sexta-feira, 30 de maio de 2008

Figura da Semana. O mistério do navio Wilhelm Gustloff





































Eis mais um caso da conjura da História. O maior desastre maríitimo de todos os tempos... esquecido... escondido... abandonado, e agora revelado. Gil Gonçalves

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Free Speech - March 1998 - Volume IV, Number 3
O afundamento do Wilhelm Gustloff, Pelo Dr. William Pierce
O que é dito ser o mais caro filme já feito foi lançado a poucas semanas atrás e tem ganho recordes de bilheteria. O filme, claro, é Titanic, e é sobre o naufrágio do transatlântico S.S. Titanic em 15 de abril de 1912, com a perda de 1.513 vidas, depois que o navio colidiu com um iceberg no Atlântico Norte.

Há muitos superlativos no filme. O Titanic era o maior navio já construído naquele tempo. Também era o navio mais luxuoso, com o propósito de prover um transporte transatlântico de alta-velocidade em comforto para os ricos e mimados. A implicação do filme é de que o naufrágio do Titanic foi o maior desastre marítimo de todos os tempos. Eu estou certo de que a maioria do público Norte-Americano acredita que esse é o caso, mas não é. Todo mundo já ouviu sobre o afundamento do Titanic, e muito poucos já ouviram sobre o afundamento do S.S. Wilhelm Gustloff, que foi o maior desastre marítimo.

É fácil entender porquê todo mundo ouviu falar sobre o Titanic: ele era um navio enorme e muito caro, dito ser praticamente "inafundável", que partiu na sua viagem de estréia com um número recorde de celebridades e figurões a bordo. A ironia do afundamento ajudou a gerar o interesse público e uma enorme cobertura da mídia. Quando oWilhelm Gustloff afundou, por outro lado, com a perda de mais de 7000 vidas, a mídia controlada adotou a deliberada política de que isso foi um não-evento, para não ser comentado ou sequer mesmo relatado. O Wilhelm Gustloff, assim como o Titanic, era um enorme navio de passageiros e era razoavelmente novo e luxuoso. Mas ele era um navio de passageiros Alemão. Ele foi afundado no Mar Báltico na noite de 30 de janeiro de 1945, por um submarino Soviético. Ele estava lotado com cerca de 8000 Alemães, a maioria deles mulheres e crianças escapando do exército Soviético em avanço.

Muitos destes refugiados Alemães viviam na Prússia Oriental, uma parte da Alemanha que os Aliados Comunistas e Democráticos concordaram que fosse tirada da Alemanha e dada para a União Soviética no fim da Segunda Guerra Mundial. Outros viviam em Dantzig e nas áreas vizinhas, que os democratas e os comunistas decidiram que fosse tirada da Alemanha e dada para a Polônia. Todos esses refugiados estavam fugindo em terror dos Vermelhos, que já tinham demonstrado na Prússia Oriental o que estava guardado para qualquer Alemão desafortunado o bastante para cair em suas mãos.

A medida que unidades militares Soviéticas atingiam colunas de refugiados civis Alemães fugindo para o Oeste, eles se comportavam de uma maneira que não tinha sido vista na Europa desde as invasões Mongóis na Idade Média. Frequentemente os homens, a maioria deles fazendeiros ou Alemães que tinham sido engajados em outras ocupações essenciais e portanto dispensados do serviço militar, foram simplesmente fuzilados no ato. As mulheres eram, quase todas sem exceção, estupradas em gangue. Este foi o destino de meninas tão jovens quanto oito anos de idade e mulheres nos seus oitenta, assim como mulheres em estado adiantado de gravidez. Mulheres que resistiam ao estupro tinham suas gargantas cortadas ou eram fuziladas. Muito frequentemente as mulheres eram assassinadas depois de serem estupradas em grupo. Muitas mulheres e meninas foram estupradas tantas vezes e tão brutalmente que elas morreram apenas desse abuso.

