domingo, 18 de maio de 2008

16MAI08 O Diário de Anne Frank


Campo de Concentração de Luanda, reino Petrofaminto. Onde o colonialismo e a escravidão ainda não acabaram.

O poder popular da EDEL-Empresa Destruidora da Electricidade de Luanda, desolou-nos sem luz das 09.30 às 17.30. Pouco tempo depois notou-se uma tremenda oscilação, daquelas de estragar tudo. Algumas zonas da cidade, do campo de concentração, ficaram às escuras. Que deleite destruidor, copiador dos deuses de Burma. Somos os únicos, os melhores deste e do outro mundo. Milhares de geradores, mais milhares de tambores de combustível. Tá arriar! Não há combustível que chegue. Já tem bichas nos postos de venda. Governantes burmosos, ineptos, incapazes, irresponsáveis.

Na água mantém-se o mesmo cenário. Os trabalhos prosseguem a mau ritmo. Exactamente como na Assembleia do Povo, que alguns chamam Assembleia Nacional. Regressamos de facto e de jure à idade da pedra e a justiça popular continua a ser feita em nome do povo.

Não sei! Estas eleições… mais de uma hora de blá, blá, para o PMLA-Partido Marxista Leninista de Angola, e um minuto para os outros partidos. São eleições de fraude! Já tem fraude antecipada!

A Paulina disse-me que em Agosto, ela e as outras alunas não vão mais à escola, por causa das eleições. Vão recolher-se a aguardar a epidemia do Zimbabué.
Li, desculpem, vi, olhei o Jornal de Angola órgão oficial do PMLA… e passados tantos e tantos anos continuam os mesmos idiotas permanentes, pois que não têm oportunidade para serem idiotas de ocasião. Privilégio apenas concedido a alguns cérebros ainda não vendidos ao PMLA. E esse monte de papel inútil, desculpem, dá para embrulhar lixo, mas continua a sujar as mãos. Proponho alterar o nome para Jornal de Burma.

Vi no blogue do mosqueteiro
Eugenio Almeida Pululu que a Sonangol anda a comprar os bancos. Claro, assim eles já podem movimentar, transferir, ou melhor, desviarem os dólares que quiserem.
Outra coisa chata que li no outro mosqueteiro
Orlando de Castro Alto Hama, quando se referia ao 19º Campo de Concentração da Sonangol. Onde já existem dois milhões de almas penadas, e quinhentos mil desempregados. Está lá o Feldkommandant (Comandante de Campo) Sócrates, que cumpre ordens para vender as sobras do campo.

Gil Gonçalves

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