eles tivessem que começar a vender seus produtos. Eles sempre davam um jeito de garantir a própria subsistência além das obrigações com os impostos. Os agricultores também passaram a usar seu dinheiro novo para comprar produtos manufacturados. Os desenvolvimentos da agricultura e da sociedade encorajando o aumento da produção de alimentos foram gradualmente ganhando força durante o século XVII, mas acabaram sendo atingidos pelas condições adversas para a produção de alimentos na Europa ao final do século, graças a uma tendência do resfriamento da temperatura do planeta
Terra.
A década de 1590 viu a pior fome em massa em séculos por toda a Europa, excepto em algumas áreas, notavelmente a
Holanda. A fome foi relativamente rara durante do século XVI. A economia e a população começaram a crescer rápido assim como as populações de subsistências tendem quando existe um período estendido de paz relativa. Apesar dos agricultores em áreas de alta densidade populacional, como o norte da Itália, aprenderam como aumentar sua produtividade através de técnicas como cultura promíscua, eles ainda eram um tanto vulneráveis a fomes, forçando eles a trabalharem na terra ainda mais intensamente.
Todas as áreas da Europa foram afectadas, especialmente as rurais. A
Holanda conseguiu escapar da maioria dos efeitos mais devastadores da fome, apesar que ainda assim foram tempos de dificuldades. Fome em massa não se estabeleceu neste país, os negócios de venda de grãos de Amesterdão com a região báltica garantiu que os holandeses conseguissem o mínimo para comer.
A Holanda tinha a agricultura mais comercial de toda a Europa na época, com várias plantações industriais. A agricultura era cada vez mais especializada e eficiente. Como resultado, a riqueza aumentou, permitindo que a Holanda mantivesse um alto suprimento alimentício. Pela década de 1960, a economia era ainda mais desenvolvida, então o país conseguiu passar por mais um período de fome em massa europeu com maior facilidade.
Nos anos em torno da década de 1960, viu-se um novo período de fomes em massa pela Europa. Estas fomes geralmente eram menos severas que as de 25 anos antes, mas ainda assim eram bem sérias em alguma áreas. Talvez a pior fome em massa foi a de 1696 na
Finlândia, que matou 1/3 da população.[5]
O período de 1740 a 1743 viu Invernos rigorosos e secas no verão, que levou fome pela Europa, ocasionando um grande aumento de mortalidade.
Outras áreas são conhecidas por terem sofrido com a fome mais recentemente.
França passou por um período de fome no século XIX. E fomes em massa ainda ocorriam no leste europeu durante o século XX.

Em 1845 a 1849, a Grande Fome Irlandesa, resultado das políticas de comércio britânicas sob o controle de John Russell, aconteceu. A resposta dele para a crise de alimentos foi deixada para que as forças de mercado resolvessem por conta própria. O resultado desta política, é que os alimentos irlandeses continuaram sendo exportados mesmo após o início da fome, aumentando ainda mais os preços dos alimentos. O resultado imediato foi 1 milhão de mortos, e mais 1 milhão de refugiados, a maioria indo para a Inglaterra e Estados Unidos. Após o período de fome passar, infertilidade causada pelas doenças da fome e imigração, piorados pela economia controlada pelo reino britânico, causou uma queda populacional por 100 anos. A população só voltou a crescer quando a Irlanda ganhou a independência, que até então, estava pela metade desde o período de fome.
A fome voltou para a Holanda durante a Segunda Guerra Mundial, no que ficou conhecida como a
Fome Holandesa de 1944. Está foi a ultima fome da Europa Ocidental, em que 30 mil pessoas morreram. Outras áreas passaram por períodos de fome no mesmo período.
[editar] Itália
Falhas de colheitas foram devastadoras para a economia do norte da
Itália. A economia da área conseguia se recuperar bem das últimas fomes em massa, mas as fomes de 1618 até 1621 coincidiram com um período de guerras na região. A economia não se recuperou por séculos. Houve uma fome severa pelo final na década de 1640, e algumas menos severas pelas décadas de 1670.
[editar] Inglaterra
A agricultura inglesa não era tão desenvolvida como a holandesa, mas em 1650, sua indústria agrária começou a se comercializar em larga escala. A última fome em tempos de paz na
Inglaterra foi a de 1623 a 1624. Ainda houve alguns períodos de fome, assim como na Holanda, mas nenhuma como está. O crescimento da população continuou pensando na segurança alimentar.
[editar] Rússia e União Soviética
Secas e fomes na
Império Russo era conhecida por ocorrer a cada 10 a 13 anos, com secas ocorrendo em média a cada 5 a 7 anos. As fomes continuaram na União Soviética, onde a mais famosa é o Holodomor na Ucrânia entre 1932 até 1933. A ultima grande fome da União Soviética ocorreu em 1947 por conta de uma severa seca.
Imagens:Familia vitima da fome durante a Grande Fome Irlandesa
Crianças somalis esperando pela ajuda americana da Operação Good Relief em 1992
Referências
Relatório da FAO
Report on Uganda
Communal dining and the Chinese Famine 1958-1961
We look at it and see ourselves
Finnish Environmental Health Action Plan
[editar] Bibliografia
Asimov, Isaac, Asimov's New Guide to Science, pp. 152-153, Basic Books, Inc.: 1984.
Bhatia, B.M. (1985) Famines in India: A study in Some Aspects of the Economic History of India with Special Reference to Food Problem, Delhi: Konark Publishers Pvt. Ltd.
Davis, Mike, Late Victorian Holocausts: El Niño Famines and the Making of the Third World, London, Verso, 2002 (
Excerpt online.)
Dutt, Romesh C. Open Letters to Lord Curzon on Famines and Land Assessments in India, first published 1900, 2005 edition by Adamant Media Corporation, Elibron Classics Series,
ISBN 1-4021-5115-2.
Dutt, Romesh C. The Economic History of India under early British Rule, first published 1902, 2001 edition by
Routledge, ISBN 0-415-24493-5
Genady Golubev and Nikolai Dronin, Geography of Droughts and Food Problems in Russia (1900-2000), Report of the International Project on Global Environmental Change and Its Threat to Food and Water Security in Russia (February, 2004).
Greenough, Paul R., Prosperity and Misery in Modern Bengal. The Famine of 1943-1944, Oxford University Press 1982
Mead, Margaret. “The Changing Significance of Food.” American Scientist. (March-April 1970). pp. 176-189.
Sen, Amartya, Poverty and Famines : An Essay on Entitlements and Deprivation, Oxford, Clarendon Press, 1982
Srivastava, H.C., The History of Indian Famines from 1858-1918, Sri Ram Mehra and Co., Agra, 1968.
Sommerville, Keith.
Why famine stalks Africa, BBC, 2001
Woo-Cumings, Meredith,
The Political Ecology of Famine: The North Korean Catastrophe and Its LessonsPDF (807 KiB), ADB Institute Research Paper 31, January 2002.
[editar] Ligações externas
Famine Early Warning System monitors agricultural production and other warning signs worldwide
United Nations World Food ProgrammeHunger relief against poverty and famine
International Food Policy Research Institute Sustainable solutions for ending hunger
In Depth: Africa's Food Crisis, BBC News
Fighting Hunger and poverty in EthiopiaPDF (1.48 MiB) (Peter Middlebrook)
Obtido em "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fome_(crise_humanitária)"
Categorias: Economia social Sociologia Pobreza
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