Algumas vezes, colunas de tanques Soviéticos simplesmente passavam por cima dos refugiados em fuga, triturando-os com a lama com suas esteiras de tanques. Quando unidades do exército Soviético ocuparam vilas na Prússia Oriental, eles se engajaram em orgias de tortura, estupro e assassinato tão bestiais que elas não podem ser descritas inteiramente neste programa. Algumas vezes eles castraram os homens e meninos antes de matá-los. Algumas vezes eles arrancaram seus olhos fora. Algumas vezes eles os queimaram vivos. Algumas mulheres depois de serem estupradas em grupo foram crucificadas sendo pregadas em portas de celeiros enquanto ainda vivas e usadas como alvo para praticar tiro.

Este comportamento de atrocidades por parte das tropas Comunistas foi devido em parte à natureza do sistema Comunista, o qual tinha sido bem sucedido em dominar a sociedade Russa e o governo Russo, em primeiro lugar ao organizar a escória da sociedade Russa – os perdedores e os vagabundos, os criminosos, os ressentidos e os invejosos – sob o domínio dos Judeus, e orientando-os contra os bem-sucedidos, os compromissados, os refinados e os prósperos, prometendo à ralé que se eles derrubassem os melhores, então eles poderiam tomar o lugar destes; os primeiros sendo os últimos e os últimos sendo os primeiros.

Foram os membros desta ralé, a escória da sociedade Russa, que se tornaram os chefes dos sovietes locais e conselhos coletivos e de trabalhadores – quando as posições ainda não tinham sido tomadas pelos Judeus. Os soldados Soviéticos de 1945 tinham crescido sob este sistema de comando pelos piores; por 25 anos eles viveram sob comissários escolhidos do refugo e detritos da sociedade Russa. Qualquer tendência à nobreza ou gentileza tinha sido arrancada implacavelmente. Stalin tinha ordenado a chacina de 35.000 oficiais do Exército Vermelho, metade dos antigos oficiais Russos, em 1937, apenas dois anos antes da guerra, porque ele não confiava em cavalheiros. Os oficiais que substituíram aqueles fuzilados no expurgo de 1937 não eram muito mais civilizados em seu comportamento do que os comissários.

Uma causa ainda mais específica e imediata para as atrocidades cometidas contra a população Alemã na Prússia Oriental foi a propaganda de ódio Soviética que deliberadamente incitou as tropas Soviéticas a estuprar e assassinar – a assassinar inclusive crianças Alemãs. O chefe dos comissários de propaganda Soviética era um Judeu cheio-de-ódio chamado Ilya Ehrenburg. Uma de suas diretivas para as tropas Soviéticas dizia:

"Matem! Matem! Na raça Alemã não há nada além do mal; nem um entre os vivos, nem um entre os ainda não nascidos, além de mal! Sigam os preceitos do Camarada Stalin. Aniquilem a besta fascista de uma vez por todas em sua toca! Usem a força e quebrem o orgulho racial dessas mulheres Alemãs! Tomem-nas como sua pilhagem de direito! A medida que vocês avancem, matem, nobres soldados do Exército Vermelho!"

Nem todo soldado Russo era um carniceiro ou um estuprador, é claro: apenas a maioria deles. Alguns poucos deles ainda tinham um senso de moralidade e decência que até mesmo o Comunismo Judaico não tinha destruído. Alexander Solzhenitsyn foi um destes. Ele era um jovem capitão no Exército Vermelho quando ele entrou na Prússia Oriental em janeiro de 1945. Ele escreveu depois em seu livro Arquipélago Gulag:
Todos nós sabíamos que se as meninas fossem Alemãs elas podiam ser estupradas e então fuziladas. Isto era quase uma distinção de combate.
Em um de seus poemas, "Noites Prussianas", ele descreve uma cena que ele testemunhou em uma casa na aldeia Prussiana-Oriental de Neideburg:
Vinte-dois Hoeringstrasse. Não foi queimada, apenas saqueada e fuzilada. Um gemido pelas paredes, parcialmente abafado: a mãe ferida, meio viva ainda. A pequena filha nos colchões, morta. Quantos estiveram ali? Um batalhão, uma companhia, talvez? Uma menina tornada mulher, uma mulher tornada em um cadáver... A mãe implora, "Soldado, mate-me!"
Por sua falha em levar a diretiva do Camarada Ehrenburg à risca, Solzhenitsyn foi denunciado pelo comissário político em sua unidade como não sendo Politicamente Correto e foi enviado para o gulag: isto é, para o campo de concentração Soviéticos.

E portanto, civis Alemães estavam fugindo aterrorizados da Prússia Oriental, e para muitos deles a única rota de escape foi através do gelado Mar Báltico. Eles se aglomeraram no porto de Gotenhafen, perto de Dantzig, esperando achar uma passagem para o Oeste. Hitler deu ordem para todos os navios civis disponíveis para ajudar no esforço de resgate. O Wilhelm Gustloff foi um destes. Um transatlântico de 25 mil toneladas, tinha sido usado antes da guerra pela organização "Força através da Alegria", para levar trabalhadores Alemães em excursões de férias a um baixo custo. Em 30 de janeiro de 1945, quando ele partiu de Gotenhafen, ele carregava uma tripulação de quase 1.100 oficiais e homens, 73 deles soldados criticamente feridos, 373 jovens mulheres das Auxiliares Mulheres Navais, equivalentes as nossas WAVES, e mais de 6000 refugiados desesperados, a maioria deles mulheres e crianças.

Os submarinos Soviéticos e aviação eram uma ameaça constante a este esforço de resgate. Eles encaravam os navios de refugiados na luz da propaganda genocida de Ehrenburg: quanto mais Alemães eles pudessem matar, melhor, e não fazia qualquer diferença para eles se as suas vítimas eram soldados ou mulheres e crianças. Exatamente após as 9:00h da noite, quando oWilhelm Gustloff estava a 13 milhas de distância da costa da Pomerânia, três torpedos do submarino Soviético S-13, sob o comando do capitão A. I. Marinesko, abalroaram o navio. Noventa minutos depois ele afundou entre as ondas geladas do Báltico. Apesar de um esforço heróico para resgatar os sobreviventes, que foi feito por outros navios Alemães, somente 1.100 foram salvos. O resto, mais de 7000 Alemães, morreram na água congelante naquela noite.

Alguns dias depois, em 10 de fevereiro de 1945, o mesmo submarino Soviético afundou um navio-hospital Alemão, o General von Steuben, e 3.500 soldados feridos a bordo do navio, que estavam sendo evacuados da Prússia Oriental, afogaram-se. Para os Soviéticos, inflamados pela propaganda de ódio Judaica, o sinal da Cruz Vermelha significava absolutamente nada. Em 6 de maio de 1945, o navio-cargueiro Goya, também parte da frota de resgate, foi torpedeada por outro submarino Soviético, e mais de 6000 refugiados vindos da Prússia Oriental morreram.

A falta de conhecimento nos Estados Unidos sobre qualquer um destes terríveis desastres marítimos de 1945 é profunda, até mesmo entre pessoas que se consideram entendidos em assuntos navais. E esta ignorância provém da política deliberada da mídia controlada, uma política que tem relegado estes desastres para a categoria de inexistentes, de não-eventos. A razão para essa política da mídia originalmente foi a mesma razão que levou aos chefes Judeus da mídia em culpar a chacina de 15.000 oficiais e intelectuais Poloneses nas florestas de Katyn em 1940 nos Alemães. Eles sabiam que os Soviéticos tinham feito isso, como parte do esforço deles de "proletarizar" a Polônia e fazer dos Poloneses mais amenos ao comando Comunista, mas eles não queriam manchar a imagem de nossos "nobres aliados Soviéticos", como eles eram chamados pela mídia controlada nos Estados Unidos, durante a guerra. Eles queriam que os Norte-Americanos pensassem que os alemães eram os bandidos e que os Soviéticos eram os mocinhos, portanto eles simplesmente mentiram sobre o massacre de Katyn.

Da mesma maneira, até nos últimos meses da guerra, eles não queriam que os Norte-Americanos ficassem alertados ao fato de que nosso "nobre aliado Soviético" estava chacinando e estuprando a população civil da Prússia Oriental e deliberadamente afundando os navios de refugiados civis que estavam ajudando os Prussianos Orientais a escapar pelo Mar Báltico. Isso poderia danificar o entusiasmo da América do Norte em continuar a destruição da Alemanha com a ajuda de nosso "nobre aliado Soviético". Portanto a mídia controlada simplesmente não reportou estas coisas.

Depois do triunfo dos Aliados democráticos e Comunistas, e da rendição incondicional da Alemanha, esta razão não era mais válida, é claro. Mas então outro motivo tomou o seu lugar. Os Judeus estavam começando a construir a sua história de "Holocausto" e estavam exigindo simpatia do mundo – e indenizações em dinheiro de qualquer um que eles pudessem tirar. Assim que eles começaram a prantear sobre o suposto extermínio de seis milhões de seus patrícios em "câmaras de gás" pelos malvados Alemães e retratarem-se como vítimas inocentes e inofensivas do maior crime da história, eles não queriam quaisquer fatos ficando em seu caminho – e eles certamente não queriam que os Americanos vissem os dois lados do conflito; eles não queriam que os Alemães fossem vistos como vítimas também. Todos os Alemães são malignos, exatamente como o Camarada Ehrenburg tinha dito; todos os Judeus eram bons, e assim é que era. Os Judeus sofreram, e os Alemães não; e portanto agora o mundo devia aos Judeus um sustento por não ter parado o "Holocausto".

Isto realmente não iria ajudar, de maneira nenhuma, na sua propaganda do "Holocausto" em Ter o público Americano sabendo sobre o que aconteceu na Prússia Oriental ou no Mar Báltico – ou em saber que o nosso "nobre aliado Soviético" tinha deliberadamente assassinado o estrato de liderança da Nação Polonesa nas florestas de Katyn, e que parte dos assassinos envolvidos naquele horrendo ato eram Judeus. E portanto tem acontecido uma conspiração de silêncio na América da parte dos chefes Judeus da mídia. Isso é o porque Hollywood quis gastar US$200 milhões produzindo o filme Titanic, mas jamais consideraria qualquer filme que lidasse com o afundamento do Wilhelm Gustloff. Não é que tal filme não pudesse render dinheiro – eu acho que um filme sobre a Prússia Oriental e o Wilhelm Gustloff poderia ser um verdadeiro estouro de bilheteria – é que não deve haver nenhuma simpatia pelos Alemães. Não deve haver nenhum repensamento das razões da América do Norte em empreender a guerra contra a Alemanha, nenhum questionamento sobre se nós fizemos ou não a coisa certa em aliar-nos com o Comunismo para o interesse dos Judeus. E além dessas considerações, a verdade simplesmente não conta – ao menos, não para os Judeus que controlam nossa mídia de massa.

Este pedaço da história – as motivações da América do Norte em engajar-se na guerra na Europa, que realmente era algo completamente separado da guerra no Pacífico, apesar da aliança entre Alemanha e Japão – este pedaço da história sempre me fascinou. E um dos aspectos interessantes sobre isso é a falta de vontade de tantos Norte-Americanos de examiná-lo. Eu entendo os sentimentos dos elementos Clintonistas. Para o tipo de pessoa que votou em Clinton, os Soviéticos eram os mocinhos e os Alemães os bandidos em terreno ideológico. Estupro em gangue, assassinatos em massa, e o afundamento de navios de refugiados não são realmente crimes aos olhos de tipos Bill-e-Hillary, quando eles foram feitos pelos Comunistas contra os "Nazistas".

Mas também houve uma porção de Norte-Americanos decentes que lutaram na guerra na Europa, Norte-Americanos anti-Comunistas, e muitos deles não querem pensar no fato de que eles lutaram no lado errado. Estes legionários Americanos e tipos como Veteranos de guerra não querem ouvir falar sobre quem realmente matou todos aqueles líderes e intelectuais Poloneses nas florestas de Katyn. Eles não querem saber o que aconteceu na Prússia Oriental em 1945. Eles odeiam quando eu pergunto a eles, porque nós lutamos contra a Alemanha em nome da liberdade e depois deixamos metade da Europa sob a escravidão Comunista no final da guerra? Eles ficam com raiva quando eu sugiro que talvez Franklin Roosevelt era o mesmo tipo de traidor, mentiroso, colaborador dos Judeus que Bill Clinton é, e que para o retorno do apoio da mídia, ele mentiu para nós, e nos levou à guerra para o interesse dos Judeus, da mesma maneira que Clinton está mentindo para nós e nos levando a guerra no Oriente Médio para o interesse dos Judeus.

Eu era muito jovem para o serviço militar na Segunda Guerra Mundial, mas eu estou certo de que se eu tivesse que lutar naquela guerra, eu estaria ainda mais interessado em entender o que estava por trás daquilo. Eu acredito que saber a verdade sobre estas coisas é, de longe, muito mais importante do que proteger nossa crença cuidadosamente nutrida de que nós estávamos do lado da justiça . Eu acredito que entender como nós fomos enganados no passado é necessário, se nós queremos evitar sermos enganados no futuro.
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http://www.natall.com/portuguese/fs983a.html

1945, o maior naufrágio do mundo
O Wilhelm Gustloff

No inverno de 1945, bem no final da 2ª Guerra Mundial, um navio alemão que transportava milhares civis refugiados da guerra, o Wilhelm Gustloff, foi afundando por um submarino soviético nas águas do Mar Báltico. Quase todos os que estavam a bordo pereceram afogados ou devido a hipotermia provocada pela baixíssima temperatura do mar. O número de vítimas foi tamanho – é tido como o maior naufrágio civil do mundo - que superou em muito as do transatlântico Titanic, cujo afundamento ocorreu em 1912, sem porém que provocasse a mesma comoção.

Fuga pelo Báltico

“Matem! Matem!.. Usem a força e quebrem o orgulho racial dessas mulheres alemãs. Peguem-nas como legítimo botim. Avante como uma tempestade, galantes soldados do Exército Vermelho.”
Ilya Ehrenburg, jornalista soviético, 1945

Numa daquelas noites prussianas gélidas do Norte europeu, em 30 janeiro de 1945, com o termômetro marcando 10° abaixo de zero, o ex-cruzeiro de luxo alemão M/S Wilhelm Gustloff, de 25 mil toneladas - desde 1940 transformado em hospital flutuante - , deslocava-se apinhadíssimo de gente pelo Mar Báltico. Projetado para levar duas mil pessoas, carregava naquele momento mais de nove mil, a maioria mulheres e crianças que fugiam da invasão russa. O Exército Vermelho vinha , por assim dizer, nos calcanhares deles, seguindo a mesma rota que os seus antepassados mongóis, no século 13, usaram para atingir o Ocidente. Os que escapavam eram civis alemães que até então moravam na Prússia Oriental e nos Estados Bálticos que, apavorados, fugiam pelo Golfo de Danzig da vingança dos soviéticos. Organizaram para eles uma espécie de solução de emergência, recolhendo-os dos portos do leste da Alemanha para que alcançassem, por mar, as áreas mais seguras do Ocidente. Os que iam a bordo não tinha a mínima idéia que seriam os protagonistas da maior tragédia marítima de todos os tempos, quase superior seis vezes as vitimas do transatlântico Titanic, naufrágio ocorrido 32 anos antes (1.517 mortos).

O naufrágio do W. Gustloff, janeiro de 1945

Quando haviam cumprido a metade do caminho, um pouco depois das 21 horas, três torpedos do submarino russo S-13 os atingiram. O Wilhelm Gustloff logo adernou. A multidão que se agarrava no convés começou a ser jogada na água. Outros, apavorados, saltavam diretamente lá do alto. A gritaria no convés era acompanha de tiros dos que preferiam suicidar-se ou atirar nos familiares antes. Os soldados feridos, imobilizados, despediam-se uns dos outros. Como distribuir os parcos botes salva-vidas para 9.343 passageiros, sendo que muitos deles estavam cobertos de gelo? O SOS foi lançado e aos poucos começaram a chegar os auxílios. Os faróis dos barcos e das lanchas de socorro vararam a noite inteira em busca de sinais de vida, enquanto corpos, milhares deles, vagavam sem destino em meio aos blocos de gelo, boiando salpicados de neve. Os que conseguiam ser resgatados estavam enregelados, as mãos azuladas e encarangadas e o olhar petrificado. Ao amanhecer as equipes de salvamento haviam retirado 1.239 náufragos ( outros reduzem-nos para 996) daquele horror. A situação só não foi pior porque eles estavam próximos ao litoral da Pomerânia, mesmo assim supõe-se que oito mil pereceram.
Os submarinos soviéticos continuaram por perto praticando a caça e, dez dias depois, afundaram o General von Steuben (3 mil mortos) e ainda, em 16 de abril de 1945, puseram a pique o Goya (cerca de 7 mil, a maioria soldados). Portanto, em matéria de matança de civis o M/S Wilhelm Gustloff, realmente empunhou a taça da desgraça.
Se bem que a operação de remoção do maior número possível de civis alemães orientais foi tida como um sucesso, pois conseguiram o translado de 2 milhões deles para fora da órbita soviética, a tragédia daquele barco de turismo adaptado para às pressas para a fuga, perdurou no tempo como um desastre que poderia ter sido evitado, não fosse o clima de revanche que embalava os soviéticos. Revanche que se estendeu para os maus tratos da grande parte da população civil do Leste da Alemanha, com ondas de estupros, pilhagens, saques, desordens, espancamentos e brutalização geral dos vencidos.

Na época dizia-se que era merecido. Que os alemães haviam se portado do mesmo modo quando adentraram na URSS em 1941. Quem começou a reverter esta opinião entre eles, foi Alexander Soljenitsine.
Cada vez mais furioso com o regime comunista, Soljenitsine que fez parte das tropas de ocupação – era oficial de artilharia - pessoalmente testemunhou as atrocidades que seus conterrâneos haviam cometido. Envergonhado, acabou por denunciar aqueles horrores num longo poema intitulado Prosskie Nochi (Noites Prussianas, 120 páginas, 1974), revelando à opinião pública da então URSS, o que de fato acontecera na Alemanha naqueles meses de conquista e ocupação, quando pelotões inteiros de soldados russos submetiam as alemãs, dos oito aos sessenta anos, a estupros coletivos, cortando o pescoço daquelas que resistiam ou se lhes opunham. Ele acreditou que tudo aquilo decorreu, que deu-se tal roteiro de atrocidades, devido os comunistas “ terem afastado a Rússia de Deus”, retirando do soldado raso, dos Ivans que passaram a acampar na Alemanha, qualquer sentimento de piedade ou compaixão para com os derrotados. Ao contrário, incitou-os aos barbarismos a pretexto de estarem lutando contra o decadente mundo burguês em sua forma fascista.

http://www.zaz.com.br/voltaire/mundo/2002/09/29/000.htm#inicio

Mais informações sobre o Gustloff (em alemão e inglês):
www.feldgrau.com
www.britannic.de
www.militaryhistoryonline.com
www.mboring.com
college.hmco.com

Livros sobre o naufrágio (em inglês):
www.bn.com
www.amazon.com

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